domingo, 10 de novembro de 2024

O inesperado

 

Mas apalhaçado, sem a bestialidade dos outros casos de guerras imprevistas, como a do Hitler ou a do Putin, mas criando expectativas e confusões. Vamos esperando para ver. Entretanto, leiamos as lições poderosas, como mais esta, de Jaime Nogueira Pinto, que dão calor às vidas, sobretudo as que se vão sentindo arrefecer pelos pesadelos em seu redor.

O balde de água fria

A vitória de Trump foi também a confirmação de um fenómeno de reacção popular ou populista com raízes históricas, indiciando o fim de um ciclo e princípio de um outro.

JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador

OBSERVADOR, 09 nov. 2024, 00:1863

Quem observasse a realidade ou o mercado das apostas eleitorais (cuja precisão se revelaria assinalável) estranharia o seu flagrante contraste com as sondagens e com as projecções da generalidade dos especialistas, comentadores e pivots. Mas, enfim, os especialistas, comentadores e pivots deviam saber do que falavam, e as empresas de sondagens, que diziam ter finalmente apurado um sistema de projecção eleitoral meticuloso e fiável, deviam estar certas – e davam um empate técnico entre os dois candidatos à presidência americana, entremeado aqui e ali pela ligeira vantagem de um dos contendores, que ora era insignificante porque estava “na margem de erro” (sobretudo se a vantagem fosse republicana) ora indiciava uma clara “dinâmica de vitória” (sobretudo se fosse democrata).

O balde de água fria

Não vale a pena olhar o coro de lamentações e agoiros sobre a manipulação de “redes sociais” e “fake news” (de um só lado, evidentemente) que vai por esse mundo de Cristo perante o que aconteceu: se temos Gengis Kahn, se Hitler, se Nero na Casa Branca, é escolher entre o leque de tiranos avançados por variadíssimos comentadores de referência. Uma coisa é certa: o que aconteceu na terça-feira, 5 de Novembro, não devia ter acontecido, não podia ter acontecido. Houve jornalistas que choraram e universidades americanas que decretaram períodos de nojo e de terapia ocupacional pós-traumática.

À medida que as assembleias de voto iam fechando na América e a onde vermelha ia chegando, ainda se esperava que a onda azul – previsivelmente mais tardia – chegasse para varrer tudo; até porque se antecipava que Estados como o Texas e a Flórida, declaradamente republicanos, resvalassem para a esperançosa categoria de “Estados oscilantes”.

Doutíssimas análises de académicos e jornalistas sobre determinantes identitárias (de resto muito pouco fluídas) que pesariam na hora da escolha, à boca da urna, encheram a noite: o voto das mulheres, novas e velhas, solteiras e casadas, com filhos ou sem filhos, brancas, latinas e afro-americanas, rurais ou urbanas; o voto dos homens, novos e velhos, rurais ou urbanos, brancos, hispânicos e negros. Todas as minorias americanas historicamente dominadas foram contempladas, até as que transitavam de dominadas a opressoras ou que acumulavam as duas valências, como os homens afro-americanos que, “por misoginia”, pudessem, eventualmente, votar Trump, ou como as mulheres latino-americanas que, “por atraso ou preconceito religioso”, reagissem negativamente à “liberdade reprodutiva” promovida pela candidata democrata. Mas, tudo somado, “sempre que as mulheres se mobilizavam, ganhava o Partido Democrata” e as mulheres haviam de acorrer em força para salvar a Democracia. E, como era sabido, a Esquerda tinha, tradicionalmente, “as minorias” na mão.

A narrativa entrava depois nalguma hesitação e a sociologia analítica também: algumas vozes marxistas mais velha-escola chamavam a atenção para a impossibilidade de ter, lado a lado, Musk e os trabalhadores brancos do Rust Belt, vítimas da deslocalização das indústrias, e os comunistas clássicos não deixavam de lamentar que a saudosa luta de classes Proletariado versus Burguesia tivesse ido para ao caixote do lixo da História, vencida pelos marxismos imaginários ou pelas preocupações ora demasiadamente umbilicais ora demasiadamente planetárias, ora muito micro ora muito macro, da nova esquerda radical, que assim ia abandonando os trabalhadores.

Raízes históricas

A verdade é que antes de a Esquerda ter abandonado os trabalhadores, já muitos trabalhadores tinham abandonado a Esquerda, a começar pelos franceses que, perante a desindustrialização acelerada pós-Guerra Fria e a glorificação dos partidos tribunícios da Esquerda da imigração desregulada e culturalmente hostil ou de difícil integração, migraram para partidos como o Front National (hoje Rassemblement National).

Era uma reacção popular ou populista com raízes históricas: no “petit peuple” encolerizado e arruinado pelo escândalo do Panamá nos finais do século XIX, que está na base dos movimentos nacionais-populistas franceses; nos blue-collars americanos que, no tempo da guerra do Vietname, votaram em massa em Nixon, e depois em Reagan, nos anos 80.

Foi a renovação deste fenómeno, indiciando o fim de um ciclo e o princípio de um outro, que surpreendeu muitos a 5 de Novembro. Porque o que se está a passar na América e no mundo euro-americano é o início de um ciclo em que valores e princípios políticos muito atacados e marginalizados pela cultura liberal e internacionalista do primeiro pós-Guerra Fria ressurgem fruto dos desequilíbrios internos e geopolíticos causados pela sua marginalização. A nação, a religião, a família, a justiça social, a liberdade de pensamento e de expressão voltaram em força pela voz e o voto “do povo”, por vezes através de excêntricos arautos.

Isto porque os “cêntricos” arautos do conservadorismo popular se deixaram impressionar e intimidar pelos anátemas e interditos de uma Esquerda que, a partir dos anos 60 do século passado, se desligou dos “socialismos reais” procurando, com base num “jovem Marx” e numa Escola de Frankfurt redescobertos e adaptados, reactivar a revolução possível.

Como observou na sua lucidez tranquila, quase reservada, Alexis de Tocqueville em L’Ancien Régime et la Révolution, a Revolução Francesa tinha criado, pela primeira vez, “uma pátria comum intelectual da qual homens de todas as nações se podiam tornar cidadãos”, uma coisa que, acrescentava, só se podia encontrar “em algumas revoluções religiosas”.

Um novo ciclo

Um mundo sem fronteiras sexuais, familiares e nacionais definidas ou permanentemente renegociáveis, reinventáveis e instrumentalizáveis num emaranhado de opressores e oprimidos e de activismos racializados, de género ou planetários foi a última tentativa à Esquerda de instaurar uma nova ideologia global com contornos religiosos e abrir um novo ciclo revolucionário. É daí que vem, nas últimas décadas, a vaga de Nova Esquerda a que os quadros dos partidos tradicionais do centro-direita foram cedendo passo, silenciosa ou entusiasticamente, por temor, táctica, respeito, desejo de “modernidade” ou adesão, dissociando-se progressivamente do seu povo.

A resistência popular ao credo imposto e ao “alheamento das elites” teria de chegar. E chegou com a vaga nacional-conservadora e a revolta popular perante a tentativa de destruição de tudo o que articula o mundo há milénios – do corpo e da vida à família, da terra à liberdade. E a reacção acabou por encontrar padrões de rejeição supra-nacionais.

Por agora, foi nuns Estados Unidos profundamente divididos, nos mesmos Estados Unidos que, com Ronald Reagan e George H. Bush, assistiram à derrota e à libertação do império comunista e da velha “ideologia global” da Esquerda, que Donald Trump e D. J. Vance alcançaram a grande vitória estadual e popular de terça-feira, 5 de Novembro, prenunciando um novo ciclo.

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COMENTÁRIOS (DE 63)

Pedro CF: Muito bem Jaime NP! Dos poucos católicos e conservadores que se mantiveram coerentes nestas eleições. Que vergonha a quantidade de outros vendidos ao wokismo, ao politicamente correcto com vontade de se mostrarem modernos mas que só mostraram falta de valores e de convicções.     Jorge Carvalho: Não fui capaz de adormecer sem ler o último artigo JNP que como sempre tem um conteúdo histórico extraordinário que nos ajuda a estruturar o presente no meio do emaranhado novelo de patranhas e armadilhas da comunicação social esquerdoida. É um óptimo serviço para a sanidade mental neste manicómio mundial do multiculturalismo e globalismo do presente. Valeu a pena, obrigado JNP         Fernando c:  Brilhante. Faz-me pensar nuns comentadores do Observador, até de origem africana, que se insurgem contra a forma como a imigração Africana é tratada pelo Estado Português - que na sua esmagadora maioria tem transportes subsidiados, casa do Estado, saúde gratuita, escolas gratuitas,  e subsídios diversos, esquecendo-se , por exemplo, do que está a acontecer em Maputo, com dezenas de mortos face à repressão policial e às péssimas se não miseráveis condições de vida do povo Moçambicano, face a uma corrupta elite política e tendencialmente proto-comunista.                Novo Assinante: Já li teorias da conspiração mais bem elaboradas. Mas a necessidade de escrever qualquer coisa para receber a avença ao fim do mês e assim poder pagar as despesas domésticas, a esta pobreza franciscana obriga.               A D: Este artigo deveria ser lido a toda a hora pelo Montenegro e seus companheiros de estrada, pois a análise, certeira, do prof Nogueira Pinto mostra não apenas o óbvio, ou seja, a derrota inexorável da esquerda woke e dos seus valores inventados e anti-naturais, o absurdo da inexistência de raças (nós olhamos para um europeu e para um africano e vemos o mesmo? Claro, nos direitos sim, mas na biologia?), da historiografia que pretende ler os movimentos sociais do pretérito como se fosse presente (a condenação dos esclavagistas de quinhentos, brancos que eacravizavam negros como se vivessem agora, mas já não os esclavagistas de 5000 pois escravos e esclavagistas eram todos brancos), etc., mas também da direita dita democrática (por oposição à populista)… enfim, se não arrepiar caminho a AD será engolida pelo decurso normal da História e será varrida para o mesmo caixote do lixo da esquerda. O que é normal, pois em verdade o que distingue o PS do PSD não justifica destino diferente.                 Tomazz Man: Pf envie ao dr Paulo Portas, com um abraço de ânimo.                     Miguel Seabra > Liberales Semper Erexitque: Bem visto! Berlusconi salvou a Itália do comunismo ganhando eleições democraticamente. E tal l como Trump foi enxovalhado pelo jornalixo porque fazia operações estéticas , pintava o cabelo e gostava de sexo mas só com mulheres… também era milionário e não foi para a política para encher os bolsos. Enfim, o demónio em pessoa.                 A D > Carlos Grosso: Está enganado, as empresas de sondagens não erraram, falsificaram, o que é diferente. De resto não estranha que há dez ou quinze anos a esta parte, quando tudo melhorou só as empresas de sondagens pioraram e passaram a nunca acertar quando a direita ganha?               Coronavirus corona: Aldous Huxley, no prefácio acrescentado em 1946 ao seu livro "Admirável Mundo Novo" escreveu o seguinte:  "não há nenhuma razão, bem entendido, para que os novos totalitarismos se pareçam com os antigos. O governo por meio de bastonadas e de pelotões de execução, de fomes artificiais, de detenções e deportações em massa não é somente desumano (...) é - pode demonstrar-se - ineficaz. E numa era de técnica avançada a ineficácia é pecado contra o Espírito Santo. Um estado totalitário verdadeiramente «eficiente» será aquele em que o todo-poderoso comité executivo dos chefes políticos e o seu exército de directores terá o controlo de uma população de escravos que será inútil constranger, pois todos eles terão amor à sua servidão. Fazer que eles a amem, tal será a tarefa, atribuída nos estados totalitários de hoje aos ministérios de propaganda, aos redactores-chefes dos jornais e aos mestres-escolas. Mas os seus métodos são ainda grosseiros e não científicos". Mais à frente diz qual ou quais os novos métodos. No fundo, sentirmo-nos mais livres com menos liberdade. E dá um exemplo muito curioso: "à medida que a liberdade económica e política diminui, a liberdade sexual tem tendência para aumentar, como compensação"               klaus muller: J. N. Pinto tem sempre publicado óptimos artigos aqui no OBS. Mas desta vez excedeu-se: está excelente.                  bento guerra: As pessoas estão fartas de estados que não funcionam e das oligarquias que os usam, em nome da liberdade e igualdade. De vez em quando, dão um murro na mesa, a que chamam "populismo" e anti democracia, mesmo que expresso em eleições                      Carlos Chaves: Excelente análise, esperemos que esta nova administração seja capaz de definitivamente arredar a esquerda do poder por longas décadas, através de políticas contrárias às que nos quiseram vender!                João Floriano > Miguel Seabra: A Meloni também ia ser a desgraça de itália. Parece que não está  acontecer nada de estranho por lá e a democracia não está em perigo.                   Maria Augusta Martins > Jorge Pereira: Óptimo para lhes arrefecer as esquentadas cabeças!                 Francisco Almeida: Depois de Mithá Ribeiro, JNP é o primeiro cronista que vê nesta eleição o fim de um ciclo e início de outro. Bem sei que são ideologicamente próximos mas ambos são analistas brilhantes e usaram metodologias e até dados diferentes. É um grande sinal de esperança, já não para mim mas para os meus filhos e netos. O que acontece nos EUA chega meia dúzia de anos depois a Inglaterra e a França e vinte a trinta anos depois a Portugal. P.S. - A crise em curso na Alemanha, poderá agilizar a mudança mas, infelizmente, também pode criar mais problemas do que os que resolve.                Carlos Grosso: Seria de preparar muito melhor as empresas de sondagens, pelo menos as exíguas que não se dispõem à militância, para um fenómeno extremamente compreensível que é o seguinte: quando existem partidos políticos muitíssimo atacados e marginalizados pela cultura mediática dominante, os potenciais votantes nesses partidos tendem a não revelar a sua tendência de voto, e isto acontece em qualquer espectro do leque partidário.  No caso dos EUA, dado que existem basicamente dois partidos, este fenómeno foi claríssimo relativamente aos eleitores de Trump.                    José Miranda > Filipe Paes de Vasconcellos: Que grande azia!                 Joana Quintela: Muito bom, verdadeiro, sério e lúcido como sempre.                  José Miranda: Grande lição! Mais tarde ou mais cedo o povo tem sempre razão.                Coxinho: O costume: nada a opor. E o brilhantismo de sempre.           Pedro Correia > Filipe Paes de Vasconcellos: Ele já esteve no topo do mundo, e que fez ele de tão terrível e assustador?!     Manuel Gonçalves: Friedrich Merz líder da CDU, um nome a fixar, falou com Zelensky e terá dito que, se for eleito Chanceler, ele terá as armas que necessitar. Bem como tem tido posições muito afirmativas quanto ao reforço político, económico, orçamental e de defesa comum da UE. A Europa precisa de determinação e políticos competentes, para sacudir rapidamente o jugo totalitário de Putin e autoritário de Trump; a Alemanha é absolutamente central e insubstituível, nessa nova fase vital. O Brexit prometia restaurar a grandeza britânica, mas traduziu-se numa mediocridade absoluta, como era previsível. O Trump e os outros populistas são a cauda do long Brexit e estão condenados: - ao insucesso, porque o nacionalismo é isolacionista e empobrece/diminui; - a converterem-se disfarçadamente na direita mais tradicional, embora por oportunismo profiram eleitoralmente proclamações de ultra direita - Meloni. Os populistas conscientes da confrangedora incapacidade dos seus lideres, amparam-se na debilidade intelectual dos wokes, para apoiar, entre outros, essa reação espúria que é o trumpismo - um fantoche de publicidade e propaganda, que logrou vender bem a sua imagem de suposto fazedor. Mas a correlação não vai ser entre direita e wokismo, pela absoluta desproporção dos termos; esta é matéria residual, que o simples bom senso resolve. A verdadeira disputa vai ser feita à direita, entre políticos competentes que percebem as sinais do futuro, sabem gerir as sociedades e políticos que reproduzem os modelos do passado, digamos, conduzem com os olhos postos no retrovisor - não vão longe..                    Filipe Paes de Vasconcellos: O meu enorme balde de água gelada foi verificar que quem vai mandar no mundo é um tipo perfeitamente execrável e pior do que tudo imprevisível o que o torna perigosíssimo. O combate ao wokismo, com que concordo!, não deveria valer tudo, inclusivé colocar no topo do mundo uma pessoa tão radical quanto perigosa. Costuma não correr bem quando os extremos se tocam e se chocam tão violentamente, porque daí não sairá nada de bom.         Liberales Semper Erexitque: se temos Gengis Kahn, se Hitler, se Nero na Casa Branca, é escolher entre o leque de tiranos avançados por variadíssimos comentadores de referência Felizmente que eu não sou "de referência"! Talvez por isso sou muito mais modesto na minha procura no mundo de um paralelo para o agora regressado Trunfas americano. A mim, mete-se pelos olhos dentro que esse paralelo, esse precedente, existe, é recente, e é bem europeu: Sílvio Berlusconi. Não tem a panache  de Gengis Cã, Hitler ou Nero, mas é muito mais útil para compreender o inquilino da Casa Branca. Donald Trump é o Berlusconi americano. Podia ser pior, é ou não é?! Não vai ser grande coisa para os americanos? Não, mas isso é problema deles!               João Floriano > Ruço Cascais: O tema pode ser o mesmo mas a apresentação do conteúdo é muito diferente. Tem  a ver com  a ironia mordaz de AG. JNP raras vezes ultrapassa uma ironia leve, muito calma e pouco agressiva. Eu gostei igualmente de ambos os artigos. A mais valia de AG é precisamente  a ironia, a de JNP é a verdade calma e irrefutável dos factos.               Carlos Real: Numa América claramente dividida e bastante cristalizada a vitória de Trump foi claríssima. Subiu a sua percentagem em todos os Estados, excepto Washington (não o DC da capital mas o de Seattle) em que ficou na mesma. Por sinal foi nestes dois Estados que Kamala subiu uns pífios 0.4 e 0.1% As grandes subidas dos republicanos foram na Califórnia + 6% na Flórida + 5% no Texas 4% e nos Estados do Leste. Maryland e New Jersey + 5% Massachusetts e Illinois com + 4% Na grande maioria dos Estados as variações face a 2020 foram mínimas ou inferiores a 3% Perante estes resultados a minha conclusão é que a vitória de Trump se deveu claramente a dois factos. A inflação que foi muito alta a meio do mandato do Biden, e a invasão dos ilegais e sem abrigo no centro das grandes cidades. Tudo o resto são peanuts. Tal como Trump, apenas perdeu a eleição de 2020 por causa da covid. Agora os comentaristas do sistema vêm com a narrativa da desgraça da vitória do Trump. Já estou a ver os russos a chegar ao Terreiro do Paço. A paragem na economia verde e os pinguins dos polos a queixarem-se do tráfego automóvel. Sim, as alterações climáticas, todos sentimos os seus efeitos. A grande questão é saber se são os humanos que as aceleram ou se são fenómenos naturais. Sempre existiram alterações climáticas, e por exemplo a Revolução Industrial em Inglaterra com imensa poluição das fábricas não trouxe nenhuma mudança climática. Felizmente a vitória de Trump vai trazer mais paz, tanto na América como no Mundo e possivelmente vai abrandar a invasão dos ilegais e, travar o movimento ditatorial do wokismo que pode acabar com a criação artística. Qualquer dia tudo seria igual como nos centros comerciais. Será que ainda posso escrever usando os carateres em negro? Ou ao utilizá-los estou a fazer descriminação positiva?               Alexandre Barreira: Pois. Caro Jaime, Ou melhor: Um balde de sapos em água fria...!!!                 Carminda Damiao: Excelente artigo. A seguir aos EUA, muitos países seguirão na mesma linha. O povo está farto do wokismo e das ideologias absurdas da esquerda. A direita fofinha também tem os dias contados.              maria santos: "o que aconteceu na terça-feira, 5 de Novembro, não devia ter acontecido. Pois não, dizem os das esquerdas. Os tumultos incendiários que aconteceram na semana de 14 a 20 de Outubro nas periferias urbanas de Lisboa, Almada, Setúbal, Loures, também não.  Dizemos nós, as pessoas que trabalham. Temos pena e temos tempo.                   Maria Nunes: Parabéns JNP, por mais um excelente artigo.                 klaus muller > Manuel Lisboa: lol, não direi que acho o Trump "viscoso e repelente", mas não o convidaria para jantar na minha casa, a não ser que trouxesse a mulher e a filha. Posso não simpatizar com ele pessoalmente, mas tudo isso é ultrapassado pelo anti wokismo que ele representa.  Ruço Cascais: É curioso como este artigo sobre vencedores e vencidos das recentes eleições norte-americanas merece o meu aplauso, enquanto que o outro mais acima, do Alberto Gonçalves, dissertando sobre o mesmo tema, obrigou-me à contestação.  Concordo com o JNP, e, acrescento que o progressismo e a tradicionalismo não são antagónicos. 

 

 

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