Os americanos querem estar em todas, são orgulhosos do seu prestígio. Têm
sangue na guelra, jovens que são no seu espaço, e gostam de exibir o seu poder.
Enquanto isso, os chineses vão penetrando no mundo inteiro, calmamente, com prudência
e segurança, sem dar cavaco, povo antigo regido de preceitos antigos e de
preconceitos sábios. Dentro em pouco, dominarão o mundo, diz-se, com perseverança
e modéstia, sem exibir simpatia mas também sem hostilizar. Não há feriados para
eles, nem fins-de-semana. Não sei como aguentam permanecer nas suas lojas, sem
empregados, também, dum modo geral, formigas avançando em compostura e
obediência a favor do chefe.
Não assim o povo americano, está visto. Ciosos do seu espaço e da sua
independência, cultural, criativa e dominadora, construtora de um mundo de energia,
criatividade e por vezes extravagância que os seus filmes deixavam transparecer,
impuseram-se no mundo pela sua riqueza e engenho, ambicioso de domínio e de
prestígio.
No que toca a voos interplanetários, parece que a Lua deixou de
importar, planeta de segunda classe, imprescindível para as marés, e antigamente
para os namorados, que agora prescindem dela. Começou a era de Marte, nesta era
de Trump que deve estar muito feliz com a chegada da sua sonda InSight
a Marte. Por enquanto, tudo
parece muito distante ainda, mas talvez não seja, o futuro o dirá aos que nele
viverem. Os robots da civilização futura – e já de hoje, afinal – vão trazer-nos
novidades, que a sonda «In-sight» está a transmitir desde
ontem, ainda só a respeito do solo rochoso. Marcianos, pelos vistos, não há
mesmo, já, de resto, se sabia. Os americanos serão os marcianos do futuro, se
forem os primeiros a lá habitar. A menos que os chineses, entretanto, dêem a
volta ao texto, formiguinhas avassaladoras modestamente escrupulosas, num mundo
uniformemente manipulado…Os homens são, de facto, os donos do sistema solar. E quem sabe se do universo inteiro!
Da Internet: Marte é o quarto
planeta a partir do Sol, o segundo menor do Sistema Solar. Batizado em
homenagem ao deus romano da guerra, muitas vezes é descrito como o
"Planeta Vermelho", porque o óxido de ferro predominante em sua superfície
lhe dá uma aparência avermelhada. Wikipédia--
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Raio: 3 390 km; Gravidade: 3,711 m/s²; Área da superfície: 144 800 000 km²: Distância do Sol: 227 900 000 km; Período orbital: 687 dias : Luas: Fobos, Deimos
Sonda InSight já
aterrou em Marte para estudar o coração do planeta
Pela primeira vez, uma missão vai estudar o interior profundo de Marte.
O grande objectivo é sabermos mais sobre a formação e evolução dos planetas
rochosos do nosso sistema solar.
PÚBLICO, 26 de Novembro de 2018, 6:00 actualizado a 26 de Novembro
de 2018, 20:11
Correu tudo bem: esta segunda-feira
aterrámos em Marte. Pouco antes da 20h de Lisboa, a sonda da NASA InSight chegou à superfície do
planeta vermelho sem problemas. A bordo foi a ambição de compreendermos melhor
a formação e evolução inicial dos planetas rochosas, incluindo da Terra.
Afinal, esta é a primeira missão a Marte que estudará o seu interior
profundo.
Já chegou uma primeira imagem
da nova casa da InSight: vêem-se
pequenos pontos pretos, que se pensa serem grãos de poeiras na cobertura da
câmara, que vai ser posteriormente removida. Para que tudo nesta fase termine bem, falta saber se a InSight abriu
correctamente os seus painéis solares.
Deveria ter partido em 2016,
mas falhas nos seus instrumentos científicos adiaram a sua viagem. Só em Maio deste ano partiu
em direcção a Marte e levou consigo o legado de outros dois veículos espaciais
da NASA: da sonda Mars Polar Lander,
que se espatifou em 1999 na chegada à superfície do planeta; e da Phoenix Mars, que alcançou o
planeta há dez anos.
Mas se o caminho da InSight (Interior Exploration using Seismic
Investigations, Geodesy and Heat Transport) se fez sem percalços
até Marte, os cientistas da NASA já estão estão totalmente descansados.
Só ficaram tranquilos quando as três pernas da sonda tocaram no solo marciano.
Antes, houve sete minutos de terror – o
tempo de desaceleração extrema.
“Há uma razão para os
engenheiros chamarem à aterragem em Marte ‘sete
minutos de terror’”, considerava Rob Grover, responsável pela entrada
atmosférica da NASA, num comunicado da agência espacial norte-americana emitido
há alguns dias. “Não podemos controlar a aterragem, então temos de confiar
nos comandos e tivemos de pré-programá-los na sonda. Passámos anos a testar os
nossos planos, aprendendo com outras aterragens em Marte e estudando todas as
condições em Marte que se podem virar contra nós.”
Aterrar em Marte não é
tarefa fácil. Apenas cerca de 40% das missões enviadas para este planeta
tiveram sucesso, segundo a NASA. “A fina atmosfera indica que há pouco atrito
para desacelerar a sonda”, refere-se em comunicado, acrescentando-se que apenas
as missões da NASA conseguiram aterrar em solo marciano. “Vamos estar atentos
até que a InSight se instale na sua casa
na região de Elysium Planitia”, garante Rob Grover.
O principal objectivo desta missão é compreender a formação e evolução
de Marte, investigar a dinâmica da sua actividade tectónica e impacto dos
meteoritos. Para quê? Para nos dar pistas sobre os mesmos fenómenos na Terra. “A InSight é a primeira missão a
fazer um exame completo a Marte”, lê-se no site da
agência espacial norte-americana. “A equipa da InSight espera
que, pelo estudo do interior profundo de Marte, possamos aprender como outros
mundos rochosos, incluindo a Terra e a Lua, se formam”, acrescenta-se. “O nosso
planeta e Marte foram moldados do mesmo material primordial há mais de 4500
milhões de anos, mas tornaram-se um pouco diferentes.”
Para Marte, a sonda leva três instrumentos científicos: um sismómetro
para registar as vibrações causadas pela actividade interna de Marte e nos
dar pistas sobre as propriedades da crosta, manto e núcleo; uma sonda de fluxo térmico, para
saber que quantidade de calor circula no interior profundo do planeta; e um sistema de comunicação de rádio, que
medirá as mudanças de localização da sonda e como Marte se movimenta na sua
órbita. Como a InSight irá
estudar os sinais vitais, o pulsar e a temperatura do planeta, precisa de um
local calmo, daí a escolha da planície Elysium
Planitia.
Atrás da InSight viajam
ainda duas mini-sondas chamadas MarCO (Mars Cube One). Tal
como a InSight, foram lançadas em Maio no
mesmo foguetão, mas são de uma missão independente e fizeram a sua própria
trajectória para Marte. “A MarCO é a
primeira missão ao espaço profundo de CubeSats, uma classe de sondas muito
pequenas”, refere-se no site da
NASA.
Para o momento da aterragem
estava programada uma espécie de dança: quando a InSight estiver a chegar ao
solo de Marte, as MarCO irão
passar a 3500 quilómetros por cima dela e enviar dados para a Terra. “Os
dois veículos espaciais – a MarCO A e
o MarCO B – irão executar uma
dança bem coreografada com a InSight,
dizia há dias Brian Clement (a trabalhar na missão MarCO) ao site da estação televisiva
australiana ABC News.
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“Aterrar em Marte é
entusiasmante, mas os cientistas estão ansiosos para que isto passe”,
confessa Lori Glaze, directora interina da Divisão de Ciência Planetária da
NASA. Agora ela e a equipa da NASA, todos aos abraços e aplausos quando
receberam as boas notícias de Marte, já podem respirar de alívio
“Uma vez instalada a InSight no planeta vermelho,
começaremos a recolher informação valiosa sobre a estrutura interior de
Marte”, Lori Glaze. Até agora, só se investigou a “pele” do planeta vermelho. E, como diz Sue Smrekar, uma das investigadoras desta missão: “Os cientistas mal podem esperar para explorarem
o coração de Marte.”
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