sábado, 18 de agosto de 2018

Como sempre



Excelente a análise de Alberto Gonçalves, o que não será, naturalmente, reconhecido por todos os seus 142 comentaristas, mas que importa? São textos assim que nos fazem rejubilar, como se de almas gémeas da nossa se tratasse. Mas a “anima” de  Alberto Gonçalves é única, de padrão superior. Rejubilemos, apenas.

Os fascistas /premium
18/8/2018
Para o Bloco de Esquerda, que passa o tempo a sugerir proibições, tudo o que abomina é “fascista”: eu, você, dois terços do eleitorado, quatro quintos do Ocidente, nove décimos do mundo democrático...
O culto religioso dos ídolos. A exaltação da “juventude”. O desejo de educar as massas. A veneração da “pureza” e do “ideal”. A simplicidade totalitária. A obsessão pela “dinâmica” e pelo “progresso”. O apego a visões míticas. A promoção de dogmas. O recurso à censura. A recusa do capitalismo. A necessidade de bodes expiatórios. O apreço selectivo pelos direitos humanos. A centralização da economia. O asco pela ordem anterior. O fascínio por uma ordem nova. O uso das “franjas” para a conquista do “sistema”. A distribuição de privilégios pelas “cúpulas”. A invenção de inimigos em prol da coesão interna. O desprezo pelos regimes representativos. O anti-semitismo, perdão, sionismo. O anti-americanismo, perdão, americanismo. O combate aos hereges. A estratégia de desmultiplicação por grupos postiços. O ódio à liberdade, a de expressão e as demais. O controlo dos “media”. A aplicação jovial da demagogia e da mentira. À semelhança de todas as organizações comunistas, e salvaguardando pequenas ressalvas (a troca da “raça” pela “classe”), o Bloco de Esquerda é técnica e evidentemente fascista.
Não quero sugerir que os seus dirigentes deviam ser presos, ou pendurados num poste pela língua, ou no mínimo calados. Dado que, ao contrário deles, não sou fascista, nunca me passou pela cabeça abolir ou condicionar as opiniões de ninguém. Nos dias em que acordo do lado certo, até me divirto com a retórica de maluquinhos, e acredito piamente que quem não se ri com o Acampamento de Verão do Bloco de Esquerda morreu por dentro. Nos dias restantes, posso ter pena, e tenho, de o país onde vivo sofrer a catastrófica influência de um gangue de parasitas e alucinados, no exacto sentido em que, nas respectivas épocas, resmas de russos, alemães, cubanos, cambojanos, ugandeses, italianos ou venezuelanos lamentaram as desgraças que lhes caíram em cima. Só isso. Não prezo o famoso paradoxo do sr. Popper, que recomenda intolerância para com os intolerantes. Entre o risco e a proibição, qualquer pessoa civilizada hesita imenso e acaba por preferir o primeiro. E qualquer fascista escolhe num ápice a segunda.
Os fascistas do Bloco de Esquerda vivem a sugerir proibições, numa actualização oportuna do chavão do Maio 68 que muito estimam: “É proibido proibir – tudo o que não coincida com o pensamento e a obra de Sua Eminência, Francisco Anacleto Louçã”. O resto é para dizimar com urgência. A que título? O título de “fascista”, num curioso exercício do que o vulgo designa por hipocrisia e os estudiosos por “projecção psicológica”, leia-se o hábito de atribuir a outros características próprias. Tudo o que o Bloco de Esquerda abomina é “fascista”: eu, você, dois terços do eleitorado, quatro quintos do Ocidente, nove décimos do mundo democrático, etc. A sanha é tal que, pelo caminho, acontece ao Bloco de Esquerda chamar “fascista” a fascistas de facto. Ou quase.
Ao invés do paizinho, que partilha uns 95% do evangelho do Bloco de Esquerda, não consta que Marine Le Pen seja exactamente fascista. Isso, porém, está longe de representar um obstáculo para os discípulos do dr. Louçã. Há décadas, o dr. Louçã tentou em vão sabotar a vinda a Portugal do sr. Jean-Marie. Agora, os discípulos repeliram com sucesso a filha. Resumo, com fastio, os pormenores: a senhora fora convidada para discursar numa patetice intitulada Web Summit, presumivelmente dedicada à inovação e à criatividade; o Bloco de Esquerda rosnou promessas de excomunhão; os responsáveis pela patetice cederam aos transtornados e desconvidaram a senhora; meio país achou o episódio justo e higiénico, como dantes se achava justa e higiénica a fogueira para os ímpios; o governo e a oposição concordam por aplauso ou omissão; Portugal continua a desfilar o género de modernidade em que a Bolívia se especializou.
Perante o desfecho, o Bloco de Esquerda supõe haver motivos para celebrar. Supõe mal. A cegueira infantil dos fascistas impele-os com frequência a atitudes infantis, por exemplo a de acreditar que impedir a participação da sra. Le Pen numa feira caipira impede a divulgação do respectivo discurso. É chato (não é nada) informá-los, mas a tecnologia mudou um bocadinho desde os bucólicos tempos do camarada Trotsky, em que um campo de concentração chegava para obliterar definitivamente os infiéis, desculpem, “a burguesia urbana e rural”. Hoje, o que quer que a sra. Le Pen defenda está disponível através de inúmeros e incontroláveis meios. Se a rábula do Bloco de Esquerda conseguiu alguma coisa foi convencer uma data de gente normalmente desinteressada a pesquisar na “net” informação sobre a líder da Frente Nacional. E depois a descobrir as abundantes parecenças da FN com o BE, ainda que em versão menos ridícula. E menos fascista, passe a redundância.
O engraçado – cruz, credo – é que de tanto se esconjurar fascismos duvidosos, o autêntico ameaça tomar conta disto.

Alguns comentários:
Manuel Penhascoso: O Bloco de esquerda é uma amálgama de fascistas de estado que têm como ídolos democratas exemplares Stalin, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Enver Hoxha, Erich Honecker, Nicolae Ceausescu, irmãos Castro e os três da dinastia Kim.
economicofinanceiro blogspot: A estrema esquerda marxista-leninista-estalinista-maoista-chavista cometeu tantos ou mais crimes como a estrema direita nazi-fascista. Estranhamente, afirmar a mais pequena ideia que possa ter sido, mesmo que remotamente, nazi-fascista faz surgir uma onda destruidora sobre a pessoa já ser defensor marxista-leninista-estalinista-moista-chavista, como acontece com o BE e o PCP, é maravilhoso. Não nos podemos esquecer que o PCP e o BE são claramente anti-democrata no sentido que conhecemos (democracia representativa). O que defendem é a "democracia directa piramidal" Cada grupo de 50 pessoas (a comuna) elege um presidente de comuna 50 presidentes das comunas elegem um presidente de junta; 50 presidentes das juntas elegem um presidente da câmara e Os 380 presidentes de câmara formam o politeburo que elege o presidente  da república. O politeburo pode ter poder legislativo e apoiar o governo ou elege uma assembleia da república com esses poderes. À moda da Intersindical onde, dividindo, o PCP que é minoritário em termos de democracia representativa, consegue ter o controlo total. maravilhoso.  Não nos podemos esquecer que o PCP e o BE são claramente anti-democrata no sentido que conhecemos (democracia representativa). O que defendem é a "democracia directa piramidal": Cada grupo de 50 pessoas (a comuna) elege um presidente de comuna; 50 presidentes das comunas elegem um presidente de junta; 50 presidentes das juntas elegem um presidente da câmara e Os 380 presidentes de câmara formam o politeburo que elege o presidente  da república. O politeburo pode ter poder legislativo e apoiar o governo ou elege uma assembleia da república com esses poderes. À moda da Intersindical onde, dividindo, o PCP que é minoritário em termos de democracia representativa, consegue ter o controlo total.
Joao MAeconomicofinanceiro blogspot: "Quem não está connosco é fascista " é  o lema da escola de ódio  do bispo Louçã e suas irmãzinhas Mortágua e afins... Enquanto isso vão se-orientando e enchendo os bolsos, o Louçã já  é administrador do Banco de Portugal,  o Roubles é aos milhões,  a Martins já tem casas e empresa de alojamento local. É um partido perigoso para a democracia. Tal como todos os partidos de extremos e populistas.
Joao MA: O BE funciona como uma madrassa doutrinadora de ódio a tudo o que não seja marxista-trotskista etc. Uma espécie de juventude hitleriana pronta para atacar os alvos definidos pelos seus dirigentes.  Vê-se que estão a tentar controlar redações de jornais e meios académicos para doutrinar as massas. Chamam fascistas aos outros mas eles é que dão lições de fascismo puro.
Eduardo Gomes: Conta a lenda que Midas, rei da Frígia, transformava em ouro tudo o que tocava. O BE é, mais ou menos como Midas, com um "simples" pormenor diferente, pois, em tudo o que o BE toca... estraga! 

 NOTA: (Internet): Significado de Madrassa 
Conhecidas pelo seu papel na formação de extremistas, as madrassas são escolas que privilegiam o estudo e a memorização do alcorão. Não ensinam nem mesmo a alfabetização básica. Podem chegar ao ensino superior, mas sem promover o conhecimento moderno, excluindo matérias científicas, a matemática, filosofia, ciências sociais e humanas.
A base curricular habitual de uma madraça inclui cursos de língua árabe e o ensino da xaria (o Direito islâmico), tafsir (interpretação do Alcorão), hadith (narrações do profeta Maomé), mantiq (lógica) e história do Islão.
As madrassas ficaram mais conhecidas após o 11 de setembro.
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