sábado, 1 de maio de 2010

Nervos de aço

Falámos nos nervos de aço que o nosso Primeiro disse ter e precisar e concordámos com ele. A minha amiga ainda referiu a “palha de aço” do seu conhecimento e do meu, quando a usamos para raspar sujidades demasiado incrustadas e que não saem nem com os detergentes mais potentes. Às vezes também vamos buscar as facas de aço, inquebráveis, para o mesmo efeito, quando nem a palha de aço as tira.
Mas vimos por aqui que, indiferente à palha e às facas, o nosso Primeiro vai utilizar antes os seus nervos, como matéria prima, não, portanto, para limpar a sujidade que reina por aí - que isso é trabalho hercúleo, como já o demonstrei a respeito das estrebarias do rei Augias, nas quais Hércules usou a força para canalizar dois rios em enxurrada salvadora, e a inteligência, por ter preferido essa estratégia à limpeza a seco - mas para lhe fazer frente, em muralha de aço, como já dizia o povo dantes, ao companheiro Vasco, a quem impunha força, nesse tempo primitivo em que o povo é que formaria a muralha de aço, da sua união com o Vasco.
O nosso Primeiro não precisa do povo nem da união, é ele a muralha de aço completa, com os seus nervos de aço, sem precisar da palha nem das facas da mesma matéria-prima, na estrebaria que estamos a criar, creio que com a ajuda do nosso Primeiro.
Mas, mais forte do que Hércules, e mais inteligente ainda, já que visualizou bem os problemas da sua estrebaria, em que é parte activa, ele tudo leva de vencida. Com os seus nervos de aço. E o seu regozijo de alma tranquila, indiferente ao ruído e ao fedor em volta.

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