O nosso PM e a nossa ex-Ministra da Educação criaram sem nenhuma educação um sistema de Educação que não contempla propriamente a Educação mas a absoluta falta dela – quer ao nível da moral e dos costumes, quer ao nível do conhecimento, quer ao nível da saúde. Criaram arbitrariedades divisionistas na seriação dos professores, reduziram o seu espaço de trabalho a uma permanência contínua na escola, sobrecarregaram-nos com reuniões orientadoras ou desorientadoras, coarctando-lhes a conveniente preparação das suas aulas diárias, de matéria dispersa, não lhes deixaram tempo para se sentarem em família.
Não sei se a ex-Ministra tem família, mas sei que o PM tem filhos de que se orgulha. Para nos podemos orgulhar dos filhos, temos que os seguir, que os assistir, que os acompanhar nas instâncias da vida. Mas nenhum dos ministros referidos fez referência a esse factor. No radicalismo absurdo e perverso do seu projecto educativo de “Avaliação” ou de “Destruição” da classe docente - e concomitantemente da classe discente – ignoraram que os professores também são pais e mães, impingiram-lhes longas tarefas burocráticas, longas propostas de leitura documental, longas farsas de pseudo-trabalho educativo, realmente penoso e impeditivo da preparação das aulas do dia seguinte, na complexidade dos anos a leccionar, e do acompanhamento familiar, já que se parte do princípio de que os professores não são estátuas petrificadas, animadas que foram do fogo de Zeus.
Os senhores ministros – actual e passada – ignoraram esses factores, ignoraram alunos e professores, achincalharam o ensino, desprestigiaram os professores do ensino público. Mudou a Ministra. Mas não se lhe conhecem ainda as ideias, que não há urgência. Horas antes da sua eleição, a nova Ministra afirmara não ter sido ainda contactada no sentido de ser alçada à posição que pouco depois a içou e de que há muito se falava. Mas não foi contactada, disse, e tal falsidade irónica pressupõe desonestidade e manha. O tema do Ensino e da Avaliação não é urgente, o primeiro período quase no fim, arrastado segundo as normas anteriores, manhosamente, perfidamente, cinicamente, opressivamente.
Entretanto, uma notícia saiu na Visão e no Expresso que atesta o empenhamento finório de alguns docentes na prossecução da reforma da ex-Ministra da Educação, não se sabe se de conluio já com a actual, para que fique provado por a mais b que a tal reforma ainda pode ser mais apurada no sentido da imolação dos docentes, equiparados aos cordeiros bíblicos.
Foi na escola de Monserrate em Viana do Castelo que se lançou o projecto de explicações nocturnas via online. Vem na Visão e no Expresso, li-o na Internet, também em e-mail indignado de professora menos dócil. Há quem defenda o projecto, em comentários na Internet. Um sujeito que afirma dar explicações no seu emprego, via internet, e a sua esposa – as mulheres das castas sociais menos letradas são sempre designadas por esposas, revelando a educação e o apreço masculino – a sua esposa, também professora, já o fazia aos seus alunos, tirando dúvidas pela mesma via. Depreendo, pois, que a professora esposa do senhor do comentário ainda é mais pioneira do que a directora pedagógica da escola Monserrate de Viana do Castelo. O que foi é mais discreta na informação, o esposo chamando agora a atenção sobre o facto, provavelmente na expectativa de também merecer atenção e apoio.
Mas a maioria indigna-se e há quem pergunte se é para efeitos de subida curricular que os professores da escola Monserrate tomaram a iniciativa de o fazer, noticiando-a na imprensa.
Conheço disto. Gente subserviente, prestimosa, mais papista que o Papa, curvando ficticiamente a cerviz aos chefes, pior que um hipócrita e desonesto Tartufo, pois que este só lesaria uma família, com as suas insídias, enquanto que as ovelhas - ronhosas, subservientes, mais papistas que o Papa, prestimosas - prejudicam uma classe inteira, a sugerir que todos se deverão integrar num projecto de tanto (?) alcance. Pela projecção mediática que dão a esse seu trabalho nocturno.
Todas as pessoas podem tirar dúvidas, acudir a aflições, directamente, telefonicamente, por email. Mas discretamente. Não vão propalar essas generosidades aos quatro ventos. Esta directora pedagógica propalou. Tem o tacho garantido.
A esperança que resta aos outros professores da moderna avaliação ministerial -acrescida do online decifrador de dúvidas, segundo o modelo da escola Monserrate - é que os alunos, incapazes de definir as suas dúvidas em aula, que geralmente boicotam, não tenham capacidade de as definir pela via online, mais propícia a certezas de linguagem escatológica de anonimato.
Não sei se a ex-Ministra tem família, mas sei que o PM tem filhos de que se orgulha. Para nos podemos orgulhar dos filhos, temos que os seguir, que os assistir, que os acompanhar nas instâncias da vida. Mas nenhum dos ministros referidos fez referência a esse factor. No radicalismo absurdo e perverso do seu projecto educativo de “Avaliação” ou de “Destruição” da classe docente - e concomitantemente da classe discente – ignoraram que os professores também são pais e mães, impingiram-lhes longas tarefas burocráticas, longas propostas de leitura documental, longas farsas de pseudo-trabalho educativo, realmente penoso e impeditivo da preparação das aulas do dia seguinte, na complexidade dos anos a leccionar, e do acompanhamento familiar, já que se parte do princípio de que os professores não são estátuas petrificadas, animadas que foram do fogo de Zeus.
Os senhores ministros – actual e passada – ignoraram esses factores, ignoraram alunos e professores, achincalharam o ensino, desprestigiaram os professores do ensino público. Mudou a Ministra. Mas não se lhe conhecem ainda as ideias, que não há urgência. Horas antes da sua eleição, a nova Ministra afirmara não ter sido ainda contactada no sentido de ser alçada à posição que pouco depois a içou e de que há muito se falava. Mas não foi contactada, disse, e tal falsidade irónica pressupõe desonestidade e manha. O tema do Ensino e da Avaliação não é urgente, o primeiro período quase no fim, arrastado segundo as normas anteriores, manhosamente, perfidamente, cinicamente, opressivamente.
Entretanto, uma notícia saiu na Visão e no Expresso que atesta o empenhamento finório de alguns docentes na prossecução da reforma da ex-Ministra da Educação, não se sabe se de conluio já com a actual, para que fique provado por a mais b que a tal reforma ainda pode ser mais apurada no sentido da imolação dos docentes, equiparados aos cordeiros bíblicos.
Foi na escola de Monserrate em Viana do Castelo que se lançou o projecto de explicações nocturnas via online. Vem na Visão e no Expresso, li-o na Internet, também em e-mail indignado de professora menos dócil. Há quem defenda o projecto, em comentários na Internet. Um sujeito que afirma dar explicações no seu emprego, via internet, e a sua esposa – as mulheres das castas sociais menos letradas são sempre designadas por esposas, revelando a educação e o apreço masculino – a sua esposa, também professora, já o fazia aos seus alunos, tirando dúvidas pela mesma via. Depreendo, pois, que a professora esposa do senhor do comentário ainda é mais pioneira do que a directora pedagógica da escola Monserrate de Viana do Castelo. O que foi é mais discreta na informação, o esposo chamando agora a atenção sobre o facto, provavelmente na expectativa de também merecer atenção e apoio.
Mas a maioria indigna-se e há quem pergunte se é para efeitos de subida curricular que os professores da escola Monserrate tomaram a iniciativa de o fazer, noticiando-a na imprensa.
Conheço disto. Gente subserviente, prestimosa, mais papista que o Papa, curvando ficticiamente a cerviz aos chefes, pior que um hipócrita e desonesto Tartufo, pois que este só lesaria uma família, com as suas insídias, enquanto que as ovelhas - ronhosas, subservientes, mais papistas que o Papa, prestimosas - prejudicam uma classe inteira, a sugerir que todos se deverão integrar num projecto de tanto (?) alcance. Pela projecção mediática que dão a esse seu trabalho nocturno.
Todas as pessoas podem tirar dúvidas, acudir a aflições, directamente, telefonicamente, por email. Mas discretamente. Não vão propalar essas generosidades aos quatro ventos. Esta directora pedagógica propalou. Tem o tacho garantido.
A esperança que resta aos outros professores da moderna avaliação ministerial -acrescida do online decifrador de dúvidas, segundo o modelo da escola Monserrate - é que os alunos, incapazes de definir as suas dúvidas em aula, que geralmente boicotam, não tenham capacidade de as definir pela via online, mais propícia a certezas de linguagem escatológica de anonimato.
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