sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Um texto de LUÍS SOARES DE OLIVEIRA


Via email.

Eu também não gosto de ver a arte narrativa queirosiana transformada pela cinematografia. Quando se adquire o estatuto de excelência – caso da obra de Eça, caso de “O BARÂO”, que achei obra-prima, quer em termos de criatividade, quer em termos caracterológicos, sobretudo da figura do Barão e mesmo do ambiente um tanto mediévico em que se enquadra – talvez prefiramos guardar esse sentido primeiro de prazer, que a leitura nos dá, na visão das personagens, sem intrusão das figuras dos actores, que geralmente desvirtuam o que se recriou pela leitura. Se, pelo contrário, gostamos da interpretação fílmica, geralmente é porque desconhecemos o livro, aquela sendo produto da arte dos actores, que pode ser excepcional, como é a de Júlia Roberts. Eu acho que Salazar sabia bem o que dizia e escrevia … e fazia, é claro…

 

Entretanto, gostei da ternura e graça expressas na troca de comentários entre Rita Ferro e LSO.

 

HOMENAGEM a BRANQUINHO Da FONSECA

O escritor Branquinho da Fonseca, meu sogro, a quem a Gulbenkian presta homenagem amanhã, foi uma das melhores pessoas que tive a sorte de conhecer

A sua vida encerra um mistério que até hoje não consegui decifrar: por que razão é que Salazar apadrinhou a obra dele das Bibliotecas Itinerantes (cultura a domicilio) e proibiu Stau Monteiro de levar à cena o Barão, peça fundada na obra-prima do Branquinho?

 

Todas as reacções:

28

Rita Ferro :

Não sabia que era seu sogro! Eu gostava muito dele

Luis Soares de Oliveira:

Rita Ferro: E eu de si.

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