sábado, 6 de fevereiro de 2010

Página de grelha (6)

TÓPICOS DA HISTÓRIA CULTURAL PORTUGUESA
ÉPOCA CLÁSSICA – 2ª Fase: BARROCO
Século XVII

D. João IV (Cont.)
A Guerra da Restauração: Escaramuças de fronteiras. 1644: Batalha de Montijo. Tratado de 1654: Abertura à Inglaterra do comércio com o Brasil, África e Oriente. Recuperação de Angola, S. Tomé, Baía, Pernambuco, Maranhão.
D. João IV: Musicólogo e bibliófilo musical: Enriquecimento da Biblioteca da Casa Ducal de Vila Viçosa.

Regência de D. Luísa de Gusmão (1656/1662):
Casamento da Infanta D. Catarina de Sabóia com Carlos II de Inglaterra, renovação da aliança com a Inglaterra (1662).
Reorganização do exército. 1659: Batalha de Linhas de Elvas.

2- D. Afonso VI, o Vitorioso (1656/1667):
(Em Espanha: Pacificação da Catalunha). Consequência: Invasão de Portugal.
A acção do Conde de Castelo Melhor na Guerra da Restauração: 1663: Batalhas de Ameixial (Conde de Vila Flor) e de Castelo Rodrigo. 1665: Batalha de Montes Claros (Marquês de Marialva e Schomberg)..
1667: Demissão de Castelo Melhor.
1667: Demissão e prisão de Afonso VI (encarcerado no Palácio de Sintra).

Regência de D. Pedro, seu irmão (1668/1683)
1668: Assina a paz com a Espanha. Durou 28 anos a Guerra da Restauração.

3- D. Pedro II, o “Pacífico” (1683/1706):
Estabilidade governativa.
Ministros: Duque de Cadaval; Conde da Ericeira; Marquês de Fronteira.
Política externa: De paz com a Espanha.
Política ultramarina: Cedência de Bombaim aos Ingleses; Invasão dos mercados pela Companhia Inglesa das Índias Orientais; Repovoamento de S. Tomé e Príncipe;
Brasil: Penetração para o interior.
Política económica: Apoio ao Conde da Ericeira: Protecção à indústria de lanifícios.
Política Religiosa: De acção missionária evangelizadora, no Oriente, na África e no Brasil.
1698: As cortes, com a inclusão do Terceiro Estado, reúnem pela última vez: Monarquia Absoluta, embora limitado o poder do rei pelo clero e a nobreza.


LITERATURA

1- O hibridismo literário de Francisco Rodrigues Lobo:
- Teorizador do Barroco: “Cortes na Aldeia”.
- Ficcionista bucólico: "Primavera"; "Pastor Peregrino"; e "Desenganado".
- O poeta émulo de Camões nas redondilhas.

2- A poesia lírica cultista e conceptista da “Fénix Renascida” e “Postilhão de Apolo”:
(Uma arte de distracção da vida, na transfiguração da realidade, dirigida à inteligência, pela argúcia do discurso rebuscado, quer como jogo formal, de encarecimento (Cultismo), quer como jogo conceptual (Conceptismo). Os temas e motivos privilegiados: o Tempo e o sentimento de angústia subjacente: (mudança, efémero, transitoriedade da vida, desengano, ruínas, morte); o Amor: (contradições, desengano amoroso, a dor da ausência, saudade do bem passado); a Mulher ( frieza, rigor, beleza); a Religiosidade (Deus, Cristo, objectos de um amor conceituoso).
A poesia satírica, jocosa e até obscena, como reverso da espiritualidade.

3- D. Francisco Manuel de Melo, o escritor ecléctico e polivalente:
- O estilo sentencioso e humorístico dos “Apólogos Dialogais”.
- O estilo familiar da “Carta de Guia de Casados”.
- O historiador sentencioso e moralista das “Epanáforas”.
- A vivência pessoal das “Cartas Familiares”.
- O poeta vário de “As Três Musas de Melodino”.
- O dramaturgo da tradição vicentina: “O Fidalgo Aprendiz”.

4- Padre António Vieira e a oratória empenhada, numa expressão lapidar: “Sermão de Santo António aos peixes”: a “alegoria” como veículo formal da mensagem satírica. Uma sequência oratória segundo uma estrutura – Exórdio com “Conceito Predicável” e Exposição do tema (Cap. I), Narração com Virtudes (II-III) e Defeitos (IV e V) dos Peixes, Confirmação e Peroração (VI). A riqueza formal, a imagética poderosa, o discurso conceituoso, a unidade clássica, como características barrocas do “Sermão”.

5- Prosa doutrinal religiosa:
Frei António das Chagas e o discurso de efeitos patéticos barrocos.
Padre Manuel Bernardes e as histórias de exemplo. (“A Nova Floresta”).
Frei Luís de Sousa e a biografia: “Vida de Frei Bartolomeu dos Mártires”.


ARTE

Santarém:
Igreja de Marvila: do séc. XVII: Azulejos da nave, púlpito de mármore, azulejos da sacristia e cruz de marfim.
Seminário Patriarcal : Fachada da Igreja: barroco jesuítico.

Évora:
Museu de Mobiliário do séc. XVII.
Capela dos Ossos da Igreja de S. Francisco.

Portalegre:
Sé: decoração barroca dos altares laterais – da talha e pinturas dos s. XVI e XVII. Azulejos azuis e brancos da sacristia.

Elvas:
Igreja matriz: retábulo e painéis de azulejos.

Faro:
Órgão da Sé.
Interiores de Igrejas algarvias – de Faro, Portimão, Silves: Azulejos, talha dourada.

Coimbra:
Mosteiro Novo de Santa Clara (XVII), (com o túmulo da Rainha Santa (XIV), transferido do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (XIII), alagado.
Porta Férrea da Universidade.
Sé Nova: Barroco de transição. Retábulo de talha dourada no altar.

Leiria:
Sé. Do séc. XVII: Adro; Retábulo do altar-mor.

Alcobaça:
Mosteiro: esculturas em madeira e barro.

Viseu:
Sé: Altar-mor em talha dourada (s. XVI).

Guarda:
Igreja da Misericórdia (restauração de um templo s. XVII): altares e púlpito em estilo barroco.

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