segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Compensou


Por pouco tempo será, mas compensou. Estive embrenhada ontem na leitura do Courrier Internacional nº 306, de Agosto 2021 que tem por título “Ainda é possível parar a China?”, assustador pelo que implica de penetração daquela no mundo, como vamos observando, e as análises apresentadas demonstram, embora no seu EDITORIAL, Rui Tavares Guedes, sintetizando-as, com o título “Até onde quer ir a China?” revele que, para isso, a China teria que se modernizar – o que, de resto parece estar a acontecer, segundo a síntese em epígrafe do artigo «CHINA: A marcha imparável»: “Auto-estradas, universidades, portos, centrais eléctricas, cuidados de saúde. Apesar da crescente preocupação europeia face ao seu aumento de poder, a China prossegue discretamente o seu caminho para o velho continente, financiando grandes projectos de infra-estruturas no oriente e sugando bens noutros locais»

Outro artigo importante, em meio de imagens expressivas da absoluta perfeição de quadros estéticos apresentados em paradas constituídas por inúmeros elementos de rapazes e raparigas chineses com suas bandeiras vermelhas, caídas dos braços abertos, tem por título “As três espadas afiadas de um partido centenário” com a síntese seguinte: “Com mais de 91 milhões de membros, o partido comunista chinês é o maior partido marxista no poder há mais de 70 anos. Sob a liderança de Xi Jinping, seu secretário geral desde 2012, segue o “sonho chinês” e inquieta o Ocidente. (Yazhou Zhoukan, Hong Kong).

Outros artigos, de extremo interesse a nível mundial apresenta a revista, que vou continuar a ler, mas entretanto hoje, domingo, vi em reposição o programa final dos “Got Talent Portugal que uma vez mais me deixou maravilhada pelo fabuloso de algumas actuações – tantas! – e a competência e sensibilidade do júri para as analisar, juntamente com a excelente prestação da apresentadora Júlia Alberto – sorridente e oportuna nos seus comentários e apresentações dos concorrentes.

Um grande sentimento de alegria, pelo extraordinário do programa, que provou, nalguns casos, a extrema competência dos alunos – e seus professores, naturalmente - nas danças acrobáticas, no dinamismo e beleza das coreografias, a combinação levemente contrastante das cores – branco e cinzento, por exemplo, salvo erro no grupo Gimnoarte, de efeito estético sedutor, a dinâmica extraordinariamente arriscada e “transcendente” da actuação do “Duo Opa”, a voz poderosa de Martin Callaghan, enfim, todos eles mereciam receber o prémio que estava destinado a um só, e tive pena.

Mas compensou, este bem-estar domingueiro de um maravilhoso programa. a contrastar com a leitura de uma revista, na véspera, sobre um futuro ameaçador possível, vindo da China – mas não só, afinal.

Que a Terra parece estar impaciente. Também a China devia ser sensível a isso.

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