Não fui eu que o disse, foi a minha amiga, que continuou:
“Nosso Senhor castiga a gente, castiga, castiga...”
E lembrou o António Feio:
- Ele, tão doente! Perguntaram-lhe se não pedia a Deus saúde, “Pedir a Deus? Não! Ele é tão distraído!”
Lembrámos a irmã que tinha a mesma doença e morreu, referimos a excelência dele como actor, falámos no outro grande actor José Pedro Gomes, que também apanhou um susto grande, na coragem de ambos continuando a trabalhar, espantámo-nos com o seu fraco relevo na televisão, em contraste com o forte valor de ambos... Desejámos-lhes saúde e vida, fervorosamente. Mas a minha amiga receia pela sua influência junto de Deus. E eu também não me posso gabar de a ter.
- Ainda dizem graças. É formidável! O José Pedro Gomes começou a trabalhar antes do tempo, ainda em convalescença, a fazer um espectáculo onde era a única figura. São tão amigos, os dois!
E lembrámos um espectáculo que faziam ambos, cada um na sua cadeira, o “non plus ultra” de graça, humor, representação oral e gestual, numa sátira valiosa e sem a brejeirice do costume. Mas nenhuma de nós se lembrou do nome. Pode ser que o reponham na TV Memória. A menos que tenha sido na Sic!
Passámos ao assunto das falhas de memória em ambas, devido ao stress. Mas a minha amiga leu que está a aumentar assustadoramente na população envelhecida. No mundo inteiro. Ressalvámos a memória da minha mãe, a caminho dos 103 anos. Pode ser que também nós... Mas está visto que não.
A propósito da vitória do Sócrates, disse a minha amiga:
-Agora só era preciso era criar emprego, criar riqueza. É só isto que a gente lhes pede...
-Não será pedir demais?
Ignorou a interrupção.
- E outra coisa que a gente lhes pede é que não deixem roubar o resto.
Eu, por mim - com perdão da redundância - irmanei-me com as críticas mixordeiras da indignação do Jardim. Com efeito, após tanta desgraça, ainda votámos no Sócrates! Não é caso de acefalia nacional?
- E então o silêncio do nosso Presidente! Não é mesmo um Zezinho?”
- De facto, está cada vez mais pateta, irra!
Mas não nos alongámos, que nos causa engulhos. E passámos à notícia sobre Berlusconi, a sua saída sobre o Barack Obama e a mulher.
- Parece que lá pela Itália também não há vergonha na cara! Pessoas a baterem palmas, uma sala cheia de gente a rir! Que coisa tão estúpida! Se não é bêbado...
- Eu acho-o porco, é o triunfo dos porcos. Mas como é rico...
-É rico... É preciso saber-se à custa de quem! Então, mas pode-se ter um primeiro ministro louco? Conta-se cada coisa do homem! A mulher dele é que conta!
- Os Italianos estão habituados. Os Neros, dos tempos da Roma antiga, os Bórgias – Lucrécia, César... Os próprios Papas... Mas quanta arte que promoveram!
- Pode ser que sim! Mas ao menos, o nosso Sócrates é mais decente. E também promoveu os magalhães.
Acabámos, pois, apaziguadas, de bem com Deus.
“Nosso Senhor castiga a gente, castiga, castiga...”
E lembrou o António Feio:
- Ele, tão doente! Perguntaram-lhe se não pedia a Deus saúde, “Pedir a Deus? Não! Ele é tão distraído!”
Lembrámos a irmã que tinha a mesma doença e morreu, referimos a excelência dele como actor, falámos no outro grande actor José Pedro Gomes, que também apanhou um susto grande, na coragem de ambos continuando a trabalhar, espantámo-nos com o seu fraco relevo na televisão, em contraste com o forte valor de ambos... Desejámos-lhes saúde e vida, fervorosamente. Mas a minha amiga receia pela sua influência junto de Deus. E eu também não me posso gabar de a ter.
- Ainda dizem graças. É formidável! O José Pedro Gomes começou a trabalhar antes do tempo, ainda em convalescença, a fazer um espectáculo onde era a única figura. São tão amigos, os dois!
E lembrámos um espectáculo que faziam ambos, cada um na sua cadeira, o “non plus ultra” de graça, humor, representação oral e gestual, numa sátira valiosa e sem a brejeirice do costume. Mas nenhuma de nós se lembrou do nome. Pode ser que o reponham na TV Memória. A menos que tenha sido na Sic!
Passámos ao assunto das falhas de memória em ambas, devido ao stress. Mas a minha amiga leu que está a aumentar assustadoramente na população envelhecida. No mundo inteiro. Ressalvámos a memória da minha mãe, a caminho dos 103 anos. Pode ser que também nós... Mas está visto que não.
A propósito da vitória do Sócrates, disse a minha amiga:
-Agora só era preciso era criar emprego, criar riqueza. É só isto que a gente lhes pede...
-Não será pedir demais?
Ignorou a interrupção.
- E outra coisa que a gente lhes pede é que não deixem roubar o resto.
Eu, por mim - com perdão da redundância - irmanei-me com as críticas mixordeiras da indignação do Jardim. Com efeito, após tanta desgraça, ainda votámos no Sócrates! Não é caso de acefalia nacional?
- E então o silêncio do nosso Presidente! Não é mesmo um Zezinho?”
- De facto, está cada vez mais pateta, irra!
Mas não nos alongámos, que nos causa engulhos. E passámos à notícia sobre Berlusconi, a sua saída sobre o Barack Obama e a mulher.
- Parece que lá pela Itália também não há vergonha na cara! Pessoas a baterem palmas, uma sala cheia de gente a rir! Que coisa tão estúpida! Se não é bêbado...
- Eu acho-o porco, é o triunfo dos porcos. Mas como é rico...
-É rico... É preciso saber-se à custa de quem! Então, mas pode-se ter um primeiro ministro louco? Conta-se cada coisa do homem! A mulher dele é que conta!
- Os Italianos estão habituados. Os Neros, dos tempos da Roma antiga, os Bórgias – Lucrécia, César... Os próprios Papas... Mas quanta arte que promoveram!
- Pode ser que sim! Mas ao menos, o nosso Sócrates é mais decente. E também promoveu os magalhães.
Acabámos, pois, apaziguadas, de bem com Deus.
Mas, sobretudo, com Sócrates...
Nenhum comentário:
Postar um comentário