“Uma alternativa cheia de potencialidades”, é o
que Almeida Santos explica, falando da Europa, relativamente ao nosso governo de
esquerda, os três partidos dessa coligação de usurpação, em conivência de
pretensões, defendendo uma nova democracia, polarizada em torno do conceito de
uma real solidariedade ao nível da Europa. Aliás, já o Syriza o tentara antes, que
assim conseguiu obter, após muita resistência dos donos europeus da banca, parte
do perdão da sua dívida, que é o que também desejamos na tal questão das
potencialidades de que fala Almeida Santos, pois temos os mesmos direitos que
os gregos que, se foram berço esplendoroso da civilização europeia, também nós
nos podemos gabar de termos sido amplo tálamo de alargamento civilizacional em
várias frentes, pese embora a eliminação enjoada desses acidentes históricos mais
trabalhosos, pelos Almeida Santos dos acidentes floridos eliminatórios mais
recentes.
São, pois, naturalmente, também, estas as pretensões
da nossa esquerda governativa no que concerne as potencialidades europeias de
que fala Santos - o perdão total ou parcial da dívida, certamente. Para continuarmos
não só com as nossas potencialidades de nos passearmos de férias pelo mundo inteiro
ou de espadas céleres por esta nossa pátria de curtição, mas também com as nossas
potencialidades de enriquecimento normais. Desta vez, claro, mais viradas ao
centro-esquerda, embora os dizeres deste sejam outros, até na boca de Almeida
Santos, que nunca se exime aos bons dizeres para alcançar os seus fins tão
profissionais de abnegação e sacerdócio.
Creio que tanto Santos como Costa como os outros
elementos necessários para o ministério socialista têm toda a razão na questão
das potencialidades. Os chefes supremos da Europa só estão à espera das lições
de Costa, Catarina e Jerónimo para mudarem o seu rumo tão parcamente abnegado.
O Syriza só não o conseguiu muito bem porque apenas foi berço. As nossas
potencialidades são-lhe inquestionavelmente superiores, tálamo que fomos da
civilização mundial. Ou sequer enxerga. A Europa conta com o trio Costa,
Catarina, Jerónimo, para se orientar melhor na solidariedade, em que eles dão cartas.
E o PS, que precisa de Catarina e de Jerónimo e se
desloca às respectivas sedes para poder governar de facto - embora não de direito - recebe na sua sede, em
ademanes já ministeriais, os que, tendo embora ganho, têm que se rebaixar,
cortesãos deslocando-se com a necessária humildade ao antro do futuro ministro,
sorridente e despiciendo, muito cheio de pruridos relativamente às propostas
governativas desses, sem dar chance a convénios de espécie alguma. Porque as
dele, para já, é que contam, no compadrio da sua desonestidade, melifluamente sorridente.
E os pobres da Coligação contam ainda com Cavaco? Porque
não perguntam a Cavaco?
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