quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Página de grelha (10)

TÓPICOS DA HISTÓRIA CULTURAL PORTUGUESA
ÉPOCA ROMÂNTICA SÉCULO XIX

OS FACTOS

A corte no Brasil.
A emancipação económica do Brasil origina uma crise da burguesia portuguesa pela perda do mercado brasileiro.
1815: Brasil elevado a Reino.
1817: Revolta no Recife contra o domínio português.


Em Portugal: Governo confiado a uma Junta de Governadores dependentes do Rio de Janeiro. O exército nas mãos dos Ingleses , comandados por Beresford.
1817: Conspiração (abortada) de Gomes Freire de Andrade (Cf. “Felizmente há Luar” de Sttau Monteiro).
1818: A tertúlia portuense – “O Sinédrio” – (Fernandes Tomás, a figura mais notável)
1820: Situação de crise: política, ideológica, militar, económica:
Revolução (Iniciada no Porto, seguida da adesão das tropas de Lisboa)
Governo constituído por Junta Provisional.


1820/1910: MONARQUIA CONSTITUCIONAL:

1821: D. João VI regressa do Brasil.
O vintismo e a “Constituição de 1822”.
1822: A independência do Brasil. José Bonifácio de Andrade e Silva “o patriarca da independência”. D. Pedro I, imperador do Brasil.
1823: Reacção absolutista (do clero, nobreza e povo rural):
Vilafrancada” (D. Miguel e D. Carlota Joaquina)
1824: “Abrilada”: D. Miguel expulso.
1826: Morte de D. João VI. A “Carta Constitucional


8- D. Miguel , o “Rei Absoluto”(1828/1834):
(Realeza efectiva de 28/32; soberania limitada de 32/34)
Governo de absolutismo radical.
1832: Início da Guerra Civil.


.9- D. Pedro IV, o “Rei Soldado” (1826/28)
Regente em nome de sua filha.
Ministério na Ilha da Terceira (Liberal).
Reformas de Mouzinho da Silveira (Ministro de D. Pedro IV): Abolição dos direitos senhoriais; Liberalização económica)

LITERATURA

Caracterização global da Época Romântica: (Sécs. XIX e XX): Sociedade burguesa; valorização do particular, do imediato; desenvolvimento industrial.

O Contexto sócio-cultural europeu do s XVIII favorável ao aparecimento do pensamento e do modo de vida do Homem moderno:
- A defesa dos direitos de Liberdade e Igualdade do Homem pelos filósofos da Revolução Francesa: Montesquieu, Voltaire, Rousseau, D’Alembert.
- O prestígio da burguesia.
- A sobreposição do Sentimento e do Egotismo à Razão e Universalidade Clássicas.

Contexto político e cultural na origem do primeiro Romantismo português:

O Vintismo e a instauração do regime liberal constitucional:
- A defesa dos valores da igualdade, liberdade e justiça social, na base da revolução política – a repartição dos poderes executivo, legislativo e judicial;
- As reformas sociais e a extinção de direitos unilaterais (Ex. direitos senhoriais do clero, morgadios).
- O exílio (trazido pela revolução liberal) na base das primeiras obras românticas: o contacto com as literaturas românticas (inglesa e francesa, alemã), o sofrimento e a nostalgia da Pátria.
O setembrismo (1836) e o propósito de democratização cultural.

Tópicos diferenciadores do Romantismo e do Classicismo:
- Romantismo: valorização do nacional e do popular, liberdade criadora, individualismo, egotismo, subjectivismo, primado do sentimento, a natureza como estado de alma, (o “locus horrendus”)...

- Classicismo: sujeição aos cânones clássicos greco-latinos, imitação, antropocentrismo, primado da razão, contenção, equilíbrio, universalidade, (o “locus amoenus”)...


ARTE

Romantismo
Alguns traços: ruptura com o clássico; individualismo; primado do sentimento, emoção, sensibilidade, gosto do fantástico; exotismo; religiosidade.

Palácio da Ajuda
(1802/1807, sendo as obras várias vezes interrompidas posteriormente).
- Arquitectos iniciais Costa e Silva e Fabri).
- Estilo neoclássico .
- Esculturas de Machado de Castro.
- Pinturas de Vieira Portuense e Domingos Sequeira.
(Residência de D. Luís e de D. Maria Pia de Sabóia, o Palácio será então enriquecido com sumptuosos adornos e mobiliário que o transformarão num “autêntico e vivo Museu de Artes Decorativas do séc. XIX”).
- É na Biblioteca do Palácio da Ajuda que se encontra o Cancioneiro da Ajuda, em pergaminho e valioso pelas iluminuras e pela grafia, que, contendo apenas cantigas de amor - anteriores a D. Dinis – é o único exemplar compilado na corte portuguesa (fins do século XIII), contemporâneo, pois, dos trovadores nele incluídos - (sendo os outros dois Cancions. - da Biblioteca Nacional e o da Vaticana - apógrafos realizados em Itália no séc. XVI, sobre originais portugueses do séc. XIV)

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