domingo, 14 de fevereiro de 2010

Página de Grelha (14)

TÓPICOS DA HISTÓRIA CULTURAL PORTUGUESA

SÉCULO XIX: REALISMO . CORRENTES LÍRICAS

OS FACTOS
1875: “O Pacto da Granja”: Fusão dos Históricos e Reformistas no novo partido Progressista.

1877, 1883: Explorações africanas: de Brito Capelo, Roberto Ivens. Serpa Pinto. Publicação do “Mapa cor de rosa” dos territórios entre Angola e Moçambique.

1888: A “Cartilha Maternal” de João de Deus declarada “método nacional”.

13- D. Carlos, o “Diplomata”(1889/1908):

(1886: Casamento com D. Maria Amélia de Orleães)
Situação financeira difícil do país .
1890: A questão do “Mapa cor de rosa” e o “Ultimatum” inglês: A reacção nacional contra a cedência do governo à imposição inglesa de retirada das tropas portuguesas da região dos Macololos (em cor de rosa no mapa).
Desavenças partidárias entre os dois partidos “rotativos”: Progressistas e Regeneradores.
Política de estabilização das fronteiras africanas.
- 1895: Campanha de pacificação de Moçambique sob a direcção de António Enes: Caldas Xavier, Aires de Ornelas, Paiva Couceiro, Freire de Andrade, Eduardo Galhardo, Mouzinho de Albuquerque: (“Marracuene”, “Magul”, “Coolela” “Manjacaze, “Chaimite”).
- 1897: Campanha de Alves Roçadas contra os Cuamatas (Angola). João de Almeida, o explorador e pacificador da região dos “Dembos” (Angola).
1899: Assinatura do Tratado de Windsor.
Taxa de analfabetismo em 1900: 80%.

16/8/1900: Morte de Eça de Queirós
.

Desordens partidárias.
Reformas de João Franco Castelo Branco
: O Franquismo.

1/2/1908: O regicídio.

14- D. Manuel II, o “Patriota” (1908/1910)

Sete mudanças de ministério.

5/10/1910: Proclamação do regime republicano.

LITERATURA

Outros escritores realistas:
Trindade Coelho
: o conto rústico - “Os meus Amores”. A crónica autobiográfica: “In illo Tempore”
Fialho de Almeida
e a evolução do naturalismo.

As grandes correntes líricas:
- Realismo: Arte empenhada e revolucionária.
- Parnasianismo: Arte antideclamatória e antidoutrinária, expressiva do conceito da “Arte pela Arte”
- Simbolismo: Arte de sugestão, instrumento do conhecimento metafísico, apoiada na musicalidade verbal.

Poeta realista: Guerra Junqueiro e a missão social da poesia.

Poetas parnasianos: Gonçalves Crespo; Gomes Leal; António Feijó, Cesário Verde (realista).

CESÁRIO VERDE: (1855/1886) estética anti-romântica, de precisão, rigor geométrico, de alianças vocabulares novas (impressionismo), plasticidade, ritmos novos, grande modernidade, de temas baudelairianos – repulsivos, de doença, tédio, mulher sobranceira, quadros de pobreza, deambulismo, simpatia pelos humildes, de revolta social.

ANTÓNIO NOBRE (1867/1900) e o saudosismo decadentista, o pessimismo fatalista o narcisismo auto-contemplativo do autor do “”.

Eugénio de Castro e o simbolismo decadentista.


ARTE

Museu Nacional dos Coches” no antigo Picadeiro Real (sécs. XVIII / XIX), erguido nos jardins do Palácio de Belém. Organizado pela Rainha D. Amélia de Orléans e Bragança.


A PORTUGUESA
Música de Alfredo Keil, letra de Henrique Lopes de Mendonça. Nascida
aquando do Ultimatum inglês. Adoptada como
Hino Nacional na República.


1904: Instalação do Jardim Zoológico de Lisboa no parque anexo à propriedade da antiga Quinta do Farrobo, às Laranjeiras, pertencente ao conde de Burnay. Foi tornada definitiva em 1920, por expropriação pública, aprovada pelo Parlamento, acrescentada da vizinha Quinta das Águas Boas, do mesmo proprietário.
“A actual entrada do Zoo, entre dois torreões de cantaria, coroados por templetes de dez colunas toscanas, suportando abóbada semiesférica, com pináculos no fecho, e protegidos a toda a volta por avental de grade, dava para a alameda que conduz, em linha recta, da Estrada de Benfica aos jardins do Palácio dos Condes de Farrobo. O portão, de artística ferragem entre dois pilares de cantaria que suportam esculturas, era a entrada de pompa do palácio.”
“Além da luxuriante cobertura vegetal, o parque das Laranjeiras dispunha de equipamento de recreio vário – a ponte pênsil, lagos, estufas, abrigos, pavilhões vários, estátuas e até mesmo jaulas e acomodações para animais de vária espécie”.
“A partir de 1912, Raul Lino encarregou-se da arquitectura do parque zoológico, durante mais de 40 anos – “Aldeia dos Macacos, de 1917, escadaria monumental, de 1945, que conduz ao “Monte dos Gamos”, à “Ilha dos Ursos” de 1935, ou ao “Jardim Zoológico dos Pequeninos” de 1938.
(in “
Monumentos e Edifícios notáveis do Distrito de Lisboa” , vol. V, 4º Tomo, 1ª Parte. )

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