Eis uma questão de urgência –
mas, sobretudo, em termos educacionais. Preocupações justas, de um patriota,
sim, mas humanista, como seria bom que fossem todos esses que governaram o país
ao longo dos séculos. Nunca as mãos lhe doam, Dr. Salles, embora ponhamos em
dúvida grandes resultados deste esforço “resiliente”, de tal forma temos vivido
massificados em desinteresse global pelas estruturas culturais dignificantes de
todo o ser humano, neste canto europeu dos três fff redutores.
NOTA: O número 1 deste conjunto de artigos do Dr.
Salles da Fonseca foi colocado neste blog em 29/10, sob o título “LEVAR A NOSSA HISTÓRIA A RIR”.
Henrique Salles da Fonseca
31.10.24
REVOLUÇÃO VERDE
À produtividade passada pelo crivo da concorrência em mercados
transparentes chama-se competitividade.
Na sua maior generalidade, o mercado alimentar – que é o que mais interessa ao cidadão comum - compõe-se de três classes de agentes: os da Oferta
(tipicamente grossistas), os
da Procura
(compram por grosso e
vendem a retalho), o consumidor final que compra a retalho. A
melhor forma de defender os interesses do consumidor final passa pela promoção
da competitividade dos agentes da Oferta (v.g. redução de custos de
contexto) e promovendo a concorrência
entre os agentes da Procura. Ou seja, tudo assenta na
competitividade da produção, e da concorrência entre os diferentes agentes da
mesma classe. Assim se consegue introduzir a lógica na formação dos
preços.
Depois de termos mercados
transparentes com a Bolsa de Mercadorias a funcionar normalmente, será a hora
de conquistarmos a soberania hídrica pela dessalinização
da água (processo dos
alambiques solares-eólicos) esticando a
irrigação até aos limites do razoável da marginalidade ricardiana. E quando David
Ricardo disser que a nossa marginalidade já não pode ser mais esticada,
teremos que negociar muito amigavelmente a instalação de mais
alambiques no Magreb transformando o deserto do Sahara em terra arável, fixando
populações, evitando que Vanuatu seja engolida pelas marés e fazendo de
Portugal um importante operador no mercado mundial dos cereais.
CONCLUSÃO
Ressuscitada D. Filipa de Lencastre,
se não tivermos preços lógicos (bolsa de mercadorias) não haverá PRRs que nos
valham e tudo serão «pulus ad margaritam».
Outubro de 2024
Henrique Salles da Fonseca
1 COMENTÁRIO
Henrique Salles da Fonseca 31.10.2024 19:01: Se ressuscitada D. Filipa de Lencastre,
dificilmente ela conseguiria k os resultados da Procura fossem fiáveis já k os
diferentes agentes da Procura não lutam para baixar os preços e assim
apresentar preços apelativos ao consumidor, pois tanto quanto o sei e posso tar
errada, eles combinam entre si as campanhas de promoções, tipo hoje faço eu
amanhã fazes tu, em alguns casos a Oferta não tem voz activa, esses sei bem, é
do género, só compramos, se o preço de venda for o nosso caso contrário, podem
ficar com o produto aí a apodrecer Isabel Pedroso
Durante 560 anos, de 1415 a 1975, a nossa
Soberania Nacional assentou nas possessões ultramarinas e numa população
escassamente instruída e, daí, ordeira, mas com mastins «à perna». Abandonado o
Ultramar, restou o povo com baixo nível médio cultural.
E, apesar do que foi feito nestas últimas
décadas os resultados são tímidos e continua a justificar-se uma revolução
cultural.
REVOLUÇÃO CULTURAL
Erradicação do analfabetismo - Criação
pelo IEFP da função «Alfabetizador» destinado a todas as pessoas que possuam o
ensino obrigatório queiram obter essa valência e a funcionários escolhidos
adrede nas Autarquias, Misericórdias, estabelecimentos prisionais;
Combate ao abandono escolar precoce - Alargamento
a todos os Distritos da actualmente minúscula rede de vias alternativas ao
ensino clássico, por exemplo Escolas Práticas de Agricultura e Escolas Práticas
do Mar; autorização para que os maiores de 18 anos com o 2º ciclo completo se
possam auto-propôr a exames nacionais do 12º ano a uma disciplina por ano;
(re)lançamento da Telescola em sinal aberto, autorização para que civis
usufruam da formação ministrada nos cursos técnicos ministrados nos
estabelecimentos militares;
Ampliação da oferta de ensino
público pós-secundário de cariz técnico – Criação do «ano zero» equivalente ao
12º ano do ensino obrigatório e acesso específico ao(s) curso(s) ministrado(s)
na instituição em apreço; instituição do curso de Medicina Militar a ministrar
pelas próprias Forças Armadas.
* * *
Ao
outro grande «boosting» da economia portuguesa a que, chamo de revolução verde, tratarei no texto seguinte.
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