- Ouvi a entrevista do Pedro Passos Coelho no “Negócios da Semana” pelo José Gomes Ferreira e até que gostei da força motriz do pretendente ao trono, perdão, à direcção do PSD do jovem Coelho. Não ouviu?
- Não, eu já não perco a cabeça com ninguém. Muitas vezes eles estão a falar e eu já não ouço.
Contestei o negativismo da minha amiga, atirando-lhe com o Obama dos seus amores.
- Pois, mas esse está longe.
- É como as uvas da raposa: estão verdes, não prestam, só cães as podem tragar.
- É, mas de qualquer modo somos bem os cães que temos que tragar as políticas dos grandes que fazem girar o mundo, quer sejam boas ou más. Por acaso, acredito que as dele sejam melhores, em termos de defesa dos que pior vão vivendo.
- Não sei, é tudo bonito no discurso. Por isso até que gostei do de Passos Coelho, cheio de certezas, de critérios para uma mudança, que não tornasse os magnatas, afinal, tão dependentes dos dinheiros do Estado.
- O que eu ouvi foi um economista que afirmou que há uma década o país está a afundar-se.
- Só há uma década?
- Ele considera esta última a pior de todas. Outro que disse o que a gente toda diz, que a única coisa é criar mais riqueza. Entretanto ouvi hoje de manhã a notícia de mais uma fábrica a fechar. Até a agricultura foi ao ar.
- O Rangel não quer o Coelho, prefere o Marcelo. E lá andam eles em tricas internas, sem preocupação, a não ser, provavelmente, em salvar os seus nacos pessoais.
- O Marcelo é mais literatura. O que era preciso é uma Junta de Salvação Nacional.
- Com quê, se falta dinheiro?
- Pois, o dinheiro está todo roubado. Mas chega-se à conclusão de que não foi nada assim, não fizeram nada. Não há cá outra maneira de resolver estes problemas. Só há estes. Os que estão na política estão a pedir quase de mãos postas que alguma coisa mude. Alguém dizia: há casos gravíssimos. Estas pessoas não são castigadas. Então chegamos à conclusão de que é tudo mentira, inventado. Deve ser tudo inventado. Processos arquivados.
- Já viu que o Sócrates não dá ares de acreditar que houve mudança? Que agora não está na altura do absolutismo? Parece que quer continuar com as mesmas políticas, provocar o mesmo estardalhaço, avançar em obras ruinosas, manter a ruína moral e espiritual no ensino e na sociedade? Ele diz que em 2010 arranca nos projectos de emprego. É sempre no porvir. Nunca para já. Entretanto, as fábricas fecham. Mas o Durão Barroso diz que os países como o nosso, extremamente endividados e sem capacidade de gerir, não serão punidos, embora tenham que prestar contas, claro. Mas não serão castigados.
- Os que não são castigados são os que roeram e vão continuar a roer o tutano, os tais inocentes. Restam as ossadas.
- E a vergonha do que está, e o pavor do que virá.
- Não, eu já não perco a cabeça com ninguém. Muitas vezes eles estão a falar e eu já não ouço.
Contestei o negativismo da minha amiga, atirando-lhe com o Obama dos seus amores.
- Pois, mas esse está longe.
- É como as uvas da raposa: estão verdes, não prestam, só cães as podem tragar.
- É, mas de qualquer modo somos bem os cães que temos que tragar as políticas dos grandes que fazem girar o mundo, quer sejam boas ou más. Por acaso, acredito que as dele sejam melhores, em termos de defesa dos que pior vão vivendo.
- Não sei, é tudo bonito no discurso. Por isso até que gostei do de Passos Coelho, cheio de certezas, de critérios para uma mudança, que não tornasse os magnatas, afinal, tão dependentes dos dinheiros do Estado.
- O que eu ouvi foi um economista que afirmou que há uma década o país está a afundar-se.
- Só há uma década?
- Ele considera esta última a pior de todas. Outro que disse o que a gente toda diz, que a única coisa é criar mais riqueza. Entretanto ouvi hoje de manhã a notícia de mais uma fábrica a fechar. Até a agricultura foi ao ar.
- O Rangel não quer o Coelho, prefere o Marcelo. E lá andam eles em tricas internas, sem preocupação, a não ser, provavelmente, em salvar os seus nacos pessoais.
- O Marcelo é mais literatura. O que era preciso é uma Junta de Salvação Nacional.
- Com quê, se falta dinheiro?
- Pois, o dinheiro está todo roubado. Mas chega-se à conclusão de que não foi nada assim, não fizeram nada. Não há cá outra maneira de resolver estes problemas. Só há estes. Os que estão na política estão a pedir quase de mãos postas que alguma coisa mude. Alguém dizia: há casos gravíssimos. Estas pessoas não são castigadas. Então chegamos à conclusão de que é tudo mentira, inventado. Deve ser tudo inventado. Processos arquivados.
- Já viu que o Sócrates não dá ares de acreditar que houve mudança? Que agora não está na altura do absolutismo? Parece que quer continuar com as mesmas políticas, provocar o mesmo estardalhaço, avançar em obras ruinosas, manter a ruína moral e espiritual no ensino e na sociedade? Ele diz que em 2010 arranca nos projectos de emprego. É sempre no porvir. Nunca para já. Entretanto, as fábricas fecham. Mas o Durão Barroso diz que os países como o nosso, extremamente endividados e sem capacidade de gerir, não serão punidos, embora tenham que prestar contas, claro. Mas não serão castigados.
- Os que não são castigados são os que roeram e vão continuar a roer o tutano, os tais inocentes. Restam as ossadas.
- E a vergonha do que está, e o pavor do que virá.
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