O comentário anónimo, apenso ao “toque madrugador”
de Salles da Fonseca. Pelo contrário, parece discordar do “zelo” laborioso deste,
tão matutino, exigindo, pelo contrário, uma concentração bajuladora sobre o PRR. Foi por isso que me dispus a consultar o
Plano, exposto ao público, na Internet, e que transponho
para aqui, para que o Dr. Salles se não
limite aos chilreios dos passarinhos, como sugere o anónimo comentador, e se
concentre no tal plano. Este parece, de facto, eficaz, o seu cumprimento
exigindo os milhões da alavanca solidária com que nos embrutece a U E - e digo “embrutece”
porque nos proporciona, além da inércia a que se refere S.F., os chilreios dos admiradores do tal “Homem”
do enlevo partidário, quer seja o anónimo, quer o vibrantemente escancarado. Só
que não esclarece sobre os efeitos na prática do tal PRR, e é sobre essa “prática” que Salles da Fonseca se debruça,
de um povo também bastante dado ao chilreio, importando em excesso, e
certamente que exportando com cada vez maior moderação, o que o não beneficiará
para o ressarcimento de uma dívida de escândalo permanente, irremediável comprometedora
do futuro nacional. Para além disso, a atribuição das quantias para os gastos, no
PRR, parece pouco esclarecedora nas suas
especificidades, dando azo a especulações perdulárias…
HENRIQUE SALLES DA
FONSECA
A
BEM DA NAÇÃO, 29.08.21
Hoje,
a alvorada foi pelas 6,30 h, bem mais tarde do que a anterior. Não faltariam
protestos nem talvez mesmo alguns «mimos» ao estilo da intifada se eu fizesse
soar o clarim pelo que me deixei guiar pelo arrulho das rolas, as mais
madrugadoras, logo seguido pelo chilrear da outra passarada. E assim foi que,
entre arrulhos e chilreios, dei por mim a imaginar o modelo econométrico que
nos poderia ajudar a medir a eficácia de uma política de substituição de
importações capaz de transformar os nossos endémicos défices comerciais em
superávites, mesmo que modestos. Tudo,
claro está, no âmbito duma economia aberta como a nossa (para não lhe chamar
desbragada) e de livre iniciativa. Então,
«caí na real» quando me deparei com parâmetros dificilmente quantificáveis tais
como a «mândria nacional»,
a elevada propensão para a «licenciatura em remanso de praia» e outros óbices de cariz estatístico de que os arrulhos e chilreios me distraíram. Concluo
que o liberalismo em moda e em curso carece de uma
mentalidade mais produtiva e muito menos esbanjadora. No meu modelo não
entraram «casos de Polícia», que os há.
Agosto
de 2o21
Henrique
Salles da Fonseca
COMENTÁRIO:
Anónimo 29.08.2021: M/ Caro Dr.
Salles da Fonseca, Está mais que provado que levantar com as galinhas faz mal,
uma moléstia para a qual ainda não se descobriu vacina. Numa próxima recaída
(ou deverei escrever "relevantada"), recomendo vivamente que medite
nas inúmeras virtudes do PRR e no dilúvio de maravilhas que dele brotarão.
Verá, então, que o chilrear dos passarinhos e o ar fresco da alvorada nunca
poderão proporcionar-lhe igual felicidade. E sempre poderá elevar um pensamento
de gratidão a quem nos governa com tamanha sageza. O homem merece.
DA
INTERNET:
Plano de Recuperação e Resiliência
Na
sequência dos graves impactos provocados pela pandemia causada pelo vírus
SARS-CoV-2, o Conselho Europeu criou o Next Generation EU, um
instrumento temporário de recuperação, a partir do qual se desenvolve o
Mecanismo de Recuperação e Resiliência, onde se enquadra o Plano de Recuperação e
Resiliência (PRR).
O PRR português é um programa de aplicação
nacional, com um período de execução até 2026, e vai implementar um conjunto de
reformas e de investimentos que permitirá ao país retomar o crescimento
económico sustentado. Será financiado por recursos totais de 16,6 mil M€,
distribuídos por cerca de 14 mil M€ de subvenções e 2,7 mil M€ de empréstimos.
O Plano de Recuperação e Resiliência
foi organizado em 20 Componentes que integram, por sua vez, um total de 37
Reformas e de 83 Investimentos. As vinte componentes e as respectivas
reformas e investimentos estão agrupadas no PRR em torno de três dimensões
estruturantes, a Resiliência, a
Transição Climática e a Transição Digital:
COMPONENTES IAPMEI
Componentes com coordenação ou
participação do IAPMEI (Tendo por base a informação que consta do PRR submetido
à Comissão Europeia e sem prejuízo de outras intervenções que venham a ser
definidas)
>> Componente 5 | Capitalização e Inovação Empresarial
Agendas/Alianças Mobilizadoras para a Inovação Empresarial
Agendas/Alianças Verdes para a Inovação Empresarial
Missão
Interface - renovação da rede de suporte científico e tecnológico e orientação
para tecido produtivo (186 M€)
>> Componente 11 | Descarbonização
da Indústria (715 M€) >>Componente 12 | Bioeconomia sustentável (145 M€) >>Componente 16 |Empresas 4.0
Capacitação Digital das Empresas (100 M€)
Transição Digital das Empresas (450 M€)
Catalisação da Transição Digital das Empresas (100 M€)
AVISOS >>
Consulte aqui o Convite à Manifestação de
Interesse para Desenvolvimento de Projectos no âmbito das Agendas
Mobilizadoras para a Inovação Empresarial.
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