sábado, 11 de agosto de 2018

Um israelita revoltado, num país manipulado


Um israelita revoltado, num país manipulado
Manipulado por uma esquerda radical que é o que está a dar. Eu estou ciente da sua sinceridade e da sua inteligência argumentativa, mas ele tem razão quando ataca a nossa esquerda "porque sim, porque é o que está a dar, desde que signifique destruição de organização, de trabalho, e eficiência” e de “má fé”, como também se passa com as coisas de cá. Mas, apesar de alguns comentários negativos que os seus textos colheram, outros há que parecem apoiá-lo, apoiando Israel, aliciados pelo sentimento de justiça que move a sensibilidade do Embaixador RAPHAEL GAMZOU, e os seus conhecimentos de causa e efeito. Por isso o transcrevo, e bem assim alguns comentários – dos não apoiantes mas também dos outros, entre os quais me inscrevo, para não julgar que por cá, só más fadas há:
OPINIÃO
I - Porque é que vocês nos odeiam mais do que o necessário? (1)
A história pessoal que vos conto aqui é, muito simplesmente, o indicador da traição da esquerda europeia a Israel.
RAPHAEL GAMZOU
PÚBLICO, 28 de Julho de 2018
Em Maio de 1967, o Presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser, deslocou enormes contingentes do seu exército para o Sinai e Gaza, violando o acordo de cessar-fogo com Israel. Bloqueou os estreitos do mar Vermelho por forma a evitar que embarcações e mercadorias chegassem ao porto israelita de Eilat. Resumidamente, cercou um Israel pequeno e ainda frágil. Nas ruas do Cairo, bem como nas de Damasco, muitos milhões marchavam e gritavam em árabe “morte aos judeus”, prometendo chacinar-nos e atirar-nos ao Mediterrâneo.
Em França, o meu falecido pai sentia-se bem acolhido. Após terminar o ensino secundário em Telavive, viveu em Paris e estudou na Sorbonne, tendo mesmo sido jornalista no jornal de esquerda La Marianne. Esteve lá até ao último momento, o que significa até ao momento em que os nazis atingiram o limiar de Paris. Sendo um palestiniano — sim, o termo era válido para qualquer pessoa detentora de um passaporte de Eretz Israel/Palestina, emitido pelo Mandato Britânico —, não impediram o seu regresso à pátria, ao contrário do que fizeram, infelizmente, a tantos milhões de judeus que foram deixados à morte. A sua vida foi salva no último momento. Durante muitos anos crítico de arte e director do Museu de Arte de Telavive, o meu pai cultivou as relações com França, recebendo todas as condecorações possíveis de vários presidentes pelo seu contributo como promotor da cultura francófona. Os seus colegas e amigos franceses lançaram sobre nós, durante esse período de Maio de 67, muitas expressões de solidariedade. Temiam pela nossa vida, perguntavam se tínhamos um bom abrigo (que não tínhamos, tínhamos de escavar uma vala no quintal) e muitos propuseram ao meu pai pegar na família e regressar imediatamente a França. O meu pai agradeceu, mas recusou fugir do seu país em perigo.
Em Junho de 67, após um mês de cerco, de sufoco económico e de ameaças de extermínio, Israel lançou um ataque preventivo numa operação brilhante que arrasou no terreno a quase totalidade da força aérea egípcia e, no espaço de seis dias, alcançou a vitória sobre os exércitos egípcio, sírio e jordano, reforçados por forças iraquianas e marroquinas. Na sua grande maioria, o mundo felicitou o pequeno Estado de Israel. Já os amigos franceses do meu pai, gente do meio cultural e boémio, todos eles liberais do que se usava chamar a “nouvelle gauche”, os mesmos que nos inundaram de empatia às vésperas da guerra, tornaram-se reservadamente frios. E note-se que, até 1967, não existiam colonatos para lá das fronteiras da linha verde. Termos como “ocupação” e “colonatos” não faziam ainda parte da realidade e, portanto, do jargão político.
Quando Israel declarou estar disposto a trocar território por uma paz verdadeira, a resposta do mundo árabe traduziu-se em três rotundos “nãos” expressos em Cartum na cimeira da Liga Árabe: ao reconhecimento de Israel, às negociações com Israel e à paz com Israel!

II - Porque é que vocês nos odeiam mais do que o necessário? (1)
Usar os termos ‘Estado racista’ ou ‘apartheid’ para descrever Israel é demasiado simplista e desvirtua totalmente a realidade.
RAPHAEL GAMZOU
PÚBLICO, 4 de Agosto de 2018
As reacções que chegaram à Embaixada depois da publicação da primeira parte deste artigo indicaram-me dois fenómenos: a multiplicidade dos portugueses que apoiam a democracia israelita e o facto de muitos deles sofrerem da chamada ‘síndrome da mulher agredida’: assustados pelas frequentes ondas de hostilidade mediática contra Israel, hesitam em expressar abertamente o seu apoio. E, hélas, ficam surpreendidos quando prontamente um órgão de comunicação concede (tanto) espaço ao Embaixador de Israel.
A muitos devo uma explicação sobre o título que escolhi. É uma referência a uma velha anedota judaica baseada na pergunta ‘quem é um anti-semita?’, sendo a resposta ‘todo aquele que nos odeia mais do que o necessário’. Também exprime a minha convicção de que se pode, obviamente, criticar Israel (debater é, aliás, o nosso desporto de eleição). Contudo, quando se demoniza, quando termos como ‘fascista’, ‘racista’, ‘apartheid’ lhe são atribuídos e nunca àqueles com quem tem de confrontar-se, já estamos ao nível do ódio patológico.
Infelizmente, também nos media encontramos aqueles que preferem o Hezbollah, o Irão dos Ayatollahs, o Hamas, a Jihad Islâmica e semelhantes garantindo-lhes total imunidade. Nestes últimos quatro meses o leitor viu alguma reportagem escandalizada pelos 1300 fogos ateados em florestas e terrenos cultivados no sul de Israel por militantes do Hamas em Gaza? E eu que inocentemente julgava que na imprensa – bem como entre a classe política – havia muitos com sensibilidades ambientalistas.
Continuemos:
“Governo de Tel Aviv” – não existe governo em Tel Aviv, tal como não existe governo em Coimbra ou Évora. O governo de Israel e as suas instituições democráticas estão sitas em Jerusalém. É suposto os media prestarem um serviço credível de informação ou adoptarem uma agenda política, ainda que à custa da mentira?
“Israel atacou Gaza”muitas vezes os espectadores de televisão vêem uma notícia que dá conta de uma operação militar de Israel contra Gaza. O jornalista ‘esqueceu-se’ de dizer que a organização terrorista Hamas, que governa Gaza, e o seu aliado, a Jihad Islâmica, foram quem antes lançou rockets contra cidadãos israelitas. De alguma forma, ‘perde-se’ a sequência de acontecimentos.
“O cerco israelita a Gaza”será que o consumidor de notícias sabe que não temos outra escolha senão controlar o que entra em Gaza, porque os seus governantes seguem uma carta de princípios que estipula a eliminação do Estado de Israel? E que, ao invés de cuidar da sua população que vive miseravelmente, investe apenas na sua máquina de guerra? Será que sabe que Israel transfere diariamente mercadorias, comida e medicamentos em centenas de camiões para Gaza? E que, também diariamente, palestinianos doentes são transferidos para tratamentos em Israel? Haverá aqui alguém que se põe ao serviço de um lado ou, até pior, contra o outro à custa da verdade? 
“Palestina” foi alguma vez explicado aos portugueses que este foi um nome atribuído pelos romanos à terra de Israel quando expulsaram o povo judeu, tentando arrasar assim também com o seu sentimento de pertença ao país? Que o termo ‘povo Palestino’ é recente, que nunca houve um Estado Palestiniano e que mesmo quando a ONU estipulou a Partição, na Resolução 181 de Novembro de 1947, foi entre dois Estados, o Judaico e o Árabe? E que a liderança judaica encabeçada por Ben Gurion aceitou este compromisso enquanto os árabes o rejeitaram? Que entre 1948 e 1967 a Faixa de Gaza estava sob ocupação egípcia e que a Cisjordânia (ou, na sua denominação bíblica, Judeia e Samaria) estava sob ocupação jordana e que nenhum destes países árabes sonhou sequer permitir ao povo ocupado estabelecer um Estado Palestiniano? Saberão os portugueses que, como parte do acordo de paz entre o Egipto e Israel, este ofereceu aos palestinianos uma autonomia que (mais uma vez) rejeitaram? E que, provavelmente, se tivesse sido garantida uma boa vizinhança com Israel já teriam um Estado? Saberá o leitor que Israel concordou com a solução com dois Estados-nação e que os palestinianos estão prontos a falar de uma solução de dois Estados mas nunca de dois Estados para dois povos? Porque os palestinianos que pediram durante anos, com o apoio massivo da Europa, o reconhecimento do seu direito à autodeterminação, não reconhecem o mesmo direito ao povo judeu: “Nunca reconheceremos Israel como Estado judaico”, declarou Abu Mazen, em demanda pelo reconhecimento de um Estado para o seu povo.
É este o âmago do conflito e é importante que o leitor o saiba, mesmo que os media não se esforcem para o dar a conhecer e que a UE não faça suficiente pressão sobre a liderança palestiniana no intuito de reconhecer o nosso direito à autodeterminação.
“Colonatos” – os media descrevem-nos como a razão do não-atingimento da paz. A UE apressa-se a denunciar Israel pela construção de qualquer par de casas. Mas será este verdadeiramente o obstáculo? Quando não existiam colonatos, os árabes reconheceram Israel? Estavam prontos para fazer a paz connosco? E quando, por pressão do Presidente Obama, a sua construção foi congelada durante quase um ano, o Presidente Abu Mazen sentou-se à mesa das negociações? E porque não ter uma porção de população judaica num futuro Estado Palestiniano, exactamente como temos uma porção de população árabe em Israel? Os colonatos não foram e não serão um obstáculo se os palestinianos aceitarem a existência de um Estado judaico e desistirem de fantasiar com a destruição de Israel usando a guerra, o terrorismo ou a demografia – a que chamam o Direito de Retorno.
E daqui passo à contextualização da controversa Lei da Nacionalidade. ‘Estado racista’ e ‘apartheid’ são dois termos com que a extrema-esquerda há muito já nos havia baptizado. Atreveu-se a usar estes mesmos termos contra os nossos vizinhos que perseguem as suas minorias, incluindo as muitas comunidades cristãs no Médio Oriente? Contra aqueles que apedrejam mulheres sob acusação de adultério? Contra os que enforcam homossexuais pela sua orientação sexual?
Ironicamente, é muito provável que só devido ao ataque que nos foi dirigido por causa desta Lei é que o leitor tenha tomado conhecimento de que em Israel os árabes podem votar e ser eleitos para o Parlamento e que os árabes-israelitas são os únicos, em todo o Médio Oriente, que participam num processo democrático eleitoral. E talvez valha a pena acrescentar que neste Estado, em que dizem vigorar o apartheid, a minoria árabe está integrada em todas as áreas da sociedade, incluindo juízes em todos os tribunais (até no Supremo), oficiais das Forças Armadas e diplomatas de carreira.
A Lei da Nacionalidade provoca em Israel um debate inflamado, como é normal num país democrático como o nosso, que vive uma realidade complexa. Muitos acreditam que é desnecessária, outros criticam a sua semântica.
Neste caso, também é necessário entender o contexto, mesmo que não se concorde com a Lei. O sentimento em Israel, de cerco, que mencionei na primeira parte do artigo, intensificou-se nos últimos anos pelo facto do direito do povo judeu a um pequeno Estado ser questionado.
A moda da extrema-esquerda europeia, para quem a fundação do Estado de Israel foi um erro, e o seu apoio ao movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que é uma rede internacional que aparentemente combate a “ocupação”, mas na prática é parte de um esforço concertado de deslegitimação do Estado de Israel; e a recusa dos palestinianos, mesmo os dados como pragmáticos, em reconhecer o direito do povo judeu à sua autodeterminação, na fórmula completa de dois Estados para dois povos, em muito contribuíram para esse sentimento.
O extremismo crescente dos membros do Knesset do partido Joint Arab List, que enquanto prestam juramento ao Estado de Israel e suas leis, como quaisquer outros parlamentares, proferem declarações radicais contra a legitimidade de um Estado para o povo judeu, enquanto existem 57 Estados muçulmanos, dos quais 21 são árabes. A grande maioria dos cidadãos árabes-israelitas é leal ao Estado mas o crescente extremismo no sector árabe alimenta o extremismo no sector judaico.
Pode-se rejeitar e ser contra a Lei tal como ela é, como sucede com muitos cidadãos israelitas, judeus e árabes, no seu todo. Aliás, de acordo com uma sondagem feita esta semana à população judaica (80% do total), 52% concordam com a necessidade da Lei (potencialmente baseados nas razões que invoquei atrás), mas 60% exigem que se inclua um artigo que garanta igualdade a todos os cidadãos, judeus ou não, no espírito da nossa Declaração de Independência de 1948.
Usar os termos ‘Estado racista’ ou ‘apartheid’ é demasiado simplista e desvirtua totalmente a realidade. A democracia israelita enfrenta desafios que nenhuma outra democracia ocidental tem de enfrentar. Porém, a realidade em Israel não mudará, isto é, os seus cidadãos, todos eles, ainda que religiosa e etnicamente diversos, continuarão iguais perante a Lei. Este princípio de igualdade está ancorado na Declaração de Independência, nas leis que já existem e na solidez das nossas instituições judiciais.
Se eu fosse português seria um apoiante desta forte e única democracia num tão próximo Médio Oriente. E insistiria para que respeitassem o meu direito a receber informação fidedigna sobre Israel, a sua complexidade e os desafios que enfrenta.
Embaixador de Israel em Portugal

COMENTÁRIOS:
Ana Carvalho.  07.08.2018 : Agradeço ao Público a rara oportunidade de ler sobre factos que são habitualmente abafados na narrativa mediática dominante sobre Israel e o Médio Oriente. No infeliz contexto de guerra continuada, na qual historicamente a Europa e os interesses ligados ao petróleo tiveram sempre papel determinante, são muitas as mortes infelizes e evitáveis para todos envolvidos. É paradoxal classificar Israel como racista e apartheid, sendo Israel o único país onde a população Árabe participa em mecanismos democráticos de decisão, onde as mulheres têm igualdade de direitos e onde a homossexualidade é vivida com liberdade. Se a democracia israelita não justifica a sua intervenção bélica, como justificar a autocracia dos países árabes e o tratamento das mulheres e minorias, incluindo refugiados?
Sancho Silva,  Lisboa 07.08.2018: É justamente para defender a democracia em Israel (e na Palestina) que devemos criticar as atitudes extremas das facções mais radicais do estado Israelita. Não se trata de criticar Israel como um todo mas sim as facções Israelitas que defendem a ocupação e a opressão da Palestina e que alimentam o sonho de um Grande Israel. Não penso que estas facções sejam um grande modelo de democracia. Infelizmente são elas que parecem controlar os destinos de Israel. Também não entendo como a existência de ditaduras na zona possa servir de justificação para os colonatos. Estranha lógica....
Bento Caeiro, 05.08.2018 02:05: "Usar os termos ‘Estado racista’ ou ‘apartheid’ para descrever Israel é demasiado simplista". Na verdade, tem razão, é demasiado simplista porque a realidade ultrapassa tudo o que de pior se possa pensar e dizer sobre o estado de Israel: sionista-nazi por ideologia, formação a actuação; fraudulento e mentiroso no que afirma - como essa de excluírem os árabes da categoria de semitas - e mais no que esconde; apoiante do estado Daesh e promotor da desestabilização na região - fomentando assim o abandono das populações árabes da região em direcção à Europa, com a finalidade de aqui provocar perturbações, em nome exclusivamente dos seus interesses. Como tal, o estado de Israel é muito pior do que se pensa, mormente na desestabilização da região e para os Palestinianos.
Manuel Araújo, CARCAVELOS 04.08.2018: Israel é uma não-Nação, porque foi construída sobre os escombros do infortúnio das vítimas dos nazis. Posto isto, para mim, Israel, não é, nunca foi uma democracia, pode reclamar como detentor do regime que se aproxima mais, mas nega esse conceito, quando massacra e descrimina os seus vizinhos. Os judeus receberam de mão beijada, um prémio por terem sido vítimas; e aqui, os dadores internacionais esqueceram que havia outros proprietários legítimos do território, hoje designado por Israel. Depois de tantas mortes, curiosamente, em números astronomicamente superiores do lado palestiniano, só posso estar ao lado das vítimas do despotismo israelita, O Povo da Palestina.
Maria Montelobo, Lisboa 04.08.2018: Subscrevo o seu comentário.
Alberto Teixeira, 04.08.2018: O saber não ocupa lugar. São certamente questões delicadas mas atuais que o Sr. Embaixador aqui aborda. Conhecer a sua opinião e obter os seus fundamentos tão somente nos complementa por enriquecer a nossa opinião. As nossas diferenças implicam tolerância e informação para bem do futuro da humanidade. Bem haja.
Francisco Pinto, 04.08.2018: O sr embaixador de Israel já tem idade e experiência de vida suficientes para saber quando um tema pode ser discutido. Israel é um dos temas que não pode ser discutido, porque como salientou, os “jornalistas" portugueses "esquecem-se" da cronologia dos eventos, deturpam e omitem a verdade, resultado de preconceitos ideológicos, quando não de agendas politico-partidárias. Daí que a discussão (no sentido de confronto de ideias e factos) seja sempre condicionada. Israel é sempre culpado, ontem, hoje e amanhã. É uma democracia e um Estado de direito onde convivem minorias, rodeado de estados islamo-fascistas, contudo é culpado. Esquerda dixit e o povinho infantilizado come o que lhe enfiam pela goela abaixo.
Maria Montelobo,  Lisboa 04.08.2018: Povinho infantilizado come o que lhe enfiam pela goela abaixo?! "Esqueceu-se" da afirmação do assassino ministro da defesa israelita relativamente ao soldado autor do disparo contra um palestiniano desarmado "merecia uma medalha pois métodos não letais não funcionam em Gaza"? Não leu a declaração do relator dos direitos humanos da ONU, Michael Lynk: o uso de força por Israel poderia ser considerado crime de guerra referindo-se à matança de pelos menos 60 palestinianos e de mais de 2000 feridos com tiros e gás lacrimogénio... Esqueceu-se da prisão de crianças palestinianas ...dos colonatos e o roubo de terras ... do desvio de água...esqueceu-se da repressão eterna em Gaza e na Cisjordânia? Esqueceu-se da posição da ONU sobre as acções de Israel? Defende o assassinato de palestinos?
Francisco Pinto, 04.08.2018 : Maria Montebelo, não esqueci nada, ao contrário da Maria. E de muitos outros, que tal como a Maria conseguem ver qualquer cisco no olho israelita, mas não vêm os troncos dos seus vizinhos. E tenho todo o gosto em discutir consigo, desde que aceite o facto da resolução 181 da ONU nunca ter sido aceite pelos vizinhos árabes.
Mário Orlando Moura Pinto,  Setúbal, 04.08.2018: Ó Sor Francisco, olhe que há mais resoluções não cumpridas da ONU sobre Israel para além da 181. Isso não o preocupa?
Francisco Pinto,  04.08.2018: Ó sor Mário, ainda bem que apareceu. Se o sor me cumprimenta, então eu devo cumprimentá-lo de volta, e vice verso. A resolução 181 da ONU criou um estado para dois povos, o israelita e o palestiniano. Agora diga lá o que o preocupa?
Alvaro C. Pereira, 04.08.2018: O problema, caro embaixador, é que muitos de nós (eu incluído) tínhamos sentimentos de apreço por Israel, e até estávamos sensibilizados para muitos dos argumentos aqui apresentados! No entanto, passam os anos, e o que vemos é um ódio de estimação ao palestiniano (vai dizer que o contrário é também real), um tratamento a pessoas como se fossem 'animais', que perderam e perdem terra e casa (muito próximo do que se fez no passado trágico ao povo judeu). Não somos nós (pessoas democratas e humanistas, sensíveis aos grandes desafios que Israel enfrenta) que vos adiamos mais do que o necessário, pois até israelitas famosos e democratas estão contra esta vossa lei! Não argumente a validade de uma lei no mal que fazem os outros! A lei é indigna para a vossa própria história, que eu admirava!
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