sexta-feira, 22 de setembro de 2017

QUINTO IMPÉRIO, um mito


Enviou-me João Sena, um mail com um texto extraído do site “A BIGORNA”, de David Martelo, contendo um curioso texto de Fernando Pessoa, de resposta a um inquérito sobre a hipótese de um Império Português organizado pelo jornalista Augusto Costa.
 Lembrámos o mito do Quinto Império, que procurámos na Internet, na versão de Vieira em prosa e na de Pessoa, em verso, seguido por um pequeno trabalho de análise, também extraído da Internet, para complementar a análise de Pessoa, cujo amor pátrio e ilusão de potência nacional, ainda que impregnada de misticismo, está contida na Mensagem.

Todavia, para melhor clarear o sentido do texto de Pessoa, coligido por Augusto Costa, não posso deixar de transcrever do volume III de “OBRAS DE FERNANDO PESSOA”, apenas a Introdução a “O IMPÉRIO PORTUGUÊS” – “Um Império de Cultura, um Império do Espírito” Fragmentos (V), sendo que todo o texto mereceria uma leitura e reflexão:

«Os três imperialismos: de domínio, de expansão e de cultura»:
«Há três imperialismos: de domínio, de expansão e de cultura”.
O imperialismo de Domínio comporta três expressões: (1) Imperialismo unificador – aquele cujo fim é reduzir a uma unidade, para fins civilizacionais (ainda que egoisticamente instintizados os povos de uma região falando a mesma língua, mas que, por razões diversas se não achem difundidas num só povo). - (2) Imperialismo cesarista – aquele em que a nação imperialista procura dominar o mais possível, seja quem for, apenas para aumentar o seu território, e para sentir a sua grandeza.  – (3) Imperialismo hegemónico – aquele em que a nação imperialista procura apenas valorizar-se (e não já sentir-se grande) pelo domínio de outros povos: - O 1º caso é o da Prússia sobre o resto da Alemanha. O 2º caso é o de Roma sobre o que pode abranger da Terra. O 3º é o da Áustria e, até certo ponto, da Espanha.
O Imperialismo de Expansão: (1) O que coloniza territórios desertos ou de raças incivilizáveis. (2) O que se aproveita de raças decadentes. (Inglaterra no Egipto e na Índia). (3) O que procura dominar raças civilizadas, mas, ou mais fracas, ou menos civilizadas do que ela (?) sob, pelo menos, alguns pontos de vista.
O Imperialismo de Cultura: (1) O que procura não dominar materialmente, mas influenciar, dominar pela absorção psíquica. (É um imperialismo de expansão espiritual. – A França é um grande exemplo. (2) O que procura criar novos valores civilizacionais para despertar outras nações. A Grécia, Portugal das Descobertas. (3) O que procura dominar ou colonizar para civilizar ou modificar as raças indígenas, sejam inferiores, decadentes ou apenas menos civilizadas. (Última fase do Império colonial inglês) …
Na evolução de uma civilização, o primeiro estádio é o do imperialismo de domínio; segue-se o da expansão; acaba pelo da cultura …..»

Do site «A BIGORNA» de David Martelo:
FERNANDO PESSOA E A IDEIA DE PORTUGAL COMO GRANDE POTÊNCIA
O jornalista Augusto da Costa (1899-1954), que viria a ser secretário de Salazar em 1933, levou a cabo, entre 1926 e 1933, um inquérito sobre as potencialidades de um Império Português, traduzido no convite a 16 personalidades, da cultura, da política e das Forças Armadas, para que respondessem a um breve questionário de 4 perguntas por ele preparado.
As respostas e os comentários de Augusto Costa viriam a ser publicados, em 1934, numa obra intitulada Portugal Vasto Império.
Uma dessas personalidades foi Fernando Pessoa, o qual, à 1.ª questão ¿Sim ou não Portugal, potência de primeira grandeza na Renascença, guarda em si a vitalidade necessária para manter no futuro, na nova Renascença que há-de seguir-se à Idade Média que atravessamos, o lugar de uma grande potência? respondeu com o seguinte texto:

«Cumpre, antes de mais nada, definir a expressão “grande potência”. Por “grande potência” se deve entender, evidentemente, uma nação que influi notavelmente na vida ou nos destinos da civilização. Podemos, porém, distinguir três maneiras de assim influir notavelmente. Distinguiremos, portanto, três espécies de “grande potência”. Influir é transformar. Há três maneiras de transformar: transformar para menos, ou desagregar; transformar para mais, ou desenvolver; transformar para outro, ou construir. Força é, pois, que as grandes potências se manifestem tais, ou pela desagregação que produzem, ou pelo desenvolvimento que promovem, ou pela construção que estabelecem, ou novidade que originam. Duas são as forças da desagregação – a decadência e a violência externa. A decadência é intransmissível: pode ser estimulada, porém não imposta; são, portanto, seus estímulos, que não ela mesma, que comportam transmissão. A violência externa, pelo contrário, é imposição por natureza. Uma grande potência de desagregação significa, portanto, uma grande potência de violência, ou seja uma grande potência guerreira. É este o sentido em que ordinariamente se toma a expressão “grande potência”: é que a violência, como é a força visível, representa para o comum dos homens o modo único da força. Duas são também as forças de desenvolvimentoo estímulo físico ou material e o estímulo intelectual ou moral. Na vida das sociedades, o primeiro é dado pelo comércio, o segundo pela cultura. Com efeito, o desenvolvimento dos povos se efectua, no que material, pela multiplicação de contactos económicos; no que mental, pela multiplicação de contactos culturais. E o comércio e a cultura andam comummente a par: é que a multiplicação de relações de uma espécie facilita inevitavelmente a multiplicação de relações da outra espécie. Há, pois, duas espécies de “grandes potências” expansivas da vida alheia: as potências primordialmente económicas, como a Alemanha e os Estados Unidos, e as potências culturais, como antigamente a Itália e subsequentemente a França. Qualquer transformação pode ser definida como sendo “para outro”, porém a transformação construtiva merece esse nome distintivamente. Na transformação para mais ou para menos a coisa transformada mantém os seus característicos essenciais; a transformação é 2 quantitativa. Na transformação para outro a mudança é qualitativa. ¿Que características adquire, porém, a coisa transformada, ao ser transformada “para outro”? Os do elemento transformador, pois outros não há que possivelmente adquira. Segue, pois, que a transformação construtiva implica uma conversão da substância da coisa transformada na substância da coisa transformadora. À nação que exerce esta espécie de influência, que é uma “grande potência” nesta função, chama-se com justeza, não grande potência, senão Império. Até hoje, a dentro da civilização que vivemos, tem havido quatro impérioso grego, o romano, o cristão, e o inglês (que não o britânico, que é império em outro, e mais baixo, sentido). Com sua prodigiosa visão, histórica como profética, distingue sempre Nostradamus entre o que chama simplesmente empire (que é qualquer dos grandes domínios fugazes com que se orna a história) e grand empire, que é o Império no sentido em que aqui usamos o termo. Sem dúvida que as três formas de ser grande potência se não excluem entre si; antes a duas, e a mais que duas, as pode reunir uma só nação.
 Postos estes princípios, pergunta-se: ¿para que forma de grande potência tem Portugal condições, se as tem para alguma? Portugal, grande potência guerreira, ou desagregadora, é invisionável, o que não quer dizer que seja impossível, pois não podemos prever que alianças ou combinações poderão surgir do abismo do futuro. A pregunta, porém, refere-se às condições que Portugal tem, que não àquelas que poderá um dia vir a ter; e por “condições que tem” se entendem aquelas que ou estão hoje claramente latentes nele, ou em qualquer forma ou esboço nele se revelaram no passado. Ora, pondo de parte, por irrisório neste respeito, o que somos hoje, o facto é que nunca tivemos condições ou propensão para a forma guerreira de grande potência. Nem para tal nos dispunha a nossa situação terrestre de nação pequena e excêntrica em continente e península, nem, em prova disso, nos empenhámos nunca com vantagem em guerras puramente agressivas, excepto as que procederam inevitavelmente do nosso mester orgânico de descobridores. E estas viveram na atmosfera triunfal do fenómeno que lhes deu origem. Portugal grande potência económica é talvez ainda mais invisionável que Portugal grande potência guerreira. Uma potência guerreira forma-se e desenvolve-se com mais facilidade e rapidez que uma potência económica, pois procede de instintos e forças mais primitivos do que esta. E se de potência guerreira não temos tradição senão por assim dizer corolária, de potência económica não temos tradição nenhuma, ou a temos negativa. Ainda, pois, que uma expansão ou federação futura nos convertesse em grande nação – sem o que se não pode ser uma grande potência económica –, nossa acção nesse campo seria sempre limitada pela de núcleos não só quantitativamente superiores ao nosso, mas ainda preparados tradicionalmente para o exercício dessa espécie de influência. Portugal grande potência cultural é uma hipótese já de outro género. O exercício da grande influência guerreira ou económica implica a existência de uma nação grande, unida, disciplinada; o da grande influência cultural dispensa estes característicos. Exerceu-a a Itália quando nem sequer era nação, se não uma justaposição de pequenos estados, em conflito perpétuo uns com os outros, e cada um em quase constante desordem interna. Nem a nossa condição actual é, pois, obstáculo neste respeito; é-o, porém, a nossa carência quase absoluta de tradição cultural, propriamente dita. Quantitativamente, nunca a tivemos; qualitativamente, pouco. No fim da chamada Idade Média, e no princípio da Renascença, esboçámos, é certo, um acentuado movimento cultural, que abrange os Cancioneiros, os Romances de Cavalaria, e um ou outro fenómeno com a especulação de Francisco Sanches, aliás formado em outro ambiente; mas em breve o vinco, muito mais tipicamente nacional, das descobertas arrastava para si toda a vitalidade portuguesa, e o catolicismo, então em período de reacção, se encarregou de anular aquela liberdade de especulação, sem a qual a cultura é impossível. Ficámos no estado vil de inteligência, servil e mimético, em que desde esse tempo temos vegetado. Se, porém, a necessidade cultural fosse, por qualquer razão, em nós orgânica, teria havido dela sinais, sobretudo desde que entrámos, com o mimetismo já citado, em regime liberal e depois em 3 República. Mas o que tem havido é menos que pouco; a nossa indisposição cultural permanece evidente. Portugal grande potência construtiva, Portugal Império – aqui, sim, é que, através de grandeza e de decadência, se revela o nosso instinto, e se mantém a nossa tradição. Somos, por índole, uma nação criadora e imperial. Com as Descobertas, e o estabelecimento do Imperialismo Ultramarino, criámos o mundo moderno – criação absoluta, tanto quanto socialmente isso é possível, que não simples elaboração ou renovação de criações alheias. Nas mais negras horas da nossa decadência, prosseguiu, sobretudo no Brasil, a nossa acção imperial, pela colonização; e foi nessas mesmas horas que em nós nasceu o sonho sebastianista, em que a ideia do Império Português atinge o estado religioso.
 Portugal tem, pois, condições orgânicas para ser uma grande potência construtiva ou criadora, um Império.
 Uma coisa, porém, é dizer-se que Portugal tem condições para sê-lo; outra é predizer que o será. A pergunta não exige esta segunda demonstração, que, aliás, por extensa não poderia ser aqui dada. Nem há mester que se diga, também, em que consistirá presumivelmente essa criação portuguesa, qual será o sentido e o conteúdo desse Quinto Império.
Fora preciso um livro inteiro para o dizer, nem chegou ainda a hora de dizer-se.

À segunda questão ¿Sim ou não Portugal, sendo a terceira potência colonial, tem todos os direitos a ser considerada uma grande potência europeia? Respondeu Fernando Pessoa:
Como Portugal, grande potência, está no futuro – ou, se se preferir, só pode estar no futuro –, não pode exigir ao presente que o considere por aquilo que ele ainda não é, nem se sabe ao certo se será. Mas, como é a terceira potência colonial, pode e deve exigir que o tratem como terceira potência colonial.

À terceira questão ¿Sim ou não Portugal, amputado das suas colónias, perderá toda a razão de ser como povo independente no concerto europeu? Respondeu Fernando Pessoa:
Para o destino que presumo será o de Portugal, as colónias não são precisas. A perda delas, porém, também não é precisa para esse destino. E, por certo, sem colónias, ficaria Portugal diminuído ante o mundo e perante si mesmo, material e moralmente. As colónias, portanto, não sendo uma necessidade, são, contudo, uma vantagem.

 À quarta e última questão ¿Sim ou não o moral da Nação pode ser levantado por uma intensa propaganda, pelo jornal, pela revista e pelo livro, de forma a criar uma mentalidade colectiva capaz de impor aos políticos uma política de grandeza nacional? Respondeu Fernando Pessoa:
Há só uma espécie de propaganda com que se pode levantar o moral de uma nação – a construção ou renovação e a difusão consequente e multímoda de um grande mito nacional. De instinto, a humanidade odeia a verdade, porque sabe, com o mesmo instinto, que não há verdade, ou que a verdade é inatingível. O mundo conduz-se por mentiras; quem quiser despertá-lo ou conduzi-lo terá que mentir-lhe delirantemente, e fá-lo-á com tanto mais êxito quanto mais mentir a si mesmo e se compenetrar da verdade da mentira que criou. Temos, felizmente, o mito sebastianista, com raízes profundas no passado e na alma portuguesa. Nosso trabalho é pois mais fácil; não temos que criar um mito, senão que renová-lo. Comecemos por nos embebedar desse sonho, por o integrar em nós, por o incarnar. Feito isso, por cada um de nós independentemente e a sós consigo, o sonho se derramará sem esforço em tudo o que dissermos ou escrevermos, e a atmosfera estará criada, em que todos os outros, como nós, o respirem. Então se dará na alma da Nação o fenómeno imprevisível de onde nascerão as Novas Descobertas, a Criação do Mundo Novo, o Quinto Império. Terá regressado El-Rei D. Sebastião.
Compilado por David Martelo – Setembro de 2017

Quinto Império
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Quinto Império é uma crença messiânicamilenarista (quiliástica), concebida pelo padre António Vieira no século XVII.
“Vio Nabucodonosor aquella prodigiosa estatua, que representava os quatro Impérios dos Assírios, dos Persas, dos Gregos e dos Romanos; o corpo estala descuidado, com os sentidos presos, & a alma andava cuidadosa, levantando, derrubando estatuas, fantasiando Reynos, Monarquias. Mais fazia Nabucodonosor dormindo, que acordado: porque acordado cuidava no governo de hũ Reyno, dormindo imaginava na sucessão de quatro. Pois se Nabuco era Rey dos Assírios, quem o metia com o Império dos Persas, com o dos Gregos, com o dos Romanos? Quem? A obrigação do officio que tinha. Era Rey, quem quer conseruar o Reyno próprio hade sonhar com os estranhos.”        — Antonio Vieira, in Serman do Esposo da May De Deos S. Joseph.

Os quatro primeiros impérios eram, segundo o padre António Vieira, pela ordem: os Assírios, os Persas, os Gregos e os Romanos. O quinto seria o Império Português. O Sexto segundo a obra de Antônio Vieira, baseado no Apocalipse de São João é o Inglês, seguido do Chinês[carece de fontes].

"De acordo com as escrituras Hebraicas (Antigo Testamento), no livro de Daniel, capítulo 2, aquele religioso veio a basear este mito num trecho bíblico, que narra a história do rei Nabucodonosor II e do seu sonho, com uma estátua erguida com cinco tipos de materiais. Seguido do Apocalipse de São João". (Bíblia Sagrada Católica, com os chamados Pergaminhos dos Sete Mares)

Um dos textos mais importantes sobre o tema, no entender de Vítor Amaral de Oliveira, é a obra póstuma do padre Vieira, História do Futuro. Posteriormente a utopia do Quinto Império permeará a obra de Fernando Pessoa nomeadamente na obra Mensagem. No caso de Pessoa os quatro primeiros impérios diferem dos de Vieira, sendo o primeiro o Império Grego, o segundo o Império Romano, o terceiro o Cristianismo e o quarto a Europa.
O Quinto Império foi uma forma de legitimar o movimento autonomista português, que conseguira o fim da União Ibérica.

Fernando Pessoa – TEXTOS DE “MENSAGEM”
TERCEIRA PARTE / O ENCOBERTO
SEGUNDO - ANTÓNIO VIEIRA  (II- OS AVISOS):
O céu estrela o azul e tem grandeza. / Este que teve a fama e à glória tem, / Imperador da língua portuguesa, / Foi-nos um céu também
No imenso espaço seu de meditar, / Constelado de forma e de visão, / Surge, prenúncio claro do luar, El-Rei D. Sebastião.
Mas não, não é luar: é luz do etéreo. / É um dia; e, no céu amplo de desejo, / A madrugada irreal do Quinto Império / Doira as margens do Tejo.

PRIMEIRO - D. SEBASTIÃO (I- OS SYMBOLOS)
’Sperai! Caí no areal e na hora adversa / Que Deus concede aos seus / Para o intervalo em que esteja a alma imersa / Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura / Se com Deus me guardei?/ É O que eu me sonhei que eterno dura, / É Esse que regressarei.

SEGUNDO  / O QUINTO IMPÉRIO (I- OS SYMBOLOS):
Triste de quem vive em casa, / Contente com o seu lar, / Sem que um sonho, no erguer de asa, / Faça até mais rubra a brasa / Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz! / Vive porque a vida dura. / Nada na alma lhe diz / Mais que a lição da raiz- / Ter por vida a sepultura.
 Eras sobre eras se somem / No tempo que em eras vem. / Ser descontente é ser homem. / Que as forças cegas se domem / Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro / Tempos do ser que sonhou, / A terra será teatro /
Do dia claro, que no atro / Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,Europa – os quatro se vão / Para onde vai toda idade./ Quem vem viver a verdade / Que morreu D. Sebastião?

Análise extraída da Internet:
A estrutura
«A Mensagem está dividida em três partes. Esta tripartição corresponde a três momentos do império português: Nascimento, Realização, Morte. Mas esta morte não é definitiva, pois pressupõe um renascimento que será o novo império, futuro e espiritual.

Enquadramento do poema “O Quinto Império” (Texto da Internet):
O poema “O Quinto Império” situa-se na terceira parte, O Encoberto (a imagem do império moribundo, a fé de que a morte contenha em si a semente da ressurreição, capaz de provocar o nascimento do império espiritual, moral e civilizacional. A presença do Quinto Império).
Nesta terceira parte aparece a desintegração, havendo, por isso, um presente de sofrimento e de mágoa, pois “falta cumprir-se Portugal“. É preciso acontecer a regeneração, que será anunciada por símbolos e avisos.

A Mensagem recorre ao ocultismo para criar o herói – O Encoberto – que se apresenta como D. Sebastião. Note-se que o ocultismo remete para um sentimento de mistério, indecifrável para a maioria dos mortais. Daí que só o detentor do privilégio esotérico (oculto/secreto) se encontra legitimado para realizar o sonho do Quinto Império. (…)

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