domingo, 16 de agosto de 2009

Não é preciso jurar

A longa frase “Juro pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas” que os funcionários pronunciavam antes de assinarem o seu contrato de trabalho, foi chavão que continuamos a ouvir, aquando da eleição de um novo governo, a cada figura do elenco governativo, pronunciada compenetradamente, se não com íntima ironia, como já no tempo de Salazar se fazia, por serem palavras vazias, no seu ritual imposto. De facto, os sentimentos, se existem, não requerem longas tiradas retóricas para serem verdadeiros. E a maior parte de nós não acredita, infelizmente, na honra nem na lealdade, a não ser em função dos interesses de cada um.
Quando o Sr. Casimiro Rodrigues afirma “Lutarei – em tudo quanto interesse à Diáspora – por não dar tréguas aos meus pares da Assembleia da República, até que os seus direitos sejam implantados e respeitados” – o seu discurso chão não requer a confirmação com juramento pela honra e cumprimento leal, expressões da vacuidade e do cinismo protocolares.
São frases que tocam nos pontos-chave da acção futura: a luta sem tréguas, a realização dos interesses da Diáspora.
E nós acreditamos, não sorrimos interiormente, como na eleição dos governantes.
Porque são palavras de força, de um homem probo, que um dia assumiu uma atitude corajosamente nacionalista - a de levar o incentivo aos Portugueses patriotas espalhados pelo mundo, e a de recolher deles – até então intimidados, despercebidos ou menosprezados, por não comungarem nos novos ideais só aparentemente libertários e só aparentemente solidários – os testemunhos das suas vivências ou dos seus pareceres e lutas, desde o 25 de Abril de 74.
Nunca aqui em Portugal se vira um protector desses, com tal carisma de hombridade e patriotismo.
Por isso, ao ler o seu “Programa” de apoio à Diáspora e as suas propostas que apontam para a autenticidade e o conhecimento e experiência dos problemas odisseicos dos Emigrantes no Mundo, sentimos um verdadeiro respeito por alguém que assumiu corajosamente um papel que reputo “histórico”, porque de uma heroicidade a lembrar os fundadores da Nação Portuguesa e aqueles navegadores dessa pequena Nação que outrora desbravaram mares e terras sem grandes preocupações culturais, mas com um real amor pelo espaço físico da sua criação.
Por isso, apoio incondicionalmente este grande Homem, verdadeiramente amante da sua Pátria e, que, nesse sentido, tem estendido a mão solidária – jamais inferiorizada, mas irónica perante as críticas – a todos, como um pai experiente, conhecedor das tramas que se vão urdindo em torno.
O seu Programa é a voz de um defensor dos direitos dos Portugueses que, pelo Mundo fora, pela indiferença dos Governos nacionais, se têm rebelado ou afligido em vão.
Um grande abraço de parabéns ao Sr. Casimiro Rodrigues, pela sua coragem em assumir um papel de competidor, desejando-lhe, do coração, a Vitória.
Para bem da Nação Portuguesa.

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