Como alguns
comentaristas da Maria João Avillez, eu também a admiro, no
rendilhado humano e artístico das suas crónicas, mas hoje os comentários que
seguem são todos contra ela. Também o meu seria, mas sem a ironia de muitos.
Admiro sempre a humanidade sincera das pessoas, o que é o seu caso. Como já
admirava a irmã – Maria José Nogueira Pinto e o cunhado, Jaime
Nogueira Pinto, como vozes da decência no acto da descolonização traiçoeira,
entre outros valores por eles defendidos, creio que sem rendilhados. Relembro
um distinto colega – o Dr. Esteves Pinto, como lhe chamava – com quem costumava
conversar, e que sentiu como eu – mas mais discretamente – as angústias do pós
25 de Abril e sequente “descolonização” - aliás, “pontapeamento” das colónias -
para o seu isolacionismo libertador. Muitas vezes o Dr Esteves Pinto me dizia
que os pobres moçambicanos (ou os outros povos da nossa independência
colonialista então processada e alardeada por toda a intelectualidade
mistificatória,) que ficariam entregues às ambições selvagens dos seus futuros
governantes, por essas alturas ainda alardeadas em promessas de eldorado,
(como, aliás, por cá se viu também e vê, com os truques eleitorais
na manga, que depois são abandonados), me dizia, pois, que a Europa seria
invadida pelos pobres que, cobardemente, entregámos aos aspirantes a
governantes, Samoras Machéis, no meu caso. Não parámos de o
observar, desde então, esse afluxo, quantas vezes catastrófico, porque toda a
África e Médio Oriente se acenderam em crueldades e prepotências dictatoriais
ou tribais, ou de radicalidade doutrinária terrorista e cada vez mais
agudizada, graças ao nosso contributo de ocidentais amistosos, que pregam a
cartilha democrática e, simultaneamente, disseminam as armas para os seus
trocos.
Os
comentários são muito pertinentes, como lição dos novos tempos, geralmente
desmascarando falsas democracias que se afirmam doutrinariamente, e, afinal,
hipocritamente, indiferentes aos povos sacrificados nesse afluxo de gente
perdida de medo ou de fome – os povos da Europa do sul que primeiro os acolhem.
Qual das Europas? /premium
25/6/2018
Renzi é outro italiano
infeliz. Encontrei-o num comboio entre Florença e Roma, blaser azul, computador
aberto, rosto fechado: “o senhor é quem eu estou a pensar que é?” “Ah... (o
rosto abriu) maybe.”
1. O regresso da
barbárie? Assim parece nestes desgraçados dias e mesmo que em certo sentido ela
tenha vindo a ser semeada, tantos os erros cometidos pela “Europa” e pela sua
deficiente vontade política, à barbárie diz-se não: quem me diria a mim ontem
que hoje, um Estado de direito europeu assente em valores universais
partilhados por todos os que os defendemos por neles assentarmos o nosso
escolhido modelo de vida, seria capaz de recusar cais e terra firme a um grupo
de deserdados da terra? Quem me diria a mim que um banal dia da minha vida, o
Presidente do mais poderoso país do mundo seria capaz de separar pais de filhos
e não me venham dizer que está a fazer o que avisou que faria ou que ele foi
“votado democraticamente”, já ouvimos. Ou que agora na Europa se irão perseguir
ciganos a dedo. Já conhecemos essa história e a História. (Ou de facto,
volta-se sempre à História?)
Por isso apesar do
ocidental Trump ter previamente “avisado” dos seus gestos, e de “toda a gente”
procurar a América como destino de eleição e da “media” se empolgar por vezes
muito duvidosamente e sempre só para um lado; apesar do europeu Matteo
Salvini ter feito do combate à imigração o eixo da sua recente campanha
eleitoral em Itália, a esta espécie de barbárie diz-se não.
Não sei se Macron e
Angela Merkel terão razão quando com um desajustado optimismo nos informam que
“a UE está prestes a abrir um novo capítulo da sua história” e também ignoro se
o próximo Conselho Europeu será capaz de se mostrar à altura da decisão e da
convicção na vontade politica que lhes exigimos que exiba e concretize.
(Provavelmente não porque o problema não tem solução e porque todos os erros
foram cometidos.) Mas há uma coisa que sei: ontem eu teria apostado a
minha vida em como seria impossível assistir hoje, na Europa e nos Estados
Unidos, a algo de muito aparentado com o regresso da barbárie.
2. Sobre a Itália, algumas apressadas notas, venho de lá,
Turim, Florença, Roma.
Mas a Itália, “segunda
pátria de toda a gente”, que nos deixou em herança a lei e o génio, a
civilização e o sublime – e a Itália está cansada. Abatida pelo desnorteio,
acossada pela fúria, à mercê de perigos e incertas aventuras, encontrei um mau
quadro onde me pareceu ver muitas luzes vermelhas acesas.
Não gostei de tudo o que
durante dez dias vi, ouvi e li nem da forma como “se” lidou com a questão do
Aquarius, impedido de acostar. Mas – sejamos sérios – para alguém tão,
tão longe desta realidade quanto um português habitando um país totalmente
“virgem” de desembarques maciços, é expedito condenar a implacabilidade desta
política (?) anti-imigração.
A Itália — sejamos
sérios outra vez — está há longos meses sozinha na primeira fila do
desembarque incessante, desesperado e caótico de milhares e milhares de
refugiados.
E os italianos, que já
estavam infelizes — o desemprego cavalga, o nível de vida desce, os
serviços públicos não servem, a burocracia é asfixiante, o espaço público
degrada-se –, começam a estar fartos. O cansaço exige um culpado
e para eles o embaraço é a escolha: o euro a que mais de metade da população
atribui a descida do nível de vida? Os imigrantes que “os outros não querem”?
Bruxelas” vista como fonte de indecisão e palco de hipocrisias várias? Sim,
tudo isto, basta ouvir as pessoas e eu ouvi: se o gesto de Salvini é
inadmissível, ele não pode ser separado do solitário calvário que o precedeu.
Quem me lê ao viés, guiado pela má fé ou pelo devastador pensamento
politicamente correcto, achará que estou quase a desaguar na redenção do mesmo
Salvini, mas justamente não estou e quem achar isso simplesmente desprestigia-se
a si mesmo. Limito-me a descrever uma trágica ocorrência e a tentar
analisá-la: o líder da Liga que já não é só do Norte decidiu subiu o patamar
do risco e do desafio e devolver aos congéneres europeus, que detesta e de quem
há muito desconfia, a responsabilidade e a culpa pelo que “se passa”.
E passa: basta só lembrar a
falha de compromissos em alguns países com pergaminhos democráticos, evocar a
soma de referendos convocados até a resposta do “povo” ser conforme à
conveniência; ou a hipocrisia reinante ou as fragilidades evidentes e isto
durante anos e anos. Basta enfim recordar apenas o essencial — a desunião
entre 27 países e 27 povos – para perceber que os maus da fita não estão
todos do mesmo lado.
Fechar portos e portas não
é solução nem sequer um princípio seja do que for: de conversa, de negociação,
de estratégia e entendimento comum e ainda bem que à hora a que escrevo já
houve uma marcha-atrás (mesmo que ainda semi-indefinida). Seja como for,
com apenas uma ou outra excepção, não se ouviu uma voz dissonante no
Movimento 5 Estrelas, aliado da Liga no governo, na questão do barco, nem
constaram divergências públicas entre ambos. Os parceiros não divergiram talvez
porque todas as sondagens lhes dão razão: uma imensa maioria de italianos, e
não só os eleitores da Liga, rejeita taxativamente a europeia “hipocrisia dos
bons”, capitaneada por Merkel e Macron, na questão dos refugiados. Passou-se
um cabo, passou a haver duas “Europas”, a do protesto e a outra. A divisão
entre elas é feroz e glacial. E agora?
3. Mas há mais: a implausibilidade da aliança
governamental em Itália entre dois partidos anti quase tudo é relativizada pela
necessidade da sua própria sobrevivência: é natural cavalgarem juntos pelo
menos até as próximas eleições. E embora seja quase demencial prever ou antever
o futuro deste laboratório político, a clareza dos desígnios políticos da Liga
e do Cinco Estrelas ajuda ao vaticínio de um futuro “unhappy end”: a
Liga quer arredar de vez Berlusconi e a sua Força Itália do círculo da
influência politica, ambicionando ocupar o seu território eleitoral. Luigi Di
Maio e o seu Movimento querem o mesmo, do outro lado da cena política: reduzir
(ainda mais) a força e a influência dos sociais-democratas do PD e ficar-lhes
com os votos. E na oposição o PD vela e vegeta. Estiola, agora já sem Renzi mas
com outro desasado cavalheiro na liderança. Desaparecerá como outros partidos
europeus? Dúvida. E quem está, terá lugar cativo na nova política? Incógnita.
Longe vão os tempos “conhecidos” em que partidos igualmente “conhecidos” se
eternizavam na polca do poder. Agora é “assim”. Melhor?
4. Por falar em Matteo Renzi: é outro italiano
infeliz. Encontrei-o num combóio entre Florença e Roma, blaser azul, computador
aberto, rosto fechado:
“O senhor é quem eu estou a
pensar que é?”, perguntei para o ar da carruagem 5.
“Ah… (o rosto entre abriu)
maybe…”
Depois de Varoufakis há dois
anos num avião, e da vã conversa que então travámos, o guião (não tenho sorte
com políticos nos transportes) repete-se com o ex-líder do PD: falar? Ele? Deus
o livrasse que a vida não está fácil e a dele ainda menos.
Percebe-se: perdeu tudo.
O ex-premier recusa alianças com os “Cinco Estrelas” – posição não unânime em
bases e tropas que temem vir a sumir-se do mapa eleitoral italiano — e está
hoje muito mais só. É um político isolado a quem os italianos ainda não
perdoaram erros e escusadas leviandades. O seu regresso é visto como
praticamente impossível.
Mas a (minha) tentação de
poder partilhar da sua perplexidade não é pequena: a falta de substância
política, de elites e de massa critica do inorgânico embora transversal Cinco
Estrelas pode inquietar. O seu êxito ainda mais. Apesar de totalmente inscrito
no ar deste tempo, de ser uma omnipresente e vertiginosa plataforma digital, do
eco do seu “mentor-filósofo” Casaletti, não se alcança inteiramente o sucesso
desta nova representação política. Ainda não se alcança.
Do outro lado, Matteo
Salvini é um forte e emblemático político, o governo é como se fosse dele. A
Liga era do norte, agora é do sul e do leste e do oeste. Mas quando peço ao meu
companheiro de viagem e ilustre interlocutor que me seja cicerone neste puzzle,
“não, não e não”.
Vida de jornalista. Cujas
preocupações são indistinguíveis das da cidadã: em que mundo vivemos?
PS: Morreu Fernando Guedes, um
homem formidável, também um grande homem do Porto, dos que já não há.
Estava óptimo apesar da muita idade, estava sobretudo vivo: continuava a ir à
Sogrape, a visitar as quintas, a opinar sobre as vinhas. Há dias tropeçou numa
escada de três degraus, a queda foi lhe fatal. Há semanas evoquei aqui José
Manuel de Mello (outro português de excepção) a propósito da publicação de uma
bem vinda biografia sua. Fernando Guedes também merecia que ficasse
registada a memória do tanto e tanto que fez pelo país, em marés altas e marés
baixas, e do maravilhoso ser que era.
COMENTÁRIOS:
Marie de Montparnasse: É certo minha senhora, a barbárie está de volta. E muito mais barbárie haverá quando as igrejas que a senhora frequenta forem transformadas em mesquitas e a senhora e as suas descendentes tiverem que usar burka. De facto e a este ritmo de chegada do mundo muçulmano à Europa, acabou-se o seu belo e cristão humanismo. Quanto a qual das Europas, eu já fiz a minha opção (não tenho outra) porque no mundo muçulmano não quero viver e nem esse mundo me deixaria entrar.
Marie de Montparnasse: É certo minha senhora, a barbárie está de volta. E muito mais barbárie haverá quando as igrejas que a senhora frequenta forem transformadas em mesquitas e a senhora e as suas descendentes tiverem que usar burka. De facto e a este ritmo de chegada do mundo muçulmano à Europa, acabou-se o seu belo e cristão humanismo. Quanto a qual das Europas, eu já fiz a minha opção (não tenho outra) porque no mundo muçulmano não quero viver e nem esse mundo me deixaria entrar.
Evangelista Miranda
Miranda: O grande mal está nas
duas Europas, que sempre têm existido, mas a cuja realidade uma parte dos
privilegiados faz vista grossa, pensando que todos viajam por conta do Estado
em primeira classe, ou por conta de empresas e, que vão por outro lado buscar
aos mesmos, o money para pagar as contas. Esse é que é o grande problema: andar
a vender a ideia maravilha da Circulação livre, mas, a camada de baixo, a
fazerem vida de escravos e, quantas vezes a pedir para não serem obrigados a
emigrar, com as tragédias que isso acarreta: pior por vezes que o tempo do
anterior regime. Nesse tempo ainda podiam viver em barracas nos arredores de
Paris ou outra, no sentido de economizar alguns cobres; hoje, são obrigados a
gastar o que têm e não têm, porque lhes dizem que somos/são europeus.
Maria José Melo: Ó Maria João, por favor, abra os olhos, pense um
bocadinho! Esta vaga de migração para o Ocidente, Europa e Estados Unidos é
organizada, para destruir o nosso tipo de sociedade e a poderem dominar. Querem
acabar com a democracia, a liberdade... Não se iluda!
Mas nós (Europeus ) há alguns anos que estamos a
destruir os países deles. Preciso lembrar-lhe os nomes ?
Bruno
Xavier - > Carlos
Carapeto: Sim, tem muito de verdade, alguns países europeus
destruíram alguns países de onde partem emigrantes. De qualquer forma, uma
asneira não se corrige com outra ainda pior.
Maria Costa: « … o Presidente do mais poderoso país do mundo
seria capaz de separar pais de filhos e não me venham dizer que está a fazer o
que avisou que faria ou que ele foi “votado democraticamente”, já ouvimos.» Sabe que as fotos são de 2014? E que a prática é antiga? «…desembarque incessante, desesperado e caótico de milhares e milhares
de refugiados.» Se até 2014, 85% viviam da Segurança Social, dos que
vieram depois, 95 % vivem e VIVERÃO da mesma SS. Já nem vou falar das violações diárias, muitas vezes
terminando em homicídios - mulheres de todas as idades e
meninos; canibalismo ritual; no roubo e
furto; na venda e tráfico de armas de droga, pessoas e redes de
prostituição: nas casas metralhadas; nos
centros comunitários incendiados; nos ataques a
bombeiros, socorristas e policia. VIVA A NOVA EUROPA!
noah
cohen - > Maria Costa:
O
pessoal sul-americano, principalmente os mexicanos, querem é droga e
trabalhar..."vai no Batalha"!
Mas, o que está a chegar à Europa, e que a esquerda
radical quer implantar aqui em Portugal, é igual. Talvez a diferença esteja no
"modus operandi", não usam drogas mas em alternativa usam bombas que
sempre dá para despachar logo às dúzias.
88dabulota
- > Maria Costa:
A
prática é de 2014 , logo um pouco antiga, mas como era outro Trump que
governava o país mais poderoso do mundo, passava por um grande democrata.
Relvas Analytics: "Califórnia. Tiroteio em lar de idosos fez um
morto" ...é uma Europa igual a esta América que nós queremos!
Miguel
Cardoso - > Relvas
Analytics: Vá-se lá perceber porque é que não há vítima do
socialismo que não queira lá assentar arraiais, não é Relvas? Já daqui deste
paraíso pós soviético piram-se com uma rapidez tal que até que parece que temos
sarna!
Maria
Costa - > Miguel
Cardoso
A Califórnia é uma estado 'liberal', ou seja
socialista -na n/ nomenclatura
Armando
de Sousa - > Miguel
Cardoso: Liberal nos EUA quer dizer Esquerdista! Em Portugal e
Europa o seu contrário. Para confundir, classical liberal nos EUA fala de
Milton Friedman e outros pensamentos de economias livres.
Carlos
Martins - > M.Relvas
Analytics: Fale por si. Eu prefiro seguir os EUA como modelo do
que imitar a Venezuela que defende.
Carlos
Carapeto - > Carlos
Martins M.
Claro : Recolhem os Cubanos como trofeus de guerra.
E expulsam os Haitianos como de peste se tratasse . Consegue explicar-me
esta dualidade ?
Miguel
Cardoso - > Armando de
Sousa: No seu delírio só! Nos EUA só há um partido liberal, o
Partido Libertário, que obviamente num political compass está à direita, apesar
de ser a favor dos direitos individuais nas causas fracturantes, aliás o seu ex
líder Ron Paul foi congressista pelo Partido Republicano, e as inspiração são
Hayek, Rand, Mises etc., muito longe de serem esquerdistas, muito menos
socialistas. Dos grandes partidos, o Republicano é conservador nas questões
sociais e liberal na economia e o Democrata, que cá ficaria à direita do CDS, é
o contrário.
Miguel
Cardoso - > Carlos
Carapeto: Ó comuna, tem juízo! Havia 676,000 haitianos nos EUA!
Além disso qualquer pessoa que fuja de Cuba é um refugiado, ninguém sai de lá
sem ser fugindo! Para uma profissional de créditos firmados e autora de alguns bons nacos
de jornalismo, desta vez, talvez porque anda um bocadinho enferrujada,
destreinada ou com pouca paciência para aturar estas maçadas de um mundo
pouco certinho e às reviravoltas, desta vez, dizia, o trabalho de casa de
investigação para suporte a este seu relambório de coitadismo e distorções
várias politicamente correctas, está ao nível, digamos, para ser muito simpático,
por exemplo, do Nicolau do expresso socialista.
Miguel
Cardoso - > manel buiça:
Na
Quinta da Marinha a experiência com imigrantes ilegais é poucochinha, um
jardineiro ucraniano, uma doméstica cabo verdiana e pouco mais. Pela amostragem
que tem à sua disposição, a Maria João depreendeu que não são um problema.
Mesmo assim uma opinião diferente da do nosso primeiro, para quem são mesmo uma
oportunidade, por questões demográficas diz ele, o que me leva a pensar que
sendo estes imigrantes na sua exponencial maioria homens virão certamente, na
opinião dele, gerar prole com as nossas mulheres e as nossas filhas. Na versão
low budget, do "Orient Express", de Florença para Roma nem encontrou
nenhum, vá-se lá saber porquê. Mas encontrou o Renzi, que como bom socialista
gosta das coisas boas da vida!
Helder Antunes: "grupo de
deserdados da terra"? E para a srª
mais ou menos quanto, em deserdados, dá isso? E grupos todos os dias será
quanto mais, portanto. E será coisa, em dias, para uma semana ou duas,
até ao fim do mês, ou grupos será daqui para a frente, sempre? Todos os dias.
Isso por alto dá muitos deserdados, está a ver. É aqui que entra a barbárie.
Está a ver? Isto das barbaridades, minha
srª, não é um concurso de popularidade, populismo, humanidade ou racismo. Mais
ou menos todos percebemos os dramas individuais e familiares dos ditos
deserdados, da miséria de onde fogem e da miragem optimista que os norteia. Não
é um concurso para ver quem é mais caridoso, até porque dizer que o somos, sem
sermos postos à prova é é muito fácil. Aqui há uma verdadeira guerra de
sobrevivência. E há mais quem e o que possa não sobreviver do que quer fazer
crer.
Manuel Pereira: Porque será que os
refugiados económicos, políticos e resultantes das guerras geradas em vários
pontos do globo, principalmente em África e Médio Oriente, só fogem para a
Europa, Estados Unidos da América, Austrália e Canadá ? A ONU porque não dá quotas aos países
ricos do Golfo, que têm a mesma cultura islâmica e já agora à China, Rússia,
Índia, Indonésia e Japão ?
Diego Maradona - > Manuel
Pereira: É fácil de responder. Apenas a europa (os seus
líderes) estão interessados em importar imigrantes e sem se preocuparem com a
descaracterização das suas nações. Os outros países estão bem assim e não pretendem
mudanças. Até porque foi a europa
(NATO) que criou o caos em África para haver tanta gente interessada no êxodus.
Aliado à propaganda de receber todos os interessados. Faltou foi perguntar
aos europeus se estavam interessados nisso e agora vêem-se estes resultados nas
eleições pela europa fora (brexit, italia, austria, hungria, polonia, frança,
alemanha, holanda, etc...). em África para
haver tanta gente interessada no êxodus. Aliado à propaganda de receber todos
os interessados. Faltou foi perguntar aos europeus se estavam interessados
nisso e agora vêem-se estes resultados nas eleições pela europa fora (brexit,
italia, austria, hungria, polonia, frança, alemanha, holanda, etc...).
Maria José Melo - > Manuel
Pereira: A resposta está mais lá em cima. DESTRUIR O
OCIDENTE!
Anabela Faisca: Digamos que, com uma
certa nostalgia, me apercebo existirem duas visões de humanismo, a daqueles que
aceitam acolher todos os fugidos das desgraças no mundo, independentemente da
matemática, sendo possível, para eles, que o quociente da divisão dos
recursos permaneça o mesmo, independentemente do divisor se agigantar a cada
trimeste e a dos outros, a dos que trabalham mais horas, por salários cada vez
mais reduzidos, não põem um tostão de lado a cada mês que passa, têm pesadelos
com despesas inesperadas e sim, é com eles que os milhões de desfavorecidos de
fora vão competir por empregos e ajudas sociais. Não vale a pena falar de
moral, quando a moral consiste em mandar os outros pagar por aquilo que nós
consideramos certo. E como falamos sempre na distribuição da riqueza como a
solução (visão socialista) convém, de uma vez por todas pensar na criação de
riqueza. Biliões de africanos querem imigrar para a europa - contudo estão no
continente porventura mais rico do mundo, em recursos naturais, que tem
recebido ajuda internacional desde há cerca de 50 anos. Ajudar todos querem,
mas primeiro temos de estar em posição de o fazer, o que está a ser posto em
causa e o povo europeu já percebeu isso.
Dr. Feelgood: Dona Maria, dá l'cença ? A mim também ninguém me diria hoje que ontem hordas e hordas de bantus
parasitários e inorgânicos se enfiassem em " pateras " para invadir a
€uropa depois do colapso líbio. Estivera o Coronel
ainda em Tripoli que nada disto tinha esta dimensão. Talvez Don Sarko tenha uma resposta para isto, afinal depois de endeusar
o homem deu luz verde para o perseguirem em nome dos " direitos humanos
", com certeza. Quanto à Itália,
enquanto houver pizzas e mozarellas não há futuro que a ensombre, afinal quem
dispõe da Mafia Calabresa e sucedâneos está sempre um degrau acima das
angústias. A Mafia e o Vaticano,
sublinhe-se. Qualquer ramificação não é mera coincidência. Andiamo.
Rasputine: Posso muitas vezes achar a senhora uma tia
conservadora mas aqui neste artigo, aparece evidente a diferença entre uma
pessoa com valores éticos e aqueles que, sem moral ou memória histórica,
querem voltar à barbárie. Felizmente ainda há muitas pessoas de direita com a
democracia nos genes e que não ficam covardemente pensando que o problema do
fascismo, ou não existe ou é com os outros. Um artigo de opinião,
visceral e límpido que vai separar as águas entre os leitores e comentadores:
de um lado aqueles que acreditam nos valores, e do outro, aqueles que
cálculo, alienação ou convicção, se escondem em eufemismos e mentiras para
justificar o mal.
Antonio Dâmaso - > rasputine: Sr rasputine, Dona
Maria por gente como vocemecês (como antigamente) é a coisa anda mal. Tudo
fizeram para correr com o CORONEL e agora gritam pelo resultado de terem
corrido com o Coronel. Quantos "refugiados" ou desgraçados, já
levaram para as vossas casas?
Rasputine ->António
Dâmaso: Todos nós como portugueses, contribuintes, temos um
quartinho para refugiados. Esse quartinho, sanitários, escola,
alimentação,apoio jurídico está previsto no OGE aprovado na AR. Todos nós dando
um pedacinho dos nossos impostos, contribuímos para esse quartinho, pobre,
simples, mas um luxo para quem foge da miséria.
3Responder
Miguel Cardoso - >rasputine: Mas quais valores ó
Ras, grande filho de putin? Que valores é que um ser amoral como tu, que
defende os piores bandidos da história recente do mundo pode defender? O que
pode defender um defensor da verdadeira barbárie, do socialismo, de criminosos
como o Lula, o Fidel, o Maduro, o Chavez, o Sócrates, o Costa etc.? A Itália
recebeu já 650 mil imigrantes ilegais, e se a Maria João Avilez foi a Itália,
como diz, viu-os a encher as praças, sentados pelos cantos à espera de coisa
nenhuma.
A Itália está a rebentar pelas costuras e as
pessoas revoltam-se com a total incapacidade dos politicos para resolverem os
seus problemas. Este é pelos vistos um grande problema para os italianos, e por
isso que moral tens tu, que defendes o criminoso do Lula mas fugiste da
desgraça que ele criou no Brasil, para criticares a escolha democrática dos
italianos que vêm a sua vida abalroada e a UE, refém do politicamente correcto,
nomeadamente por políticos e governantes que vivem em bolhas e deixam para eles
o ónus das suas decisões? Que moral temos nós que recebemos mil imigrantes
ilegais, sendo que metade fugiram para norte, de criticar os italianos? A
"barbárie" como lhe chama a Maria João, acontece em África, não se
afigura plausível que esteja para acabar, antes pelo contrário. Dito isto, será
sempre uma barbárie se um país que já recebeu 650 mil imigrantes ilegais se
negar a continuar a receber? Quando deixa de ser barbárie? Nunca? É preciso a
Itália deixar de ser Itália e passar a ser uma província do Burkina Faso? Vem a
África inteira e os italianos devem dizer "si, grazie" a todos?
Enfim, a indigência intelectual e a falta de mundo no seu melhor!
Miguel Cardoso - > rasputine: Compreendo o teu
incómodo, mais uma vez, contra factos nunca tens argumentos! Vai peregrinar à
cela do teu criminoso favorito, o Lula, porque em breve terás muitos outros
para visitar!
(…)
Filomena Costa: MJA, sempre gostei muitos dos seus comentários,
mas agora acho este absolutamente fora de razão. Entao os Europeus são
obrigados a sustentar e dar asilo permanente às crias dos outros países
cuja natalidade fora do controlo nos enviam?Se não têm condições para os criar
não os façam!As leis dos seus países permite ter 4 ou 5 esposas fazem 5
ou mais filhos em cada uma delas é em seguida despacham-nos para a Europa os
alimentar e criar. CONCORDA?
14Responder
José Paulo C Castro - > Filomena
Costa: Por acaso, embora não haja essa obrigação de
acolher as crias dos outros, o problema só existe porque na Europa não se fez o
que eles fazem: ter filhos. Se o envelhecimento da Europa não fosse o que é,
eles nem lugar teriam por aqui. Assim, são
precisos jovens rapidamente para pagarem as reformas dos que aqui não quiseram
ter a descendência que os sustente. Ou isso, ou acabar com parte dessas
reformas. Seja como for, uma das mentiras da esquerda (a sustentabilidade do
estado social ou as erradas políticas familiares) tem de ser exposta.
Mosava Ickx - -> José Paulo C
Castro: 1. criar o aborto gratuito e universal, depois
queixar-se da natalidade, é lógico?
2.
já não há desempregados em Portugal, devemos importar mais?
José Paulo C Castro -> Mosava Ickx: Não estou a dizer que
é lógico. É consequência lógica. O
desemprego existente resulta do fraco desempenho económico, o qual é
consequência da carga fiscal elevada para sustentar uma população envelhecida. Só estou a dizer que essas mentiras, em que os
portugueses e outros europeus embarcaram, têm consequências. Agora não há
margem para soluções fáceis.
Carlos Martins - > M.José Paulo C
Castro: A Europa pode precisar de emigrantes mas devem ser
seleccionados e não impingidos. Acolhe em
sua casa quem convida ou quem força a entrada?
rasputine - > Mosava Ickx:
Já
agora fale dos preservativos e dos anticoncepcionais para o seu ramalhete
ultra-montano ficar completo.
Paulo Ferreira: Tanta história, e não
recua mais um bocado, até ao império Romano, que acabou, foi destruído, por
situação similar a que vivemos hoje,com hordas de imigrantes que entraram
por todos os lados, exactamente como está a acontecer agora . Haja ao menos
coragem para pôr fim a isso, por muito que isso vá contra a doutrina vigente.
Por muito que alguns cronistas queiram andar à superfície,o tempo deles já lá
vai, só que tanto eles como os jornais que lhes pagam ainda não deram conta. O
Observador devia arrumar a casa antes de pedir subscrições, ainda não se viu
bem o que quer, e para que lado vai.
….
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