À vista.
Da "ameaça à Europa" à "expansão"
do conflito: os riscos da entrada de tropas norte-coreanas na guerra
da Ucrânia
10 mil de soldados norte-coreanos do
Esquadrão Tempestade deverão entrar na guerra da Ucrânia "nos próximos
dias". Putin retribui e ajudará Kim Jong-un a desenvolver programa nuclear
de Pyongyang.
OBSERVADOR, 03
nov. 2024, 18:1421
Índice
O que recebe
a Coreia do Norte em troca e a possível aliança Ucrânia-Coreia do Sul
Cobeligerância. Desde 24 de
fevereiro de 2022, data em que a Rússia invadiu a Ucrânia, houve sempre a
possibilidade de tropas de outros países entrarem no conflito. Especulou-se que
os militares ocidentais poderiam lutar contra os russos em território
ucraniano, hipótese que até foi admitida por França. Mas terá sido o
Kremlin a tomar a iniciativa — segundo indicam os serviços secretos do
Ocidente, decidiu chamar soldados da Coreia do Norte para se juntarem
ao seu esforço de guerra.
A
ser verdade, o conflito ganha uma nova dimensão. Poderão ser mais de
10 mil soldados norte-coreanos a lutar ao lado dos russos até dezembro e,
perante essa realidade, acontece algo inédito: há tropas de Pyongyang na
Europa. Isso criará dificuldades às forças de Kiev e
também representa um sério risco para a arquitetura securitária do espaço
euroatlântico. O secretário-geral
da NATO, Mark Rutte, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, encaram
esta movimentação como uma “escalada significativa” e uma “ameaça muito
séria à segurança da Europa e à paz no mundo”, assim como uma “expansão
global” do conflito.
Não é apenas a NATO ou a UE que estão
apreensivas. A cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang gera receios
igualmente à Coreia do Sul. Inimigas
desde 1953, as duas Coreias nunca se reconciliaram e a situação
continua bastante tensa. Foram, aliás, os serviços de informações de Seul,
sempre atentos ao que se passa do outro lado do paralelo 38, que deram inicialmente
o alerta para o envio de contingentes norte-coreanos para a Europa. Do lado sul-coreano, talvez a maior
preocupação reside em saber o que é que a Coreia do Norte vai receber em
troca do apoio à Rússia.
▲ Secretário-geral
da NATO, Mark Rutte, e presidente da Comissão Europeia, Ursula von
der Leyen, já expressaram preocupação OLIVIER MATTHYS/EPA
País
com o estatuto de pária na comunidade internacional, a Coreia do Norte ganha um poderoso aliado e arranja uma
maneira de contornar o isolamento. Já a Rússia, aumenta o número de tropas à sua disposição na
guerra contra a Ucrânia, solidificando, pelo meio, a aliança anti-Ocidente, de
que também faz parte o Irão e, ainda que de forma tácita, a China.
10 mil homens, um batalhão do
Esquadrão Tempestade e “carne para canhão”: a entrada da Coreia do Norte na
guerra
Há vários meses que a dinâmica na
guerra na Ucrânia se tem mantido inalterável. A Rússia está na ofensiva e vai
conquistando algumas aldeias, obrigando as tropas ucranianas a colocarem-se na
defensiva e a conter os danos. À excepção da incursão ucraniana à região russa
de Kursk em meados de agosto, tem-se assistido a uma verdadeira guerra de
atrito, longe de estar resolvida militarmente. No campo
diplomático, não há solução à vista, ainda que a vitória do candidato
republicano, Donald Trump, nas eleições presidenciais do próximo dia 5 de
novembro, possa mudar radicalmente a situação.
A
chegada de novas tropas ao campo de batalha pode ser, assim, um importante
trunfo para a Rússia, para obter ganhos territoriais mais
substanciais do aqueles que tem tido nos últimos meses. No
melhor dos cenários e a médio prazo, permitir-lhe-á conquistar localidades como
Chasiv Yar, Pokrovsk ou Kurakhove, que colocará o Kremlin mais próximo de
um dos grande objectivos a que se propôs militarmente: controlar por completo as regiões de Donetsk e Lugansk.
Para
a Ucrânia, as forças norte-coreanas podem representar um “desafio
significativo”, quer nas operações ofensivas, quer nas operações defensivas,
admitiu um analista militar sul-coreano à revista Foreign Policy. “Dez mil homens que estão disponíveis para
lutar podem fazer a diferença” no terreno, corrobora, à mesma publicação, Rob Lee, especialista no
programa Foreign Policy Research Institute’s Eurasia.
Ainda não é claro para onde é
que vão as forças norte-coreanas — se combaterão em território ucraniano ou se
ajudarão a expulsar as tropas de Kiev na região russa de Kursk. Numa
conferência de imprensa esta quarta-feira, o secretário da Defesa
norte-americano, Lloyd Austin, adiantou que 10 mil soldados foram treinados no leste da Rússia e que alguns “já
estão próximos da Ucrânia”. “Eles
vestem uniformes russos e são-lhes providenciados equipamentos de guerra
russos”, afirmou.
A Ucrânia deu mais detalhes esta
quinta-feira. Segundo o líder do Centro no Combate à Desinformação, Andriy
Kovalenko, militares norte-coreanos já
estão presentes na região de Donetsk. Ainda não participaram em
combates, mas o responsável antevê que isso acontecerá em breve. “Esses
soldados norte-coreanos estarão em uniformes russos, com documentos russos,
misturados com os calmucos e buriates [grupos étnicos russos com feições
asiáticas]”, assinalou.
▲ Segundo
o líder do Centro no Combate à Desinformação, Andriy Kovalenko, militares
norte-coreanos já estão presentes na região de Donetsk - Anadolu via Getty Images
O
secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, espera que as tropas
ucranianas entrem “em combates” contra as norte-coreanas “nos próximos dias”.
Esta quinta-feira, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos assinalou que oito
mil homens da Coreia do Norte estão perto de Kursk e declarou: “Se essas tropas
combaterem ou apoiarem as operações de combate contra a Ucrânia, tornam-se
alvos militares legítimos”.
Antony Blinken não clarificou se os
norte-coreanos vão entrar na Ucrânia. Mesmo
que até permaneçam em Kursk e não se envolvam em combates dentro do território
ucraniano, a superioridade numérica resultante da chegada de soldados de
Pyongyang àquela região russa pode levar a que sejam mobilizados mais
militares de Kiev para a zona, enfraquecendo outras frentes, como no sul ou em
Donetsk.
Sobre os planos que tem, alegadamente,
em marcha, a Rússia não revela nenhum pormenor publicamente. No final da
cimeira dos BRICS, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, frisou que, se
houver tropas norte-coreanas ao lado das russas na Ucrânia, é uma “decisão
soberana” de Moscovo. Esta quarta-feira, o embaixador russo na
Organização das Nações Unidas (ONU), Vassily
Nebenzia, rejeitou, contudo, que houvesse forças de Pyongyang na linha da
frente.
▲ A Rússia não revela nenhum pormenor
publicamente, se bem que nunca negue directamente as informações, contrariamente
ao regime norte-coreano, que faz sempre questão de negar o envio de homens AFP/Getty
Images
Se em termos numéricos é certo que
serão cerca de 10 mil soldados norte-coreanos (podendo, no futuro, ser mais),
não é claro se serão tropas de elite e bem treinadas ou simples recrutas. A CNN
Internacional sabe que Pyongyang
enviou um batalhão de militares especializados em guerrilha urbana e
operações de infiltração — da Storm Squad [Esquadrão Tempestade]
— não sabendo precisar se vão para Kursk ou para território
ucraniano.
Apesar deste batalhão especializado, a percepção que os serviços
secretos ocidentais e sul-coreanos têm é que as tropas norte-coreanas não estão
prontas para a dura realidade de uma guerra moderna. Lee
Woong-gil, antigo membro das forças de elite norte-coreanas, contou
à Associated Press que muitos são
“demasiado jovens” e “não vão entender exactamente o que significa”: “Apenas
vão considerar que é uma honra serem seleccionados como aqueles que vão para a
Rússia entre os muitos soldados norte-coreanos”.
A tese de que os soldados norte-coreanos
serão apenas “carne para canhão” — e uma forma de a Rússia evitar baixas entre
as suas tropas — tem sido divulgada principalmente pela Coreia do Sul. De acordo com o que avançou o líder da oposição sul-coreana Park Sun-won,
as altas patentes militares russas acreditam que os “soldados norte-coreanos
são saudáveis” e estão bem em termos físicos e psicológicos, mas não “entendem
as táticas de guerra moderna, como ataques de drones”. O político assinalou ainda que os
generais russos esperam “várias baixas entre os norte-coreanos”.
"Apenas vão considerar que é uma honra serem seleccionados como
aqueles que vão para a Rússia entre os muitos soldados norte-coreanos" Lee
Woong-gil, antigo membro das forças de elite norte-coreanas
A mesma ideia foi transmitida por
Joonkook Hwang, líder da missão da Coreia do Sul na Organização das Nações
Unidas. “Como alvos militares
legítimos, vão acabar como mera carne para canhão”, atirou, acrescentando que o alegado salário que os militares vão receber (dois mil
dólares, cerca de 1.850 euros) vai “acabar no bolso” do líder Kim Jong-un.
“O tratamento de Pyongyang dos seus soldados jovens, do seu próprio povo, nunca
será esquecido.”
Para
fazer face às eventuais baixas, a Coreia do Sul adianta que o regime de Kim
Jong-un já isolou as famílias dos soldados que foram para a Rússia. A
morte de alguns militares pode até incomodar a liderança norte-coreanas, mas
existem “várias vantagens” para Pyongyang, como nota Darcie
Draudt-Véjares, especialista em política coreana no Carnegie Endowment for
International Peace: “É uma oportunidade valiosa para testar as suas
capacidades militares em combates modernos”.
Com mais de 1,3 milhões de soldados em
situação activa, a Coreia do Norte possui, como escreve o New York Times,
o quarto maior exército do mundo. Porém, devido ao seu isolamento, o regime
norte-coreano não consegue medir o
quão prontas estão as suas tropas para lutarem contra potenciais inimigos
no cenário de uma guerra moderna — e o conflito na Ucrânia pode ser uma maneira
de as testar.
Na óptica da Coreia do Sul, este ‘teste’
que a entrada de tropas norte-coreanas no conflito entre a Rússia e a Ucrânia
pode representar é olhado com inquietude, como frisa Darcie Draudt-Véjares. A especialista realça que os
militares de Pyongyang podem ganhar experiência no campo de batalha — e isso
pode, no futuro, prejudicar a segurança interna sul-coreana.
Para além do ganho de capacidades militares, Seul alertou a
comunidade internacional que é “muito
provável” que a Coreia do Norte peça à Rússia tecnologia sofisticada para
continuar a desenvolver o seu programa nuclear. De acordo com o que divulgou o
ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, o regime norte-coreano terá
pedido informações a Moscovo sobre como desenvolver os seus mísseis balísticos
intercontinentais, submarinos nucleares e satélites de reconhecimento.
Por tudo isto, Kim Yong-hyun
avisou que a probabilidade de começar uma guerra na península da Coreia
aumentou — uma prova que o conflito na Ucrânia já extravasou os limites
geográficos da Europa. Questionado esta quinta-feira sobre se a Rússia está a
ajudar a Coreia do Norte a desenvolver armas nucleares, o porta-voz do Kremlin,
Dmitry Peskov, não quis falar: “Não tenho essa informação. É informação
especializada que se deve pedir ao Ministério da Defesa”.
▲ Kim
Yong-hyun avisou que a probabilidade de começar uma guerra na península da
Coreia aumentou AFP via Getty Images
No
entanto, o responsável pela comunicação de Vladimir Putin reiterou que a
Rússia continua “comprometida” ao acordo de assistência militar mútua entre os
dois países, assinado em meados de junho. “Mantemo-nos comprometidos aos nossos
interesses e a desenvolver relações com os nossos vizinhos. Isto não deve
preocupar ninguém”, prosseguiu
Dmitry Peskov, acrescentando que é um “direito
soberano da Rússia e da Coreia do Norte desenvolver relações com Estados
vizinhos”.
Esta sexta-feira, dia 1, a ministra dos
Negócios Estrangeiros norte-coreana, Choe Son Hui, no início de uma reunião em
Moscovo com o homólogo russo, Sergei Lavrov, disse mesmo, que a Coreia do Norte
estará ao lado da Rússia até à “vitória” na Ucrânia. “Não há dúvida de que, sob a sábia liderança do eminente Presidente
russo, Vladimir Putin, o exército e o povo russos alcançarão uma grande
vitória”, afirmou Choe Son Hui, segundo uma tradução russa das suas
observações, durante uma reunião com Lavrov.
“Foram estabelecidos contactos muito
estreitos entre os serviços militares e de segurança dos dois países. Isto
permite resolver questões importantes para a segurança dos nossos cidadãos e
dos vossos”, respondeu-lhe, o chefe da diplomacia russa, confirmando
implicitamente aquilo que vem sido dito.
Face ao risco do aprofundamento de relações entre Moscovo e
Pyongyang, Seul está a ponderar enviar alguns especialistas militares para
ajudar a Ucrânia a preparar-se para se defender das tropas norte-coreanas. Ao mesmo tempo, o Presidente ucraniano,
Volodymyr Zelensky, tem feito vários apelos à Coreia do Sul, para que o país
envie armas e ajude Kiev na linha da frente.
Ainda que se tenha posicionado a favor
da Ucrânia na guerra desencadeada pela Rússia, a Coreia do Sul nunca enviou
armamento à Ucrânia. Mas as autoridades de Seul já admitiram que “não vão
ficar paradas” ao ver tropas inimigas no campo de batalha — e ponderam agir.
Por causa disso, Volodymyr Zelensky enviará um
pedido de armamento aos sul-coreanos, ainda que não tenha garantida luz verde.
▲ Zelensky
faz pressão junto à Coreia do Sul e ao Ocidente para enviar armamento para a
Ucrânia OLIVIER HOSLET/EPA
Simultaneamente,
Volodymyr Zelensky também tem feito pressão junto
ao Ocidente, criticando que os países ocidentais não tenham
fornecido “nada” à Ucrânia para ajudar as suas tropas a combater os soldados
norte-coreanos. “Putin está a avaliar a reacção do Ocidente. Acredito
que depois de todas as reacções, Putin vai aumentar o contingente”, lamentou, atirando contra a falta de reacção
ocidental.
A NATO, a União Europeia e os Estados
Unidos têm criticado duramente a entrada em cena de soldados
norte-coreanos, mas ainda não tomaram nenhuma iniciativa concreta para
reforçar o esforço de guerra ucraniano. Washington
insiste apenas que as tropas de Kim Jong-un serão um “alvo legítimo” no campo
de batalha e tem apelado a que Pyongyang volte atrás com a decisão.
É improvável que a Coreia do Norte
ceda à pressão, devido às vantagens que pode obter na participação nesta
guerra. Mas há um país que pode ter uma palavra a dizer: a China. De forma privada, os Estados Unidos estão
a comunicar com Pequim para que tente travar que as tropas de Pyongyang entrem
em combates contra os ucranianos. O motivo? Pequim tem sido, ao longo das
últimas décadas, o grande aliado do regime de Kim Jong-un — e teme, segundo escreve o New York Times, perder
a sua influência sob o país para Moscovo.
▲ China poderá querer que Coreia do Norte
não fique sob influência da Rússia Gamma-Rapho via Getty Images
O conflito que esteve durante dois anos
e meio centrado principalmente no leste da Ucrânia pode ganhar agora uma dimensão
ainda mais global com o surgimento de novos protagonistas. Para além de já
ser uma guerra implícita entre democracias e autocracias, a entrada da Coreia
do Norte pode gerar implicações em todo o mundo, em particular no paralelo 38.
O Presidente ucraniano já deixou mesmo um preocupante aviso: as tropas norte-coreanas na Europa pode representar o
“primeiro passo para uma guerra global”.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO RÚSSIA COREIA DO
NORTE COREIA DO SUL
COMENTÁRIOS de 21)
joaquim
Pocinho: Para quando uma visita do Guterres à Coreia do Norte?
Temos de manter canais abertos, não é sr chamberlain, desculpe, Guterres? Roberto Carlos > uiros Ueramos: A
infiltração comunista nas FA portuguesas é muito antiga. É uma estratégia de
traição que desmonta, a partir da rectaguarda, o moral dos militares. Vi e
senti isso na guerra de África, no PREC, vejo agora nas televisões. Hoje, como
ontem, está tudo cego. NINGUÉM VÊ. uiros Ueramos: “A NATO, a União Europeia e os Estados Unidos
(ocidente) têm criticado veementemente a introdução de soldados norte-coreanos
no conflito”, mas ainda não implementaram nenhuma medida concreta para
intensificar o apoio ao esforço de guerra ucraniano. Isto é incrível…. Na prática, os russos obtêm um reforço significativo
de tropas (12000 a 15000 segundo outras fontes), sem comprometer o próprio
sangue russo, que é uma vantagem considerável em termos estratégicos e tácticos.
Enquanto isso, a "guerra psicológica" russa sobre o Ocidente
persiste, apesar da superioridade militar e tecnológica ocidental. Contudo, a
Ucrânia permanece condicionada a lutar com recursos limitados, como se
enfrentasse o conflito com uma “mão atada”. Esta situação levanta
questões sobre como a Rússia consegue exercer influência sobre a comunicação social
europeia e americana, instigando medo e incerteza nas populações ocidentais. A
estratégia russa de desinformação e operações psicológicas parece ter
encontrado terreno fértil, aproveitando-se de vulnerabilidades na sociedade
ocidental. Basta assistir a alguns canais de televisão para perceber o
quão alarmante é ver generais portugueses na reserva elogiando quase ao nível
da invencibilidade e defendendo abertamente as acções russas. O nível
de infiltração russa nas Forças Armadas portuguesas deveria motivar uma
investigação aprofundada por parte do Serviço de Informações de Segurança
(SIS), dado o risco significativo de espionagem e influência russa no país. Como
a Rússia influencia a comunicação social ocidental para incutir medo e terror?
A Rússia utiliza várias estratégias para influenciar a percepção pública e
amplificar a sua narrativa: Desinformação coordenada: Através de campanhas de desinformação e da
proliferação de notícias falsas, a Rússia consegue manipular as narrativas
globais sobre o conflito. Exploração de divisões internas: A Rússia investe na identificação e exploração de
divisões sociais, políticas e económicas dentro dos países ocidentais. Essas
divisões criam um terreno propício para que as narrativas de medo e incerteza
ganhem força, fomentando desconfiança e oposição interna em relação ao apoio à
Ucrânia. Manipulação de perceções de ameaça nuclear: A retórica nuclear russa e a ameaça implícita de
escalada continuam a ser usada para intimidar, explorar a sensibilidade do
Ocidente a este tema e cria uma enorme pressão pública para evitar qualquer
envolvimento directo. Essas tácticas reflectem um modelo sofisticado de
guerra híbrida, onde o objectivo não é somente vencer no campo de batalha, mas
também desgastar psicologicamente os adversários, influenciando a opinião
pública ocidental a restringir o apoio à Ucrânia. Enfim o conflito não tem fim
a vista enquanto o ocidente não se capacitar que tem mesmo que intervir sem
reservas, na 2ª guerra mundial os americanos demoram quase 3 anos. Na altura com
um aumento massivo em recursos materiais, tecnológicos e humanos para os
Aliados, mudou o curso do conflito a partir de 1942. O que estão a espera agora?
unknown unknown: Finalmente um
motivo legítimo para a NATO fazer um ultimato. Se os norte coreanos não saírem
do teatro de operações as tropas da aliança lutarão ao lado dos ucranianos. Era
dar 48 horas e depois entravam para restituir as fronteiras reconhecidas pela
Rússia na Carta da Nações Unidas.
Jorge Pereira: QUE
VEXAME QUE VERGONHA PARA PUTIN: ajoelhado perante a Coreia-do-Norte a implorar
por ajuda para se salvar porque a Rússia não o consegue fazer sozinha. A D: A primeira decisão do Ocidente deveria ser sair das
Nações Unidas e determinar que quem quisesse ficar que as levasse para casa,
pois já não faz sentido nenhum manter um sistema erigidos por americanos,
ingleses e soviéticos que ninguém respeita.
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