Por pouco tempo será, mas compensou.
Estive embrenhada ontem na leitura do Courrier Internacional nº 306, de Agosto 2021 que tem por título “Ainda é possível parar a China?”, assustador
pelo que implica de penetração daquela no mundo, como vamos observando, e as
análises apresentadas demonstram, embora no seu EDITORIAL, Rui
Tavares Guedes, sintetizando-as, com o título “Até onde quer ir a China?” revele
que, para isso, a China teria que se modernizar – o que, de resto parece estar
a acontecer, segundo a síntese em epígrafe do artigo «CHINA: A marcha imparável»: “Auto-estradas,
universidades, portos, centrais eléctricas, cuidados de saúde. Apesar da
crescente preocupação europeia face ao seu aumento de poder, a China prossegue discretamente
o seu caminho para o velho continente, financiando grandes projectos de
infra-estruturas no oriente e sugando bens noutros locais»
Outro artigo importante, em meio de
imagens expressivas da absoluta perfeição de quadros estéticos apresentados em
paradas constituídas por inúmeros elementos de rapazes e raparigas chineses com
suas bandeiras vermelhas, caídas dos braços abertos, tem por título “As três espadas afiadas de um partido centenário” com a
síntese seguinte: “Com
mais de 91 milhões de membros, o partido comunista chinês é o maior partido
marxista no poder há mais de 70 anos. Sob a liderança de Xi Jinping, seu
secretário geral desde 2012, segue o “sonho chinês” e inquieta o Ocidente.
(Yazhou Zhoukan, Hong Kong).
Outros artigos, de extremo interesse a
nível mundial apresenta a revista, que vou continuar a ler, mas entretanto
hoje, domingo, vi em reposição o programa final dos “Got Talent Portugal” que
uma vez mais me deixou maravilhada pelo fabuloso de algumas actuações – tantas!
– e a competência e sensibilidade do júri para as analisar, juntamente com a
excelente prestação da apresentadora Júlia
Alberto – sorridente e oportuna nos seus comentários e
apresentações dos concorrentes.
Um grande sentimento de alegria, pelo
extraordinário do programa, que provou, nalguns casos, a extrema competência
dos alunos – e seus professores, naturalmente - nas danças acrobáticas, no
dinamismo e beleza das coreografias, a combinação levemente contrastante das
cores – branco e cinzento, por exemplo, salvo erro no grupo Gimnoarte, de
efeito estético sedutor, a dinâmica extraordinariamente arriscada e
“transcendente” da actuação do “Duo Opa”, a voz poderosa de Martin Callaghan, enfim, todos eles mereciam receber o
prémio que estava destinado a um só, e tive pena.
Mas compensou, este bem-estar
domingueiro de um maravilhoso programa. a contrastar com a leitura de uma
revista, na véspera, sobre um futuro ameaçador possível, vindo da China – mas
não só, afinal.
Que a Terra parece estar impaciente. Também
a China devia ser sensível a isso.
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