«Com
que então caiu na asneira»
O Artur e a Beatriz fazem
anos neste dia:
Comprei na papelaria
Um postal para escrever
Uns dizeres a condizer
Com o desenho requintado
Que em cada um havia.
O postal da Beatriz
Continha uma princesinha
Numa torre bela e esguia
E enigmática;
O do Artur uma mota azul
Bem bonita por sinal,
E carismática,
Que foi tema doutra
escrita
Na rima tão corriqueira
Da brincadeira,
Que termina num abraço
A festejar este dia
De estardalhaço -
- Pelo menos na escola
Onde cada aniversário
É festejado
Com um bolo no recreio
Que sou eu que faço
Porque a mãe da Beatriz
Diz
Que não tem jeito
E é meu o feito
Do bolo de laranja
Sem defeito
Que nem canja.
No postal do Artur
Com a tal mota azul
Foi escrito com calor:
Que o motor da tua mota
Seja um motor a valer
Na estrada por vezes
torta
Que a vida nem sempre
atenta
Se lembra de desdobrar
Para nós sem muito
tento,
Dentro do nosso parecer.
Mas tudo será melhor
Se soubermos bem olhar
E admirar
O que a vida oferecer
Em todo o seu pormenor…
Com um beijinho de amor
Da tua mãe e do teu pai
Sem mota mas com motor.
No postal da Beatriz
Uma menina feliz:
Uma década passou
E tanto que aconteceu!!!
Nem sei como isto
conte!
E a princesa de dez
anos
Na torre do seu castelo
Perscruta o horizonte
Com um óculo semelhante
Ao dum pirata
assaltante
De uma nau do Oriente.
E eis que vê lá adiante
Subindo por trás dum
monte
Um belo balão vermelho
Que a faz ficar
radiante,
A pensar que o ano à
frente
Vai ser de sucesso
igual
Ao que passou, afinal,
Pois não há razão para
crer
Que ele seja diferente.
Parabéns com muito amor
À princesa Beatriz
Do Vitorino e da avó
Berta
Neste dia de um natal
Especial…
Um comentário:
Obrigado Mãe por estes lindos versos!
Um beijo do tamanho do Universo
Do Motard
Artur
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