terça-feira, 15 de novembro de 2016

A eterna questão



O Ricardo, como sempre, é um adepto destas histórias de meninos que tantas evocações lhe trazem de um passado bem urdido, de liberdade de consciência pesada e sem temor. Daí que, de vez em quando, de par com questões mais ponderadas, me  envie estas do seu e do meu gosto, ansioso pelo ultrapassar despreocupado de tanto pesadelo adulto que por aí vai, também em liberdade sem temor e sem consciência pesada.
E aqui está o seu email, com a história dos dois meninos problemáticos, para a estafa  das mães, e o saber capital dos padres:

Deus nos livre...
Ricardo Jorge Henriques de Lacerda







Um casal tinha dois filhos, um de 8 e outro de 10 anos, que eram umas pestes. Os pais sabiam que se houvesse algum problema na zona onde moravam, eles com certeza estariam metidos.
A mãe das crianças ficou sabendo que o novo padre da cidade tinha tido bastante sucesso em disciplinar crianças.
Então ela pediu ao padre que falasse com os meninos. O padre concordou, mas pediu para vê-los separadamente.
A mãe, então, mandou primeiro o filho mais novo.
O padre, um homem alto com uma voz de trovão, sentou o puto e perguntou-lhe austeramente:
- Onde está Deus?
O puto abriu a boca, mas não conseguiu emitir nenhum som, ficou sentado, com a boca aberta e os olhos arregalados.
Então, o padre repetiu a pergunta num tom ainda mais severo:
- Onde está Deus?
Mais uma vez o puto permaneceu de boca aberta sem conseguir emitir nenhuma resposta.
Então, o padre levantou ainda mais a voz, e com o dedo no rosto do puto berrou:
- ONDE ESTÁ DEUS?
O puto saiu correndo da igreja directamente para casa e trancou-se no quarto.
Quando o irmão mais velho o encontrou, perguntou-lhe:
- O que é que aconteceu?
O irmão mais novo, ainda tentando recuperar o fôlego, respondeu:
-  Mano desta vez é que estamos mesmo lixados! Deus desapareceu e acham que fomos nós!!


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