O povo é descrito no capítulo XXVI de “Elogio da Loucura”, como selvagem, seres “nascidos dos rochedos ou dos carvalhos”, só reunidos em cidades graças ao engodo de que são alvo e a “apólogos risíveis e pueris”, como o de Agripa, “dos membros e do estômago”, sobre a greve daqueles, por acharem que o estômago só sacava de todos os órgãos e, com a sua paragem, fizeram definhar o corpo todo. Outras fábulas refere a Loucura necessárias ao povo crédulo, como medidas didácticas, entre as quais a do romano Sertório “peregrino”, sucessor de Viriato na defesa dos nossos Lusitanos contra o poderio romano, o qual “fingiu na cerva espírito divino” segundo o discurso camoniano de Júpiter aos deuses. “É com estas parvoíces que se leva esta enorme e poderosa besta que é o povo”, conclui a Loucura.
Não creio que seja tanto assim, hoje. O povo actualmente difere do descrito por Erasmo, já não vai em ficções inventadas pelos governos para se convencer de que é preciso colaborar. As greves que faz são prova disso, bem politizadas, embora a maioria se limite, entre nós, a slogans e trechos entoados de despedimento pouco cordial de ministros ou de normas ministeriais de menor aceitação pelo povo não mais crente em ficções, com excepção para as de carácter religioso, que essas o povo preza. E apesar dos protestos, o povo é que paga sempre, bem levado por quem o governa, porque foi o povo que o escolheu.
É o que ouço neste momento, no Prós e Contras a respeito das scut “quando há alternativa” ou “quando a não há”, levando à conclusão de que é tudo uma questão de alternativa rodoviária para maior sustentabilidade das decisões ministeriais que mexem na carteira das pessoas.
As opiniões divergem sobre as scut, umas pró outras contra, as do pró usando o slogan utilizador/pagador, embora outros considerem que tal slogan está longe daquele outro poluidor/pagador, e a milhas de distância do incendiário que esse não paga nem apaga nunca porque só acende os fogos do seu romano prazer, para ser logo libertado, no caso de ser apanhado, pelos juristas amantes de incêndios, mesmo que não componham versos, como Nero.
Mas agora pegou a esquizofrenia das scut, o povo bem que não quer pagar, mas o governo e os seus apoiantes, que ainda os vai havendo - para merecerem retribuição, quando forem eles os substitutos, usando, porém de astúcia, na ficção da aceitação, enrolando e empatando e adiando, sabendo muito bem da necessidade governativa de reaver divisas para poder reinar e pagar a dívida da nossa crónica situação deficitária, que o nosso PR tão virtuosamente acoima de insustentável, e é por isso que temos todos de pagar as scut, mesmo que não pertençamos ao grupo dos utilizadores, daí que o slogan peque por deficiente, tal como no fabulário antigo. Mas o governo e os seus apoiantes, dizia, acham que, com efeito, é imprescindível pagar.
Que o povo elegeu os seus chefes para cumprir as normas por eles ditadas, já se dizia nos meus tempos de infância :“paga e não bufa”. Faz parte da educação cívica. No caso do nosso actual governo, como nos anteriores.
“A cabeça os membros manda”, foi Sá de Miranda que o escreveu, e o nosso PM é uma boa cabeça para membros como nós, que fazemos parte do fabulário moderno.
Não creio que seja tanto assim, hoje. O povo actualmente difere do descrito por Erasmo, já não vai em ficções inventadas pelos governos para se convencer de que é preciso colaborar. As greves que faz são prova disso, bem politizadas, embora a maioria se limite, entre nós, a slogans e trechos entoados de despedimento pouco cordial de ministros ou de normas ministeriais de menor aceitação pelo povo não mais crente em ficções, com excepção para as de carácter religioso, que essas o povo preza. E apesar dos protestos, o povo é que paga sempre, bem levado por quem o governa, porque foi o povo que o escolheu.
É o que ouço neste momento, no Prós e Contras a respeito das scut “quando há alternativa” ou “quando a não há”, levando à conclusão de que é tudo uma questão de alternativa rodoviária para maior sustentabilidade das decisões ministeriais que mexem na carteira das pessoas.
As opiniões divergem sobre as scut, umas pró outras contra, as do pró usando o slogan utilizador/pagador, embora outros considerem que tal slogan está longe daquele outro poluidor/pagador, e a milhas de distância do incendiário que esse não paga nem apaga nunca porque só acende os fogos do seu romano prazer, para ser logo libertado, no caso de ser apanhado, pelos juristas amantes de incêndios, mesmo que não componham versos, como Nero.
Mas agora pegou a esquizofrenia das scut, o povo bem que não quer pagar, mas o governo e os seus apoiantes, que ainda os vai havendo - para merecerem retribuição, quando forem eles os substitutos, usando, porém de astúcia, na ficção da aceitação, enrolando e empatando e adiando, sabendo muito bem da necessidade governativa de reaver divisas para poder reinar e pagar a dívida da nossa crónica situação deficitária, que o nosso PR tão virtuosamente acoima de insustentável, e é por isso que temos todos de pagar as scut, mesmo que não pertençamos ao grupo dos utilizadores, daí que o slogan peque por deficiente, tal como no fabulário antigo. Mas o governo e os seus apoiantes, dizia, acham que, com efeito, é imprescindível pagar.
Que o povo elegeu os seus chefes para cumprir as normas por eles ditadas, já se dizia nos meus tempos de infância :“paga e não bufa”. Faz parte da educação cívica. No caso do nosso actual governo, como nos anteriores.
“A cabeça os membros manda”, foi Sá de Miranda que o escreveu, e o nosso PM é uma boa cabeça para membros como nós, que fazemos parte do fabulário moderno.
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