Síntese bem assustadora e
excelentemente exposta a que segue, de António da Cunha Duarte Justo, (em
A Bem da Nação), abrangendo os conflitos de uma guerra em várias frentes,
provando que a globalização e os hábitos de domínio de alguns povos vão
gradualmente lançando os seus tentáculos a oriente e a ocidente, enquanto se
vão preparando na sombra os meios nucleares de defesa e ataque dos povos mais
bem providos. É certo que o Ocidente é que ensinou piedosamente como se faz, os
Franceses no seu “terror” de guilhotina revolucionária, os nazis com os seus campos
de concentração nazis e as suas armas por terra, mar e ar, os americanos com a
sua bomba atómica exterminadora de gente inocente, e vendendo à sorrelfa as armas
do terrorismo geral… E assim se vai
progredindo, no requinte da bestialização universal, fecundando a Terra-Mãe, exigente
de sangue humano como contrapartida para alimentar o Homem.
O texto de Duarte Justo:
UM ANO DE
CRISES MÚLTIPLAS
Guerra na
Europa – Terrorismo do Estado Islâmico pior que o Nazismo
Se
passarmos em revisão o ano 2014 notaremos que foi um ano de surpresas e
mudança. A guerra também voltou à Europa.
Neste centenário da primeira guerra
mundial com 18 milhões de mortos dá-se início aos vícios do século XX:
Kiev, Krim, o Inferno da Síria
e do Iraque são o melhor exemplo disso e preparam uma nova era também na cena
política internacional. Países fronteiriços da Rússia
revelam-se como palco para motejo entre a Rússia e o Ocidente.
No
Iraque e na Síria instala-se um estado de terror ainda pior que os de Hitler e
de Estaline. Fenómeno
novo preocupante e indicativo da globalização do terrorismo revela-se o facto
de os terroristas islâmicos serem recrutados também das cidades de Estados de
direito como a UE.
A
Turquia (membro da nato) torna-se mais islamista e dá cobertura ao terrorismo
sunita na Síria e no Iraque, a que os curdos resistem com a esperança de a
História lhes vir a fazer justiça e lhes reconhecer posteriormente o direito à
sua nacionalidade, ao estado do Curdistão. (Este será o próximo conflito!). A
política internacional aceita a destruição de um estado antes multicultural
como era a Síria, e em conivência com a facção muçulmana sunita (turca e
saudita) contra a facção xiita (iraniana) aceita dividir a região em território
sunita e xiita deixando também o problema do Curdistão para as calendas gregas.
O ocidente apenas reage mas sem um conceito integral; a liga árabe não está
interessada em consenso. A ONU reflecte a divisão dos estados e dos interesses.
A
Alemanha prefere dedicar-se ao negócio económico e falar da solidariedade dos
outros países europeus no que toca à distribuição dos refugiados. Entretanto
cresce na Alemanha o desejo de participar mais activamente nas intervenções
militares de conflitos mundiais. Isto significará o acréscimo de poder também
militar não só da Alemanha mas também da Europa. Em 2014 cria-se a necessidade
de intensificar o armamento. A Alemanha inicia uma nova política e a NATO forma
uma nova tropa de reacção; a polícia e os serviços secretos de informação
preparam-se para piores tempos ao constatar o terrorismo extra e intra muros.
Por isso a Alemanha cala os casos de espionagem dos EUA na Europa.
O
apoio russo aos separatistas do leste da Ucrânia (invasão) e a sua anexação da
ilha Krim na Rússia criam uma nova situação na Europa. A Ucrânia que tinha
entregado as armas nucleares à Rússia em 1994 pensava, com isso, adquirir a sua
independência e integridade territorial. A Rússia sente-se ferida nos seus
interesses fronteiriços com a NATO e parece encetar um caminho imprevisível.
Sanções
contra a Rússia provocaram uma crise económica na Rússia com consequências
negativas também para a economia ocidental.
Putin
considera a queda da União Soviética como “a maior catástrofe geopolítica do
século XX”. Não aceita que as fronteiras da NATO se tornem as fronteiras da
Rússia, o que vai levar a NATO à corrida às armas. Um caso bicudo de resolver
também devido à falta de entendimento entre os países europeus.
Os
EUA espionam os amigos, porque consideram prioritários os interesses políticos,
económicos e de defesa. A crise da UE vai-se arrastando.
Milhares
de refugiados da guerra e da miséria morrem no mediterrâneo e muitos milhares
encontram refúgio entre nós.
A sociedade não se encontra
preparada sequer para reconhecer os perigos e conflitos que ela mesma anda a
chocar. Tem medo de imaginar e analisar cenários possíveis porque muita da
nossa inteligência política foi formada numa mentalidade polar ou da
guerra-fria.
Os
cristãos tornaram-se nas maiores vítimas da modernidade; em cada cinco minutos
que passam é morto um cristão. Hoje tornou-se moda atacar os cristãos. Até
quando surge um comentário sobre o terrorismo árabe logo surge uma resposta
desculpante ou desviadora do assunto para canto, com o argumento de que os cristãos
também já perseguiram com a inquisição ou caça às bruxas. 400 milhões de
cristãos encontram-se ameaçados e 100 milhões sofrem violência directa
(massacres, aprisionamento, marcação das casas onde vivem cristãos com o nome
nazareno, pagamento do imposto de cabeça – por cristão, como era costume
durante a ocupação muçulmana da Península Ibérica, etc.) . As igrejas do
ocidente não reagem porque se encontram preocupadas com problemas de umbigo e
sob o pensar correcto que domina a imprensa e a política ocidental.
O
Ano 2014 não será para esquecer pelas consequências das tragédias nele
iniciadas ou acentuadas a nível internacional.
Portugal
encontra-se ainda em estado de excepção dado estar submetido a um regime
especial de poupança; a confiança do cidadão na política está de rastos, o
combate à corrupção encontra muita resistência por parte de poderes enredados e
instalados.
2015
não parece prometer muito, resta-nos a esperança.
António
da Cunha Duarte Justo
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