terça-feira, 29 de setembro de 2015

«Com que então caiu na asneira»



«Com que então caiu na asneira»
O Artur e a Beatriz fazem anos neste dia:
Comprei na papelaria
Um postal para escrever
Uns dizeres a condizer
Com o desenho requintado
Que em cada um havia.
O postal da Beatriz
Continha uma princesinha
Numa torre bela e esguia
E enigmática;
O do Artur uma mota azul
Bem bonita por sinal,
E carismática,
Que foi tema doutra escrita
Na  rima tão corriqueira
Da brincadeira,
Que termina num abraço
A festejar este dia
De estardalhaço -
- Pelo menos na escola
Onde cada aniversário
É festejado
Com um bolo no recreio
Que sou eu que faço
Porque a mãe da Beatriz
Diz
Que não tem jeito
E é meu o feito
Do bolo de laranja
Sem defeito
Que nem canja.

No postal do Artur
Com a tal mota azul
Foi escrito com calor:

Que o motor da tua mota
Seja um motor a valer
Na estrada por vezes torta
Que a vida nem sempre atenta
Se lembra de desdobrar
Para nós sem muito tento,
Dentro do nosso parecer.
Mas tudo será melhor
Se soubermos bem olhar
E admirar
O que a vida oferecer
Em todo o seu pormenor…
Com um beijinho de amor
Da tua mãe e do teu pai
Sem mota mas com motor.

No postal da Beatriz
Uma menina feliz:

Uma década passou
E tanto que aconteceu!!!
Nem sei como isto conte!
E a princesa de dez anos
Na torre do seu castelo
Perscruta o horizonte
Com um óculo semelhante
Ao dum pirata assaltante
De uma nau do Oriente.
E eis que vê lá adiante
Subindo por trás dum monte
Um belo balão vermelho
Que a faz ficar radiante,
A pensar que o ano à frente
Vai ser de sucesso igual
Ao que passou, afinal,
Pois não há razão para crer
Que ele seja diferente.
Parabéns com muito amor
À princesa Beatriz
Do Vitorino e da avó Berta
Neste dia de um natal
Especial…

Um comentário:

AJS disse...

Obrigado Mãe por estes lindos versos!

Um beijo do tamanho do Universo

Do Motard

Artur