Hoje, na “Quadratura do Círculo” estavam todos - menos um - muito indispostos com o PM, falando alto. Parece que este tem andado por aí a aldrabar, embora o António Costa, que é do partido, se esforçasse por o defender com unhas e dentes, não só na questão das escutas como de todas as aleivosias de que os invejosos o assacam, sem respeito nenhum pelo seu estatuto, além de que, disse Costa, só quem se considere muito superior em carácter é que pode duvidar do carácter das outras pessoas, coisa que ele, Costa, não faz, donde se depreende que não se considera superior a ninguém em carácter, pelo que não julga nunca o carácter de ninguém.
Espantei-me com a humildade democrática da observação mas duvidei dela, pois não faz senão mandar bitaques aos companheiros de mesa, o que pressupõe que duvida do carácter dos outros, como qualquer pessoa normal, quando verifica que há motivos disso.
O Lobo Xavier também ficou escamado com as alfinetadas de António Costa e respondeu, para exemplificar as aldrabices do PM que, para além de este nunca responder às sucessivas acusações de que é alvo e que já formam uma boa herança para os seus filhos, existia uma certeza a respeito das mentiras de que o poderiam acusar formalmente: na questão da venda da TVI, que chutara os esposos Monis e Moura Guedes, inicialmente ele afirmara não ter conhecimento do caso e mais tarde, apanhado com a boca na botija, foi obrigado a confessar que o soubera particularmente, mas não oficialmente e que particularmente não contava. E Lobo Xavier considerou que esta mentira confessa abonava todos os outros casos de que era acusado, o que não abonava era o carácter do PM, e isso irritou Costa.
Falou mesmo – Lobo Xavier – em jogo de sombras chinesas, ou jogo chinês de sombras e, embora eu também saiba fazer cãezinhos de sombra nas paredes com as mãos, bem irreais mas muito engraçados, logo me lembrou o mito da caverna socrático-platónica, das sombras que os condenados viam nas paredes dela, resultantes do foco da fogueira por trás de quem passava, responsável por essas tais sombras nas paredes frontais que os condenados se habituaram a considerar reais, por serem a sua única realidade visível, afinal manipulada. Assim somos todos nós, manipulados e ignorantes, que acreditamos nas sombras como única realidade, embora sejam mentiras projectadas pelo foco luminoso PM.
Também Pacheco Pereira se manifestou a favor de Lobo Xavier, afirmando não se tratar de animosidade pessoal, mas que era condenável a insistência na mentira, condenável, portanto, o PM, que assim insiste e promete continuar.
Por mim, já não condeno. Desde que fui crédula relativamente a Manuela Ferreira Leite, como garante de reformas possíveis, uma das quais a do Estatuto da Carreira Docente e vi como o PSD, que fora a favor do rasgar de propostas do PS, entre as quais o tal Estatuto, se abstivera na votação das propostas educativas do CDS-PP, deitando por terra as perspectivas de mudança de um processo educativo indecoroso, e as ilusões de milhares de professores, num traidor rebaixamento ao PS, sugerindo outras deslealdades para com o país que neles confiou, já não condeno o PM nas suas mentiras.
Vivemos na caverna. E temos muitos projectores de sombras na nossa realidade.
Espantei-me com a humildade democrática da observação mas duvidei dela, pois não faz senão mandar bitaques aos companheiros de mesa, o que pressupõe que duvida do carácter dos outros, como qualquer pessoa normal, quando verifica que há motivos disso.
O Lobo Xavier também ficou escamado com as alfinetadas de António Costa e respondeu, para exemplificar as aldrabices do PM que, para além de este nunca responder às sucessivas acusações de que é alvo e que já formam uma boa herança para os seus filhos, existia uma certeza a respeito das mentiras de que o poderiam acusar formalmente: na questão da venda da TVI, que chutara os esposos Monis e Moura Guedes, inicialmente ele afirmara não ter conhecimento do caso e mais tarde, apanhado com a boca na botija, foi obrigado a confessar que o soubera particularmente, mas não oficialmente e que particularmente não contava. E Lobo Xavier considerou que esta mentira confessa abonava todos os outros casos de que era acusado, o que não abonava era o carácter do PM, e isso irritou Costa.
Falou mesmo – Lobo Xavier – em jogo de sombras chinesas, ou jogo chinês de sombras e, embora eu também saiba fazer cãezinhos de sombra nas paredes com as mãos, bem irreais mas muito engraçados, logo me lembrou o mito da caverna socrático-platónica, das sombras que os condenados viam nas paredes dela, resultantes do foco da fogueira por trás de quem passava, responsável por essas tais sombras nas paredes frontais que os condenados se habituaram a considerar reais, por serem a sua única realidade visível, afinal manipulada. Assim somos todos nós, manipulados e ignorantes, que acreditamos nas sombras como única realidade, embora sejam mentiras projectadas pelo foco luminoso PM.
Também Pacheco Pereira se manifestou a favor de Lobo Xavier, afirmando não se tratar de animosidade pessoal, mas que era condenável a insistência na mentira, condenável, portanto, o PM, que assim insiste e promete continuar.
Por mim, já não condeno. Desde que fui crédula relativamente a Manuela Ferreira Leite, como garante de reformas possíveis, uma das quais a do Estatuto da Carreira Docente e vi como o PSD, que fora a favor do rasgar de propostas do PS, entre as quais o tal Estatuto, se abstivera na votação das propostas educativas do CDS-PP, deitando por terra as perspectivas de mudança de um processo educativo indecoroso, e as ilusões de milhares de professores, num traidor rebaixamento ao PS, sugerindo outras deslealdades para com o país que neles confiou, já não condeno o PM nas suas mentiras.
Vivemos na caverna. E temos muitos projectores de sombras na nossa realidade.
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