terça-feira, 26 de junho de 2018

Quem não se sente…


Como alguns comentaristas da Maria João Avillez,  eu também a admiro, no rendilhado humano e artístico das suas crónicas, mas hoje os comentários que seguem são todos contra ela. Também o meu seria, mas sem a ironia de muitos. Admiro sempre a humanidade sincera das pessoas, o que é o seu caso. Como já admirava a irmã – Maria José Nogueira Pinto e o cunhado, Jaime Nogueira Pinto, como vozes da decência no acto da descolonização traiçoeira, entre outros valores por eles defendidos, creio que sem rendilhados. Relembro um distinto colega – o Dr. Esteves Pinto, como lhe chamava – com quem costumava conversar, e que sentiu como eu – mas mais discretamente – as angústias do pós 25 de Abril e sequente “descolonização” - aliás, “pontapeamento” das colónias - para o seu isolacionismo libertador. Muitas vezes o Dr Esteves Pinto me dizia que os pobres moçambicanos (ou os outros povos da nossa independência colonialista então processada e alardeada por toda a intelectualidade mistificatória,) que ficariam entregues às ambições selvagens dos seus futuros governantes, por essas alturas ainda alardeadas em promessas de eldorado, (como, aliás, por cá se viu também e  vê, com os truques eleitorais na manga, que depois são abandonados), me dizia, pois, que a Europa seria invadida pelos pobres que, cobardemente, entregámos aos aspirantes a governantes, Samoras Machéis, no meu caso.  Não parámos de o observar, desde então, esse afluxo, quantas vezes catastrófico, porque toda a África e Médio Oriente se acenderam em crueldades e prepotências dictatoriais ou tribais, ou de radicalidade doutrinária terrorista e cada vez mais agudizada, graças ao nosso contributo de ocidentais amistosos, que pregam a cartilha democrática e, simultaneamente, disseminam as armas para os seus trocos.
Os comentários são muito pertinentes, como lição dos novos tempos, geralmente desmascarando falsas democracias que se afirmam doutrinariamente, e, afinal, hipocritamente, indiferentes aos povos sacrificados nesse afluxo de gente perdida de medo ou de fome – os povos da Europa do sul que primeiro os acolhem.
Qual das Europas? /premium
25/6/2018
Renzi é outro italiano infeliz. Encontrei-o num comboio entre Florença e Roma, blaser azul, computador aberto, rosto fechado: “o senhor é quem eu estou a pensar que é?” “Ah... (o rosto abriu) maybe.”
1. O regresso da barbárie? Assim parece nestes desgraçados dias e mesmo que em certo sentido ela tenha vindo a ser semeada, tantos os erros cometidos pela “Europa” e pela sua deficiente vontade política, à barbárie diz-se não: quem me diria a mim ontem que hoje, um Estado de direito europeu assente em valores universais partilhados por todos os que os defendemos por neles assentarmos o nosso escolhido modelo de vida, seria capaz de recusar cais e terra firme a um grupo de deserdados da terra? Quem me diria a mim que um banal dia da minha vida, o Presidente do mais poderoso país do mundo seria capaz de separar pais de filhos e não me venham dizer que está a fazer o que avisou que faria ou que ele foi “votado democraticamente”, já ouvimos. Ou que agora na Europa se irão perseguir ciganos a dedo. Já conhecemos essa história e a História. (Ou de facto, volta-se sempre à História?)
Por isso apesar do ocidental Trump ter previamente “avisado” dos seus gestos, e de “toda a gente” procurar a América como destino de eleição e da “media” se empolgar por vezes muito duvidosamente e sempre só para um lado; apesar do europeu Matteo Salvini ter feito do combate à imigração o eixo da sua recente campanha eleitoral em Itália, a esta espécie de barbárie diz-se não.
Não sei se Macron e Angela Merkel terão razão quando com um desajustado optimismo nos informam que “a UE está prestes a abrir um novo capítulo da sua história” e também ignoro se o próximo Conselho Europeu será capaz de se mostrar à altura da decisão e da convicção na vontade politica que lhes exigimos que exiba e concretize. (Provavelmente não porque o problema não tem solução e porque todos os erros foram cometidos.) Mas há uma coisa que sei: ontem eu teria apostado a minha vida em como seria impossível assistir hoje, na Europa e nos Estados Unidos, a algo de muito aparentado com o regresso da barbárie.
2. Sobre a Itália, algumas apressadas notas, venho de lá, Turim, Florença, Roma.
Mas a Itália, “segunda pátria de toda a gente”, que nos deixou em herança a lei e o génio, a civilização e o sublime – e a Itália está cansada. Abatida pelo desnorteio, acossada pela fúria, à mercê de perigos e incertas aventuras, encontrei um mau quadro onde me pareceu ver muitas luzes vermelhas acesas.
Não gostei de tudo o que durante dez dias vi, ouvi e li nem da forma como “se” lidou com a questão do Aquarius, impedido de acostar. Mas – sejamos sérios – para alguém tão, tão longe desta realidade quanto um português habitando um país totalmente “virgem” de desembarques maciços, é expedito condenar a implacabilidade desta política (?) anti-imigração.
A Itália — sejamos sérios outra vez — está há longos meses sozinha na primeira fila do desembarque incessante, desesperado e caótico de milhares e milhares de refugiados.
E os italianos, que já estavam infelizes o desemprego cavalga, o nível de vida desce, os serviços públicos não servem, a burocracia é asfixiante, o espaço público degrada-se –, começam a estar fartos. O cansaço exige um culpado e para eles o embaraço é a escolha: o euro a que mais de metade da população atribui a descida do nível de vida? Os imigrantes que “os outros não querem”? Bruxelas” vista como fonte de indecisão e palco de hipocrisias várias? Sim, tudo isto, basta ouvir as pessoas e eu ouvi: se o gesto de Salvini é inadmissível, ele não pode ser separado do solitário calvário que o precedeu. Quem me lê ao viés, guiado pela má fé ou pelo devastador pensamento politicamente correcto, achará que estou quase a desaguar na redenção do mesmo Salvini, mas justamente não estou e quem achar isso simplesmente desprestigia-se a si mesmo. Limito-me a descrever uma trágica ocorrência e a tentar analisá-la: o líder da Liga que já não é só do Norte decidiu subiu o patamar do risco e do desafio e devolver aos congéneres europeus, que detesta e de quem há muito desconfia, a responsabilidade e a culpa pelo que “se passa”.
E passa: basta só lembrar a falha de compromissos em alguns países com pergaminhos democráticos, evocar a soma de referendos convocados até a resposta do “povo” ser conforme à conveniência; ou a hipocrisia reinante ou as fragilidades evidentes e isto durante anos e anos. Basta enfim recordar apenas o essencial — a desunião entre 27 países e 27 povos – para perceber que os maus da fita não estão todos do mesmo lado.
Fechar portos e portas não é solução nem sequer um princípio seja do que for: de conversa, de negociação, de estratégia e entendimento comum e ainda bem que à hora a que escrevo já houve uma marcha-atrás (mesmo que ainda semi-indefinida). Seja como for, com apenas uma ou outra excepção, não se ouviu uma voz dissonante no Movimento 5 Estrelas, aliado da Liga no governo, na questão do barco, nem constaram divergências públicas entre ambos. Os parceiros não divergiram talvez porque todas as sondagens lhes dão razão: uma imensa maioria de italianos, e não só os eleitores da Liga, rejeita taxativamente a europeia “hipocrisia dos bons”, capitaneada por Merkel e Macron, na questão dos refugiados. Passou-se um cabo, passou a haver duas “Europas”, a do protesto e a outra. A divisão entre elas é feroz e glacial. E agora?
3. Mas há mais: a implausibilidade da aliança governamental em Itália entre dois partidos anti quase tudo é relativizada pela necessidade da sua própria sobrevivência: é natural cavalgarem juntos pelo menos até as próximas eleições. E embora seja quase demencial prever ou antever o futuro deste laboratório político, a clareza dos desígnios políticos da Liga e do Cinco Estrelas ajuda ao vaticínio de um futuro “unhappy end”: a Liga quer arredar de vez Berlusconi e a sua Força Itália do círculo da influência politica, ambicionando ocupar o seu território eleitoral. Luigi Di Maio e o seu Movimento querem o mesmo, do outro lado da cena política: reduzir (ainda mais) a força e a influência dos sociais-democratas do PD e ficar-lhes com os votos. E na oposição o PD vela e vegeta. Estiola, agora já sem Renzi mas com outro desasado cavalheiro na liderança. Desaparecerá como outros partidos europeus? Dúvida. E quem está, terá lugar cativo na nova política? Incógnita. Longe vão os tempos “conhecidos” em que partidos igualmente “conhecidos” se eternizavam na polca do poder. Agora é “assim”. Melhor?
4. Por falar em Matteo Renzi: é outro italiano infeliz. Encontrei-o num combóio entre Florença e Roma, blaser azul, computador aberto, rosto fechado:
“O senhor é quem eu estou a pensar que é?”, perguntei para o ar da carruagem 5.
“Ah… (o rosto entre abriu) maybe…”
Depois de Varoufakis há dois anos num avião, e da vã conversa que então travámos, o guião (não tenho sorte com políticos nos transportes) repete-se com o ex-líder do PD: falar? Ele? Deus o livrasse que a vida não está fácil e a dele ainda menos.
Percebe-se: perdeu tudo. O ex-premier recusa alianças com os “Cinco Estrelas” – posição não unânime em bases e tropas que temem vir a sumir-se do mapa eleitoral italiano — e está hoje muito mais só. É um político isolado a quem os italianos ainda não perdoaram erros e escusadas leviandades. O seu regresso é visto como praticamente impossível.
Mas a (minha) tentação de poder partilhar da sua perplexidade não é pequena: a falta de substância política, de elites e de massa critica do inorgânico embora transversal Cinco Estrelas pode inquietar. O seu êxito ainda mais. Apesar de totalmente inscrito no ar deste tempo, de ser uma omnipresente e vertiginosa plataforma digital, do eco do seu “mentor-filósofo” Casaletti, não se alcança inteiramente o sucesso desta nova representação política. Ainda não se alcança.
Do outro lado, Matteo Salvini é um forte e emblemático político, o governo é como se fosse dele. A Liga era do norte, agora é do sul e do leste e do oeste. Mas quando peço ao meu companheiro de viagem e ilustre interlocutor que me seja cicerone neste puzzle, “não, não e não”.
Vida de jornalista. Cujas preocupações são indistinguíveis das da cidadã: em que mundo vivemos?
PS: Morreu Fernando Guedes, um homem formidável, também um grande homem do Porto, dos que já não há. Estava óptimo apesar da muita idade, estava sobretudo vivo: continuava a ir à Sogrape, a visitar as quintas, a opinar sobre as vinhas. Há dias tropeçou numa escada de três degraus, a queda foi lhe fatal. Há semanas evoquei aqui José Manuel de Mello (outro português de excepção) a propósito da publicação de uma bem vinda biografia sua. Fernando Guedes também merecia que ficasse registada a memória do tanto e tanto que fez pelo país, em marés altas e marés baixas, e do maravilhoso ser que era.

COMENTÁRIOS:
Marie de Montparnasse:
É certo minha senhora,  a barbárie está de volta. E muito mais barbárie haverá quando as igrejas que a senhora frequenta forem transformadas em mesquitas e a senhora e as suas descendentes tiverem que usar burka. De facto e a este ritmo de chegada do mundo muçulmano à Europa, acabou-se o seu belo e cristão humanismo. Quanto a qual das Europas, eu já fiz a minha opção (não tenho outra) porque no mundo muçulmano não quero viver e nem esse mundo me deixaria entrar.
Evangelista Miranda Miranda: O grande mal está nas duas Europas, que sempre têm existido, mas a cuja realidade uma parte dos privilegiados faz vista grossa, pensando que todos viajam por conta do Estado em primeira classe, ou por conta de empresas e, que vão por outro lado buscar aos mesmos, o money para pagar as contas. Esse é que é o grande problema: andar a vender a ideia maravilha da Circulação livre, mas, a camada de baixo, a fazerem vida de escravos e, quantas vezes a pedir para não serem obrigados a emigrar, com as tragédias que isso acarreta: pior por vezes que o tempo do anterior regime. Nesse tempo ainda podiam viver em barracas nos arredores de Paris ou outra, no sentido de economizar alguns cobres; hoje, são obrigados a gastar o que têm e não têm, porque lhes dizem que somos/são europeus.
Maria José Melo: Ó Maria João, por favor, abra os olhos, pense um bocadinho! Esta vaga de migração para o Ocidente, Europa e Estados Unidos é organizada, para destruir o nosso tipo de sociedade e a poderem dominar. Querem acabar com a democracia, a liberdade... Não se iluda!
Carlos Carapeto - > Maria José Melo
Mas nós (Europeus ) há alguns anos que estamos a destruir os países deles.  Preciso lembrar-lhe os nomes ?
Bruno Xavier - > Carlos Carapeto: Sim, tem muito de verdade, alguns países europeus destruíram alguns países de onde partem emigrantes. De qualquer forma, uma asneira não se corrige com outra ainda pior.
Maria Costa: « … o Presidente do mais poderoso país do mundo seria capaz de separar pais de filhos e não me venham dizer que está a fazer o que avisou que faria ou que ele foi “votado democraticamente”, já ouvimos.» Sabe que as fotos são de 2014? E que a prática é antiga?  «…desembarque incessante, desesperado e caótico de milhares e milhares de refugiados.» Se até 2014, 85% viviam da Segurança Social, dos que vieram depois, 95 % vivem e VIVERÃO da mesma SS. Já nem vou falar das violações diárias, muitas vezes terminando em homicídios - mulheres de todas as idades e meninos; canibalismo ritual; no roubo e furto; na venda e tráfico de armas de  droga, pessoas e redes de prostituição: nas casas metralhadas; nos centros comunitários incendiados; nos ataques a bombeiros, socorristas e policia. VIVA A NOVA EUROPA!
noah cohen - > Maria Costa: O pessoal sul-americano, principalmente os mexicanos, querem é droga e trabalhar..."vai no Batalha"!
Mas, o que está a chegar à Europa, e que a esquerda radical quer implantar aqui em Portugal, é igual. Talvez a diferença esteja no "modus operandi", não usam drogas mas em alternativa usam bombas que sempre dá para despachar logo às dúzias.
William Smith -> noah cohen: Cohen, o que nos está a cair em cima é bem pior que os mexicanos.
88dabulota - > Maria Costa: A prática é de 2014 , logo um pouco antiga, mas como era outro Trump que governava o país mais poderoso do mundo, passava por um grande democrata.
Relvas Analytics: "Califórnia. Tiroteio em lar de idosos fez um morto" ...é uma Europa igual a esta América que nós queremos!
Miguel Cardoso - > Relvas Analytics: Vá-se lá perceber porque é que não há vítima do socialismo que não queira lá assentar arraiais, não é Relvas? Já daqui deste paraíso pós soviético piram-se com uma rapidez tal que até que parece que temos sarna!
Maria Costa - > Miguel Cardoso
A Califórnia é uma estado 'liberal', ou seja socialista -na n/ nomenclatura
Miguel Cardoso - > Maria Costa: Liberal é o oposto de socialista!
Armando de Sousa - > Miguel Cardoso: Liberal nos EUA quer dizer Esquerdista! Em Portugal e Europa o seu contrário. Para confundir, classical liberal nos EUA fala de Milton Friedman e outros pensamentos de economias livres.
Carlos Martins - > M.Relvas Analytics: Fale por si. Eu prefiro seguir os EUA como modelo do que imitar a Venezuela que defende.
Carlos Carapeto - > Carlos Martins M.
Claro : Recolhem os Cubanos como trofeus de guerra. E expulsam os Haitianos como de peste se tratasse . Consegue explicar-me esta dualidade ?
Miguel Cardoso - > Armando de Sousa: No seu delírio só! Nos EUA só há um partido liberal, o Partido Libertário, que obviamente num political compass está à direita, apesar de ser a favor dos direitos individuais nas causas fracturantes, aliás o seu ex líder Ron Paul foi congressista pelo Partido Republicano, e as inspiração são Hayek, Rand, Mises etc., muito longe de serem esquerdistas, muito menos socialistas. Dos grandes partidos, o Republicano é conservador nas questões sociais e liberal na economia e o Democrata, que cá ficaria à direita do CDS, é o contrário.
Miguel Cardoso - > Carlos Carapeto: Ó comuna, tem juízo! Havia 676,000 haitianos nos EUA! Além disso qualquer pessoa que fuja de Cuba é um refugiado, ninguém sai de lá sem ser fugindo! Para uma profissional de créditos firmados e autora de alguns bons nacos de jornalismo, desta vez, talvez porque anda um bocadinho enferrujada, destreinada ou com pouca paciência para aturar estas maçadas de um mundo pouco  certinho e às reviravoltas, desta vez, dizia, o trabalho de casa de investigação para suporte a este seu relambório de coitadismo e distorções várias politicamente correctas, está ao nível, digamos, para ser muito simpático, por exemplo, do Nicolau do expresso socialista.
Miguel Cardoso - > manel buiça: Na Quinta da Marinha a experiência com imigrantes ilegais é poucochinha, um jardineiro ucraniano, uma doméstica cabo verdiana e pouco mais. Pela amostragem que tem à sua disposição, a Maria João depreendeu que não são um problema. Mesmo assim uma opinião diferente da do nosso primeiro, para quem são mesmo uma oportunidade, por questões demográficas diz ele, o que me leva a pensar que sendo estes imigrantes na sua exponencial maioria homens virão certamente, na opinião dele, gerar prole com as nossas mulheres e as nossas filhas. Na versão low budget, do "Orient Express", de Florença para Roma nem encontrou nenhum, vá-se lá saber porquê. Mas encontrou o Renzi, que como bom socialista gosta das coisas boas da vida!
Helder Antunes: "grupo de deserdados da terra"? E para a srª mais ou menos quanto, em deserdados, dá isso? E grupos todos os dias será quanto mais, portanto. E será coisa, em dias,  para uma semana ou duas, até ao fim do mês, ou grupos será daqui para a frente, sempre? Todos os dias. Isso por alto dá muitos deserdados, está a ver. É aqui que entra a barbárie. Está a ver? Isto das barbaridades, minha srª, não é um concurso de popularidade, populismo, humanidade ou racismo. Mais ou menos todos percebemos os dramas individuais e familiares dos ditos deserdados, da miséria de onde fogem e da miragem optimista que os norteia. Não é um concurso para ver quem é mais caridoso, até porque dizer que o somos, sem sermos postos à prova é  é muito fácil. Aqui há uma verdadeira guerra de sobrevivência. E há mais quem e o que possa não sobreviver do que quer fazer crer.
Manuel Pereira: Porque será que os refugiados económicos, políticos e resultantes das guerras geradas em vários pontos do globo, principalmente em África e Médio Oriente, só fogem para a Europa, Estados Unidos da América, Austrália e Canadá ?  A  ONU porque não dá quotas aos países ricos do Golfo, que têm a mesma cultura islâmica e já agora à China, Rússia, Índia, Indonésia e Japão ?
Diego Maradona - > Manuel Pereira:  É fácil de responder. Apenas a europa (os seus líderes) estão interessados em importar imigrantes e sem se preocuparem com a descaracterização das suas nações. Os outros países estão bem assim e não pretendem mudanças. Até porque foi a europa (NATO) que criou o caos em África para haver tanta gente interessada no êxodus. Aliado à propaganda de receber todos os interessados. Faltou foi perguntar aos europeus se estavam interessados nisso e agora vêem-se estes resultados nas eleições pela europa fora (brexit, italia, austria, hungria, polonia, frança, alemanha, holanda, etc...). em África para haver tanta gente interessada no êxodus. Aliado à propaganda de receber todos os interessados. Faltou foi perguntar aos europeus se estavam interessados nisso e agora vêem-se estes resultados nas eleições pela europa fora (brexit, italia, austria, hungria, polonia, frança, alemanha, holanda, etc...).
Maria José Melo - > Manuel Pereira: A resposta está mais lá em cima. DESTRUIR O OCIDENTE!
Anabela Faisca: Digamos que, com uma certa nostalgia, me apercebo existirem duas visões de humanismo, a daqueles que aceitam acolher todos os fugidos das desgraças no mundo, independentemente da matemática, sendo possível, para eles,  que o quociente da divisão dos recursos permaneça o mesmo, independentemente do divisor se agigantar a cada trimeste e a dos outros, a dos que trabalham mais horas, por salários cada vez mais reduzidos, não põem um tostão de lado a cada mês que passa, têm pesadelos com despesas inesperadas e sim, é com eles que os milhões de desfavorecidos de fora vão competir por empregos e ajudas sociais. Não vale a pena falar de moral, quando a moral consiste em mandar os outros pagar por aquilo que nós consideramos certo. E como falamos sempre na distribuição da riqueza como a solução (visão socialista) convém, de uma vez por todas pensar na criação de riqueza. Biliões de africanos querem imigrar para a europa - contudo estão no continente porventura mais rico do mundo, em recursos naturais, que tem recebido ajuda internacional desde há cerca de 50 anos. Ajudar todos querem, mas primeiro temos de estar em posição de o fazer, o que está a ser posto em causa e o povo europeu já percebeu isso.
Helder Antunes - > Anabela Faisca: Muito bem!
Dr. Feelgood: Dona Maria, dá l'cença ? A mim também ninguém me diria hoje que ontem hordas e hordas de bantus parasitários e inorgânicos se enfiassem em " pateras " para invadir a €uropa depois do colapso líbio. Estivera o Coronel ainda em Tripoli que nada disto tinha esta dimensão. Talvez Don Sarko tenha uma resposta para isto, afinal depois de endeusar o homem deu luz verde para o perseguirem em nome dos " direitos humanos ", com certeza. Quanto à Itália, enquanto houver pizzas e mozarellas não há futuro que a ensombre, afinal quem dispõe da Mafia Calabresa e sucedâneos está sempre um degrau acima das angústias. A Mafia e o Vaticano, sublinhe-se. Qualquer ramificação não é mera coincidência. Andiamo.
Rasputine: Posso muitas vezes achar a senhora uma tia conservadora mas aqui neste artigo, aparece evidente a diferença entre uma pessoa com valores éticos e aqueles que, sem moral ou memória histórica,  querem voltar à barbárie. Felizmente ainda há muitas pessoas de direita com a democracia nos genes e que não ficam covardemente pensando que o problema do fascismo,  ou não existe ou é com os outros. Um artigo de opinião, visceral e límpido que vai separar as águas entre os leitores e comentadores: de um lado aqueles que acreditam nos valores,  e do outro, aqueles que cálculo, alienação ou convicção, se escondem em eufemismos e mentiras para justificar o mal.
Antonio Dâmaso - > rasputine: Sr rasputine, Dona Maria por gente como vocemecês (como antigamente) é a coisa anda mal. Tudo fizeram para correr com o CORONEL e agora gritam pelo resultado de terem corrido com o Coronel. Quantos "refugiados" ou desgraçados, já levaram para as vossas casas?
Rasputine ->António Dâmaso: Todos nós como portugueses, contribuintes, temos um quartinho para refugiados. Esse quartinho,  sanitários, escola, alimentação,apoio jurídico está previsto no OGE aprovado na AR. Todos nós dando um pedacinho dos nossos impostos, contribuímos para esse quartinho, pobre, simples, mas um luxo para quem foge da miséria. 
3Responder
Miguel Cardoso - >rasputine: Mas quais valores ó Ras, grande filho de putin? Que valores é que um ser amoral como tu, que defende os piores bandidos da história recente do mundo pode defender? O que pode defender um defensor da verdadeira barbárie, do socialismo, de criminosos como o Lula, o Fidel, o Maduro, o Chavez, o Sócrates, o Costa etc.? A Itália recebeu já 650 mil imigrantes ilegais, e se a Maria João Avilez foi a Itália, como diz, viu-os a encher as praças, sentados pelos cantos à espera de coisa nenhuma. 
A Itália está a rebentar pelas costuras e as pessoas revoltam-se com a total incapacidade dos politicos para resolverem os seus problemas. Este é pelos vistos um grande problema para os italianos, e por isso que moral tens tu, que defendes o criminoso do Lula mas fugiste da desgraça que ele criou no Brasil, para criticares a escolha democrática dos italianos que vêm a sua vida abalroada e a UE, refém do politicamente correcto, nomeadamente por políticos e governantes que vivem em bolhas e deixam para eles o ónus das suas decisões? Que moral temos nós que recebemos mil imigrantes ilegais, sendo que metade fugiram para norte, de criticar os italianos?  A "barbárie" como lhe chama a Maria João, acontece em África, não se afigura plausível que esteja para acabar, antes pelo contrário. Dito isto, será sempre uma barbárie se um país que já recebeu 650 mil imigrantes ilegais se negar a continuar a receber? Quando deixa de ser barbárie? Nunca? É preciso a Itália deixar de ser Itália e passar a ser uma província do Burkina Faso? Vem a África inteira e os italianos devem dizer "si, grazie" a todos? Enfim, a indigência intelectual e a falta de mundo no seu melhor!
Rasputine - > Miguel Cardoso: Propaganda mentirosa do balofo cabeça rapada de plantão.
Miguel Cardoso - > rasputine: Compreendo o teu incómodo, mais uma vez, contra factos nunca tens argumentos! Vai peregrinar à cela do teu criminoso favorito, o Lula, porque em breve terás muitos outros para visitar!
(…)
Filomena Costa: MJA, sempre gostei muitos dos seus comentários,  mas agora acho este absolutamente fora de razão. Entao os Europeus são  obrigados a sustentar  e dar asilo permanente às crias dos outros países cuja natalidade fora do controlo nos enviam?Se não têm condições para os criar não  os façam!As leis dos seus países permite ter 4 ou 5 esposas fazem 5 ou mais filhos em cada uma delas é em seguida despacham-nos para a Europa os alimentar e criar. CONCORDA?
14Responder
José Paulo C Castro - > Filomena Costa: Por acaso, embora não haja essa obrigação de acolher as crias dos outros, o problema só existe porque na Europa não se fez o que eles fazem: ter filhos. Se o envelhecimento da Europa não fosse o que é, eles nem lugar teriam por aqui. Assim, são precisos jovens rapidamente para pagarem as reformas dos que aqui não quiseram ter a descendência que os sustente. Ou isso, ou acabar com parte dessas reformas. Seja como for, uma das mentiras da esquerda (a sustentabilidade do estado social ou as erradas políticas familiares) tem de ser exposta.
Mosava Ickx - -> José Paulo C Castro: 1. criar o aborto gratuito e universal, depois queixar-se da natalidade, é lógico? 2. já não há desempregados em Portugal, devemos importar mais?
José Paulo C Castro  -> Mosava Ickx: Não estou a dizer que é lógico. É consequência lógica. O desemprego existente resulta do fraco desempenho económico, o qual é consequência da carga fiscal elevada para sustentar uma população envelhecida. Só estou a dizer que essas mentiras, em que os portugueses e outros europeus embarcaram, têm consequências. Agora não há margem para soluções fáceis.
Carlos Martins - >  M.José Paulo C Castro: A Europa pode precisar de emigrantes mas devem ser seleccionados e não impingidos. Acolhe em sua casa quem convida ou quem força a entrada?
rasputine - > Mosava Ickx: Já agora fale dos preservativos e dos anticoncepcionais para o seu ramalhete ultra-montano ficar completo.
Paulo Ferreira: Tanta história, e não recua mais um bocado, até ao império Romano, que acabou, foi destruído, por situação similar a que vivemos hoje,com  hordas de imigrantes que entraram por todos os lados, exactamente como está a acontecer agora . Haja ao menos coragem para pôr fim a isso, por muito que isso vá contra a doutrina vigente. Por muito que alguns cronistas queiram andar à superfície,o tempo deles já lá vai, só que tanto eles como os jornais que lhes pagam ainda não deram conta. O Observador devia arrumar a casa antes de pedir subscrições, ainda não se viu bem o que quer, e para que lado vai. 
….

Nenhum comentário: