A minha neta Catarina telefonou-me, a censurar-me por não
ter feito referência ao aniversário da minha Mãe, que passou no dia 27. Não
escrevi, mas vivi a mesma saudade que ela expressa na sua “elegia”, que
colocou no facebook e me mandou agora. A
Catarina é uma moça boa e alegre que mantém a mesma ingenuidade – cheia de
força, que lhe vem, talvez, da bisavó – ingenuidade que lhe ditou um desabafo
que é o seu próprio retrato, de menina crescendo no seu mundo de carinho e
alegria, por vezes orvalhada de desesperos. Como este, sobre a falta que lhe
faz a si, uma pessoa que tanto nos marcou a todos os que convivemos mais
intimamente com esse “portento” que foi a minha Mãe.
Obrigada, Catarina, creio que sim, que a minha Mãe te
protegerá, como a todos nós, lá do lugar onde se encontra – porque estará
sempre dentro de nós. Como a ti, também as lágrimas me escorrem muitas vezes
pela cara. De saudade.
«Já vão alguns meses deste que tu nos deixaste, mas hoje os
107 aninhos são feitos no céu! Bisavozinha, ontem à noite por volta da 00:20,
estavas brilhante, minha estrelinha. Tenho muitas saudades tuas e lembro-me de
ti todos os dias. Gostava de te dar beijinhos, abracinhos, festinhas e de ter
as conversas que tínhamos, outra vez. Gosto muito de ti...
Tenho saudades das tuas festinhas na minha cara e dos teus
beijinhos cheios de ternura.
Tenho saudades daquelas tuas "saídas" de que de
vez em quando me lembro: - "olha o teu freixelo"; "podes-me dar
beijinhos se não tiveres nojo de mim" e eu respondi-te:-" ainda te
dou mais"; -"és a minha carochinha!". Saudades!!!! Não tenho
palavras. Recordo-me de ti com muitas saudades e as lágrimas correm-me pela
cara.
Espero que nos estejas a proteger a todos na tua nova
morada.
Gosto muito de ti e vais ser para sempre a minha estrelinha.
Aqui está o texto que escrevi sobre a avó...
Beijinhos»
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