Numa democracia
plena de pontos. De vistas também.
A aprendizagem da eficácia e outras notas
Só com a devolução do insulto a Ventura de cada vez que ele nos
insulta a nós – a tantos e tantos como eu – não vamos lá. As coisas estão
sérias. Também temos de nos habituar a saber lidar com elas.
MARIA JOÃO AVILLEZ
Jornalista, colunista do OBSERVADOR
OBSERVADOR, 03
dez. 2025, 00:2263
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1Tenho reparado na quantidade de
vezes que o adjectivo “eficaz” é empregue a propósito de André Ventura.
O líder do Chega – dizem – tem sido “eficaz” nos debates televisivos; eu
tropeço na palavra mas percebo-a: está mais à mão, é um meio expedito para
abrigar simultaneamente o ruído, as más maneiras, a interrupção compulsiva, uma
loquacidade sem travões, o estafado uso de apenas três-temas-três, o estafante
abuso do insulto como argumento.
E com isto da “eficácia” sai um dois-em-um:
não encoraja uma análise, falseia a natureza de um político. Foi uma escolha:
sabe-se, é verdade, que há um milhão e meio de portugueses que rejubilam com
esta “eficácia”, a querem ampliada e a escolheram para porto de abrigo do seu,
digamos, inconforto, com a pátria. E
Ventura – que não brinca em serviço – acode ao inconforto, chocando, insultando
e escarnecendo, no exclusivo papel que escolheu para si no teatro das
presidenciais: este mesmo. Temos de nos habituar.
Julgo porém que será mais
proveitoso – para todos de resto – começar a tomar boa nota da (definitiva?)
convicção de gente séria e gente boa – conheço alguma – que acredita com a sua
melhor boa-fé que só Ventura se dispôs, “haja o que houver”, a protagonizar
uma mudança que estava já inscrita no vento e no tempo. Estava a caminho.
Só falta “instalá-la”. Nesse sentido não se pode estranhar que contemporizem
tão bem com o “instalador”: para os “seus”, ainda mais que “instalador”, o líder do Chega é o general salvador que
os vai retirar da zona do “atoleiro” com o qual confundem o país, içando-os do
covil dos “ladrões e corruptos, e levando-os para a terra prometida.
Ou seja: só com a devolução
do insulto a Ventura de cada vez que ele nos insulta a nós – a tantos e tantos
como eu – não vamos lá. As coisas estão sérias. Também temos de nos
habituar a saber lidar com elas.
2Surpreende-me a postura de Gouveia e
Melo nos debates onde tem participado. No
imaginário de grande parte do país tratava-se
de alguém cuja démarche correspondia ao brio da farda militar que usava
ininterruptamente: um homem decidido, pronto, organizado, tarefas distribuídas,
calendários rigorosos, metas para cumprir, mesmo que de um plano já
anteriormente delineado. E nisto – ou melhor, na estranhíssima
empreitada política em que escolheu meter-se, vá lá saber-se porquê – o que
vemos é antes do mais um cidadão nas
antípodas daquele militar alto e garboso que se multiplicava por entre seringas
de vacinas: em seu lugar surgiu ao país, como dizer?, alguém aparentemente em
manifestas dificuldades: consigo próprio, com a forma como está diante das
câmaras; como se inclina para a frente quase como se quisesse fugir dali; como
por vezes se agarrou a um (salvífico?) papel como um náufrago a uma bóia; como
prefere respostas no geral sempre curtas, como se não houvesse da sua parte
suficiente argumentação ou fôlego para suster mais palavras, mais
esclarecimento, mais resposta. E como se entenderá ele – ou não –
com a sua equipa próxima (onde os
índices de ressentimento pessoal com a política e os políticos não se pode
dizer que sejam modestos)?
Conhecendo apenas alguns nomes que há muito estão com Gouveia e Melo,
ignoro em absoluto quem é seu núcleo duro, com quem se aconselha, quem elege
temas ou quem prioriza as questões internamente consideradas como obrigatórias.
Admito – estou mesmo certa – que todo este meu raciocínio obteria naturalmente
no seio desta campanha a mais glacial indiferença e me atirariam com as
“sondagens”. Na dúvida, eu não me iludiria assim.
3Pelo contrário, nada me
surpreendi com o que tem dito António Felipe, espanto-me é que haja ainda
praticantes de uma fé que nunca o voto colocou em altar nenhum. Não vingou em
Portugal em 1975 por uma unha negra, mas apesar de ruidosamente celebrada a fé
dissolveu-se por entre os ateus que eram infinitamente mais do que os crentes: falhou a revolução, falharam os votos,
falhou a produção comunista do prometido lote de “amanhãs” que “cantariam” e a
que eles chamavam “socialistas”. Quando se simpatiza com António Felipe
– que felizmente para todos nós não é “eficaz” –, simpatiza-se com as suas boas
maneiras. As mesmas que põe ao persistir num erro deste tamanho.
4Espantei-me e não foi pouco com a gloriosa alegria de Catarina Martins
pisando sob aplausos estrepitosos um chão de ruínas. Espanta a leveza face a
uma derrota que lhe coube por inteiro – os algarismos do fracasso são
eloquentes. A sucessora foi ainda mais infeliz: os resultados passaram a
glaciais quando Mariana Mortágua soçobrou numa flotilha que ia para Gaza
sabendo que não ia para Gaza, com ajuda humanitária que sabíamos todos – nós, o
mundo e eles próprios – que nunca era para chegar ao destino.
Após esta encenação para tolos e respectiva queda eleitoral, vai agora vigorar,
segundo percebi, um marxismo (?) que supostamente seria abençoado pelo Papa
Francisco. Face a tudo isto, que aplaudiam tão derisoriamente aqueles
militantes?
5O que não me espantou
absolutamente nada foi o encontro do
Presidente da República – a quem desejo rápidas melhoras! – com o grupo de
jovens campeoníssimos de sub-17 há dias no Palácio de Belém. Diante daquele
friso juvenil em fato de treino que o olhava algo intimidado, o Chefe de Estado
usou do verbo certo, do tom certo, da emoção certa. E era aqui que eu queria chegar:
quando resiste a si mesmo e escolhe saber em vez de intrigar, Marcelo pode ser
imbatível. Tomei boa nota disso mesmo ao longo destes anos em que por
vezes tanto o critiquei (com a mesmíssima cara com que hoje o elogio): retive óptimos discursos, improvisos
brilhantes, oratórias inspiradas. Sucedeu de novo este fim de semana, com os
jovens da bola, onde Marcelo conseguia estar mais feliz que eles próprios, mas
pode acontecer nas mais variadas “montras”. Recentemente houve nova
performance – esta talvez mesmo excepcional – no lançamento de uma biografia do ex-ministro das Finanças de
Salazar, António Pinto Barbosa, escrita por Filipe S. Fernandes (Guerra e Paz).
Foi como se Marcelo tivesse levado a plateia “pela mão” aos
bastidores do Estado Novo, na época governativa de Pinto Barbosa, andando para
trás, andando para a frente, parando aqui, virando ali. Com a memória, o saber, a segurança, o interesse, o gosto que teria
por exemplo um maestro a contar-nos a sua orquestra, ou como faria o director
do melhor museu mundo numa visita guiada à sua instituição: íntimo da História,
bom conhecedor dos seus protagonistas, dono de prodigiosa memória, Marcelo
também nos fez uma visita guiada pelo tempo, a história, os protagonistas e
pares do ex-ministro António Pinto Barbosa e por ele próprio: um muito
inteligente político que se sentava ao lado de Salazar à mesa do Conselho de
Ministros quando era mestre e senhor das contas públicas do país, entre 1955
/65 e a seguir se sentou no Banco de Portugal até 1974, na cadeira do seu Governador.
A ler. Ou a descobrir.
PRESIDENCIAIS
2026 ELEIÇÕES POLÍTICA PRESIDENTE
MARCELO MARCELO
REBELO DE SOUSA PRESIDENTE DA
REPÚBLICA ANDRÉ
VENTURA PARTIDO
CHEGA ALMIRANTE
GOUVEIA E MELO
COMENTÁRIOS (de 63)
Jorge Barbosa: Sugiro à autora que desça uns minutos do seu
pedestal de jornalista protegida pela ampla cultura socialista não revolucionária
que está posta ainda a sufocar o progresso económico e social do país, desde o
25 de Novembro de 1975, que suspenda por momentos a sua obrigação de seguir o
"politicamente correcto". Faça isso por uns momentos. Depois,
suspendendo por momentos o ódio político já doentio que tem contra o AV e o
CHEGA, rebobine a fita designadamente das últimas duas governaçôes socialistas (designadamente de Sócrates e do Costa)
e das funestas consequências havidas para a população em geral (Corrupção,
fraca economia e baixos salários, habitação incomportável, crise SNS,
abandalhamento no ensino público, "corrupção" inoperância face aos
incêndios, imigração portas abertas que levou à saturação dos serviços públicos
agravando-se todos os problemas anteriores). Focando-se então em todo este
contexto só posto a piorar dia a dia, tenha presente quem é que surgiu a pregar
a necessidade de urgentes correcções e
reformas? E quem se lhe opôs e como? Pois terá de concluir que foi o Ventura o
único a fazê-lo, sempre sozinho, já que TODOS os partidos, da esquerda à
direita ainda demasiadamente "socialista", se lhe opuseram-se, e a
"ferro e fogo" insultando-o e estigmatizando-o estupidamente
especialmente na praça pública, apesar de todos (políticos e não políticos)
perceberem de que as bandeiras acenadas pelo Ventura logo o povo as iria
acolher já que elas eram justas.. Isto tudo para dizer que quanto mais
censurarem e insultarem o AV, agora já apoiado por 1,5 milhão de eleitores,
mais o CHEGA crescerá. Tomo a liberdade de lhe aconselhar a ver a longa
conversa televisiva de 2a feira passada, na NOW, no programa do Pedro Santana
Lopes. Talvez isso ajude a perceber de que insultar e censurar o CHEGA com a
intensidade semelhante à que o Mussolini fazia aos seus opositores em Itália,
só será boa solução para impedir maioria de direita (e o dr. Luís Montenegro)
de reformar o país. A solução é unir a direita (o que agora inclui o Ventura e
o CHEGA) antes que seja tarde e a desgraçada esquerda volte ao poder, e para
isso há que deixar de se destratar o CHEGA. Quando a AD, negociando com o AV,
acolher as bandeiras do "CHEGA", o país melhorará então. O sectarismo
partidário em excesso matará a democracia. Respeitosamente desejo Santo Natal José
Silva: Minha
cara: O
Ventura apenas revida os insultos com que desde sempre todos os políticos e
todos, todos os escreventes e jornaleiros da nossa comunicação o têm mimoseado
desde que o Chega fez a sua aparição. Se não, atentem na última
entrevista-conversa com Santana Lopes, ocorrida muito recentemente e façam as
respectivas comparações. O homem não se deixa "pisar" e aproveita o
embalo para pôr a nu as incongruências dos políticos que actuam na nossa arena.
Nunca me esquecerei do esgar da desbocada Ana Gomes, quando o Ventura lhe
pespega em directo na TV uma foto da madama aos abraços ao Zé Sócrates, mas nem
assim a gaja ganhou vergonha, pois nunca a teve. Ficou esquecida na barriga da
mãe! Maria Cunhaesa:
Maria João: vejo que para si
a forma é muito mais importante do que o conteúdo. A Maria João prefere
um António Filipe educado e cordato, que apoia os regimes da Coreia do Norte e
da Venezuela, do que um Ventura mais rude, que tem razão em praticamente tudo o
que diz. É pena. Rita Salgado: Cara Maria João, nem um sentimento para com
Cotrim de Figueiredo, Marques Mendes ou Seguro?! O silêncio também é
revelador... Aprecio a sua escrita, mas sugiro que poupe nos adjectivos, que no
modo superlativo sintético nunca falham, e invista tempo a ver a entrevista do
insuspeito Santana Lopes ao Ventura no canal NOW. Manuel F: Esta jornalista há muito que deixou de me
agradar, enquanto tal. Nesta
sua crónica critica uns e omite outros, porque será que não fala nos candidatos
do PS e do PSD (PS2) e critica os outros ? Eu não gosto de nenhum e também
nunca votei no actual. Este
Marcelo que ela elogia foi o redactor das actas que o outro Marcelo, seu
padrinho, e um grupo de próximos efectuo na Choupana nos idos de 1950(?) e era,
então, candidato a grandes voos no regime anterior. A propósito recordo que no
livro publicado pelo historiador Veríssimo Serrão sobre a correspondência por
ele trocada com o Marcelo Caetano exilado no Brasil, este refere muitos
portugueses que o visitaram ou lhe escreveram, quer familiares como amigos e
nem uma palavra sobre o Marcelo afilhado, porque seria? José
Costa-Deitado: a
idade não perdoa! Maria
Emília Santos: A
jornalista deve ser de esquerda, para odiar tanto o Ventura! É uma pena, mas nós de direita os portugueses
de bem, já estamos habituados! Sabe, Sra jornalista Maria João? Realmente se
não tivesse surgido o grande André Ventura na política, Portugal já tinha
desaparecido e nós já andávamos aí todos a pedir com um saco às costas! Pelo
menos os portugueses, porque a esquerda odeia cristãos, e pior ainda se forem
católicos, mas tranquilize-se porque há bastante clero, famoso, que sempre
votou e continuará a votar esquerda! É uma casta de clérigos progressistas, que
lamentavelmente, se estão nas tintas para a verdadeira Fé, e querem mesmo é
estar e ser "pra-frentex". Pelo contrário, Sra jornalista, o
Ventura tem uma turma enorme de gente fiel ao Evangelho, a rezar e oferecer
sacrifícios por ele e para que Deus nos dê governantes segundo o Seu Coração! Por
isso, todos os ataques de pessoas como a senhora, ou piores ainda, são zero na
Balança Divina, porque a força mais poderosa do mundo é a oração! Carlos
Chaves: “(…) o Chefe de Estado usou do verbo certo, do
tom certo, da emoção certa.” Não posso deixar passar esta afirmação em branco! Caríssima
Maria João Avillez, quem viu e ouviu o Sr. Presidente da República nesta
cerimónia de homenagem aos jovens futebolistas campeões, não pode deixa de
sentir desprezo e tristeza pela maneira como o Chefe do Estado destratou e
vilipendiou a nossa língua! Por favor, veja e ouça novamente! Quanto ao
resto, concordo com a sua opinião sobre a boçalidade, má criação (palavras
minhas), e completa superficialidade sobre as poucas “propostas”, que André
Ventura escolheu para se dirigir aos eleitores! Um autêntico desperdício do que
podia ser, erradicarmos a esquerda por longo tempo do nosso horizonte!
Quanto ao Almirante, esse nunca me enganou, espanta-me
que a tenha enganado a si! António Filipe e Catarina Martins, nem merecem
grande comentário, apenas ainda não perceberam que estão no tempo errado!
Quanto à proposta de leitura, agradeço, irei considerar se
vale a pena!
Maria Alva: Com tantos descréditos ao André Ventura, será que já cortou relações com a
sobrinha Teresa Nogueira Pinto, actual dirigente do Chega? Hugo Silva > Tristão: São o tipo de comentários que você e outros
fazem sobre Ventura. João
Floriano: Maria
João Avillez está equivocada quando a certa altura diz que muitos
portugueses, aliás cada vez mais, sentem desconforto com a pátria. Bem
pelo contrário, sentimos um enorme amor pela nossa pátria. O desconforto é com
elites cada vez mais isoladas e em negação que há mais de 50 anos procuram
manter-se no poder, uma espécie de aristocracia num regime republicano. Ventura
causa-lhes ansiedade porque ao querer instalar as suas ideias vai desinstalar
interesses velhos, obsoletos, de privilegiados. E esses não querem ser
incomodados nem contestados. Quanto a Gouveia e Melo, em quem nunca pensei
votar nem na primeira nem na segunda volta, compreendo a sua falta de à vontade
num estúdio de televisão ou mesmo numa arruada. Não tem o traquejo de um
Marques Mendes, de um Ventura mais que habituados ao mediatismo. O Almirante
foi moldado por anos e anos dentro de uma lata claustrofóbica em que a sua mais
pequena ordem era obedecida sem pestanejar. Esta formação ou deformação nunca
desaparecerá do seu modo de actuar e profetizo momentos de confronto embaraçosos.
António Filipe, o camarada, é melífluo, de boas maneiras. Mas não nos deixemos
enganar. É bem perigoso. No dia em que a Rússia voltar os misseis para a
Europa, o PCP lá estará na linha da frente para pedir Paz, como pede para a
Ucrânia: uma Paz que tem um sabor azedo de capitulação. Por enquanto entretém-se
a destruir o país com as greves que pretendem demonstrar que se nas urnas
foi vencido, nas ruas continua a mandar. Catarina Martins, a mais
esfuziante burguesa dos e das bloquistas merece igualmente um reparo de Maria
João Avillez. Leonor vai para a fonte pela verdura e vai formosa e não
segura. Catarina vai para a Convenção pisando os cacos em que ela mesma mas
sobretudo a sua sucessora Mariana Mortágua, deixaram o Bloco. Irresponsáveis, delirantes,
sem assumirem culpas, tontinhas, são saudadas e elogiadas por Pureza igualmente
patareco, que pede desculpa por a esquerda ainda não ter conseguido vencer a
direita. Se honestos fossem, pediam desculpa por todo o mal que nos fizeram
durante todos estas anos. E por aqui se fica a análise dos candidatos a
Belém: cadê Seguro, Cotrim, Marques Mendes? Cada um à sua maneira despertam
curiosidade: Seguro porque é rejeitado pelo partido que ele pensa que o apoia
(será que Seguro finge que não percebe a azia que desperta no Rato?), Marques
Mendes que também não desperta grande entusiasmo na AD e Cotrim perseguido pelo
mistério de ter resultados anémicos nas sondagens. E Maria João Avillez não
podia passar sem deixar o testemunho da sua admiração pelo seu xodó Marcelo. Só
há uma coisa que me intrigou: um dos assuntos da actualidade tem sido o Ventura
que invocou 3 salazares para «endireitar isto». Mas Marcelo vai discursar na
apresentação de uma biografia de um dos ministros de Salazar e é tudo
maravilhoso. Então não estamos a voltar ao passado e ao saudosismo do Estado
Novo? Em que é que ficamos? João A: Esta colunista, e espero não estar a insultar,
deve estar com um problema mental qualquer. Uma
das explicações para o elevado apoio que o Chega tem tido é precisamente o
insulto a que os seus apoiantes estão sujeitos diariamente nas tvs, e aqui em
artigos como este. É preciso ter cá uma
lata para escrever tanta parvoíce. Não consegue mesmo alcançar para além do seu
umbigo. Uma pena! Pobre
Portugal: Mais
uma vítima do VDS (Ventura dérangement syndrome). Estas tristes figuras vão ter
um colapso cardíaco no próximo dia 18 de janeiro. Ai vão, vão. José Mendes Gil > Tristão: Quem
classifica os outros como " boçais,desrespeitosos, rudes, ignóbeis ,
malcriados,insuportáveis " deve estar num pedestal...do caraças. m s: A senhora está a falar de quê? Mas quem é que
insulta quem? Tem visto como André Ventura tem sido tratado nos debates e nas
entrevistas pelos chamados jornalistas "democratas"? Se alguém tem
que pedir desculpa são os srs. jornalistas e políticos do sistema porque
são mesmo muito mal educados. Ao pé de André Ventura até parece que foram
educados com lobos. Tristão: Só uma nota: Estes comentários deselegantes que
alguns aqui vão fazendo sobre a MJA ilustram bem o tipo de gente com que
estamos a lidar: São boçais, desrespeitosos, rudes, ignóbeis, resumindo, como
se dizia antigamente, malcriados. Grosseiros, como dizem os brasileiros. Se
alguma vez chegassem ao poder, seriam ainda mais insuportáveis…acreditem. 😅 victor
guerra: Esta
escrevinhadora tem uma obsessão contra o Ventura. Não percebe que a politica é
vender votos, mas deram-lhe palco e insiste em não se reformar. Falta de
modéstia, antes de tudo
JOHN MARTINS: Longe das expectativas de há um ano, Gouveia e Melo, nos debates parece
aquele aluno que estudou na véspera...e esqueceu o resumo em casa. Do "general" disciplinado" só
restou o náufrago agarrado ao papel. Presidência não é teste surpresa, é
preparação, visão e confiança. O País não precisa de um marinheiro perdido em
alto mar... mesmo que apareça um palhaço, em palco, de que não sei o nome, a
ajudar á festa... João Floriano > Rita Salgado: Como não houve insultos, foi muito interessante
e se pautou por grande civismo, Maria João Avillez não está interessada. Vai
contra o espírito da crónica. Tristão: Sempre excelente 🫡 Os comentadores agora analisam o Ventura não pelas mentiras, ofensas,
gritaria, maus modos, ausência de propostas, mas porque vai ao encontro do que
o seu eleitorado quer ouvir. Bem, desde logo, por este ponto de vista, os
comunistas teriam que ter sempre óptima nota, pois a cassete é a a mesma há
décadas. Ja percebemos que Ventura representa um papel, tudo aquilo é postiço,
é ensaiado, praticado (possivelmente em frente ao espelho 😅), mas tem um exército que é disto que gosta, que quer e pelos vistos não
se cansa, muito pelo contrário, está insaciável, quer mais e mais. Se Ventura
invectivar alguém em directo, estou seguro que os seus fãs entram em êxtase
absoluto. Cabe aos restantes não nos cansarmos de denunciar esta farsa, esta
opereta, e jamais normalizar estes salvadores da pátria. Marcelo é capaz
do melhor e pior, no seu melhor, é imbatível, não temos igual. No pior, é um
embaraço nacional. Contudo, olho para Marcelo e vejo um homem bom, e isso
não se explica, sente-se. Daí talvez, apesar de todas as controvérsias,
voltar a ter uma boa aceitação dos portugueses como as mais recentes sondagens
demonstram. Carlos
Chaves > Humilde Servo: O estilo caceteiro e histriónico
aplica-se ao André Ventura que nem uma luva, por escolha, pois tenho
conhecimento que ele como pessoa não é de maneira nenhuma assim, foi uma
escolha que agrada a muita gente, a mim repugna-me! Quanto ao seu papel de o
CHEGA trazer para cima da mesa muitos temas e muito importantes, concordo que o
faz, e agradeço ao CHEGA por isso, é pena é que se fiquem por aí e soluções
exequíveis, nem vê-las… E já agora as propostas socialistas do CHEGA, que metem
inveja ao próprio PS, não abonam nada em seu favor! Tenho pena que estejamos a
perder uma oportunidade histórica, para nos livrarmos da esquerda, e a culpa é
do CHEGA, do PSD, do CDS e da IL, a continuar assim não tarda nada e a esquerda
estará de volta ao poder! João
Floriano > António Lamas: Era a hérnia que já estava encarcerada. O pior
é que também deve haver alguma coisa a precisar de arranjo na cabeça do Marcelo
das selfies. Francisco
Almeida: Resumindo:
disse mal dos adversários de Marques Mendes e exaltou o modelo de Marques
Mendes. Filipe e Catarina, fizeram o papel daquelas asinhas decorativas que nem
servem para segurar a jarra.
António Lamas: Não concordo com: Responder com insulto ao Ventura, quando ele muitas das
vezes está a responder a insultos dos outros, sejam candidatos ou pior,
activistas transvestidos de jornalistas. Basta ver a elevação da
entrevista de Santana Lopes ao mesmo Ventura, sem intervenção do
jornalista. E também dá recepção aos sub17. Um discurso patético,
um hino inenarrável, com muitos sinais que não estava bem. António Costa e Silva: "...Julgo porém que será mais proveitoso – para
todos de resto – começar a tomar boa nota da (definitiva?) convicção de gente
séria e gente boa – conheço alguma – que acredita com a sua melhor boa-fé que
só Ventura se dispôs, “haja o que houver”, a protagonizar uma mudança que
estava já inscrita no vento e no tempo.” Conhece com certeza alguma “gente
séria e gente boa”, também na sua família, que vê para além do dedo que aponta
a Lua. A autora, pelo contrário e como de costume, fixa-se na forma e nada diz
do conteúdo; percebe-se bem o incómodo de falar da realidade que todos
vemos, que nem a ela, tão tolerante, pode agradar. Seria interessante ler o que
escreveria sobre a rudeza de tantos portugueses que fizeram grande a História
de Portugal; porque sabemos o que escreveu sobre a delicadeza de alguns
portugueses que a fizeram pequena. Não foi a única jovem ingénua, loura e de
boas famílias, que se deslumbrou com os revolucionários do 25A e com alguns
políticos de má nota, mais velhos e sabidos; mas será das poucas que os
continua a venerar.
António Costa e Silva > Francisco Ramos: Não precisamos de quem diz que não existe
diferença entre um português e um paquistanês. Desses já temos muitos. maria santos: Qual insulto e a quem? joao lemos: depois de ler , ocorre-me perguntar , se
ninguém se incomoda que o Ventura e todo o seu eleitorado sejam
"insultados" diariamente nos Midia, com piropos como trogloditas,
atrasados, pouco instruídos, grosseiros e talvez o que mais incomode os
comentadeiros , seja que ele é mesmo mesmo "Povão". Humilde Servo > Carlos Chaves: Um excelente comentário. Em relação a André
Ventura, é pena ter escolhido ser tão caceteiro e histriónico. Por outro lado,
há uma correlação entre esses traços e a disposição para abordar temas que os
políticos de punhos de renda receiam abordar. Não se pode ter tudo:
calhar-nos-ia sempre alguém fora do corriqueiro quando finalmente alguém se
dispusesse a atacar frontalmente questões tidas como não suscetíveis de
discussão entre as elites: a imigração, o multiculturalismo, a agenda woke, a
corrupção. Em relação a esta última, não tenho qualquer dúvida de que a seu
tempo também no Chega se tornará endémica; em relação às outras, Ventura já fez
um grande favor ao país.