Via email.
Eu também não
gosto de ver a arte narrativa queirosiana transformada pela cinematografia. Quando
se adquire o estatuto de excelência – caso da obra de Eça, caso de “O BARÂO”,
que achei obra-prima, quer em termos de criatividade, quer em termos caracterológicos,
sobretudo da figura do Barão e mesmo do ambiente um tanto mediévico em que se
enquadra – talvez prefiramos guardar esse sentido primeiro de prazer, que a
leitura nos dá, na visão das personagens, sem intrusão das figuras dos actores,
que geralmente desvirtuam o que se recriou pela leitura. Se, pelo contrário,
gostamos da interpretação fílmica, geralmente é porque desconhecemos o livro,
aquela sendo produto da arte dos actores, que pode ser excepcional, como é a de
Júlia Roberts. Eu acho que Salazar
sabia bem o que dizia e escrevia … e fazia, é claro…
Entretanto, gostei da ternura e graça expressas na
troca de comentários entre Rita Ferro e LSO.
HOMENAGEM a
BRANQUINHO Da FONSECA
O escritor
Branquinho da Fonseca, meu sogro, a quem a Gulbenkian presta homenagem amanhã,
foi uma das melhores pessoas que tive a sorte de conhecer
A sua vida
encerra um mistério que até hoje não consegui decifrar: por que razão é que
Salazar apadrinhou a obra dele das Bibliotecas Itinerantes (cultura a
domicilio) e proibiu Stau Monteiro de levar à cena o Barão, peça fundada na
obra-prima do Branquinho?
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Não sabia que era seu sogro! Eu gostava muito dele
Rita Ferro: E
eu de si.
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