Que evitasse o vandalismo.
Refiro-me ao perpetrado no Padrão dos Descobrimentos, onde se
escreveu uma frase em inglês incorrecto, ocupando largos metros de parede, atribuindo
ao intuito descobridor do povo aventureiro português, que o Padrão simboliza –
ou de qualquer outro povo, de hoje em dia ou de outro qualquer tempo, mesmo sem
padrão à vista, a exclusiva vontade de obter lucro, com a aventura e a
conquista. Foi alguém que embicou para o pormenor da aventura sôfrega nas
invasões dos povos, já, certamente, subentendendo os fenícios e Alexandre da Macedónia, os romanos e os visigodos, e até mesmo os vikings. O Hitler e o Mao Tse
Tung, pelo contrário, devem merecer as benesses do escrevinhador, que
intimamente abençoa o género terrorista do estilo taliban, e que não achou
guarda que lhe detivesse a unha que empunhou o pincel da sua escrevinhadura deficiente
e emporcalhadora: “Blindly sailing for monney, humanity is drowning in a
scarllet sea lia” (sic), eis a frase,
a qual, naturalmente, achou adeptos, quem sabe até se entre a polícia camarada,
que não estava lá, embora advertida por outras sugestões anteriores de
vandalismo destruidor, e por esse motivo devendo ser mais cautelosa, por ordem
das respectivas câmaras municipais.
Não, não há estômago que aguente tanta
sacanice de pobres de espírito a pulular por aí.
Volto-me para a Internet, onde encontro o texto seguinte, sobre o
“Padrão” das “armas
e os Barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de
antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras
esforçados, Mais do que prometia a força humana …”
Mas esta verdade do alargar de espaços é
que possibilitou, sem dúvida, a amplitude do “pensamento” escarrapachado - em esforço ínfimo - nas
paredes do monumento…
DA INTERNET:
O MONUMENTO
Padrão dos Descobrimentos
A OBRA
Da autoria do arquitecto
Cottinelli
Telmo (1897 – 1948) e do escultor Leopoldo de Almeida (1898 – 1975), o Padrão dos Descobrimentos foi erguido pela primeira vez em 1940,
de
forma efémera e integrado na Exposição do Mundo Português. Construído em materiais perecíveis,
possuía uma leve estrutura de ferro e cimento, sendo a composição escultórica
moldada em estafe (mistura de espécies de gesso e estopa, consolidada por
armação ou gradeamento de madeira ou ferro).
Em 1960, por ocasião da
comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique, o Padrão é
reconstruído em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria, e as esculturas em
cantaria de calcário de Sintra. Em 1985 é inaugurado como Centro
Cultural das Descobertas. O arquitecto Fernando Ramalho remodelou o interior, dotando o Padrão de um
miradouro, auditório e salas de exposições.
Isolado e destacado no paredão à beira do Tejo, o Padrão dos
Descobrimentos evoca a expansão ultramarina portuguesa, sintetiza um passado
glorioso e simboliza a grandeza da obra do Infante D. Henrique, o impulsionador
das descobertas.
Uma caravela estilizada faz-se ao mar, levando à proa o Infante D.
Henrique e alguns dos protagonistas (32) da gesta ultramarina e da cultura da
época, navegadores, cartógrafos, guerreiros, colonizadores, evangelizadores,
cronistas e artistas, são retratados com os símbolos que os individualizam.
Um mastro estilizado, com
orientação Norte – Sul, tem em cada uma das faces dois escudos portugueses, com
cinco quinas, envolvidos por faixa com 12 castelos e ao centro várias
flores-de-lis. Ao mastro adoçam-se, em cada face, três estruturas triangulares,
curvas, dando a ilusão de velas enfunadas pelo vento.
A face norte é formada por
dois gigantes de cantaria, onde se vêem inscrições em letras metálicas:
No lado esquerdo, sobre uma âncora: AO INFANTE D. HENRIQUE E AOS
PORTUGUESES QUE DESCOBRIRAM OS CAMINHOS DO MAR; No lado oposto, sobre uma coroa de louros: NO V CENTENÁRIO
DO INFANTE D. HENRIQUE 1460 – 1960.
Ao centro um lanço de nove
degraus dá acesso a um átrio com vista para toda a zona que circunda o Padrão.
Um segundo lanço de cinco escadas, um portal com arco de volta perfeita e uma
moldura formada pelas aduelas, dá acesso ao interior do monumento.
O Monumento é ladeado por duas esferas armilares em metal, sobre
duas plataformas paralelepipédicas.
Características técnicas:
Altura – 56m; Largura – 20m; Comprimento
– 46m; Fundações – 20m
Figura central (Infante) – 9m Figuras laterais (32) – 7m
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