quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Página de Grelha (18)

TÓPICOS DA HISTÓRIA CULTURAL PORTUGUESA
SÉCULO XX- MODERNISMO

OS FACTOS

Medidas:
- Reorganização dos serviços de administração central e local.
- Reorganização das Obras Públicas.
- Reformas Financeiras.
- Rede de estradas.: De 13000 Km. a 30000.
- Barragens hidroeléctricas.
- Repovoamento florestal.

1940/1943: Balança Comercial: Pela 1ª vez, desde finais do séc. XVIII, saldos positivos.

1940: O apogeu do Estado Novo

A “Exposição do Mundo Português”: Comemoração do 8º Centenário da Nacionalidade e o 3º da Restauração.

- Neutralidade portuguesa durante a 2ª Guerra Mundial.
- Cedência aos Aliados de Bases nos Açores.
- Desde 1944: O General Santos Costa, o “homem forte” de Salazar.
-1945: Fundação do MUD. Oposição ao Regime. Campanha da Candidatura do General Norton de Matos. Perseguição aos subscritores.

Mecanismos repressivos:
- 1945: PIDE.
- Censura.
- Campos de Concentração do Tarrafal em Cabo Verde.


- Questão Monárquica: Autorização de residência no País de D. Duarte Nuno (Neto de D. Miguel II)

- 1949: Portugal, membro fundador da OTAN (NATO).
- 1949: Prof. Dr. Egas Moniz (1874/1955) distinguido com o “Prémio Nobel” da Medicina.
- Alteração de “Acto Colonial” de 1938: “Colónias” designadas “Províncias Ultramarinas”.

- 1953: “Disposição Testamentária” do capitalista arménio Calouste Gulbenkian ( 55) para a criação de uma “Fundação” com o seu nome

- 1955: Admissão de Portugal na ONU

LITERATURA

Primeiro Modernismo : Geração de ORPHEU

Revistas:Orpheu”, 1915 (2 números, um 3º não editado); “Centauro”, 1916, 1 número ; “Exílio”, 1916, 1 número; “Portugal Futurista”, 1915, 1 número; “Athena”, 1924, 1925.

Intervenientes:

MÁRIO DE SÁ CARNEIRO (1890/1915 , por suicídio, em Paris)
A expressão frenética do sentir, em poesia de auto-análise narcísica e autoflagelação, no requinte de uma expressão artística original.

Almada Negreiros, (1893 /1970) e a poesia virulenta dos seusManifestos”( Ex: “Manifesto Anti-Dantas”, “Cena do Ódio”). Também pintor.

FERNANDO PESSOA (1889/1935) e a dimensão superior de uma poesia ortónima e heterónima pautada pela intelectualidade e a lucidez.

Poesia ortónima:
“POESIAS
”: Poesia existencialista, no debate íntimo sobre o sentido do “Ser” e o consequente sentimento de angústia, em expressão dialéctica que focaliza a unidade dos opostos (pensar /sentir, sinceridade / fingimento, vontade / pensamento, desejo / acção, consciência / inconsciência, esperança / desilusão... , por meio de paradoxos. De verso tradicional e ritmo musical.

MENSAGEM”: O sentido épico nacionalista, glorificador do passado e consciente do presente sem honra, com o sentido messiânico de esperança na salvação. De estrutura tripartida e fragmentada, com imagens, símbolos e ritmo musical.

Poesia heterónima:
“POEMAS
” de Alberto Caeiro, “guardador de rebanhos que são os seus pensamentos que são todos sensações”: Poesia sensacionista, de negação do pensamento, anti-metafísica, mas paradoxalmente conceituosa. Poesia contrária ao artificialismo do lirismo tradicional, de verso livre e expressão corrente.

ODES” de Ricardo Reis, poeta da temática clássica epicurista do gozo da vida, e estóica da impassibilidade e contenção das emoções, associada ao conceito fatalista do absurdo da condição humana condenada.
Estilo alatinado, em verso livre e requinte formal


“POESIAS” de Álvaro de Campos:
1ª Fase: decadentista: “Opiário";
2ª Fase: Do “Futurismo”: Odes “Triunfal”, “Marítima”...
3ª Fase: intimista: Do abatimento interior (analogia com Pessoa): Poema “Tabacaria


ARTE

CINEMA:

Anos 40: Melodrama, História, Actualidade

Ala Arriba” – Com apoio de António Ferro.
Amor de Perdição” – (1943) A. L. Ribeiro- C/ A. Vilar (Simão Botelho) , Carmen Dolores (Teresa de Albuquerque).
Inês de Castro” (1945), (Leitão de Barros) c/ A. Vilar (D. Pedro).
1945: “José do Telhado” (Armando de Miranda). C/ Virgílio Teixeira.
Camões” (1946) (A. Lopes Ribeiro) C/ António Vilar, Leonor Maia, Carmen Dolores, Eunice Muñoz, Julieta Castelo, povo, aristocracia.
1949: “A Morgadinha dos Canaviais” (Caetano Bonnucci) c/ Eunice Muñoz (Morgadinha).
1947: “Capas Negras” (Armando de Miranda). Os grandes êxitos do Fado de Amália Rodrigues. Canção “Coimbra” por Alberto Ribeiro.
1948:Fado. História de uma Cantadeira” (Perdigão Queiroga). Música de Frederico de Freitas. Com Amália R. e A. Vilar.
1946:”Um Homem do Ribatejo” de Henrique Campos. C/ Eunice Muñoz, canções de Jaime Mendes, por Hermínia Silva e Alberto Ribeiro.
1949: “Ribatejo” de Henrique Campos. Música de Jaime Mendes – destaque para “Canção da Cigana”.
1949: “Sol e Toiros” de José Buchs, c/ o toureiro Manuel dos Santos

Durante a 2ª Guerra:

1942: “Aniki-Bobó
” de Manoel de Oliveira. Prod. por A. L. Ribeiro.
1942: “Lobos da Serra”de Jorge Brum do Canto (1º western português)

Entidades que dispõem dos Estúdios (na zona do Lumiar): Tobis. Lisboa Filmes. Cinelândia

Década de 50 (Crise do Cinema)
1950: “O Grande Elias” de Arthur Duarte, c/ Ribeirinho, Milu, António Silva...
1952: “Saltimbancos” de Manuel Guimarães.
1953: “Chaimite” de Jorge Brum do Canto.
1956: Documentário de Manoel de OliveiraO Pintor e a Cidade
1959: “Frei Luís de Sousa” de A Lopes Ribeiro. Com Villaret, Maria Dulce...

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