Excelente a análise de Alberto
Gonçalves, o que não será, naturalmente, reconhecido por todos os seus 142 comentaristas,
mas que importa? São textos assim que nos fazem rejubilar, como se de almas
gémeas da nossa se tratasse. Mas a “anima” de Alberto Gonçalves é única, de padrão superior.
Rejubilemos, apenas.
Os
fascistas /premium
18/8/2018
Para o Bloco de Esquerda, que passa o tempo a sugerir proibições, tudo
o que abomina é “fascista”: eu, você, dois terços do eleitorado, quatro quintos
do Ocidente, nove décimos do mundo democrático...
O culto religioso dos ídolos. A exaltação da “juventude”. O desejo de
educar as massas. A veneração da “pureza” e do “ideal”. A simplicidade
totalitária. A obsessão pela “dinâmica” e pelo “progresso”. O apego a visões
míticas. A promoção de dogmas. O recurso à censura. A recusa do capitalismo. A
necessidade de bodes expiatórios. O apreço selectivo pelos direitos humanos. A
centralização da economia. O asco pela ordem anterior. O fascínio por uma ordem
nova. O uso das “franjas” para a conquista do “sistema”. A distribuição de
privilégios pelas “cúpulas”. A invenção de inimigos em prol da coesão interna.
O desprezo pelos regimes representativos. O anti-semitismo, perdão, sionismo. O
anti-americanismo, perdão, americanismo. O combate aos hereges. A estratégia de
desmultiplicação por grupos postiços. O ódio à liberdade, a de expressão e
as demais. O controlo dos “media”. A aplicação jovial da demagogia e da
mentira. À semelhança de todas as organizações comunistas, e salvaguardando
pequenas ressalvas (a troca da “raça” pela “classe”), o Bloco de Esquerda é
técnica e evidentemente fascista.
Não quero sugerir que os
seus dirigentes deviam ser presos, ou pendurados num poste pela língua, ou no
mínimo calados. Dado que, ao contrário deles, não sou fascista, nunca me passou
pela cabeça abolir ou condicionar as opiniões de ninguém. Nos dias em que
acordo do lado certo, até me divirto com a retórica de maluquinhos, e acredito
piamente que quem não se ri com o Acampamento de Verão do Bloco de Esquerda
morreu por dentro. Nos dias restantes, posso ter pena, e tenho, de o país onde vivo sofrer a catastrófica influência
de um gangue de parasitas e alucinados, no exacto sentido em que, nas
respectivas épocas, resmas de russos, alemães, cubanos, cambojanos, ugandeses,
italianos ou venezuelanos lamentaram as desgraças que lhes caíram em cima. Só
isso. Não prezo o famoso paradoxo do sr. Popper, que recomenda intolerância
para com os intolerantes. Entre o risco e a proibição, qualquer pessoa
civilizada hesita imenso e acaba por preferir o primeiro. E qualquer fascista
escolhe num ápice a segunda.
Os fascistas do Bloco de Esquerda vivem a sugerir proibições, numa
actualização oportuna do chavão do Maio 68 que muito estimam: “É proibido
proibir – tudo o que não coincida com o pensamento e a obra de Sua Eminência,
Francisco Anacleto Louçã”. O resto é para dizimar com urgência. A que título? O
título de “fascista”, num curioso exercício do que o vulgo designa por
hipocrisia e os estudiosos por “projecção psicológica”, leia-se o hábito de
atribuir a outros características próprias. Tudo o que o Bloco de Esquerda
abomina é “fascista”: eu, você, dois terços do eleitorado, quatro quintos do
Ocidente, nove décimos do mundo democrático, etc. A sanha é tal que, pelo
caminho, acontece ao Bloco
de Esquerda chamar “fascista” a fascistas de facto. Ou quase.
Ao invés do paizinho, que partilha uns 95% do evangelho do Bloco de
Esquerda, não consta que Marine Le Pen seja exactamente fascista. Isso, porém,
está longe de representar um obstáculo para os discípulos do dr. Louçã. Há
décadas, o dr. Louçã tentou em vão sabotar a vinda a Portugal do sr. Jean-Marie.
Agora, os discípulos repeliram com sucesso a filha. Resumo, com fastio, os
pormenores: a senhora fora convidada para discursar numa patetice intitulada
Web Summit, presumivelmente dedicada à inovação e à criatividade; o Bloco de
Esquerda rosnou promessas de excomunhão; os responsáveis pela patetice cederam
aos transtornados e desconvidaram a senhora; meio país achou o episódio justo e
higiénico, como dantes se achava justa e higiénica a fogueira para os ímpios; o
governo e a oposição concordam por aplauso ou omissão; Portugal continua
a desfilar o género de modernidade em que a Bolívia se especializou.
Perante o desfecho, o Bloco de Esquerda supõe haver motivos para
celebrar. Supõe mal. A cegueira infantil dos fascistas impele-os com frequência
a atitudes infantis, por exemplo a de acreditar que impedir a participação da
sra. Le Pen numa feira caipira impede a divulgação do respectivo discurso. É
chato (não é nada) informá-los, mas a tecnologia mudou um bocadinho desde os
bucólicos tempos do camarada Trotsky, em que um campo de concentração chegava
para obliterar definitivamente os infiéis, desculpem, “a burguesia urbana e
rural”. Hoje, o que quer que a sra. Le Pen defenda está disponível através de
inúmeros e incontroláveis meios. Se a rábula do Bloco de Esquerda conseguiu
alguma coisa foi convencer uma data de gente normalmente desinteressada a
pesquisar na “net” informação sobre a líder da Frente Nacional. E depois a
descobrir as abundantes parecenças da FN com o BE, ainda que em versão menos ridícula.
E menos fascista, passe a redundância.
O engraçado – cruz, credo – é que de tanto se esconjurar fascismos
duvidosos, o autêntico ameaça tomar conta disto.
Alguns
comentários:
: O
Bloco de esquerda é uma amálgama de fascistas de estado que têm como ídolos
democratas exemplares Stalin, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Enver Hoxha, Erich
Honecker, Nicolae Ceausescu, irmãos Castro e os três da dinastia Kim.
maravilhoso. Não nos
podemos esquecer que o PCP e o BE são claramente anti-democrata no sentido que
conhecemos (democracia representativa). O que defendem é a "democracia
directa piramidal": Cada grupo de 50 pessoas (a comuna) elege um
presidente de comuna; 50 presidentes das comunas elegem um presidente de junta;
50 presidentes das juntas elegem um presidente da câmara e Os 380 presidentes
de câmara formam o politeburo que elege o presidente da república. O
politeburo pode ter poder legislativo e apoiar o governo ou elege uma
assembleia da república com esses poderes. À moda da Intersindical onde,
dividindo, o PCP que é minoritário em termos de democracia representativa,
consegue ter o controlo total.
A estrema
esquerda marxista-leninista-estalinista-maoista-chavista cometeu tantos ou mais
crimes como a estrema direita nazi-fascista. Estranhamente, afirmar a mais
pequena ideia que possa ter sido, mesmo que remotamente, nazi-fascista faz
surgir uma onda destruidora sobre a pessoa já ser defensor
marxista-leninista-estalinista-moista-chavista, como acontece com o BE e o PCP,
é maravilhoso. Não nos podemos esquecer que o PCP e o BE são claramente
anti-democrata no sentido que conhecemos (democracia representativa). O que
defendem é a "democracia directa piramidal" Cada grupo de 50 pessoas
(a comuna) elege um presidente de comuna 50 presidentes das comunas elegem um
presidente de junta; 50 presidentes das juntas elegem um presidente da câmara e
Os 380 presidentes de câmara formam o politeburo que elege o presidente
da república. O politeburo pode ter poder legislativo e apoiar o governo
ou elege uma assembleia da república com esses poderes. À moda da Intersindical
onde, dividindo, o PCP que é minoritário em termos de democracia
representativa, consegue ter o controlo total.
Joao MAeconomicofinanceiro
blogspot: "Quem
não está connosco é fascista " é o lema da escola de ódio do
bispo Louçã e suas irmãzinhas Mortágua e afins... Enquanto isso vão se-orientando
e enchendo os bolsos, o Louçã já é administrador do Banco de
Portugal, o Roubles é aos milhões, a Martins já tem casas e empresa
de alojamento local. É um partido perigoso para a democracia. Tal como todos os
partidos de extremos e populistas.
: O BE funciona como uma madrassa doutrinadora
de ódio a tudo o que não seja marxista-trotskista etc. Uma espécie de juventude
hitleriana pronta para atacar os alvos definidos pelos seus dirigentes.
Vê-se que estão a tentar controlar redações de jornais e meios académicos para
doutrinar as massas. Chamam fascistas aos outros mas eles é que dão lições de
fascismo puro.
: Conta
a lenda que Midas, rei da Frígia, transformava em ouro tudo o que tocava. O BE
é, mais ou menos como Midas, com um "simples" pormenor diferente,
pois, em tudo o que o BE toca... estraga!
Conhecidas pelo seu papel na
formação de extremistas, as madrassas são escolas que privilegiam o estudo e a
memorização do alcorão. Não ensinam nem mesmo a alfabetização básica. Podem
chegar ao ensino superior, mas sem promover o conhecimento moderno, excluindo
matérias científicas, a matemática, filosofia, ciências sociais e humanas.
A base
curricular habitual de uma madraça inclui cursos de língua árabe e o ensino
da xaria (o Direito islâmico), tafsir (interpretação do Alcorão), hadith (narrações do profeta Maomé), mantiq (lógica)
e história do Islão.
As madrassas ficaram
mais conhecidas após o 11 de setembro.
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