Mas apalhaçado, sem a bestialidade dos outros casos de guerras
imprevistas, como a do Hitler ou a do Putin, mas criando expectativas e
confusões. Vamos esperando para ver. Entretanto, leiamos as lições poderosas,
como mais esta, de Jaime Nogueira
Pinto, que
dão calor às vidas, sobretudo as que se vão sentindo arrefecer pelos pesadelos
em seu redor.
O balde de água fria
A vitória de Trump foi também a confirmação de um fenómeno de
reacção popular ou populista com raízes históricas, indiciando o fim de um
ciclo e princípio de um outro.
JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador
OBSERVADOR, 09
nov. 2024, 00:1863
Quem observasse a realidade ou
o mercado das apostas eleitorais (cuja precisão se revelaria assinalável)
estranharia o seu flagrante contraste com as sondagens e com as projecções da
generalidade dos especialistas, comentadores e pivots. Mas,
enfim, os especialistas, comentadores e pivots deviam saber do que
falavam, e as empresas de sondagens, que diziam ter finalmente apurado um
sistema de projecção eleitoral meticuloso e fiável, deviam estar certas – e
davam um empate técnico entre os dois candidatos à presidência americana,
entremeado aqui e ali pela ligeira vantagem de um dos contendores, que ora era
insignificante porque estava “na margem de erro” (sobretudo se a vantagem fosse
republicana) ora indiciava uma clara “dinâmica de vitória” (sobretudo se fosse
democrata).
O balde de água fria
Não vale a pena olhar o coro de
lamentações e agoiros sobre a manipulação de “redes sociais” e “fake news” (de um
só lado, evidentemente) que vai por esse mundo de Cristo perante o que
aconteceu: se temos
Gengis Kahn, se Hitler, se Nero na Casa Branca, é escolher entre o leque de
tiranos avançados por variadíssimos comentadores de referência. Uma coisa
é certa: o que aconteceu na terça-feira, 5 de Novembro, não
devia ter acontecido, não podia ter acontecido. Houve jornalistas que choraram
e universidades americanas que decretaram períodos de nojo e de terapia
ocupacional pós-traumática.
À medida que as assembleias de voto iam fechando na América e a onde
vermelha ia chegando, ainda se esperava que a onda azul – previsivelmente mais
tardia – chegasse para varrer tudo; até
porque se antecipava que Estados como o Texas e a Flórida, declaradamente
republicanos, resvalassem para a esperançosa categoria de “Estados oscilantes”.
Doutíssimas análises de académicos e
jornalistas sobre determinantes identitárias (de resto muito pouco fluídas) que
pesariam na hora da escolha, à boca da urna, encheram a noite: o voto das
mulheres, novas e velhas, solteiras e casadas, com filhos ou sem filhos,
brancas, latinas e afro-americanas, rurais ou urbanas; o voto dos homens, novos
e velhos, rurais ou urbanos, brancos, hispânicos e negros. Todas as minorias americanas
historicamente dominadas foram contempladas, até as que transitavam de
dominadas a opressoras ou que acumulavam as duas valências, como os homens
afro-americanos que, “por misoginia”, pudessem, eventualmente, votar Trump, ou
como as mulheres latino-americanas que, “por atraso ou preconceito religioso”,
reagissem negativamente à “liberdade reprodutiva” promovida pela candidata
democrata. Mas, tudo somado, “sempre
que as mulheres se mobilizavam, ganhava o Partido Democrata” e as mulheres
haviam de acorrer em força para salvar a Democracia. E, como era sabido, a
Esquerda tinha, tradicionalmente, “as minorias” na mão.
A narrativa entrava depois nalguma hesitação e a sociologia
analítica também: algumas vozes marxistas mais velha-escola chamavam a atenção
para a impossibilidade de ter, lado a lado, Musk e os trabalhadores brancos do
Rust Belt, vítimas da deslocalização das indústrias, e os comunistas clássicos
não deixavam de lamentar que a saudosa luta de classes Proletariado versus
Burguesia tivesse ido para ao caixote do lixo da História, vencida pelos
marxismos imaginários ou pelas preocupações ora demasiadamente umbilicais ora
demasiadamente planetárias, ora muito micro ora muito macro, da nova esquerda
radical, que assim ia abandonando os trabalhadores.
Raízes históricas
A verdade é que antes de a
Esquerda ter abandonado os trabalhadores, já muitos trabalhadores tinham
abandonado a Esquerda, a começar pelos franceses que, perante a
desindustrialização acelerada pós-Guerra Fria e a glorificação dos partidos
tribunícios da Esquerda da imigração desregulada e culturalmente hostil ou de
difícil integração, migraram para partidos como o Front National (hoje Rassemblement
National).
Era uma reacção popular ou populista
com raízes históricas: no “petit peuple” encolerizado e
arruinado pelo escândalo do Panamá nos finais do século XIX, que está na base
dos movimentos nacionais-populistas franceses;
nos blue-collars americanos que, no tempo da guerra do Vietname,
votaram em massa em Nixon, e depois em Reagan, nos anos 80.
Foi a renovação deste fenómeno, indiciando o fim de um ciclo e o princípio
de um outro, que surpreendeu muitos a 5 de Novembro.
Porque o que se está a passar na América e no mundo euro-americano é o início de um ciclo em que valores e
princípios políticos muito atacados e marginalizados pela cultura liberal e
internacionalista do primeiro pós-Guerra Fria ressurgem fruto dos
desequilíbrios internos e geopolíticos causados pela sua marginalização.
A nação, a religião, a família, a justiça social, a liberdade de
pensamento e de expressão voltaram em força pela voz e o voto “do povo”, por
vezes através de excêntricos arautos.
Isto porque os “cêntricos”
arautos do conservadorismo popular se deixaram impressionar e intimidar pelos
anátemas e interditos de uma Esquerda que, a partir dos anos 60 do século
passado, se desligou dos “socialismos reais” procurando, com base num “jovem
Marx” e numa Escola de Frankfurt redescobertos e adaptados, reactivar a
revolução possível.
Como observou na sua lucidez tranquila, quase reservada, Alexis de
Tocqueville em L’Ancien Régime et la Révolution, a
Revolução Francesa tinha criado, pela primeira vez, “uma pátria comum
intelectual da qual homens de todas as nações se podiam tornar cidadãos”, uma
coisa que, acrescentava, só se podia encontrar “em algumas revoluções
religiosas”.
Um novo ciclo
Um mundo sem fronteiras sexuais,
familiares e nacionais definidas ou permanentemente renegociáveis,
reinventáveis e instrumentalizáveis num emaranhado de opressores e oprimidos e
de activismos racializados, de género ou planetários foi a última tentativa à
Esquerda de instaurar uma nova ideologia global com contornos religiosos e
abrir um novo ciclo revolucionário. É daí que vem, nas últimas décadas, a vaga
de Nova Esquerda a que os quadros dos partidos tradicionais do centro-direita
foram cedendo passo, silenciosa ou entusiasticamente, por temor, táctica,
respeito, desejo de “modernidade” ou adesão, dissociando-se progressivamente do
seu povo.
A resistência popular ao credo imposto e ao “alheamento das elites”
teria de chegar. E chegou com a vaga nacional-conservadora
e a revolta popular perante a tentativa de destruição de tudo o que articula o
mundo há milénios – do corpo e da vida à família, da terra à liberdade. E a
reacção acabou por encontrar padrões de rejeição supra-nacionais.
Por agora, foi nuns Estados Unidos
profundamente divididos, nos mesmos Estados Unidos que, com Ronald Reagan e
George H. Bush, assistiram à derrota e à libertação do império comunista e da
velha “ideologia global” da Esquerda, que Donald Trump e D. J. Vance alcançaram
a grande vitória estadual e popular de terça-feira, 5 de Novembro, prenunciando
um novo ciclo.
A SEXTA COLUNA HISTÓRIA CULTURA ELEIÇÕES EUA ESTADOS UNIDOS DA
AMÉRICA AMÉRICA MUNDO
COMENTÁRIOS (DE 63)
Pedro CF: Muito bem Jaime NP! Dos poucos
católicos e conservadores que se mantiveram coerentes nestas eleições. Que
vergonha a quantidade de outros vendidos ao wokismo, ao politicamente correcto
com vontade de se mostrarem modernos mas que só mostraram falta de valores e de
convicções. Jorge
Carvalho: Não fui capaz de adormecer sem ler o último artigo JNP que como sempre tem
um conteúdo histórico extraordinário que nos ajuda a estruturar o presente no
meio do emaranhado novelo de patranhas e armadilhas da comunicação social
esquerdoida. É um óptimo serviço para a sanidade mental neste manicómio mundial
do multiculturalismo e globalismo do presente. Valeu a pena, obrigado JNP Fernando
c: Brilhante.
Faz-me pensar nuns comentadores do Observador, até de origem africana, que se
insurgem contra a forma como a imigração Africana é tratada pelo Estado
Português - que na sua esmagadora maioria tem transportes subsidiados, casa do
Estado, saúde gratuita, escolas gratuitas, e subsídios diversos, esquecendo-se
, por exemplo, do que está a acontecer em Maputo, com dezenas de mortos face à
repressão policial e às péssimas se não miseráveis condições de vida do povo
Moçambicano, face a uma corrupta elite política e tendencialmente proto-comunista. Novo
Assinante: Já li teorias da conspiração
mais bem elaboradas. Mas a necessidade de escrever qualquer coisa para receber
a avença ao fim do mês e assim poder pagar as despesas domésticas, a esta
pobreza franciscana obriga.
A D: Este artigo deveria ser lido a toda a hora pelo Montenegro e seus
companheiros de estrada, pois a análise, certeira, do prof Nogueira Pinto
mostra não apenas o óbvio, ou seja, a derrota inexorável da esquerda woke e dos
seus valores inventados e anti-naturais, o absurdo da inexistência de raças (nós
olhamos para um europeu e para um africano e vemos o mesmo? Claro, nos direitos
sim, mas na biologia?), da historiografia que pretende ler os movimentos
sociais do pretérito como se fosse presente (a condenação dos esclavagistas de
quinhentos, brancos que eacravizavam negros como se vivessem agora, mas já não
os esclavagistas de 5000 pois escravos e esclavagistas eram todos brancos),
etc., mas também da direita dita democrática (por oposição à populista)… enfim,
se não arrepiar caminho a AD será engolida pelo decurso normal da História e
será varrida para o mesmo caixote do lixo da esquerda. O que é normal, pois em
verdade o que distingue o PS do PSD não justifica destino diferente. Tomazz
Man: Pf envie ao dr Paulo Portas, com um abraço de ânimo. Miguel
Seabra > Liberales
Semper Erexitque: Bem visto! Berlusconi salvou a Itália do comunismo ganhando eleições
democraticamente. E tal l como Trump foi enxovalhado pelo jornalixo porque
fazia operações estéticas , pintava o cabelo e gostava de sexo mas só com
mulheres… também era milionário e não foi para a política para encher os
bolsos. Enfim, o demónio em pessoa. A D > Carlos
Grosso: Está enganado, as empresas de sondagens não erraram, falsificaram, o que é
diferente. De resto não estranha que há dez ou quinze anos a esta parte,
quando tudo melhorou só as empresas de sondagens pioraram e passaram a nunca
acertar quando a direita ganha? Coronavirus
corona: Aldous Huxley, no prefácio acrescentado em 1946 ao seu livro
"Admirável Mundo Novo" escreveu o seguinte: "não há nenhuma razão, bem entendido,
para que os novos totalitarismos se pareçam com os antigos. O governo por meio
de bastonadas e de pelotões de execução, de fomes artificiais, de detenções e
deportações em massa não é somente desumano (...) é - pode demonstrar-se -
ineficaz. E numa era de técnica avançada a ineficácia é pecado contra o
Espírito Santo. Um estado totalitário verdadeiramente «eficiente» será aquele
em que o todo-poderoso comité executivo dos chefes políticos e o seu exército
de directores terá o controlo de uma população de escravos que será inútil
constranger, pois todos eles terão amor à sua servidão. Fazer que eles a amem,
tal será a tarefa, atribuída nos estados totalitários de hoje aos ministérios
de propaganda, aos redactores-chefes dos jornais e aos mestres-escolas. Mas os
seus métodos são ainda grosseiros e não científicos". Mais à frente diz qual ou quais os novos métodos. No
fundo, sentirmo-nos mais livres com menos liberdade. E dá um exemplo muito
curioso: "à medida que a liberdade económica e política diminui, a liberdade
sexual tem tendência para aumentar, como compensação" klaus
muller: J. N. Pinto
tem sempre publicado óptimos artigos aqui no OBS. Mas desta vez excedeu-se:
está excelente. bento
guerra: As pessoas
estão fartas de estados que não funcionam e das oligarquias que os usam, em
nome da liberdade e igualdade. De vez em quando, dão um murro na mesa, a que
chamam "populismo" e anti democracia, mesmo que expresso em
eleições Carlos
Chaves: Excelente
análise, esperemos que esta nova administração seja capaz de definitivamente
arredar a esquerda do poder por longas décadas, através de políticas contrárias
às que nos quiseram vender! João
Floriano > Miguel
Seabra: A Meloni
também ia ser a desgraça de itália. Parece que não está acontecer nada de
estranho por lá e a democracia não está em perigo. Maria
Augusta Martins > Jorge
Pereira: Óptimo para
lhes arrefecer as esquentadas cabeças! Francisco
Almeida: Depois de
Mithá Ribeiro, JNP é o primeiro cronista que vê nesta eleição o fim de um ciclo
e início de outro. Bem sei que são ideologicamente próximos mas ambos são
analistas brilhantes e usaram metodologias e até dados diferentes. É um grande
sinal de esperança, já não para mim mas para os meus filhos e netos. O que
acontece nos EUA chega meia dúzia de anos depois a Inglaterra e a França e
vinte a trinta anos depois a Portugal. P.S. - A
crise em curso na Alemanha, poderá agilizar a mudança mas, infelizmente, também
pode criar mais problemas do que os que resolve. Carlos Grosso: Seria de preparar muito melhor as empresas de
sondagens, pelo menos as exíguas que não se dispõem à militância, para um
fenómeno extremamente compreensível que é o seguinte: quando existem partidos políticos muitíssimo
atacados e marginalizados pela cultura mediática dominante, os potenciais
votantes nesses partidos tendem a não revelar a sua tendência de voto, e isto
acontece em qualquer espectro do leque partidário. No caso dos EUA, dado que existem basicamente dois
partidos, este fenómeno foi claríssimo relativamente aos eleitores de Trump. José
Miranda > Filipe
Paes de Vasconcellos: Que grande
azia! Joana
Quintela: Muito bom,
verdadeiro, sério e lúcido como sempre. José
Miranda: Grande lição! Mais tarde ou mais cedo o povo tem sempre razão. Coxinho: O costume: nada a opor. E o brilhantismo de sempre. Pedro Correia > Filipe
Paes de Vasconcellos: Ele já esteve
no topo do mundo, e que fez ele de tão terrível e assustador?! Manuel Gonçalves: Friedrich Merz líder da CDU, um nome a fixar, falou
com Zelensky e terá dito que, se for eleito Chanceler, ele terá as armas que
necessitar. Bem como tem tido posições muito afirmativas quanto ao reforço
político, económico, orçamental e de defesa comum da UE. A Europa precisa de
determinação e políticos competentes, para sacudir rapidamente o jugo
totalitário de Putin e autoritário de Trump; a Alemanha é absolutamente central
e insubstituível, nessa nova fase vital. O Brexit prometia restaurar a grandeza
britânica, mas traduziu-se numa mediocridade absoluta, como era previsível. O
Trump e os outros populistas são a cauda do long Brexit e estão condenados: -
ao insucesso, porque o nacionalismo é isolacionista e empobrece/diminui; - a
converterem-se disfarçadamente na direita mais tradicional, embora por
oportunismo profiram eleitoralmente proclamações de ultra direita - Meloni. Os
populistas conscientes da confrangedora incapacidade dos seus lideres,
amparam-se na debilidade intelectual dos wokes, para apoiar, entre outros, essa
reação espúria que é o trumpismo - um fantoche de publicidade e propaganda, que
logrou vender bem a sua imagem de suposto fazedor. Mas a correlação não vai ser
entre direita e wokismo, pela absoluta desproporção dos termos; esta é matéria
residual, que o simples bom senso resolve. A verdadeira disputa vai ser feita à
direita, entre políticos competentes que percebem as sinais do futuro, sabem
gerir as sociedades e políticos que reproduzem os modelos do passado, digamos,
conduzem com os olhos postos no retrovisor - não vão longe.. Filipe
Paes de Vasconcellos: O meu enorme
balde de água gelada foi verificar que quem vai mandar no mundo é um tipo
perfeitamente execrável e pior do que tudo imprevisível o que o torna
perigosíssimo. O combate ao
wokismo, com que concordo!, não deveria valer tudo, inclusivé colocar no topo
do mundo uma pessoa tão radical quanto perigosa. Costuma não correr bem quando
os extremos se tocam e se chocam tão violentamente, porque daí não sairá nada
de bom. Liberales
Semper Erexitque: se temos
Gengis Kahn, se Hitler, se Nero na Casa Branca, é escolher entre o leque de tiranos
avançados por variadíssimos comentadores de referência Felizmente que eu não sou "de referência"!
Talvez por isso sou muito mais modesto na minha procura no mundo de um paralelo
para o agora regressado Trunfas americano. A mim, mete-se pelos olhos dentro
que esse paralelo, esse precedente, existe, é recente, e é bem europeu: Sílvio
Berlusconi. Não tem a panache de Gengis
Cã, Hitler ou Nero, mas é muito mais útil para compreender o inquilino da Casa
Branca. Donald Trump é o Berlusconi americano. Podia ser pior, é ou não é?! Não
vai ser grande coisa para os americanos? Não, mas isso é problema deles! João
Floriano > Ruço
Cascais: O tema pode ser o mesmo mas a apresentação do conteúdo
é muito diferente. Tem a ver com a ironia mordaz de AG. JNP raras vezes
ultrapassa uma ironia leve, muito calma e pouco agressiva. Eu gostei igualmente
de ambos os artigos. A mais valia de AG é precisamente a ironia, a de JNP
é a verdade calma e irrefutável dos factos. Carlos
Real: Numa América
claramente dividida e bastante cristalizada a vitória de Trump foi claríssima.
Subiu a sua percentagem em todos os Estados, excepto Washington (não o DC da
capital mas o de Seattle) em que ficou na mesma. Por sinal foi nestes dois
Estados que Kamala subiu uns pífios 0.4 e 0.1% As grandes subidas dos
republicanos foram na Califórnia + 6% na Flórida + 5% no Texas 4% e nos Estados
do Leste. Maryland e New Jersey + 5% Massachusetts e Illinois com + 4% Na grande
maioria dos Estados as variações face a 2020 foram mínimas ou inferiores a 3%
Perante estes resultados a minha conclusão é que a vitória de Trump se deveu
claramente a dois factos. A inflação que foi muito alta a meio do mandato do
Biden, e a invasão dos ilegais e sem abrigo no centro das grandes cidades. Tudo
o resto são peanuts. Tal como Trump, apenas perdeu a eleição de 2020 por causa
da covid. Agora os comentaristas do sistema vêm com a narrativa da desgraça da
vitória do Trump. Já estou a ver os russos a chegar ao Terreiro do Paço. A
paragem na economia verde e os pinguins dos polos a queixarem-se do tráfego
automóvel. Sim, as alterações climáticas, todos sentimos os seus efeitos. A
grande questão é saber se são os humanos que as aceleram ou se são fenómenos
naturais. Sempre existiram alterações climáticas, e por exemplo a Revolução
Industrial em Inglaterra com imensa poluição das fábricas não trouxe nenhuma
mudança climática. Felizmente a vitória de Trump vai trazer mais paz, tanto na
América como no Mundo e possivelmente vai abrandar a invasão dos ilegais e,
travar o movimento ditatorial do wokismo que pode acabar com a criação artística.
Qualquer dia tudo seria igual como nos centros comerciais. Será que ainda posso
escrever usando os carateres em negro? Ou ao utilizá-los estou a fazer
descriminação positiva? Alexandre
Barreira: Pois. Caro
Jaime, Ou melhor: Um balde de sapos em água fria...!!! Carminda
Damiao: Excelente
artigo. A seguir aos EUA, muitos países seguirão na mesma linha. O povo está
farto do wokismo e das ideologias absurdas da esquerda. A direita fofinha
também tem os dias contados.
maria santos: "o
que aconteceu na terça-feira, 5 de Novembro, não devia ter acontecido. Pois não, dizem os das esquerdas. Os tumultos
incendiários que aconteceram na semana de 14 a 20 de Outubro nas periferias
urbanas de Lisboa, Almada, Setúbal, Loures, também não. Dizemos nós, as
pessoas que trabalham. Temos pena e temos tempo. Maria Nunes:
Parabéns JNP, por mais um excelente
artigo. klaus
muller > Manuel
Lisboa: lol, não
direi que acho o Trump "viscoso e repelente", mas não o convidaria
para jantar na minha casa, a não ser que trouxesse a mulher e a filha. Posso
não simpatizar com ele pessoalmente, mas tudo isso é ultrapassado pelo anti
wokismo que ele representa. Ruço Cascais: É
curioso como este artigo sobre vencedores e vencidos das recentes eleições
norte-americanas merece o meu aplauso, enquanto que o outro mais acima, do
Alberto Gonçalves, dissertando sobre o mesmo tema, obrigou-me à
contestação. Concordo com o JNP, e, acrescento que o progressismo e a
tradicionalismo não são antagónicos.