Um Primeiro Ministro manobrando bem o seu discurso, de habituais arrogâncias, de habituais perfídiazinhas lançadas contra os opositores, a todos lembrando – menos a uma – Heloísa Apolónia, cujo nome omitiu, creio que por lapso de memória – que fora ele que vencera, era ele que estava ali, contrariamente ao que todos pensavam antes, depois de tão catastrófica governação como todos diziam, seria natural que perdesse, mas ganhou, o povo escolheu-o, era ele que ditava as leis - embora todos lhe lembrassem que a forma de governação não iria ser a mesma, porque a maioria que tinha era relativa - e isso foi dito várias vezes, à laia de saudação a cada chefe de partido, via-se que o PM estava feliz e que não se importava nada com o que os outros estavam a responder, as regras seria ele que as ditaria, o programa era de continuidade, na linha do anterior, não iria perder o que se fizera, iria manter a sua política, na questão das obras, na questão dos professores, nas questões a que não respondeu. Eles não tinham querido fazer coligação, eles seriam responsáveis se a coisa corresse mal, o PM governaria sozinho, poupado nas ideias que não pretendia modificar, poupado em mudanças que não iria fazer, poupado.
Gostei de os ouvir a todos, bem comportados, bons atacantes, sabendo apontar os erros e as omissões do adversário, Manuela Ferreira Leite brilhante, rigorosa e exigente, Jerónimo de Sousa criterioso, não se deixando embrulhar pelas megalomanias do PM, ouvindo em resposta a resposta de sempre sobre o discurso de sempre, há muito estratificado, que a mim me pareceu inteligentemente certeiro, com dados pontuais, bem diferente dos de Álvaro Cunhal que, esse sim, não movia uma vírgula, Francisco Louçã também brilhantemente irónico e conscienciosamente desmascarante das políticas ruinosas, Paulo Portas, como sempre, síntese excelente dos vários erros governativos e das várias propostas de premissas a estabelecer, para governar melhor, numa disciplina de apoio que o PM não pretende seguir, Ana Drago arrumada nas ideias, sabendo defender bem os seus pontos de vista. E outros muitos que falaram sobre estes e outros temas.
Gostei de os ouvir, como velhos amigos que estavam ali a defender o nosso País, na preocupação de uma dívida externa que parece não afectar o nosso PM, por uma avaliação dos professores estrondosa de maquiavelismo, batota e idiotia, que também não vai mudar, por uma justiça carregada de insânias, por uma corrupção em que mal se toca, como os “cães do Nilo, que correm e vão bebendo” do nosso Sá de Miranda, porque muitos são os implicados nela, por um desemprego a aumentar, por uma balança económica em desequilíbrio catastrófico...
Eles estiveram ali, como velhos amigos, a dar-nos esperança de que iriam lutar e poder lutar.
O nosso PM não parece querer ceder, ele está lá para continuar.
Gostei de os ouvir a todos, bem comportados, bons atacantes, sabendo apontar os erros e as omissões do adversário, Manuela Ferreira Leite brilhante, rigorosa e exigente, Jerónimo de Sousa criterioso, não se deixando embrulhar pelas megalomanias do PM, ouvindo em resposta a resposta de sempre sobre o discurso de sempre, há muito estratificado, que a mim me pareceu inteligentemente certeiro, com dados pontuais, bem diferente dos de Álvaro Cunhal que, esse sim, não movia uma vírgula, Francisco Louçã também brilhantemente irónico e conscienciosamente desmascarante das políticas ruinosas, Paulo Portas, como sempre, síntese excelente dos vários erros governativos e das várias propostas de premissas a estabelecer, para governar melhor, numa disciplina de apoio que o PM não pretende seguir, Ana Drago arrumada nas ideias, sabendo defender bem os seus pontos de vista. E outros muitos que falaram sobre estes e outros temas.
Gostei de os ouvir, como velhos amigos que estavam ali a defender o nosso País, na preocupação de uma dívida externa que parece não afectar o nosso PM, por uma avaliação dos professores estrondosa de maquiavelismo, batota e idiotia, que também não vai mudar, por uma justiça carregada de insânias, por uma corrupção em que mal se toca, como os “cães do Nilo, que correm e vão bebendo” do nosso Sá de Miranda, porque muitos são os implicados nela, por um desemprego a aumentar, por uma balança económica em desequilíbrio catastrófico...
Eles estiveram ali, como velhos amigos, a dar-nos esperança de que iriam lutar e poder lutar.
O nosso PM não parece querer ceder, ele está lá para continuar.
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