Um fado de amor da
extraordinária Ana Moura, servindo para desligar da preocupação de uma guerra,
que os jogos, não florais mas de cintura, no seu cinismo, arrogância e desprezo
pelo universo inteiro vão deixando antever. Três textos de gente que sabe e que
alerta - sobre o pesadelo da Eta que findou até ver, sobre as manobras de Trump
na condução dos destinos das nações, que a insensatez ambiciosa de algumas
delas poderá reduzir ao caos.
Um texto de Manuel Loff
sobre o fim da Eta, um de Teresa de Sousa sobre os jogos de Trump, um de
Manuel Louro sobre os avisos do ministro israelita acerca do poderio
nuclear iraniano. Sim, vivemos na ponta do medo, por tudo o que foi nosso e não
sabemos se o será para sempre, como julgávamos, que a própria Terra vai dando
mostras da sua decomposição, de que somos criminosamente responsáveis. Mas a
bruxa dos búzios só assiste aos amores, e não há quem nos vire a sorte, se não
fizermos nós por isso.
Entretanto, esqueçamos momentaneamente
os medos, ouvindo a e vendo as imagens desta figura graciosa de mulher nos seus
vários espectáculos com que a Internet nos favorece, e à qual somos gratos por
isso.
À espreita está um grande amor, mas guarda segredo
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p'ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte (bis) (“OS BÚZIOS” – ANA MOURA)
Vazio tens o teu coração na ponta do medo
Vê como os búzios caíram virados p'ra norte
Pois eu vou mexer o destino, vou mudar-te a sorte (bis) (“OS BÚZIOS” – ANA MOURA)
I - OPINIÃO
ETA, o fim
O terror da ETA foi, em todo o caso, o pretexto
ideal para o terror do Estado.
MANUEL LOFF
OBSERVADOR, 5 de Maio de 2018
Sete anos depois da sua declaração unilateral de "fim definitivo da
violência armada", a ETA dissolveu-se. Nascida em 1959 entre os filhos da
Guerra Civil espanhola (1936-39), em meios católicos nacionalistas, os seus
fundadores fizeram a trajetória comum a muitos católicos progressistas e a
grande parte da esquerda de origem não marxista dos anos 60: entre o Vaticano
II e o anticolonialismo triunfante, revoltaram-se contra a cumplicidade da
hierarquia católica com o Franquismo e levantaram a bandeira do direito à
autodeterminação; a repressão ajudou a que assumissem a opção armada, de
inspiração guevarista e/ou maoísta, rompendo com o nacionalismo basco histórico
e rejeitando juntar-se ao PCE e às Comisiones Obreras que então
mobilizavam o pulmão industrial do País Basco. Quando a ETA mata, em 1968,
o torturador Melitón Manzanas e, em 1973, o chefe do governo de Franco, Carrero
Blanco, toda a oposição democrática espanhola se sentiu vingada. Mas quando a
crise do regime franquista abriu portas à transição pós-autoritária, que
restaurou a autonomia do País Basco espanhol e de Navarra, tudo mudou. Ou
deveria ter mudado.
As duas fações em que se dividiu em 1974 (ETA Militar e ETA
Político-Militar) rejeitaram
a amnistia de 1977 e prosseguiram a luta armada: das 829 vítimas
mortais da ETA, 37% correspondem aos anos da transição e apenas 9% ao período
franquista. A ETA(pm) acabaria por abandonar as armas nos anos 80 e a
maioria dos seus membros entrou no PSOE. Pelo seu lado, a ETA(m) continuou
a matar enquanto a Espanha vivia sob a ameaça golpista de militares e polícias
que não foram democratizadas e cujos crimes nunca foram julgados, e onde os
governos (da UCD e do PSOE) não hesitaram em usar a guerra
suja contra uma parte da esquerda basca através de organizações como
o Batallón Vascoespañol ou os GAL, matando 67 pessoas.
Se alguém esperava que a chegada dos socialistas ao poder pudesse
contribuir para a paz no País Basco – o PSOE havia chegado à transição com um
projeto federal para a Espanha a que renunciaram –, a realidade foi a oposta.
Os governos de Felipe González (1982-96) lançaram-se abertamente na guerra
suja, recrutando, entre outros, mercenários em Portugal, com a evidente
cumplicidade das nossas autoridades, para disparar contra exilados bascos em
França (homenagem a
Celestino Amaral e a Joaquim Vieira pela investigação que então levaram a cabo
no Expresso). Pelo seu lado, a ETA(m) entrou na mais alucinada
campanha de terror, matando civis no Hipercor de Barcelona (1987) ou
reclamando aquilo a que chamou a "socialização do sofrimento": quanto
mais difícil se lhe tornava atentar contra polícias e militares, mais passou a
atacar dirigentes políticos e simples vereadores municipais. O terror da
ETA foi, em todo o caso, o pretexto ideal para o terror do Estado: guerra suja,
tortura nas prisões, criminalização/ilegalização de partidos políticos,
associações, escolas, órgãos de imprensa...
O 11 de Setembro e os massacres salafistas de 11 de março de 2004 em
Madrid (que Aznar, a três dias de eleições, procurou desesperadamente atribuir
à ETA) vieram mudar de forma muito evidente a perceção social da
(i)legitimidade da violência política e marcaram definitivamente a cisão entre
o mundo social da esquerda abertzale onde a ETA tinha nascido e a
opção desta pela violência. Em 2011, a ETA declara o fim da luta armada e inicia um estranho
processo de paz (desarmamento unilateral em 2017, pedido de perdão no mês
passado, e agora autodissolução), verificado por grupos
internacionais (de que fazem parte, entre outros, Chris Maccabe, um dos
negociadores britânicos do acordo de paz para a Irlanda do Norte); os governos
espanhol e francês recusam-se, contudo, negociar termos semelhantes aos que aceitaram
britânicos e colombianos, por exemplo.
Num contexto agudizado pelo movimento independentista catalão, poder
político (governo do PP, Ciudadanos, PSOE), maioria dos media e
organizações de representação das vítimas criadas à sombra do PP escolheram uma
velha via que os espanhóis tragicamente conheceram sob os anos do Franquismo: vitória e vingança. Para Ramón Zallo (um académico que foi
assessor do Governo basco), "os aparelhos do Estado espanhol", face à
dissolução da ETA, têm asumido atitudes "provocadoras, indignas e
estúpidas, [como se quisessem] o surgimento [de sequelas da ETA]". Para
ele, "a pergunta a que cada um deverá responder sobre o passado é se
esteve à altura das circunstâncias face ao franquismo e à Transição, face à ETA
e aos seus desmandos, face ao terrorismo de Estado, e face a um Estado
involucionista, centralista, antissocial e repressivo". (Deia, 3.5.2018)
UM COMENTÁRIO
Almada 06.05.2018
: "O terror da ETA foi, em todo o caso, o pretexto ideal para o terror do
Estado." Quer isto dizer que o "Estado Espanhol" recorreu a
atentados contra os militantes da ETA? Pôs bombas em sedes do movimento?
Assassinou quantos? Quantas sedes explodiram matando militantes? E o que significa
"desarmamento unilateral"? Caso contrário exigiria que os estados
espanhóis se desarmassem ao mesmo tempo que a própria ETA?...
II - OPINIÃO
Trump abre uma janela e fecha uma porta
Rasgar o acordo com o Irão
sem a garantia de novas negociações para um segundo, é alimentar a corrida às
armas nucleares no Médio Oriente.
TERESA DE SOUSA
PÚBLICO, 6 de Maio de
2018
1. Na
Península da Coreia fechou-se um capítulo e abriu-se outro, que ainda não tem
título, mas que se espera um pouco melhor do que o anterior. Falta a
cimeira crucial entre Kim e Trump, agendada para breve. Entretanto, cada
um dos actores principais afina a sua estratégia. Abriu-se uma janela.
Mas há outra razão pela qual o mundo não pode descansar. Adensa-se a
tensão em torno do acordo nuclear com o Irão, negociado em 2015 por Barack
Obama no formato “cinco mais um” (os membros permanentes do Conselho de
Segurança mais a Alemanha).
Trump não tranquilizou
Macron e Merkel, quando o visitaram há meia dúzia de dias. A
convicção europeia é que o Presidente não resistirá à tentação de rasgá-lo. Mas,
em Paris, Berlim e Londres ainda se tenta encontrar uma forma de dar algumas
garantias adicionais ao Presidente. Em cima da mesa parece estar
uma proposta de
aplicação de sanções caso o regime insista na construção de mísseis de longo
alcance. Chegará para levar Trump a mudar de posição? A esperança
não é grande.
Mas, se há uma coisa em
comum entre a Coreia do Norte e o Irão, é a importância que os dois regimes
atribuem a uma negociação directa com os EUA, dando-lhes o estatuto
internacional a que aspiram e a única garantia de segurança em que acreditam.
Os caminhos foram
opostos. A Coreia do Norte apenas abriu a hipótese de negociações
depois de ter construído a bomba nuclear e os mísseis de longo alcance para
projectá-la até território americano. O Irão seguiu o caminho inverso.
Há, além disso, uma outra diferença fundamental. A Coreia do Norte é,
ela própria, uma grande prisão, isolada do mundo, cuja chave está no bolso de
Kim. O regime teocrático mantém milhares de opositores na prisão, mas reina
sobre uma sociedade mais desenvolvida e mais culta, que representa uma
civilização milenar.
2. No Irão, como na Coreia do Norte, as sanções
económicas funcionaram. O regime sabe que tem de manter uma classe média
economicamente satisfeita. E não esquece o que aconteceu em 2009, quando
milhares e milhares de iranianos vieram para a rua contestar o resultado das
eleições presidenciais, que o regime tinha falseado. Acabou por ser esmagada.
Mas foi um aviso.
Obama adiou quanto pôde
apoiar os manifestantes. Acabou por fazê-lo, sem comprometer o que tinha
prometido no seu discurso de posse: estender a mão aos inimigos. A sua
estratégia assentava nos sectores mais moderados do regime, que recuperaram
terreno e facilitaram as negociações na sua fase secreta, destinada a construir
uma base de confiança indispensável para poderem apresentar-se à luz do dia.
A estratégia de George
W. Bush era a oposta: quanto mais radical fosse o regime, melhor. Estávamos
ainda na fase de “mudança de regime” no Médio Oriente, mesmo que pela força,
para “democratizar” a região. Aparentemente, Trump regressa à mesma
estratégia, sem a parte da democracia.
A possibilidade de
incendiar o Médio Oriente existe. António
Guterres, numa entrevista à BBC, referiu abertamente o risco de
guerra, mesmo reconhecendo as interferências de Teerão na Síria, no
Iémen, no Iraque, denunciadas por Trump. Refere o Guardian que o
colapso do acordo “seria visto pelos iranianos como uma traição”. Em 2013,
continua o jornalista Saeed Kamali Dehghan, que foi correspondente em Teerão,
os iranianos “acabaram com a era de Ahmadinejad, o negacionista do Holocauto,
colocando a sua confiança no candidato reformista Hassan Rohani, que cumpriu a
promessa de resolver a questão nuclear.” No mesmo jornal, Patrick Wintour,
editor diplomático, escreve que “a possibilidade de um conflito militar com
o Irão ainda não é muito alta”. Mas lembra que o colapso do acordo teria
como consequência a “destruição dos moderados e reformistas por muitos e bons
anos.”
3. A entrada em
cena do primeiro-ministro israelita, na quarta-feira passada, foi de mau
augúrio, mesmo que não tenha tido o impacto que provavelmente
pretendia. Netanyahu apresentou um power-point com as provas de que o
Irão está a construir a bomba, numa conferência de imprensa depois de
Mike Pompeo, o novo secretário de Estado americano, ter deixado Israel.
O primeiro-ministro israelita não tem qualquer estratégia, a não ser
perpetuar-se no poder e a sua
credibilidade está pelas ruas da amargura. “Há 20 anos que Israel
anda a dizer a mesma coisa sobre o Irão”, comenta uma fonte diplomática
europeia. À excepção da Casa Branca.
Trump decidiu demonstrar o
seu apoio a Israel, anunciando a mudança da embaixada de Telavive para
Jerusalém e já deu a entender que poderia ser ele a inaugurá-la. É deitar lume
para a fogueira. A convicção generalizada é que o Irão tem cumprido o acordo, a
troco do progressivo levantamento das sanções que estavam a destruir a
economia. O comércio com a Europa disparou, incluindo a exportação de energia.
As empresas europeias têm investido fortemente no país. Os europeus tencionam
usar esse argumento para manter Teerão no acordo, mesmo com a saída americana.
Mas há um risco. Se o Presidente americano aplicar de novo as sanções, isso
impedirá as empresas europeias com negócios no Irão de exportar para os EUA.
4. Rasgar o acordo sem a garantia de novas negociações
para um segundo, é alimentar a corrida às armas nucleares na região. A
Arábia Saudita, que Trump escolheu como o seu parceiro, iria rapidamente ao
“mercado”. A Turquia poderia cair na tentação. O cenário é bastante assustador.
A corrida às armas nucleares está a ficar descontrolada, escreve
a Economist. A dispersão é, potencialmente, mais perigosa do que o
“equilíbrio do terror”, garantido durante a Guerra Fria pela paridade entre as
duas superpotências (MAD, Destruição Mútua Assegurada).
A redução paralela dos
arsenais nucleares entre Washington e Moscovo começou a ser negociada alguns
anos depois da crise dos mísseis de Cuba (1962), acelerando com o fim da Guerra
Fria. Hoje, esses acordos
estão em risco. Putin ignora a lei internacional. Trump promete
modernizar o arsenal nuclear americano com a tecnologia mais avançada. “Os
velhos acordos para limitar as armas nucleares estão enfraquecidos”, escreve
a Economist. Renegociá-los é mais difícil. Sair do acordo com o Irão,
acrescenta a revista, na véspera de uma cimeira entre Trump e Kim, seria o pior
dos sinais.
5. Na semana passada, uma delegação americana do mais
alto nível foi a Pequim negociar com o Governo chinês uma forma de tentar
evitar uma “guerra” comercial com repercussões económicas mundiais. Os
EUA querem reequilibrar a sua balança com a China. Xi Jinping reagiu com
prudência às ameaças de Trump, mas não pode ceder em todas as frentes: na
Coreia e no comércio. As negociações foram “francas” mas não houve cedências. Os
EUA prometem tarifas de 150 mil milhões de dólares. A China apresenta uma lista
que vale 50 mil milhões. O braço de ferro vai prolongar-se.
Entretanto, a Casa Branca
prolongou por mais um mês a suspensão das tarifas sobre o aço e o alumínio da
União Europeia e dos seus dois parceiros da NAFTA, México e
Canadá. Mantém a pressão sobre a Europa. Os sinais de algum abrandamento da
economia europeia devem-se à incerteza sobre a conduta dos EUA, temendo-se uma
vaga de proteccionismo com consequências muito negativas.
Do outro lado do
Atlântico, as críticas ainda são mais contundentes. Alguns economistas alertam
para o facto de Trump estar pôr de pé as mesmas políticas que se seguiram
ao crash da Bolsa de 1929 e que levaram à Grande Depressão, que só
seria contida a partir de 1933, com a eleição de Franklin Roosevelt. São argumentos
válidos, mas que esbarram com as boas notícias da economia. O desemprego caiu
nos EUA para 3,9%, ou seja, há pleno emprego. Quem é que se vai
preocupar com o dia de amanhã?
III - Netanyahu mostra
documentos que diz provarem que Irão tem programa nuclear secreto
Primeiro-ministro israelita
disse ter tido acesso a milhares de documentos que provam que Teerão deu
continuidade ao programa de construção de armas atómicas. Apresentou alguns.
30 de Abril de 2018
Netanyahu socorreu-se de
uma apresentação para revelar parte das provas REUTERS/AMIR COHEN
O primeiro-ministro
israelita, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira ter “provas” de que o
Irão manteve ao longo dos últimos anos um projecto de desenvolvimento de armas
nucleares secreto “para uso futuro”. Garantiu que Israel está na posse de
centenas de milhares de documentos, fotografias e vídeos que demonstram que
Teerão mentiu quando disse que não tinha ambições nucleares e que violou o
acordo que assinou em 2015.
Apoiando-se numa
apresentação powerpoint, o primeiro-ministro israelita disse que o Irão
intensificou esforços para esconder os documentos sobre este programa em locais
altamente secretos em Teerão. Netanyahu afirmou que os serviços secretos
israelitas conseguiram ter acesso aos documentos ali guardados.
“Os líderes iranianos negaram repetidamente
alguma vez terem procurado construir armas nucleares”, afirmou. “Hoje estou a
dizer-vos uma coisa: o Irão mentiu”.
“Depois de assinar o
acordo nuclear em 2015, o Irão intensificou os seus esforços para esconder
estes documentos secretos”, acusou. “Em 2017, o Irão levou os seus documentos
sobre armas nucleares para um local altamente secreto em Teerão”.
O chefe do Governo
israelita assegurou que já partilhou a documentação com os Estados Unidos, que
confirmaram a sua autenticidade, e que o irá fazer também com a Agência
Internacional de Energia Atómica.
Na apresentação, o
primeiro-ministro mostrou documentos, fotografias e vídeos que diz provarem que
Teerão nunca parou de desenvolver o seu programa nuclear, e que tinha como objectivo
criar cinco ogivas nucleares “para uso futuro”.
“E isto é apenas uma
fracção de todo o material”, afirmou Netanyahu. “Porque é que um regime
terrorista esconderia documentos sobre o programa nuclear?”.
Por isso, concluíu
Netanyahu, o acordo nuclear assinado com o Irão em 2015 é “terrível” e “baseado
em mentiras”. Mas, continuou, "dentro de dias o Presidente Trump vai
decidir o que fazer com o acordo. Tenho a certeza que vai fazer o que é
correcto”.
O acordo prevê uma
suspensão das sanções ao Irão que, nos EUA, tem que ser renovada de três em
três meses. No dia 12 de Maio, Trump vai decidir se renova a suspensão, sendo
que tem defendido que se não forem feitas alterações ao texto de 2015, o
abandona. Os signatários europeus (França, Alemanha e Reino Unido) tentaram
convencer Trump a não o fazer, mas sem sucesso.
De acordo com a imprensa
israelita, a conferência de Netanyahu foi coordenada com Washington. Netanyahu
terá conversado ao telefone no domingo com Donald Trump e o tema foi
abordado na visita do novo secretário de Estado
norte-americano, Mike Pompeo, a Telavive também no domingo.
Pompeo deslocou-se à Arábia Saudita, Israel e Jordânia com a mensagem de que é
necessário alterar o acordo nuclear com o Irão.
Nesta
segunda-feira, o líder da organização de energia atómica iraniana, Ali
Akbar Salehi, avisou, citado pela televisão estatal iraniana, que o Irão tem a capacidade técnica para
enriquecer urânio a níveis superiores do que antes da
assinatura do acordo nuclear em 2015.
Há duas semanas, o
ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, tinha já dito que se os EUA
saírem do acordo não estão a obrigados a cumpri-lo e
podem voltar a produzir urânio enriquecido.
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