O Ricardo, como sempre, é um adepto destas histórias de
meninos que tantas evocações lhe trazem de um passado bem urdido, de liberdade de
consciência pesada e sem temor. Daí que, de vez em quando, de par com questões
mais ponderadas, me envie estas do seu e
do meu gosto, ansioso pelo ultrapassar despreocupado de tanto pesadelo adulto que
por aí vai, também em liberdade sem temor e sem consciência pesada.
E aqui está o seu email, com a história dos dois
meninos problemáticos, para a estafa das
mães, e o saber capital dos padres:
Deus nos livre...
Ricardo Jorge Henriques
de Lacerda
Um casal tinha dois
filhos, um de 8 e outro de 10 anos, que eram umas pestes. Os pais sabiam que
se houvesse algum problema na zona onde moravam, eles com certeza estariam
metidos.
A mãe das crianças
ficou sabendo que o novo padre da cidade tinha tido bastante sucesso em
disciplinar crianças.
Então ela pediu ao padre
que falasse com os meninos. O padre concordou, mas pediu para vê-los
separadamente.
A mãe, então, mandou
primeiro o filho mais novo.
O padre, um homem alto
com uma voz de trovão, sentou o puto e perguntou-lhe austeramente:
- Onde está Deus?
O puto abriu a boca,
mas não conseguiu emitir nenhum som, ficou sentado, com a boca aberta e os
olhos arregalados.
Então, o padre repetiu
a pergunta num tom ainda mais severo:
- Onde está Deus?
Mais uma vez o puto
permaneceu de boca aberta sem conseguir emitir nenhuma resposta.
Então, o padre levantou ainda mais a voz, e com o dedo no rosto do puto
berrou:
- ONDE ESTÁ DEUS?
O puto saiu correndo
da igreja directamente para casa e trancou-se no quarto.
Quando o irmão mais velho
o encontrou, perguntou-lhe:
- O que é que
aconteceu?
O irmão mais novo,
ainda tentando recuperar o fôlego, respondeu:
- Mano desta vez é que estamos mesmo lixados! Deus desapareceu e
acham que fomos nós!!
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