terça-feira, 28 de julho de 2009

“Não se trata propriamente de uma marafona!”

- “Não se trata propriamente de uma marafona!”
- “Hein? Marafona?”
A minha amiga devia estar a seguir qualquer dos seus pensamentos exaltados, nem deu grande importância ao que disse.
O assunto era sobre as nossas mulheres mediáticas, tirando as antigas: a advogada – Elisabete Chaves - que mereceu prisão pelas ilegalidades que praticou a legalizar estrangeiros, com casamentos fictícios à mistura e falsificação de documentos, etc, a Fátima Felgueiras, velha conhecida, que foi acusada por burlas diversas no seu mandato em Felgueiras, mas que lá se vai safando, a escritora Carolina Salgado que não tem comparecido em Tribunal devido ao estado de saúde que a inibe, embora o seu advogado afirme que no próximo julgamento tudo indica que sim, que já irá, excepto se o seu estado de saúde sofrer algum agravamento, Isabel Sanfona, a advogada que tão bem defendeu o BP das muitas acusações que foram feitas sobre a incompetência do seu governador VC a respeito das burlas do BPN e outros bancos, e agora, por pura questão de rima com Sanfona, a que mereceu a frase descontextualizada e surpreendente da minha amiga: Joana Amaral Dias do BE, que Louçã diz que Sócrates arrebanhou para as suas listas – dele Sócrates – o que muito irritou o nosso PM, que até negou tudo e tristemente condenou a acção: “É muito feio atribuir falsas acções e falsas intenções aos dirigentes de outros partidos, só para angariar votos para o seu, denegrindo aqueles”.
Quanto à questão da “marafona”, por causa da rima com Sanfona, eu logo concordei e acrescentei que a Sanfona também não era. Duas bonitas jovens mulheres que estão a fazer boa carreira política, a Amaral Dias até foi apoiante de Mário Soares nas presidenciais, nem se percebe porque é que Francisco Louçã se abespinhou tanto ao transmitir a informação sobre o convite de Sócrates, ou dos responsáveis do seu partido pelas listas, para as suas listas, da jovem tão séria e bonita que Sócrates ainda por cima diz que não vê há mais de dois anos.
Tecemos argumentos – a roca, o fuso e o tear desaparecidos das nossas práticas femininas, ficaram os argumentos entre outras práticas de tecer – sobre as falsidades que se urdem nestas coisas políticas e lamentámos que se vexassem as nossas jovens que demonstram ter capacidades intelectuais e físicas para entrar no governo da nação, que outrora foi regida por gente indiscutivelmente velha a abater, como muito bem se fez, embora alguns dos que censuravam a longevidade dos governantes no poder ainda por lá andem agora, a dar a cara e a governar-se, sem se preocuparem com presumíveis críticas, porque se defendem disciplinadamente bem.
E por aí fora – as conversas são como as cerejas – fomos argumentando sem consequências de maior, só as de mais um pouco de atraso nas nossas questões domésticas de que não prescindimos, honra nos seja, como um bom exemplo, para bem da Nação.

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