sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Plano de recuperação e resiliência


Eis uma questão de urgência – mas, sobretudo, em termos educacionais. Preocupações justas, de um patriota, sim, mas humanista, como seria bom que fossem todos esses que governaram o país ao longo dos séculos. Nunca as mãos lhe doam, Dr. Salles, embora ponhamos em dúvida grandes resultados deste esforço “resiliente”, de tal forma temos vivido massificados em desinteresse global pelas estruturas culturais dignificantes de todo o ser humano, neste canto europeu dos três fff redutores.

NOTA: O número 1 deste conjunto de artigos do Dr. Salles da Fonseca foi colocado neste blog em 29/10, sob o título  “LEVAR A NOSSA HISTÓRIA A RIR”.

«PRR & Cª Ldª» - 4

 Henrique Salles da Fonseca

 31.10.24

REVOLUÇÃO VERDE

À produtividade passada pelo crivo da concorrência em mercados transparentes chama-se competitividade.
Na sua maior generalidade, o mercado alimentarque é o que mais interessa ao cidadão comum - compõe-se de três classes de agentes: os da
Oferta (tipicamente grossistas), os da Procura (compram por grosso e vendem a retalho), o consumidor final que compra a retalho. A melhor forma de defender os interesses do consumidor final passa pela promoção da competitividade dos agentes da Oferta (v.g. redução de custos de contexto) e promovendo a concorrência entre os agentes da Procura. Ou seja, tudo assenta na competitividade da produção, e da concorrência entre os diferentes agentes da mesma classe. Assim se consegue introduzir a lógica na formação dos preços.

Depois de termos mercados transparentes com a Bolsa de Mercadorias a funcionar normalmente, será a hora de conquistarmos a soberania hídrica pela dessalinização da água (processo dos alambiques solares-eólicos) esticando a irrigação até aos limites do razoável da marginalidade ricardiana. E quando David Ricardo disser que a nossa marginalidade já não pode ser mais esticada, teremos que negociar muito amigavelmente a instalação de mais alambiques no Magreb transformando o deserto do Sahara em terra arável, fixando populações, evitando que Vanuatu seja engolida pelas marés e fazendo de Portugal um importante operador no mercado mundial dos cereais.

CONCLUSÃO
Ressuscitada D. Filipa de Lencastre, se não tivermos preços lógicos (bolsa de mercadorias) não haverá PRRs que nos valham e tudo serão «pulus ad margaritam».

Outubro de 2024

Henrique Salles da Fonseca

1 COMENTÁRIO

 Henrique Salles da Fonseca  31.10.2024  19:01: Se ressuscitada D. Filipa de Lencastre, dificilmente ela conseguiria k os resultados da Procura fossem fiáveis já k os diferentes agentes da Procura não lutam para baixar os preços e assim apresentar preços apelativos ao consumidor, pois tanto quanto o sei e posso tar errada, eles combinam entre si as campanhas de promoções, tipo hoje faço eu amanhã fazes tu, em alguns casos a Oferta não tem voz activa, esses sei bem, é do género, só compramos, se o preço de venda for o nosso caso contrário, podem ficar com o produto aí a apodrecer Isabel Pedroso

«PRR & Cª Ldª - 3

Durante 560 anos, de 1415 a 1975, a nossa Soberania Nacional assentou nas possessões ultramarinas e numa população escassamente instruída e, daí, ordeira, mas com mastins «à perna». Abandonado o Ultramar, restou o povo com baixo nível médio cultural.

E, apesar do que foi feito nestas últimas décadas os resultados são tímidos e continua a justificar-se uma revolução cultural.

REVOLUÇÃO CULTURAL

Erradicação do analfabetismo - Criação pelo IEFP da função «Alfabetizador» destinado a todas as pessoas que possuam o ensino obrigatório queiram obter essa valência e a funcionários escolhidos adrede nas Autarquias, Misericórdias, estabelecimentos prisionais;

Combate ao abandono escolar precoce - Alargamento a todos os Distritos da actualmente minúscula rede de vias alternativas ao ensino clássico, por exemplo Escolas Práticas de Agricultura e Escolas Práticas do Mar; autorização para que os maiores de 18 anos com o 2º ciclo completo se possam auto-propôr a exames nacionais do 12º ano a uma disciplina por ano; (re)lançamento da Telescola em sinal aberto, autorização para que civis usufruam da formação ministrada nos cursos técnicos ministrados  nos estabelecimentos  militares;

Ampliação da oferta de ensino público pós-secundário de cariz técnico – Criação do «ano zero» equivalente ao 12º ano do ensino obrigatório e acesso específico ao(s) curso(s) ministrado(s) na instituição em apreço; instituição do curso de Medicina Militar a ministrar pelas próprias Forças Armadas.

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Ao outro grande «boosting» da economia portuguesa a que, chamo de revolução verde, tratarei no texto seguinte.

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