Uma escrita sintética e
dirigista e tão primorosa a descrever primores com o necessário suspense da
ambiguidade e da seriedade crítica, é esta, de Maria João Avillez, mulher atenta ao que “nos vai”, o lá fora
indispensável para o reconhecimento próprio. Trata-se de um escultor português –
Rui Chafes – também apresentado na
revista Ípsilon do Público, que transcrevo, para uma
visualização mais ampla desse universo cultural que nos inebria à distância do
imaginário e das fotos reveladoras. Como complemento, o magnífico comentário de
Jay Pi, pondo o dedo na ferida estrutural da nossa timidez e
inércia.
I - Cultura-Ípsilon
Rui Chafes entra no Centro
Pompidou e dialoga com Alberto Giacometti em Paris. Escultor
vai ter duas peças na colecção permanente do Museu Nacional de Arte Moderna
francês, que serão mostradas em Outubro em paralelo com uma exposição na
Gulbenkian ao lado de obras do artista expressionista suíço.
7 de Fevereiro de 2018
Duas obras de Rui Chafes foram adquiridas pelo Museu Nacional de Arte
Moderna de Paris e vão integrar a exposição da sua colecção permanente no
Centro Pompidou, a partir de Outubro. Paralelamente, entre o dia 3
desse mês e 16 de Dezembro, o escultor português fará uma exposição na
delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian em diálogo com obras do
suíço Alberto Giacometti (1901-1966).
Rui Chafes manifestou ao
Ípsilon a sua satisfação pela entrada na colecção do Centro Pompidou, que “é um
dos mais importantes museus de arte moderna e contemporânea do mundo”, disse.
“Não sei se haverá muitos artistas portugueses representados nesta colecção” –
acrescenta –, “mas esta é uma oportunidade excelente para dar a conhecer melhor
a arte e a cultura portuguesas em França”.
Quem assegura que as duas obras
do escultor – Carne
invisível e Carne misteriosa”, duas criações de 2017 – “são as
primeiras de um artista português a entrar na mostra permanente do Centro
Pompidou” é o galerista luso-francês Philippe Mendes, que no ano passado, em
Maio e Junho, promoveu na sua galeria do centro de Paris a exposição Absences – Rui
Chafes, diálogos com os mestres antigos. Foi nesta ocasião,
em que o escultor português dialogou com peças de artistas do século XVI e
XVII, que Catherine David, da direcção do Museu Nacional de Arte Moderna, viu e
escolheu as duas peças. “Consegui convencê-la da importância de terem um nome
relevante da arte portuguesa contemporânea no Pompidou”, reclama Philippe
Mendes, que de seguida angariou os mecenas (privados) que permitiram a
aquisição das obras.
A apresentação ao público,
no Centro Pompidou, de Carne invisível e Carne misteriosa está
agendada para Outubro, para coincidir com a exposição Alberto
Giacometti e Rui Chafes na Gulbenkian de Paris.
Para esta mostra comissariada por Helena de Freitas, o escultor nascido em
Lisboa (1966) vai criar uma série de esculturas para dialogar com 15 obras (11
esculturas e quatro desenhos) do grande mestre expressionista.
Além disso, Chafes foi
também desafiado (e aceitou) a completar uma obra inacabada de Giacometti. “É de arrepiar!”, exclamou o escultor,
quando questionado sobre este projecto. “É uma prova de grande confiança
manifestada pela Fundação Giacometti”, diz, confessando algum desassossego mas
também uma grande satisfação por esta “ocasião única de poder pensar os
limites do [seu] próprio trabalho em confronto com esse gigante da arte
mundial”.
Para a exposição de Paris, além
de completar a peça de Giacometti, Chafes vai criar um conjunto de obras
especificamente para o efeito. “Serão peças todas novas; não quis perder a
oportunidade de pensar as minhas peças, de continuar as minhas reflexões sobre
a escultura, desta vez confrontado com alguém que muito admiro, e que é o topo
da montanha da escultura”, diz.
Em Dezembro passado, Rui Chafes viu também uma obra sua ser integrada na
colecção permanente do Museu de Arte Contemporânea de Roma (Macro);
e, em Janeiro, inaugurou uma exposição, intitulada Balthazar, na galeria
Karin Sachs, em Munique, que aí ficará patente até 24 de Março.
Chafes (Helena) Giacometti. E a
Gulbenkian em Paris /premium
OBSERVADOR, 14/11/18
Estão na Gulbenkian em Paris mas apesar dos seus nomes lado a lado, é
um, Chafes, o vivo, que dá a ver o outro, Giacometti, o morto. O risco era
imenso. Tão grande como o talento silencioso de Chafes.
1. “Tive muito tempo”, diz ele, como se por si só isso chegasse para a
revelação que nos espera quando entramos no seu “túnel”de ferro negro. “Tive muito tempo para pensar a sério isto,
comigo mesmo”.
“Isto” é Alberto Giacometti por
Rui Chafes. Estão os dois na sede da Fundação Gulbenkian em Paris mas apesar do
título da exposição ter os nomes lado a lado, é um, Chafes, o vivo, que nos dá
a ver o outro, Giacometti, o morto. O risco era, é, imenso. Pelo menos tão
grande como o talento silencioso de Rui Chafes. Ou directamente proporcional a
ele, talvez fique assim melhor dito.
Falámos um destes dias em Paris, onde o escultor viajou para assistir à
conferência que, a convite da Gulbenkian, a filósofa e professora Maria Filomena Molder veio fazer, sobre
esta exposição: “Gris, vide, cris” (a
mais recente, inesperada e interpelante assinatura internacional de Rui Chafes.)
“Há gente que pensa com os materiais, eu faço desenhos e vou
desenvolvendo o pensamento até onde quero. Pego no ferro quando já sei. Quase
como um arquitecto, recebo as minhas próprias ordens. Tenho a bancada cheia de
desenhos e vou-os seguindo.” Pausa. E depois: “os desenhos são os sonhos que
tento realizar”.
Nunca saberemos se em “Gris, vide,cris” estão cumpridos esses
sonhos. O risco, sim, sabemos que lá está, intacto, inteiro. Mas oh como valeu
a pena ter tido o fôlego de correr atrás dele, tê-lo transformado em “sonho”
através daquela matéria tão, como dizer? imaterial que ali vemos, a servir de improvável
guarida a Giacometi.
2. Foi há dois anos, estava-se no final de 2016, quando um dia, Helena de Freitas, historiadora de
arte e curadora da exposição, (como
já o fora de “Amadeu”, no Grand Palais) se lembrou de uma dupla que em
principio tudo interditaria. Em princípio mas não no fim, mas isso Helena ainda
não podia saber. Sabia apenas que tivera a “percepção” da possível viagem
dessa dupla. Arriscando o que
“poderia vir a acontecer num mesmo espaço se juntasse dois universos tão
diferenciados do ponto de vista físico” como os de Chafes e Giacometi mas
“parecidos no invisível”. Seriam eles “desafiadoramente” juntáveis ?
Chafes ficou siderado com a proposta. A seguir reticente, a seguir
receoso. E depois “mergulhou no abismo” conforme sabiamente nos disse a
filósofa na sua intervenção ao lembrar-nos que “os artistas mergulham no
abismo” enquanto “os poetas e os filósofos andam à roda dele”.
E então, o escultor atirou-se
para o abismo. Ao mesmo tempo, Helena de Freitas batia á porta da Fundação
Giacometti. O gesto de um e de
outra dava início a uma fulgurante aventura cultural que logo encontrou eco e
estímulo em Catherine Grenier, directora
da Fundação Giacometi. Mas isso também ainda nenhum deles sabia. Quando
muito, talvez também acreditassem que “o poder do visível gera o invisível”
conforme nos garantiria com aquela solta e desarmante convicção dos sábios,
Filomena Molder.
Esse “invisível” dado a ver por
Rui Chafes em espaços portugueses em França. Ou melhor “escolhido” por ele. Mas
talvez não só por ele e o escultor sabe-o.
3. “Éramos duas pessoas à procura de uma terceira”, diz Chafes referindo-se à sua curadora e
com isso concedendo um voluntário “pé de igualdade”ao trabalho de Helena de Freitas. Helena não revela
estranheza – afinal trabalharam tanto tempo e tão próximos os dois, “escolhendo
ao mesmo tempo, as mesmas obras” . Mas é muito clara a reivindicar a
separação de territórios: no seu não cabem “as interferências ou sugestões de
trabalho” que “nunca” dá. Cabem “trocas de pensamentos, construção de ideias”.
Os campos artísticos de ambos estão estritamente delimitados pelas fronteiras
dos respectivos territórios.
Conta ela:
“As vezes de início, perguntava-me se como é que o Rui continuaria
ser ele próprio na sua aproximação a Giacometti, como é que isso se faria? E
depois fiquei maravilhada com a ética com que o fez. Sem nunca trair a
identidade da sua escultura e partindo de um ponto de partida desigual,
permitiu-nos ir mais fundo, deu-nos acesso a um modo mais certo de ver o
Giacometti,revelando em todo este exercício uma enorme humildade e usando,
repito, de uma ética absoluta. Chegaram ambos mais longe mas em perfeito
equilíbrio.”
Chegaram onde?
“Ao avesso”, diz-me agora o escultor. “Quando comecei não era nada
evidente mostrar o avesso mas depois houve a necessidade dessa descoberta. A
vulnerabilidade de Giacometti encontrou uma correspondência em mim. Com este
encontro percebi que o interior era tão importante como o exterior.
Rui Chafes fala-me dos veios,
cortes, nervuras, inscritas no “avesso”negro das esculturas agora abertas pela
primeira vez ao nosso olhar surpreso. Mas quando pergunto se aquelas feridas
assim expostas podem pertencer ao seu tecido espiritual ou mental, ele é tão
veemente que é quase brutal na recusa: “Era o que faltava…”:
“ Recuso taxativamente qualquer expressão pessoal minha na obra de
arte. Há uma questão de absoluto pudor. Não estou aí, a minha vida pessoal não
interessa nada. Amo apaixonadamente a escultura, o meu investimento nela é
total, mas a arte é arte, tudo o resto, é tudo resto”. A seguir, vira-se para
dentro de si próprio e volta a escrever.
Tem o hábito (necessidade? auto-defesa? obsessão?) de
incessantemente escrevinhar palavras velozes em caderninhos. Fá-lo agora
sentado á minha frente, ao mesmo ritmo a que eu própria também vou tomando
notas, numa ficcional mas exaustiva duplicação. “São segredos”, diz. Depois –
também diz — destrói-os ”pelo fogo”, queimando desconcertantemente “pelo menos
90%” das suas palavras previamente condenadas.
Se há por vezes obsessão, há
porém sempre silêncio. Rui
Chafes, silencioso como os companheiros que elegeu — Bresson, Becket, Giacometti, Kafka, Pedro
Costa – é tão explicável pela exigência severa, rigorosa, ás vezes quase
cortante desse silêncio, que não é difícil adivinhar ser ele a
condição entre todas, do seu caminho para a criação.
Abandonando a pedra e desistindo doutros materiais que experimentara
“quando a Escola o instigava a experimentar”, apaixonou-se pelo ferro no final da década de oitenta. Com ele
tem convivido intimamente. Num atelier fora de portas passa horas sozinho, com
“o fogo, o ferro, o aço, os martelos”, criando “instrumentos que podem ser de
vida ou de morte” .
Sim, é a “morte” que subitamente, como um hirto aviso de
perigo, nos chega de uma imensa e lisa espada negra que o escultor quis pontiagudamente
apontada à parede de uma das salas da exposição. E sim, é uma forma de “vida” a que nos é oferecida, quando, através de
uma esguia fresta no ferro, descobrimos Chafes a descobrir-nos Giacometi, como
nunca ninguém os vira antes: nem a um, nem a outro. E nisto mesmo
residirá porventura a maior razão do maravilhado pasmo desta exposição: a vida imaterial e quieta do escultor
morto, circunscrita ao minúsculo corte no ferro de escultor vivo. Uma travessia
que fazemos entre a perda de equilíbrio do nosso corpo e a perda da noção do
real, pois intencionalmente dura é, como dizer?, a geometria desta encenação.
4. “Revelação” , tinha-me dito
Helena Freitas, e quem sabe?
Mas ela sabe:
“Revelação de um vazio cheio de
coisas lá dentro, de um materializar das nossas emoções e sensibilidades ao
olhar a exposição, da subtileza de umas fronteiras tão imprecisas entre várias
coisas, da experiência do nosso corpo no vários espaços…”. Breve silêncio: “Mas
só soubemos no fim, era preciso ir experimentando, experimentando. Há
exposições que podemos antecipar, esta não. Aqui o Rui foi reduzinho, foi
tirando, retirando, até ficar o essencial”.
Sim, até ficar esse “essencial”
que é o “avançar para o milagre em
desequilíbrio” como dissera Maria
Filomena Molder, à atentíssima plateia de franceses e portugueses que tinha
diante de si.
Ou até “merecermos o milagre”? Como nos intimara austero e quase
irredutível, o próprio Rui Chafes:
“A beleza não é um bombom. Há que
lutar por ela. Conquistá-la. A beleza tem que ser merecida”.
5. Era preciso arrojo e visão e a delegação da Fundação Gulbenkian em
Paris teve uma coisa e outra para o voo nocturno que “Gris, vide, cris” também é.
“É isto que podemos e devemos fazer, correr estes riscos” afirma
convicto o seu director, Miguel Magalhães, 43 anos, correndo veloz sobre as
palavras: “A exposição Chafes/Giacometti
é o melhor símbolo do que pode ser aqui a Fundação Gulbenkian”
O novo director que “olha” a sede de Paris como “um posto avançado
da Gulbenkian na Europa” sucedeu a João Caraça em 2016, (“éramos tão
próximos e tudo era tão conversado que essa sinergia deve ter chegado a
Lisboa…”).
Magalhães é o maior responsável pela “casa” e o
autor da sua programação. Acredita que a “sua” instituição, mercê do seu
enfoque nas agendas culturais e civilizacionais de hoje e obviamente na
natureza dos seus próprios estatutos, tem vindo a pisar chão cada vez mais
sólido em França.
Nos 52 anos que aqui leva – recorda ele — foram tão variadas as
paisagens onde a Fundação se moveu quanto as que enquadraram o evoluir das
comunidades portuguesas radicadas em França; as mudanças ocorridas em Portugal; o caminho da arte portuguesa e dos
seus artistas; o próprio correr do mundo.Ou seja, a cada um desses momentos ia
correspondendo — e mesmo que com altos e baixos — um determinado quadro de
actuação.
“Não sendo hoje a comunidade portuguesa em França um corpo único nem
uniforme” mas um “mosaico de misturas de
várias”; não existindo já artistas a fazer “arte portuguesa, mas sim arte”; não sendo Portugal o país que “era
há trinta ou quarenta anos,” e existindo a Fundação num circuito “de feroz
concorrência”, tudo naturalmente conduzia — e exigia — mais inovadoras formas de agir e intervir.
Foi sobretudo há seis, sete, oito anos, quando se percebeu que “começava a haver um aumento significativo
de público francês” e sobretudo quando a Fundação “já não era uma instituição luso-portuguesa”, que foram deitadas
á terra as sementes de uma nova estratégia: a actividade cultural nas suas diversas dobras – exposições, debates,
conferências, publicações, trabalho com investigadores portugueses residentes
em França – reclamava enfim outro modus operandi:
“Passámos a trabalhar com instituições artísticas, científicas,
filantrópicas, de prestígio, em regime de co-produção, criando assim
ferramentas de legitimação para os nossos próprios artistas, de que a actual
exposição “Gris, Vide, Cris”, feita
em parceria com a Fundação Giacometti, é um fecundo exemplo”, sublinha Miguel Magalhães, provando “o acerto de
uma forma de actuar.” .
Mas há mais exemplos: na “Orangerie”, a actual mostra de Paula Rego “nasceu” da grande visibilidade
dada à pintora em França pela exposição promovida em 2012, pela Gulbenkian, na
sua sede parisiense.
Do mesmo modo que “Amadeu”
— a magnífica exposição portuguesa também comissariada por Helena de Freitas,
que há dois anos foi acolhida nas salas do Grand Palais – resultou da feliz
co-produção com a “Reunion de Musées Nationaux”, estando “inscrita no quadro da
programação de uma instituição francesa”. Ou como é o caso, de algumas
parcerias já realizadas com o Centro Pompidou.
Bons exemplos a pedir
continuação.
O maior “desejo” deste activo e muito informado director para a
delegação que dirige?
“Trabalhar mais e mais para um
maior impacto e visibilidade em França”; “fazer cada vez mais parte de uma
conversa internacional; “estar inteiramente presente na vida da cidade”:
“Não é verdade que existimos para
servir a sociedade, como queria o senhor Gulbenkian? Aqui, fazemo-lo, servindo
a cultura em todas as suas declinações”.
E agora? Agora retenha-se um projecto que ainda em gestação
será surpreendente: aquando da sua visita a Portugal em Julho último, o
Presidente Macron visitou a Gulbenkian e gostou do que viu. Conhecedor de que
em 2021 Portugal e a França assumirão, um a seguir ao outro, a presidência da
UE, deixou a sugestão de que “a
Gulbenkian contribuísse para uma programação cultural nesse período de tempo”.
Um desafio que poderá desaguar numa invulgar, inesperada, travessia cultural
entre os dois países. Aguardemo-la.
COMENTÁRIOS:
Jay Pi:
Uma
crónica memorável de inteligência, sofisticação e sensibilidade. Civilização.
Um feito assinalável, "emparelhar" Giacometti e Chafes. Todavia fica
um certo amargo de frustração: isto jamais seria possível por cá. Gulbenkian
sim, mas lá fora. Porquê? O expectável... Há muitos anos falava com entusiasmo
sobre Chafes a vários amigos e conhecidos, em várias circunstâncias e ocasiões.
A reacção variava entre o tremendamente frio, cautela extrema, desaprovação ou
até recusa primária. O eterno marasmo e carestia cultural nacional. O
preconceito, a tacanhez, a fraca elaboração e ausência de mundividência. A
infiltração política nos meios culturais permite apenas espaço para pseudo
vanguardas, pseudo cultas, onde falham a toda a linha eixos basilares da
cultura como sejam a erudição, a profundidade ou a complexidade conceptual. Uma
mera pulsão iconoclasta, provocatória, de afirmação e subsistência move tantas
iniciativas inconsequentes e irresponsáveis, mortas à nascença e sem qualquer
possibilidade de penetração para lá da fronteira. Os capazes, sérios,
credíveis, consagram-se lá fora, sendo tardiamente reconhecidos entre portas
quando é já impossível virar costas a tanta excelência consagrada. Mas o
reconhecimento é formal e exterior, porque na essência a falta de substância e
consistência continua a imperar por cá.
Madalena Barreto:
Fica
a imensa vontade de rumar, de imediato, a Paris só para ver a magia resultante
da junção dos tais... ["dois universos tão diferenciados do ponto de vista
físico” como os de Chafes e Giacometi mas “parecidos no invisível”.]
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