Faltava a reacção teológica, digamos até
apocalíptica no conjunto das onze reacções apontadas por Alberto
Gonçalves como justificações do terrorismo islâmico, pela inteligência nacional.
Mas a Carta do leitor Hélder Pancadas, no Público de
ontem, ao apontar duas – a primeira, do ilustre deputado Manuel Tiago, de interpretação, aliás, explicitada
na “mumificada” do sociólogo A. G. - refere uma segunda, que, embora da
mesma linha de considerandos da primeira - de intelectualidade inseparável do
preceito moral da punição – está especificamente centrada numa figura poderosa –
Obama - que não tem a ver com a
nossa inteligência mas com a inteligência americana, concretamente da
congressista americana pelo Minesota, Michele Bachmann. Também nos dizem
respeito, como vítimas das retaliações islamitas – as Bestas do Apocalipse - e
todas as hipóteses mereçam a nossa reflexão: “Foste a Cuba, Obama? Cairás,
que a Besta com sete cabeças e dez chifres,
e corpo de leopardo, e patas de urso e fauces de leão, virá também derrubar-te…»
Repostas, pois, as reacções num número mais carismático –
doze - assim vamos enriquecendo o pensamento contemporâneo, à espera de novas
descobertas interpretativas dos eventos históricos que ameaçam o mundo
Afinal foi Deus!
Parece um concurso de
Criatividade. Multiplicam-se
as teses explicativas dos
ataques contra inocentes
dos criminosos fanáticos do
chamado “Exército Islâmico”.
E qual delas a mais criativa! No
próprio dia dos atentados, o
deputado Manuel Tiago, antes mesmo de lamentar as mortes ou
culpar os monstros assassinos, apontou o dedo acusatório aos governos do
Ocidente, eleitos democraticamente pelos respectivos povos. Acabo agora de ler
a explicação adiantada pela congressista republicana pelo Minnesota Michele
Bachmann. Segundo a certamente apoiante de Trump, afinal os crimes de Bruxelas
foram obra de Deus! Sim, como castigo pela visita de Barack Obama a Cuba!
Bastante divergentes as explicações de Tiago e Bachmann para a tragédia de Bruxelas.
Igual, igual é mesmo o ódio ao democrata
Obama!
Hélder Pancadas, Sobreda
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