terça-feira, 27 de novembro de 2018

0xalá que não haja por lá marcianos


Os americanos querem estar em todas, são orgulhosos do seu prestígio. Têm sangue na guelra, jovens que são no seu espaço, e gostam de exibir o seu poder. Enquanto isso, os chineses vão penetrando no mundo inteiro, calmamente, com prudência e segurança, sem dar cavaco, povo antigo regido de preceitos antigos e de preconceitos sábios. Dentro em pouco, dominarão o mundo, diz-se, com perseverança e modéstia, sem exibir simpatia mas também sem hostilizar. Não há feriados para eles, nem fins-de-semana. Não sei como aguentam permanecer nas suas lojas, sem empregados, também, dum modo geral, formigas avançando em compostura e obediência a favor do chefe.
Não assim o povo americano, está visto. Ciosos do seu espaço e da sua independência, cultural, criativa e dominadora, construtora de um mundo de energia, criatividade e por vezes extravagância que os seus filmes deixavam transparecer, impuseram-se no mundo pela sua riqueza e engenho, ambicioso de domínio e de prestígio.
No que toca a voos interplanetários, parece que a Lua deixou de importar, planeta de segunda classe, imprescindível para as marés, e antigamente para os namorados, que agora prescindem dela. Começou a era de Marte, nesta era de Trump que deve estar muito feliz com a chegada da sua sonda InSight a Marte. Por enquanto, tudo parece muito distante ainda, mas talvez não seja, o futuro o dirá aos que nele viverem. Os robots da civilização futura – e já de hoje, afinal – vão trazer-nos novidades, que a sonda «In-sight» está a transmitir desde ontem, ainda só a respeito do solo rochoso. Marcianos, pelos vistos, não há mesmo, já, de resto, se sabia. Os americanos serão os marcianos do futuro, se forem os primeiros a lá habitar. A menos que os chineses, entretanto, dêem a volta ao texto, formiguinhas avassaladoras modestamente escrupulosas, num mundo uniformemente manipulado…Os homens são, de facto, os donos do sistema solar. E quem sabe se do universo inteiro!
Da Internet: Marte é o quarto planeta a partir do Sol, o segundo menor do Sistema Solar. Batizado em homenagem ao deus romano da guerra, muitas vezes é descrito como o "Planeta Vermelho", porque o óxido de ferro predominante em sua superfície lhe dá uma aparência avermelhada. Wikipédia-- - -                          
Raio3 390 km; Gravidade3,711 m/s²; Área da superfície144 800 000 km²: Distância do Sol227 900 000 km; Período orbital: 687 dias : LuasFobosDeimos
Sonda InSight já aterrou em Marte para estudar o coração do planeta
Pela primeira vez, uma missão vai estudar o interior profundo de Marte. O grande objectivo é sabermos mais sobre a formação e evolução dos planetas rochosos do nosso sistema solar.
PÚBLICO, 26 de Novembro de 2018, 6:00 actualizado a 26 de Novembro de 2018, 20:11
Correu tudo bem: esta segunda-feira aterrámos em Marte. Pouco antes da 20h de Lisboa, a sonda da NASA InSight chegou à superfície do planeta vermelho sem problemas. A bordo foi a ambição de compreendermos melhor a formação e evolução inicial dos planetas rochosas, incluindo da Terra. Afinal, esta é a primeira missão a Marte que estudará o seu interior profundo. 
Já chegou uma primeira imagem da nova casa da InSight: vêem-se pequenos pontos pretos, que se pensa serem grãos de poeiras na cobertura da câmara, que vai ser posteriormente removida. Para que tudo nesta fase termine bem, falta saber se a InSight abriu correctamente os seus painéis solares. 
Deveria ter partido em 2016, mas falhas nos seus instrumentos científicos adiaram a sua viagem. Só em Maio deste ano partiu em direcção a Marte e levou consigo o legado de outros dois veículos espaciais da NASA: da sonda Mars Polar Lander, que se espatifou em 1999 na chegada à superfície do planeta; e da Phoenix Mars, que alcançou o planeta há dez anos.
Mas se o caminho da InSight (Interior Exploration using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport) se fez sem percalços até Marte, os cientistas da NASA já estão estão totalmente descansados. Só ficaram tranquilos quando as três pernas da sonda tocaram no solo marciano. Antes, houve sete minutos de terror – o tempo de desaceleração extrema.
“Há uma razão para os engenheiros chamarem à aterragem em Marte ‘sete minutos de terror’”, considerava Rob Grover, responsável pela entrada atmosférica da NASA, num comunicado da agência espacial norte-americana emitido há alguns dias. “Não podemos controlar a aterragem, então temos de confiar nos comandos e tivemos de pré-programá-los na sonda. Passámos anos a testar os nossos planos, aprendendo com outras aterragens em Marte e estudando todas as condições em Marte que se podem virar contra nós.”
Aterrar em Marte não é tarefa fácil. Apenas cerca de 40% das missões enviadas para este planeta tiveram sucesso, segundo a NASA. “A fina atmosfera indica que há pouco atrito para desacelerar a sonda”, refere-se em comunicado, acrescentando-se que apenas as missões da NASA conseguiram aterrar em solo marciano. “Vamos estar atentos até que a InSight se instale na sua casa na região de Elysium Planitia”, garante Rob Grover.
O principal objectivo desta missão é compreender a formação e evolução de Marte, investigar a dinâmica da sua actividade tectónica e impacto dos meteoritos. Para quê? Para nos dar pistas sobre os mesmos fenómenos na Terra.InSight é a primeira missão a fazer um exame completo a Marte”, lê-se no site da agência espacial norte-americana. “A equipa da InSight espera que, pelo estudo do interior profundo de Marte, possamos aprender como outros mundos rochosos, incluindo a Terra e a Lua, se formam”, acrescenta-se. “O nosso planeta e Marte foram moldados do mesmo material primordial há mais de 4500 milhões de anos, mas tornaram-se um pouco diferentes.”
Para Marte, a sonda leva três instrumentos científicos: um sismómetro para registar as vibrações causadas pela actividade interna de Marte e nos dar pistas sobre as propriedades da crosta, manto e núcleo; uma sonda de fluxo térmico, para saber que quantidade de calor circula no interior profundo do planeta; e um sistema de comunicação de rádio, que medirá as mudanças de localização da sonda e como Marte se movimenta na sua órbita. Como a InSight irá estudar os sinais vitais, o pulsar e a temperatura do planeta, precisa de um local calmo, daí a escolha da planície Elysium Planitia.
Atrás da InSight viajam ainda duas mini-sondas chamadas MarCO (Mars Cube One). Tal como a InSight, foram lançadas em Maio no mesmo foguetão, mas são de uma missão independente e fizeram a sua própria trajectória para Marte. “MarCO é a primeira missão ao espaço profundo de CubeSats, uma classe de sondas muito pequenas”, refere-se no site da NASA.
Para o momento da aterragem estava programada uma espécie de dança: quando a InSight estiver a chegar ao solo de Marte, as MarCO irão passar a 3500 quilómetros por cima dela e enviar dados para a Terra. “Os dois veículos espaciais – a MarCO A e o MarCO B – irão executar uma dança bem coreografada com a InSight, dizia há dias Brian Clement (a trabalhar na missão MarCO) ao site da estação televisiva australiana ABC News.
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“Aterrar em Marte é entusiasmante, mas os cientistas estão ansiosos para que isto passe”, confessa Lori Glaze, directora interina da Divisão de Ciência Planetária da NASA. Agora ela e a equipa da NASA, todos aos abraços e aplausos quando receberam as boas notícias de Marte, já podem respirar de alívio
 “Uma vez instalada a InSight no planeta vermelho, começaremos a recolher informação valiosa sobre a estrutura interior de Marte”, Lori Glaze. Até agora, só se investigou a “pele” do planeta vermelho. E, como diz Sue Smrekar, uma das investigadoras desta missão: “Os cientistas mal podem esperar para explorarem o coração de Marte.”


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