Enviou-me João Sena, um mail com
um texto extraído do site “A BIGORNA”, de David Martelo, contendo
um curioso texto de Fernando Pessoa, de resposta a um inquérito sobre a
hipótese de um Império Português organizado pelo jornalista Augusto Costa.
Lembrámos o mito do Quinto Império,
que procurámos na Internet, na versão de Vieira em prosa e na de Pessoa, em
verso, seguido por um pequeno trabalho de análise, também extraído da Internet,
para complementar a análise de Pessoa, cujo amor pátrio e ilusão de potência
nacional, ainda que impregnada de misticismo, está contida na Mensagem.
Todavia, para melhor clarear o
sentido do texto de Pessoa, coligido por Augusto Costa, não posso deixar
de transcrever do volume III de “OBRAS DE FERNANDO PESSOA”, apenas a Introdução
a “O IMPÉRIO PORTUGUÊS” – “Um Império de Cultura, um Império do Espírito”
Fragmentos (V), sendo que todo o texto mereceria uma leitura e reflexão:
«Os três imperialismos: de domínio, de expansão e de cultura»:
«Há três imperialismos: de
domínio, de expansão e de cultura”.
O imperialismo de Domínio comporta
três expressões: (1) Imperialismo unificador – aquele cujo fim é reduzir
a uma unidade, para fins civilizacionais (ainda que egoisticamente
instintizados os povos de uma região falando a mesma língua, mas que, por
razões diversas se não achem difundidas num só povo). - (2) Imperialismo
cesarista – aquele em que a nação imperialista procura dominar o mais
possível, seja quem for, apenas para aumentar o seu território, e para sentir
a sua grandeza. – (3) Imperialismo
hegemónico – aquele em que a nação imperialista procura apenas valorizar-se
(e não já sentir-se grande) pelo domínio de outros povos: - O 1º caso é o da Prússia
sobre o resto da Alemanha. O 2º caso é o de Roma sobre o que pode
abranger da Terra. O 3º é o da Áustria e, até certo ponto, da Espanha.
O Imperialismo de Expansão: (1) O que coloniza
territórios desertos ou de raças incivilizáveis. (2) O que se aproveita de
raças decadentes. (Inglaterra no Egipto e na Índia). (3) O que procura
dominar raças civilizadas, mas, ou mais fracas, ou menos civilizadas do que ela
(?) sob, pelo menos, alguns pontos de vista.
O Imperialismo de Cultura: (1) O que procura não
dominar materialmente, mas influenciar, dominar pela absorção psíquica. (É um
imperialismo de expansão espiritual. – A França é um grande exemplo. (2)
O que procura criar novos valores civilizacionais para despertar outras nações.
A Grécia, Portugal das Descobertas. (3) O que procura dominar ou
colonizar para civilizar ou modificar as raças indígenas, sejam inferiores,
decadentes ou apenas menos civilizadas. (Última fase do Império colonial
inglês) …
Na evolução de uma
civilização, o primeiro estádio é o do imperialismo de domínio; segue-se o da
expansão; acaba pelo da cultura …..»
Do site «A BIGORNA»
de David Martelo:
FERNANDO PESSOA E A IDEIA DE PORTUGAL COMO GRANDE POTÊNCIA
O jornalista Augusto da
Costa (1899-1954), que viria a ser secretário de Salazar em 1933, levou a
cabo, entre 1926 e 1933, um inquérito sobre as potencialidades de um Império Português,
traduzido no convite a 16 personalidades, da cultura, da política e das Forças
Armadas, para que respondessem a um breve questionário de 4 perguntas por ele
preparado.
As respostas e os
comentários de Augusto Costa viriam a ser publicados, em 1934, numa obra
intitulada Portugal Vasto Império.
Uma dessas personalidades
foi Fernando Pessoa,
o qual, à 1.ª questão ¿Sim ou não Portugal, potência de primeira grandeza na
Renascença, guarda em si a vitalidade necessária para manter no futuro, na nova
Renascença que há-de seguir-se à Idade Média que atravessamos, o lugar de uma
grande potência? respondeu com o seguinte texto:
«Cumpre, antes de mais
nada, definir a expressão “grande potência”. Por “grande potência” se deve
entender, evidentemente, uma nação que influi notavelmente na vida ou nos
destinos da civilização. Podemos, porém, distinguir três maneiras de assim
influir notavelmente. Distinguiremos, portanto, três espécies de “grande
potência”. Influir é transformar. Há três maneiras de transformar: transformar
para menos, ou desagregar; transformar para mais, ou desenvolver; transformar
para outro, ou construir. Força é, pois, que as grandes potências se
manifestem tais, ou pela desagregação que produzem, ou pelo desenvolvimento
que promovem, ou pela construção que estabelecem, ou novidade que
originam. Duas são as forças da desagregação – a decadência e a
violência externa. A decadência é intransmissível: pode ser
estimulada, porém não imposta; são, portanto, seus estímulos, que não ela
mesma, que comportam transmissão. A violência externa, pelo contrário, é
imposição por natureza. Uma grande potência de desagregação significa,
portanto, uma grande potência de violência, ou seja uma grande potência
guerreira. É este o sentido em que ordinariamente se toma a expressão
“grande potência”: é que a violência, como é a força visível, representa
para o comum dos homens o modo único da força. Duas são também as forças
de desenvolvimento – o estímulo físico ou material e o estímulo
intelectual ou moral. Na vida das sociedades, o primeiro é dado pelo
comércio, o segundo pela cultura. Com efeito, o desenvolvimento dos
povos se efectua, no que material, pela multiplicação de contactos
económicos; no que mental, pela multiplicação de contactos culturais.
E o comércio e a cultura andam comummente a par: é que a multiplicação de
relações de uma espécie facilita inevitavelmente a multiplicação de relações da
outra espécie. Há, pois, duas espécies de “grandes potências” expansivas da
vida alheia: as potências primordialmente económicas, como a Alemanha e
os Estados Unidos, e as potências culturais, como antigamente a Itália e
subsequentemente a França. Qualquer transformação pode ser definida como
sendo “para outro”, porém a transformação construtiva merece esse nome
distintivamente. Na transformação para mais ou para menos a coisa
transformada mantém os seus característicos essenciais; a transformação é 2
quantitativa. Na transformação para outro a mudança é qualitativa. ¿Que
características adquire, porém, a coisa transformada, ao ser transformada “para
outro”? Os do elemento transformador, pois outros não há que
possivelmente adquira. Segue, pois, que a transformação construtiva
implica uma conversão da substância da coisa transformada na substância da
coisa transformadora. À nação que exerce esta espécie de influência, que
é uma “grande potência” nesta função, chama-se com justeza, não grande
potência, senão Império. Até hoje, a dentro da civilização que vivemos, tem
havido quatro impérios – o grego, o romano, o cristão, e o inglês
(que não o britânico, que é império em outro, e mais baixo, sentido).
Com sua prodigiosa visão, histórica como profética, distingue sempre Nostradamus
entre o que chama simplesmente empire (que é qualquer dos grandes
domínios fugazes com que se orna a história) e grand empire, que é o
Império no sentido em que aqui usamos o termo. Sem dúvida que as três formas
de ser grande potência se não excluem entre si; antes a duas, e a mais que
duas, as pode reunir uma só nação.
Postos estes princípios, pergunta-se: ¿para
que forma de grande potência tem Portugal condições, se as tem para alguma? Portugal,
grande potência guerreira, ou desagregadora, é invisionável, o que não quer
dizer que seja impossível, pois não podemos prever que alianças ou combinações
poderão surgir do abismo do futuro. A pregunta, porém, refere-se às
condições que Portugal tem, que não àquelas que poderá um dia vir a ter; e por
“condições que tem” se entendem aquelas que ou estão hoje claramente latentes
nele, ou em qualquer forma ou esboço nele se revelaram no passado. Ora, pondo
de parte, por irrisório neste respeito, o que somos hoje, o facto é que nunca
tivemos condições ou propensão para a forma guerreira de grande potência.
Nem para tal nos dispunha a nossa situação terrestre de nação pequena e
excêntrica em continente e península, nem, em prova disso, nos empenhámos nunca
com vantagem em guerras puramente agressivas, excepto as que procederam
inevitavelmente do nosso mester orgânico de descobridores. E estas viveram
na atmosfera triunfal do fenómeno que lhes deu origem. Portugal grande
potência económica é talvez ainda mais invisionável que Portugal grande
potência guerreira. Uma potência guerreira forma-se e desenvolve-se com
mais facilidade e rapidez que uma potência económica, pois procede de instintos
e forças mais primitivos do que esta. E se de potência guerreira não
temos tradição senão por assim dizer corolária, de potência económica não temos
tradição nenhuma, ou a temos negativa. Ainda, pois, que uma expansão ou
federação futura nos convertesse em grande nação – sem o que se não pode ser
uma grande potência económica –, nossa acção nesse campo seria sempre limitada
pela de núcleos não só quantitativamente superiores ao nosso, mas ainda
preparados tradicionalmente para o exercício dessa espécie de influência. Portugal
grande potência cultural é uma hipótese já de outro género. O exercício
da grande influência guerreira ou económica implica a existência de uma nação
grande, unida, disciplinada; o da grande influência cultural dispensa
estes característicos. Exerceu-a a Itália quando nem sequer era nação,
se não uma justaposição de pequenos estados, em conflito perpétuo uns com os
outros, e cada um em quase constante desordem interna. Nem a nossa condição
actual é, pois, obstáculo neste respeito; é-o, porém, a nossa carência quase
absoluta de tradição cultural, propriamente dita. Quantitativamente,
nunca a tivemos; qualitativamente, pouco. No fim da chamada Idade Média, e
no princípio da Renascença, esboçámos, é certo, um acentuado movimento
cultural, que abrange os Cancioneiros, os Romances de Cavalaria, e um ou outro
fenómeno com a especulação de Francisco Sanches, aliás formado em outro
ambiente; mas em breve o vinco, muito mais tipicamente nacional, das
descobertas arrastava para si toda a vitalidade portuguesa, e o catolicismo,
então em período de reacção, se encarregou de anular aquela liberdade de
especulação, sem a qual a cultura é impossível. Ficámos no estado vil de
inteligência, servil e mimético, em que desde esse tempo temos vegetado.
Se, porém, a necessidade cultural fosse, por qualquer razão, em nós orgânica,
teria havido dela sinais, sobretudo desde que entrámos, com o mimetismo já
citado, em regime liberal e depois em 3 República. Mas o que tem havido é menos
que pouco; a nossa indisposição cultural permanece evidente. Portugal grande
potência construtiva, Portugal Império – aqui, sim, é que, através de grandeza
e de decadência, se revela o nosso instinto, e se mantém a nossa tradição. Somos,
por índole, uma nação criadora e imperial. Com as Descobertas, e o
estabelecimento do Imperialismo Ultramarino, criámos o mundo moderno –
criação absoluta, tanto quanto socialmente isso é possível, que não simples
elaboração ou renovação de criações alheias. Nas mais negras horas da nossa
decadência, prosseguiu, sobretudo no Brasil, a nossa acção imperial, pela
colonização; e foi nessas mesmas horas que em nós nasceu o sonho
sebastianista, em que a ideia do Império Português atinge o estado religioso.
Portugal tem, pois, condições orgânicas
para ser uma grande potência construtiva ou criadora, um Império.
Uma coisa, porém, é dizer-se que Portugal tem
condições para sê-lo; outra é predizer que o será. A pergunta não
exige esta segunda demonstração, que, aliás, por extensa não poderia ser aqui
dada. Nem há mester que se diga, também, em que consistirá presumivelmente essa
criação portuguesa, qual será o sentido e o conteúdo desse Quinto Império.
Fora preciso um livro
inteiro para o dizer, nem chegou ainda a hora de dizer-se.
À segunda questão ¿Sim
ou não Portugal, sendo a terceira potência colonial, tem todos os direitos a
ser considerada uma grande potência europeia? Respondeu Fernando
Pessoa:
Como Portugal, grande
potência, está no futuro – ou, se se preferir, só pode estar no futuro –, não
pode exigir ao presente que o considere por aquilo que ele ainda não é, nem se
sabe ao certo se será. Mas, como é a terceira potência colonial, pode e deve
exigir que o tratem como terceira potência colonial.
À terceira questão ¿Sim
ou não Portugal, amputado das suas colónias, perderá toda a razão de ser como
povo independente no concerto europeu? Respondeu Fernando Pessoa:
Para o destino que presumo
será o de Portugal, as colónias não são precisas. A perda delas, porém, também
não é precisa para esse destino. E, por certo, sem colónias, ficaria Portugal
diminuído ante o mundo e perante si mesmo, material e moralmente. As colónias,
portanto, não sendo uma necessidade, são, contudo, uma vantagem.
À quarta e última questão ¿Sim ou
não o moral da Nação pode ser levantado por uma intensa propaganda, pelo
jornal, pela revista e pelo livro, de forma a criar uma mentalidade colectiva
capaz de impor aos políticos uma política de grandeza nacional?
Respondeu Fernando Pessoa:
Há só uma espécie de
propaganda com que se pode levantar o moral de uma nação – a construção ou
renovação e a difusão consequente e multímoda de um grande mito nacional.
De instinto, a humanidade odeia a verdade, porque sabe, com o mesmo instinto,
que não há verdade, ou que a verdade é inatingível. O mundo conduz-se
por mentiras; quem quiser despertá-lo ou conduzi-lo terá que mentir-lhe
delirantemente, e fá-lo-á com tanto mais êxito quanto mais mentir a si mesmo e
se compenetrar da verdade da mentira que criou. Temos, felizmente, o
mito sebastianista, com raízes profundas no passado e na alma portuguesa.
Nosso trabalho é pois mais fácil; não temos que criar um mito, senão que renová-lo.
Comecemos por nos embebedar desse sonho, por o integrar em nós,
por o incarnar. Feito isso, por cada um de nós independentemente e a
sós consigo, o sonho se derramará sem esforço em tudo o que dissermos ou
escrevermos, e a atmosfera estará criada, em que todos os outros, como nós, o
respirem. Então se dará na alma da Nação o fenómeno imprevisível de onde
nascerão as Novas Descobertas, a Criação do Mundo Novo, o Quinto Império. Terá
regressado El-Rei D. Sebastião.
Compilado por David Martelo – Setembro de 2017
Quinto Império
Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
O Quinto Império é uma
crença messiânica, milenarista (quiliástica), concebida pelo
padre António Vieira no século XVII.
“Vio Nabucodonosor aquella prodigiosa estatua, que representava os quatro
Impérios dos Assírios, dos Persas, dos Gregos e dos Romanos; o corpo estala
descuidado, com os sentidos presos, & a alma andava cuidadosa, levantando,
derrubando estatuas, fantasiando Reynos, Monarquias. Mais fazia Nabucodonosor
dormindo, que acordado: porque acordado cuidava no governo de hũ Reyno,
dormindo imaginava na sucessão de quatro. Pois se Nabuco era Rey dos Assírios,
quem o metia com o Império dos Persas, com o dos Gregos, com o dos Romanos?
Quem? A obrigação do officio que tinha. Era Rey, quem quer conseruar o Reyno
próprio hade sonhar com os estranhos.” — Antonio
Vieira, in Serman do Esposo da May De Deos S. Joseph.
Os quatro primeiros impérios eram, segundo o padre António Vieira, pela
ordem: os Assírios, os Persas,
os Gregos e
os Romanos. O quinto
seria o Império Português. O
Sexto segundo a obra de Antônio Vieira, baseado no Apocalipse de São João é o
Inglês, seguido do Chinês[carece
de fontes].
"De acordo com as escrituras Hebraicas (Antigo Testamento), no livro de Daniel, capítulo 2, aquele religioso veio a
basear este mito num trecho bíblico, que narra a história do rei Nabucodonosor II e do seu sonho,
com uma estátua erguida com
cinco tipos de materiais. Seguido do Apocalipse de São João". (Bíblia Sagrada Católica, com os
chamados Pergaminhos dos Sete Mares)
Um dos textos mais importantes sobre o tema, no entender de Vítor Amaral de
Oliveira, é a obra póstuma do padre Vieira, História do Futuro. Posteriormente
a utopia do Quinto Império permeará a obra de Fernando Pessoa nomeadamente na
obra Mensagem.
No caso de Pessoa os quatro primeiros impérios diferem dos de Vieira, sendo o
primeiro o Império Grego, o
segundo o Império Romano, o
terceiro o Cristianismo e o
quarto a Europa.
O Quinto Império foi uma forma de legitimar o movimento autonomista
português, que conseguira o fim da União Ibérica.
Fernando Pessoa – TEXTOS DE “MENSAGEM”
TERCEIRA PARTE / O ENCOBERTO
SEGUNDO - ANTÓNIO VIEIRA (II- OS AVISOS):
O céu estrela o azul e tem grandeza. / Este que teve a fama e à glória
tem, / Imperador da língua portuguesa, / Foi-nos um céu também
No imenso espaço seu
de meditar, / Constelado de forma e de visão, / Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar:
é luz do etéreo. / É um dia; e, no céu amplo de desejo, / A madrugada
irreal do Quinto Império / Doira as margens do Tejo.
PRIMEIRO - D.
SEBASTIÃO (I- OS
SYMBOLOS)
’Sperai! Caí no
areal e na hora adversa / Que Deus concede aos seus / Para o intervalo em que
esteja a alma imersa / Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura / Se com Deus me guardei?/ É O que eu me sonhei que eterno dura, / É Esse que regressarei.
Que importa o areal e a morte e a desventura / Se com Deus me guardei?/ É O que eu me sonhei que eterno dura, / É Esse que regressarei.
SEGUNDO / O QUINTO IMPÉRIO (I-
OS SYMBOLOS):
Triste de quem vive em casa, / Contente com o seu lar, / Sem
que um sonho, no erguer de asa, / Faça até mais rubra a brasa /
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz! / Vive
porque a vida dura. / Nada na alma
lhe diz / Mais que a lição da raiz-
/ Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras
se somem / No tempo que em eras
vem. / Ser descontente é ser homem.
/ Que as forças cegas se domem / Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro / Tempos do ser que sonhou, / A
terra será teatro /
Do dia claro, que no atro / Da erma noite começou.
Do dia claro, que no atro / Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade, / Europa – os
quatro se vão / Para onde vai toda
idade./ Quem vem viver a verdade
/ Que morreu D. Sebastião?
Análise extraída da Internet:
A estrutura
«A
Mensagem está dividida em três partes. Esta tripartição corresponde a três
momentos do império português: Nascimento, Realização, Morte. Mas esta morte
não é definitiva, pois pressupõe um renascimento que será o novo império,
futuro e espiritual.
Enquadramento do poema “O Quinto Império” (Texto da Internet):
O poema “O Quinto Império” situa-se na terceira parte, O
Encoberto (a imagem do império moribundo, a fé de que a morte contenha
em si a semente da ressurreição, capaz de provocar o nascimento do império
espiritual, moral e civilizacional. A presença do Quinto Império).
Nesta terceira parte aparece a desintegração, havendo, por isso, um presente de sofrimento e de mágoa, pois “falta cumprir-se Portugal“. É preciso acontecer a regeneração, que será anunciada por símbolos e avisos.
Nesta terceira parte aparece a desintegração, havendo, por isso, um presente de sofrimento e de mágoa, pois “falta cumprir-se Portugal“. É preciso acontecer a regeneração, que será anunciada por símbolos e avisos.
A Mensagem recorre ao ocultismo para criar o herói – O Encoberto
– que se apresenta como D. Sebastião. Note-se que o ocultismo remete para um
sentimento de mistério, indecifrável para a maioria dos mortais. Daí que só o
detentor do privilégio esotérico (oculto/secreto) se encontra legitimado para
realizar o sonho do Quinto Império. (…)
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