As forças

As forças

Ouvi há dias a discursata de António Costa aos seus congéneres na corrida, a que não faltaram os que, mesmo na cadeira de rodas, figurativamente falando, ainda puxam pelos galões, orgulhosos de serem citados por esse a quem alcandoraram ao posto que já foi deles e que este vai assumir rendidamente, por enquanto. Realmente, do que ouvi, retive a bajulice aos antigos que o lá puseram e as patacoadas do costume sobre os que lá estão, prontos para serem apeados. De resto, referências aos problemas e às problemáticas de solução, não as ouvi, o que, de resto, pouca importância terá, habituados que estamos a ir aceitando, com resignação e de mãos postas.

Mas ontem li, no “A Bem da Nação” um artigo de António da Cunha Duarte Justo, com o seguinte título «Um povo culto não deveria suportar a televisão que tem», com, por subtítulo, «Os poderes contestados ontem reúnem-se modernamente nos Canais de Televisão» e tal bastou para perceber os porquês de um povo desde sempre habituado ao velho slogan “Maria vai com as outras”.

Leiamos:

Sábado, 8 de Novembro de 2014

UM POVO CULTO NÃO DEVERIA SUPORTAR A TV QUE TEM

Os Poderes contestados de Ontem reúnem-se modernamente nos Canais de TV

Acabo de chegar de Portugal. Uma estadia, na Quinta Outeiro da Luz, muito rica em contactos e em experiências humanas confortantes. O brilho da gente e do clima contrasta com a negrura e a baixeza de muitos programas da TV. Os responsáveis da TV parecem ter a intenção de educar o povo para o mórbido para o acaçapado, quando a sua missão não deveria ser educar mas informar e instruir!

É horripilante o nível das cadeias de TV. O povo continua a ser emburrecido com histórias emocionais de roubos, suicídios, assassínios e quejandas; tudo explorado até à exaustão duma lágrima que turva a inteligência. Notícias, que deveriam ter lugar apenas nos jornais locais, são exploradas pela TV na intenção de fomentar uma consciência ligada ao espírito coitadinho e a instintos primitivos; programas com moderadores, muitas vezes, sem nível, mas democráticos para que a estupidez também encontre representatividade nos canais virados para a sentimentalidade e a negatividade; enfim, uma cultura para mais engordar a plebe. Até o povo sensato parece não notar que está a ser encharcado com imagens e conversas baratas tendentes ao alheamento, numa perspectiva de lavagem do cérebro. Deixa-se levar e até gosta do sentimento satisfeito que o torna cada vez mais na mesma porque “com papas e bolos se enganam os tolos”. Quanto menos o povo consiga conectar mais facilmente será de levar!

O mais lamentável é que a classe académica e gente bem pensante suportem a banalidade e não proteste contra. Um povo abandonado a feras vestidas de cordeiro.

Quanto ao discurso político transmitido: uma miséria! Apenas discurso partidário para embalar o zé-povinho! É rara a discussão política objectiva sobre temas e se tal a desoras; o que interessa são os ardinas políticos da praça e todo um enredo em torno do dito e do não dito: uma conversa fiada para desinformar.

Cada partido apresenta-se como uma rampa de salvação vendo a do adversário como a rampa para o inferno. Cada qual com os seus dogmas e conversas intermináveis socorrendo-se da falta de informação factual e de argumentação concreta de um público à deriva, até porque só entende os cabeçalhos e os títulos das notícias. Conversa, só conversa! Porém, a conversa nunca é certa, se deixa espaço para reticências. Numa sociedade quer entupida/autossuficiente quer castigada, falta a informação e o interesse por ela, devido às instituições dos boys que tudo minam e dominam.

Temos de deixar a ilusão de que alguém nos virá salvar. Nós é que temos de nos salvar. O povo português é de memória curta e muitas vezes infantil ao pensar que a alternativa, no tempo de eleições, vem de um outro partido. A República começou empestada de ideologias e oportunismos e continua fiel a esta tradição. A juventude abandona o país, permanece o hábito acomodado e autossatisfeito a continuar a má tradição.

Boa noite Portugal!

E acabemos com dados da 2ª Guerra, enviados por Paula Almeida, Técnica Superior:

7 de novembro/ 1938

Ernst vom Rath, terceiro secretário da embaixada alemã em Paris, é baleado e ferido mortalmente por Herschel Grynszpan, de 17 anos, filho de um dos judeus polacos deportados.

1939
 Na Polónia ocupada, é retirado o édito que ordenava o envio dos judeus de Varsóvia para um gueto. Enquanto isso, a deportação de judeus da Polónia ocidental começa.  A rainha Guilhermina da Holanda e rei Leopoldo III da Bélgica fazem um apelo à paz e oferecem-se como mediadores entre os combatentes.  Em Londres, o agente duplo Paul Thummel envia detalhes da ofensiva ocidental alemã ao governo checo no exílio.

1941
 O British Bomber Command realiza raids noturnos em Berlim, Colónia e Mannheim com cerca de 300 bombardeiros. Um total de 37 aeronaves são perdidas, muito por culpa do mau tempo que se fez sentir.

Em Moscovo, Estaline prevê a queda da Alemanha nazi em 12 meses.

Em Gibraltar, o general francês Giraud é trazido da França de Vichy pelo submarino britânico Seraph, para reunir com o general americano Eisenhower. Os Aliados desejam o seu apoio para minimizar a resistência dos habitantes leais ao Governo de Vichy, após a invasão.

 Roosevelt é eleito para um quarto mandato como presidente, algo inédito, ganhando ao candidato republicano Dewey em 36 estados e com 53% dos votos.

Paula AlmeidaTécnica Superior

 8 de novembro 1923 Putsch de Munique: Hitler lidera uma tentativa de golpe para derrubar o governo. A iniciativa não foi bem sucedida.

1936
Na Guerra Civil de Espanha, as tropas franquistas falham nos esforços para capturar Madrid, mas começam o cerco de 3 anos à cidade logo depois.
1937
 A exposição Der ewige Jude (o Judeu eterno) é inaugurada em Munique.
1939
 Uma bomba explode no Burgerbraukeller em Munique (o famoso salão da cervejaria onde se deu início ao putsch nazi de 1923), 20 minutos após Hitler sair, depois de concluir um veemente discurso antibritânico prevendo uma guerra de cinco anos. Morrem oito pessoas. Surgem rumores de que a bomba terá sido colocada pelos próprios nazis como desculpa pelas medidas contra o que resta da oposição alemã e como propaganda antibritânica. Hans Frank, chefe do Governo Geral da Polónia ocupada e ainda não anexada, consolida os planos para o transporte de 600 mil judeus e 400 mil polacos dos territórios incorporados no Governo Geral. O início da operação está previsto para o dia 1 de dezembro.Relatórios sobre movimentações alemãs na fronteira com a Holanda levam o governo deste país a ampliar a zona de inundação defensiva.

1940

   A invasão italiana da Grécia falha devido à desvantagem numérica, o que conduz ao afastamento dos italianos pelas unidades gregas na batalha de Elaia-Kalamas.
1942

  As tropas norte-americanas e britânicas desembarcam nas praias da Argélia e de Marrocos, no norte da África sob controlo francês. O fracasso das tropas colaboracionistas da França de Vichy em se defender contra a invasão, permite que os Aliados se movam rapidamente até a fronteira oeste da Tunísia, o que provoca a ocupação do sul da França pelos alemães, a 11 de novembro.

1944

Os nazis forçam 25.000 judeus a marchar mais de 100 quilômetros sob chuva e neve, num percurso que vai de Budapeste à fronteira com a Áustria, seguida por uma segunda marcha forçada de 50 mil pessoas, terminando em Mauthausen.

9 de novembro 1917

 Estaline entra para o Governo Provisório da Rússia Bolchevista.

1918

     O Kaiser Guilherme II da Alemanha abdica, após uma revolução, dando origem ao nascimento da República.

1921

 É criado o Partito Nazionale Fascista (PNF)

1938
 O diplomata nazi Ernst vom Rath morre vítima dos ferimentos de bala disparados pelo combatente da resistência judaica Herschel Grynszpan, um ato que os nazis usaram como desculpa para instigar o pogrom nacional de 1938, também conhecido como Kristallnacht (Noite de Cristal).

1939
Na Alemanha, a imprensa e a rádio acusam a Grã-Bretanha de ter organizado a tentativa de assassinato de Hitler no dia anterior. Na África do Sul é descoberta uma alegada conspiração de camisas negras nazis que pretendia sabotar a produção de importantes indústrias de Joanesburgo e Pretória.

1940
O ex-primeiro ministro britânico, Neville Chamberlain, morre com 71 anos
1941
Ialta, na Crimeia do sul, é tomada pelo 11º exército alemão

1942
Na França de Vichy, o primeiro-ministro Laval concede autorização aos alemães para a utilização de bases aéreas tunisinas. O Marechal Petain, ao mesmo tempo que denuncia publicamente a invasão, incentiva secretamente o Almirante Darlan a negociar com os Aliados.
1944
 Os japoneses enforcam o espião soviético Richard Sorge na prisão de Sugamo, em Tóquio. Sorge trabalhava há 8 anos como correspondente de Tóquio para um jornal alemão e durante esse tempo enviou para a União Soviética informações detalhadas sobre os planos alemães e japoneses. Das informações enviadas fazia parte um aviso do ataque alemão à União Soviética em 1941.

1989

Queda do Muro de Berlim. A Alemanha de Leste e comunista abre os postos de controlo no Muro de Berlim, permitindo que os seus cidadãos viajem para a Alemanha Ocidental. Este evento levou à eventual reunificação das duas Alemanhas e à queda do comunismo na Europa Oriental, incluindo a Rússia.

Paula Almeida Técnica Superior