terça-feira, 10 de agosto de 2021

Não houve guarda


Que evitasse o vandalismo.

Refiro-me ao perpetrado no Padrão dos Descobrimentos, onde se escreveu uma frase em inglês incorrecto, ocupando largos metros de parede, atribuindo ao intuito descobridor do povo aventureiro português, que o Padrão simboliza – ou de qualquer outro povo, de hoje em dia ou de outro qualquer tempo, mesmo sem padrão à vista, a exclusiva vontade de obter lucro, com a aventura e a conquista. Foi alguém que embicou para o pormenor da aventura sôfrega nas invasões dos povos, já, certamente, subentendendo os fenícios e Alexandre da Macedónia, os romanos e os visigodos, e até mesmo os vikings. O Hitler e o Mao Tse Tung, pelo contrário, devem merecer as benesses do escrevinhador, que intimamente abençoa o género terrorista do estilo taliban, e que não achou guarda que lhe detivesse a unha que empunhou o pincel da sua escrevinhadura deficiente e emporcalhadora: “Blindly sailing for monney, humanity is drowning in a scarllet sea lia” (sic), eis a frase, a qual, naturalmente, achou adeptos, quem sabe até se entre a polícia camarada, que não estava lá, embora advertida por outras sugestões anteriores de vandalismo destruidor, e por esse motivo devendo ser mais cautelosa, por ordem das respectivas câmaras municipais.

Não, não há estômago que aguente tanta sacanice de pobres de espírito a pulular por aí.

Volto-me para a Internet, onde encontro o texto seguinte, sobre o “Padrão” das “armas e os Barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana …”

Mas esta verdade do alargar de espaços é que possibilitou, sem dúvida, a amplitude do “pensamento” escarrapachado - em esforço ínfimo - nas paredes do monumento…

 

DA INTERNET:

O MONUMENTO

Padrão dos Descobrimentos

A OBRA

Da autoria do arquitecto Cottinelli Telmo (1897 – 1948) e do escultor Leopoldo de Almeida (1898 – 1975), o Padrão dos Descobrimentos foi erguido pela primeira vez em 1940, de forma efémera e integrado na Exposição do Mundo Português. Construído em materiais perecíveis, possuía uma leve estrutura de ferro e cimento, sendo a composição escultórica moldada em estafe (mistura de espécies de gesso e estopa, consolidada por armação ou gradeamento de madeira ou ferro).

Em 1960, por ocasião da comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, o Padrão é reconstruído em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria, e as esculturas em cantaria de calcário de Sintra. Em 1985 é inaugurado como Centro Cultural das Descobertas. O arquitecto Fernando Ramalho remodelou o interior, dotando o Padrão de um miradouro, auditório e salas de exposições.

Isolado e destacado no paredão à beira do Tejo, o Padrão dos Descobrimentos evoca a expansão ultramarina portuguesa, sintetiza um passado glorioso e simboliza a grandeza da obra do Infante D. Henrique, o impulsionador das descobertas.

Uma caravela estilizada faz-se ao mar, levando à proa o Infante D. Henrique e alguns dos protagonistas (32) da gesta ultramarina e da cultura da época, navegadores, cartógrafos, guerreiros, colonizadores, evangelizadores, cronistas e artistas, são retratados com os símbolos que os individualizam.

Um mastro estilizado, com orientação Norte – Sul, tem em cada uma das faces dois escudos portugueses, com cinco quinas, envolvidos por faixa com 12 castelos e ao centro várias flores-de-lis. Ao mastro adoçam-se, em cada face, três estruturas triangulares, curvas, dando a ilusão de velas enfunadas pelo vento.

A face norte é formada por dois gigantes de cantaria, onde se vêem inscrições em letras metálicas:
No lado esquerdo, sobre uma âncora
:
AO INFANTE D. HENRIQUE E AOS PORTUGUESES QUE DESCOBRIRAM OS CAMINHOS DO MAR; No lado oposto, sobre uma coroa de louros: NO V CENTENÁRIO DO INFANTE D. HENRIQUE 1460 – 1960.

Ao centro um lanço de nove degraus dá acesso a um átrio com vista para toda a zona que circunda o Padrão. Um segundo lanço de cinco escadas, um portal com arco de volta perfeita e uma moldura formada pelas aduelas, dá acesso ao interior do monumento.

O Monumento é ladeado por duas esferas armilares em metal, sobre duas plataformas paralelepipédicas.

Características técnicas:

Altura – 56m; Largura – 20m; Comprimento – 46m; Fundações – 20m
Figura central (Infante) – 9m Figuras laterais (32) – 7m

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