quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Uma Página de grelha 4


TÓPICOS DA HISTÓRIA CULTURAL PORTUGUESA
ÉPOCA CLÁSSICA – 1ª Fase: - RENASCIMENTO
SÉCULO XVI


FACTOS

(Cont. Rein. Anterior): 1489: Impressão do primeiro livro (em Chaves).

5- D. Manuel I, o Venturoso (1495/1521):

1498: Chegada das naus de Vasco da Gama à Índia.
1499: Instalação da feitoria portuguesa em Antuérpia (política de mercado)
1500: Descobrimento do Brasil (“Terra de Santa Cruz”) por Pedro Álvares Cabral.
1501: Gaspar Corte Real descobre a Terra Nova.

1508/1515: Afonso de Albuquerque, 2º Vice-Rei da Índia. (D. Francisco de Almeida o primeiro).
Conquista de Ormuz, Goa, e Malaca.
1510: Goa: sede da Cristandade e da organização colonial no Oriente.
Política de miscigenação.

1518: 1ª Viagem de Circum-navegação por Fernão de Magalhães, navegando por Ocidente, até às Filipinas, onde morre.

Portugal: potência naval e comercial na Europa.
Mudança dos Paços para a “Casa da Mina” ou “Casa da Índia”, onde chegavam os produtos do Oriente – especiarias, ouro, pérolas, diamantes, cetins, perfumes, marfim, laca, porcelanas...).

As reformas dos forais.
!505/21: “Ordenações Manuelinas”.
Os novos títulos do Rei: ...“Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio, da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia”


LITERATURA


Caracterização da cultura renascentista.
Uma cultura elitista, apoiada no conhecimento do Latim e no espírito de imitação dos padrões clássicos greco-latinos. O ideal clássico da perfeição formal e do equilíbrio entre expressão e conceito expresso. A dimensão humanista da temática clássica. O sentido crítico das mensagens. Os valores formais do “estilo novo”, de influência clássica e italiana. O enriquecimento e modernização da língua. O conceito elitista, aristocrático da arte. Ideologias: Neoplatonismo. Crítica antidogmática. Naturalismo – (Conhecimento fundado na Razão e na Experiência).

O MODO DRAMÁTICO:

1-GIL VICENTE, o introdutor do teatro português. Actividade dramática: 1502/1536: A dimensão crítica da sua sátira, a graça humorística dos tipos sociais das suas farsas e dos seus autos, a versatilidade do seu engenho dramático, a dimensão dos seus conceitos medievais ou renascentistas, a maleabilidade dos registos linguísticos, a comicidade, a ironia, o lirismo...

2- O teatro clássico de António Ferreira:
Tragédia “Castro”: A nobreza do conceito associada à dignidade da linguagem, na unidade e densidade da sua acção dramática, tomada no ponto crítico da sua evolução, de conflito interior (de natureza psicológica e moral), conflito trágico, pois que só solúvel com a morte de um dos participantes.

3- A comédia psicológica dos autos de CAMÕES: “Anfitriões”, “El-Rei Seleuco”, “Filodemo”.

4- O teatro escolar jesuíta.

O MODO NARRATIVO:

1-Narrativa Sentimental:
A “Menina e Moça” de Bernardim Ribeiro: - o estilo de confidência, o vocabulário expressivo de solidão, tristeza, o determinismo fatalista, a mudança como causa de sofrimento.

2- Narrativa de Viagens / De Memórias:
Peregrinação” de Fernão Mendes Pinto: A prosa testemunhal, o visualismo, o exotismo, o desassombro crítico, o “anti-herói” pícaro. “Lendas da Índia” de Gaspar Correia.

3- Narrativa de naufrágios:
História Trágico-Marítima”.

4- Narrativa Historiográfica: Envolvendo a acção descobridora:
João de Barros; Castanheda; Damião de Góis; Diogo de Couto.

5 - A Prosa Doutrinal e Religiosa:
Samuel Usque: “Consolação às Tribulações de Israel”
Frei Heitor Pinto: “Imagem da Vida Cristã”
Frei Tomé de Jesus: Trabalhos de Jesus”;
Frei Amador Arrais: “Diálogos”.

6 – Narrativa Épica:
OS LUSÍADAS “de LUÍS DE CAMÕES, obra de superior dimensão, expressão de portugalidade, no relevo exaltador dos heróis nacionais, e de universalidade na sua riqueza humanística e literária, e na coesão e unidade da sua arquitectura, de aparente complexidade, tradução lapidar do seu “honesto estudo, longa experiência e engenho” - (Lus. c.X, 154).


ARTE

(NOTA: Este quadro sobre ARTE foi, por engano, trocado com o anterior. Deveria ter sido posicionado na prancha anterior, e o da anterior, neste).

Renascimento:

Alguns traços: Revivescência da arte antiga; imitação da natureza; culto do indivíduo; simetria; equilíbrio.

O Estilo Manuelino: variante arquitectónica do gótico tardio – motivos florais, marinhos, náuticos...

Mosteiro dos Jerónimos. (1517/ 1551): Igreja de Santa Maria, no meio do Mosteiro, com imagens do interior por Nicolau Chanterenne. Obras iniciadas por Mateus Fernandes e continuadas por João de Castilho, o mais notável arq. do manuelino. No transepto e na ábside, vários túmulos de reis – D. Manuel I e sucessores. Túmulos de Vasco da Gama e de Camões, sob a varanda do órgão da Igreja de Santa Maria de Belém.

Torre de Belém, 1515/21 (Francisco de Arruda). Fortaleza e prisão, e símbolo da vocação marítima portuguesa.
A Igreja do Convento de Cristo de Tomar. A “Janela da Casa do Capítulo”, ex-libris da cidade. (Manuelino).
(O arquitecto Diogo de Arruda e mestre João de Castilho).
As Capelas Imperfeitas do “Mosteiro da Batalha”.
Portal da Capela de S. Miguel (Universidade de Coimbra) com decoração manuelina.
Igreja da Misericórdia em Tavira, o templo mais representativo do estilo renascença do Algarve. Retábulo do altar-mor em talha dourada do s. XVIII, paredes com lambrins de azulejos, s. XVIII.
Igreja do Convento de S. Gonçalo de Amarante (Ren.).
Sé de Portalegre (XVI). Alter. XVIII.
Paço ducal de Vila Viçosa. (Claustro manuelino).

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