sábado, 3 de novembro de 2018

A não perder


Mais um texto chegado por via email, este de Salles da Fonseca, que, seriamente e com dados da História que por alguns de nós passou, conviria que todos conhecêssemos. E ponderássemos bem, a razão e o estudo prevalecendo sobre o excesso de “sensibilite”, que afinal, não passa de marosca apelativa de votos. Jogo bem antigo, afinal, já Napoleão dele se servira, suscitando paixões. Mas esse, pelo menos, era irrequieto e valente, usando armas concretas. Os caudilhos de hoje usam armas mais discretas, do foro abstracto, facilmente descambando em falseamentos corrosivos dos bons costumes.

O CAUDILHISMO BONAPARTISTA
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO
Historicamente, o populismo tornou-se uma força importante na América Latina, principalmente a partir de 1930, estando associado à urbanização e à dissolução das estruturas políticas até então na mão de aristocracias rurais. No Brasil, remetamo-nos à figura de Getúlio Vargas; na Argentina, a Juan Péron e a sua mulher, «Evita».
A política populista caracteriza-se menos por um conteúdo determinado do que por um "modo" de exercício do poder, a demagogia, ou seja, dizendo ao povo o que ele quer ouvir. O que, na prática mais comum, consiste apenas em dizer mal das elites.
Para ser eleito e governar, o líder populista procura estabelecer um vínculo emocional com o "povo". Isso implica um sistema de políticas ou métodos para o aliciamento das classes sociais de menor poder aquisitivo, além da classe média urbana, como forma de angariar votos através da simpatia daquelas.
O populismo é denegrido pelas correntes político-ideológicas, tanto de esquerda como de direita. O termo tem sentido pejorativo e é usado como arma de combate discursivo para a desqualificação do oponente.
Na Argentina, a anti-peronista União Cívica Radical e no Brasil, a direita representada pelo anti-varguismo da UDN – União Democrática Nacional, sempre recriminaram o populismo pelas suas práticas vulgares e atitudes "demagógicas", nomeadamente a concessão de benefícios sociais através do aumento da despesa pública, a chamada «compra de votos». Por outro lado, a esquerda criticava o carácter desmobilizador das benesses populistas que faziam crer que tudo dependia apenas da vontade de um caudilho bonapartista.
Recentemente, as críticas mais frequentes apontam para que o populismo promove uma espécie de pseudo democracia ao beneficiar os sectores de classe média e baixa com prejuízo dos demais cidadãos e limitam o poder das elites políticas.
Outubro de 2018


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