terça-feira, 5 de novembro de 2024

3ª Guerra (continuação)

 

À vista.

Da "ameaça à Europa" à "expansão" do conflito: os riscos da entrada de tropas norte-coreanas na guerra da Ucrânia

10 mil de soldados norte-coreanos do Esquadrão Tempestade deverão entrar na guerra da Ucrânia "nos próximos dias". Putin retribui e ajudará Kim Jong-un a desenvolver programa nuclear de Pyongyang.

JOSÉ CARLOS DUARTE: Texto

OBSERVADOR, 03 nov. 2024, 18:1421

Índice

10 mil homens, um batalhão do Esquadrão Tempestade e “carne para canhão”: a entrada da Coreia do Norte na guerra

O que recebe a Coreia do Norte em troca e a possível aliança Ucrânia-Coreia do Sul

Cobeligerância. Desde 24 de fevereiro de 2022, data em que a Rússia invadiu a Ucrânia, houve sempre a possibilidade de tropas de outros países entrarem no conflito. Especulou-se que os militares ocidentais poderiam lutar contra os russos em território ucraniano, hipótese que até foi admitida por França. Mas terá sido o Kremlin a tomar a iniciativa — segundo indicam os serviços secretos do Ocidente, decidiu chamar soldados da Coreia do Norte para se juntarem ao seu esforço de guerra.

A ser verdade, o conflito ganha uma nova dimensão. Poderão ser mais de 10 mil soldados norte-coreanos a lutar ao lado dos russos até dezembro e, perante essa realidade, acontece algo inédito: há tropas de Pyongyang na Europa. Isso criará dificuldades às forças de Kiev e também representa um sério risco para a arquitetura securitária do espaço euroatlântico. O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, encaram esta movimentação como uma “escalada significativa” e uma “ameaça muito séria à segurança da Europa e à paz no mundo”, assim como uma “expansão global” do conflito.

Não é apenas a NATO ou a UE que estão apreensivas. A cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang gera receios igualmente à Coreia do SulInimigas desde 1953, as duas Coreias nunca se reconciliaram e a situação continua bastante tensa. Foram, aliás, os serviços de informações de Seul, sempre atentos ao que se passa do outro lado do paralelo 38, que deram inicialmente o alerta para o envio de contingentes norte-coreanos para a Europa. Do lado sul-coreano, talvez a maior preocupação reside em saber o que é que a Coreia do Norte vai receber em troca do apoio à Rússia.

 Secretário-geral da NATO, Mark Rutte, e presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já expressaram preocupação OLIVIER MATTHYS/EPA

País com o estatuto de pária na comunidade internacional, a Coreia do Norte ganha um poderoso aliado e arranja uma maneira de contornar o isolamento. Já a Rússia, aumenta o número de tropas à sua disposição na guerra contra a Ucrânia, solidificando, pelo meio, a aliança anti-Ocidente, de que também faz parte o Irão e, ainda que de forma tácita, a China.

10 mil homens, um batalhão do Esquadrão Tempestade e “carne para canhão”: a entrada da Coreia do Norte na guerra

Há vários meses que a dinâmica na guerra na Ucrânia se tem mantido inalterável. A Rússia está na ofensiva e vai conquistando algumas aldeias, obrigando as tropas ucranianas a colocarem-se na defensiva e a conter os danos. À excepção da incursão ucraniana à região russa de Kursk em meados de agosto, tem-se assistido a uma verdadeira guerra de atrito, longe de estar resolvida militarmente. No campo diplomático, não há solução à vista, ainda que a vitória do candidato republicano, Donald Trump, nas eleições presidenciais do próximo dia 5 de novembro, possa mudar radicalmente a situação.

A chegada de novas tropas ao campo de batalha pode ser, assim, um importante trunfo para a Rússia, para obter ganhos territoriais mais substanciais do aqueles que tem tido nos últimos meses. No melhor dos cenários e a médio prazo, permitir-lhe-á conquistar localidades como Chasiv Yar, Pokrovsk ou Kurakhove, que colocará o Kremlin mais próximo de um dos grande objectivos a que se propôs militarmente: controlar por completo as regiões de Donetsk e Lugansk.

Para a Ucrânia, as forças norte-coreanas podem representar um “desafio significativo”, quer nas operações ofensivas, quer nas operações defensivas, admitiu um analista militar sul-coreano à revista Foreign Policy. “Dez mil homens que estão disponíveis para lutar podem fazer a diferença” no terreno, corrobora, à mesma publicação, Rob Lee, especialista no programa Foreign Policy Research Institute’s Eurasia.

Ainda não é claro para onde é que vão as forças norte-coreanas — se combaterão em território ucraniano ou se ajudarão a expulsar as tropas de Kiev na região russa de Kursk. Numa conferência de imprensa esta quarta-feira, o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, adiantou que 10 mil soldados foram treinados no leste da Rússia e que alguns “já estão próximos da Ucrânia”. “Eles vestem uniformes russos e são-lhes providenciados equipamentos de guerra russos”, afirmou.

A Ucrânia deu mais detalhes esta quinta-feiraSegundo o líder do Centro no Combate à Desinformação, Andriy Kovalenko, militares norte-coreanos já estão presentes na região de Donetsk. Ainda não participaram em combates, mas o responsável antevê que isso acontecerá em breve. “Esses soldados norte-coreanos estarão em uniformes russos, com documentos russos, misturados com os calmucos e buriates [grupos étnicos russos com feições asiáticas]”, assinalou.

 Segundo o líder do Centro no Combate à Desinformação, Andriy Kovalenko, militares norte-coreanos já estão presentes na região de Donetsk - Anadolu via Getty Images

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, espera que as tropas ucranianas entrem “em combates” contra as norte-coreanas “nos próximos dias”. Esta quinta-feira, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos assinalou que oito mil homens da Coreia do Norte estão perto de Kursk e declarou: “Se essas tropas combaterem ou apoiarem as operações de combate contra a Ucrânia, tornam-se alvos militares legítimos”.

Antony Blinken não clarificou se os norte-coreanos vão entrar na Ucrânia. Mesmo que até permaneçam em Kursk e não se envolvam em combates dentro do território ucraniano, a superioridade numérica resultante da chegada de soldados de Pyongyang àquela região russa pode levar a que sejam mobilizados mais militares de Kiev para a zona, enfraquecendo outras frentes, como no sul ou em Donetsk.

Sobre os planos que tem, alegadamente, em marcha, a Rússia não revela nenhum pormenor publicamente. No final da cimeira dos BRICS, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, frisou que, se houver tropas norte-coreanas ao lado das russas na Ucrânia, é uma “decisão soberana” de Moscovo. Esta quarta-feira, o embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU), Vassily Nebenzia, rejeitou, contudo, que houvesse forças de Pyongyang na linha da frente.

 A Rússia não revela nenhum pormenor publicamente, se bem que nunca negue directamente as informações, contrariamente ao regime norte-coreano, que faz sempre questão de negar o envio de homens AFP/Getty Images

Se em termos numéricos é certo que serão cerca de 10 mil soldados norte-coreanos (podendo, no futuro, ser mais), não é claro se serão tropas de elite e bem treinadas ou simples recrutas. A CNN Internacional sabe que Pyongyang enviou um batalhão de militares especializados em guerrilha urbana e operações de infiltração — da Storm Squad [Esquadrão Tempestade] — não sabendo precisar se vão para Kursk ou para território ucraniano.

Apesar deste batalhão especializado, a percepção que os serviços secretos ocidentais e sul-coreanos têm é que as tropas norte-coreanas não estão prontas para a dura realidade de uma guerra moderna. Lee Woong-gil, antigo membro das forças de elite norte-coreanas, contou à Associated Press que muitos são “demasiado jovens” e “não vão entender exactamente o que significa”: “Apenas vão considerar que é uma honra serem seleccionados como aqueles que vão para a Rússia entre os muitos soldados norte-coreanos”.

A tese de que os soldados norte-coreanos serão apenas “carne para canhão” — e uma forma de a Rússia evitar baixas entre as suas tropas — tem sido divulgada principalmente pela Coreia do Sul. De acordo com o que avançou o líder da oposição sul-coreana Park Sun-won, as altas patentes militares russas acreditam que os “soldados norte-coreanos são saudáveis” e estão bem em termos físicos e psicológicos, mas não “entendem as táticas de guerra moderna, como ataques de drones”. O político assinalou ainda que os generais russos esperam “várias baixas entre os norte-coreanos”.

"Apenas vão considerar que é uma honra serem seleccionados como aqueles que vão para a Rússia entre os muitos soldados norte-coreanos" Lee Woong-gil, antigo membro das forças de elite norte-coreanas

A mesma ideia foi transmitida por Joonkook Hwang, líder da missão da Coreia do Sul na Organização das Nações Unidas. “Como alvos militares legítimos, vão acabar como mera carne para canhão”, atirou, acrescentando que o alegado salário que os militares vão receber (dois mil dólares, cerca de 1.850 euros) vai “acabar no bolso” do líder Kim Jong-un. “O tratamento de Pyongyang dos seus soldados jovens, do seu próprio povo, nunca será esquecido.”

Para fazer face às eventuais baixas, a Coreia do Sul adianta que o regime de Kim Jong-un já isolou as famílias dos soldados que foram para a Rússia. A morte de alguns militares pode até incomodar a liderança norte-coreanas, mas existem “várias vantagens” para Pyongyang, como nota Darcie Draudt-Véjares, especialista em política coreana no Carnegie Endowment for International Peace: “É uma oportunidade valiosa para testar as suas capacidades militares em combates modernos”.

Com mais de 1,3 milhões de soldados em situação activa, a Coreia do Norte possui, como escreve o New York Times, o quarto maior exército do mundo. Porém, devido ao seu isolamento, o regime norte-coreano não consegue medir o quão prontas estão as suas tropas para lutarem contra potenciais inimigos no cenário de uma guerra moderna — e o conflito na Ucrânia pode ser uma maneira de as testar

Na óptica da Coreia do Sul, este ‘teste’ que a entrada de tropas norte-coreanas no conflito entre a Rússia e a Ucrânia pode representar é olhado com inquietude, como frisa Darcie Draudt-Véjares. A especialista realça que os militares de Pyongyang podem ganhar experiência no campo de batalha — e isso pode, no futuro, prejudicar a segurança interna sul-coreana. 

Para além do ganho de capacidades militares, Seul alertou a comunidade internacional que é “muito provável” que a Coreia do Norte peça à Rússia tecnologia sofisticada para continuar a desenvolver o seu programa nuclear. De acordo com o que divulgou o ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, o regime norte-coreano terá pedido informações a Moscovo sobre como desenvolver os seus mísseis balísticos intercontinentais, submarinos nucleares e satélites de reconhecimento.

Por tudo isto, Kim Yong-hyun avisou que a probabilidade de começar uma guerra na península da Coreia aumentou — uma prova que o conflito na Ucrânia já extravasou os limites geográficos da Europa. Questionado esta quinta-feira sobre se a Rússia está a ajudar a Coreia do Norte a desenvolver armas nucleares, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não quis falar: “Não tenho essa informação. É informação especializada que se deve pedir ao Ministério da Defesa”.

 Kim Yong-hyun avisou que a probabilidade de começar uma guerra na península da Coreia aumentou AFP via Getty Images

No entanto, o responsável pela comunicação de Vladimir Putin reiterou que a Rússia continua “comprometida” ao acordo de assistência militar mútua entre os dois países, assinado em meados de junho. “Mantemo-nos comprometidos aos nossos interesses e a desenvolver relações com os nossos vizinhos. Isto não deve preocupar ninguém”, prosseguiu Dmitry Peskov, acrescentando que é um “direito soberano da Rússia e da Coreia do Norte desenvolver relações com Estados vizinhos”.

Esta sexta-feira, dia 1, a ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana, Choe Son Hui, no início de uma reunião em Moscovo com o homólogo russo, Sergei Lavrov, disse mesmo, que a Coreia do Norte estará ao lado da Rússia até à “vitória” na Ucrânia. “Não há dúvida de que, sob a sábia liderança do eminente Presidente russo, Vladimir Putin, o exército e o povo russos alcançarão uma grande vitória”, afirmou Choe Son Hui, segundo uma tradução russa das suas observações, durante uma reunião com Lavrov.
“Foram estabelecidos contactos muito estreitos entre os serviços militares e de segurança dos dois países. Isto permite resolver questões importantes para a segurança dos nossos cidadãos e dos vossos”, respondeu-lhe, o chefe da diplomacia russa, confirmando implicitamente aquilo que vem sido dito.

Face ao risco do aprofundamento de relações entre Moscovo e Pyongyang, Seul está a ponderar enviar alguns especialistas militares para ajudar a Ucrânia a preparar-se para se defender das tropas norte-coreanas. Ao mesmo tempo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem feito vários apelos à Coreia do Sul, para que o país envie armas e ajude Kiev na linha da frente.

Ainda que se tenha posicionado a favor da Ucrânia na guerra desencadeada pela Rússia, a Coreia do Sul nunca enviou armamento à Ucrânia. Mas as autoridades de Seul já admitiram que “não vão ficar paradas” ao ver tropas inimigas no campo de batalha — e ponderam agir. Por causa disso, Volodymyr Zelensky enviará um pedido de armamento aos sul-coreanos, ainda que não tenha garantida luz verde.

 Zelensky faz pressão junto à Coreia do Sul e ao Ocidente para enviar armamento para a Ucrânia OLIVIER HOSLET/EPA

Simultaneamente, Volodymyr Zelensky também tem feito pressão junto ao Ocidente, criticando que os países ocidentais não tenham fornecido “nada” à Ucrânia para ajudar as suas tropas a combater os soldados norte-coreanos. “Putin está a avaliar a reacção do Ocidente. Acredito que depois de todas as reacções, Putin vai aumentar o contingente”, lamentou, atirando contra a falta de reacção ocidental.

A NATO, a União Europeia e os Estados Unidos têm criticado duramente a entrada em cena de soldados norte-coreanos, mas ainda não tomaram nenhuma iniciativa concreta para reforçar o esforço de guerra ucraniano. Washington insiste apenas que as tropas de Kim Jong-un serão um “alvo legítimo” no campo de batalha e tem apelado a que Pyongyang volte atrás com a decisão.

É improvável que a Coreia do Norte ceda à pressão, devido às vantagens que pode obter na participação nesta guerra. Mas há um país que pode ter uma palavra a dizer: a China. De forma privada, os Estados Unidos estão a comunicar com Pequim para que tente travar que as tropas de Pyongyang entrem em combates contra os ucranianos. O motivo? Pequim tem sido, ao longo das últimas décadas, o grande aliado do regime de Kim Jong-un — e teme, segundo escreve o New York Times, perder a sua influência sob o país para Moscovo. 

 China poderá querer que Coreia do Norte não fique sob influência da Rússia Gamma-Rapho via Getty Images

O conflito que esteve durante dois anos e meio centrado principalmente no leste da Ucrânia pode ganhar agora uma dimensão ainda mais global com o surgimento de novos protagonistas. Para além de já ser uma guerra implícita entre democracias e autocracias, a entrada da Coreia do Norte pode gerar implicações em todo o mundo, em particular no paralelo 38. O Presidente ucraniano já deixou mesmo um preocupante aviso: as tropas norte-coreanas na Europa pode representar o “primeiro passo para uma guerra global”.

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COMENTÁRIOS de 21)

joaquim Pocinho: Para quando uma visita do Guterres à Coreia do Norte? Temos de manter canais abertos, não é sr chamberlain, desculpe, Guterres?                 Roberto Carlos > uiros Ueramos: A infiltração comunista nas FA portuguesas é muito antiga. É uma estratégia de traição que desmonta, a partir da rectaguarda, o moral dos militares. Vi e senti isso na guerra de África, no PREC, vejo agora nas televisões. Hoje, como ontem, está tudo cego. NINGUÉM VÊ.                   uiros Ueramos: “A NATO, a União Europeia e os Estados Unidos (ocidente) têm criticado veementemente a introdução de soldados norte-coreanos no conflito”, mas ainda não implementaram nenhuma medida concreta para intensificar o apoio ao esforço de guerra ucraniano. Isto é incrível…. Na prática, os russos obtêm um reforço significativo de tropas (12000 a 15000 segundo outras fontes), sem comprometer o próprio sangue russo, que é uma vantagem considerável em termos estratégicos e tácticos. Enquanto isso, a "guerra psicológica" russa sobre o Ocidente persiste, apesar da superioridade militar e tecnológica ocidental. Contudo, a Ucrânia permanece condicionada a lutar com recursos limitados, como se enfrentasse o conflito com uma “mão atada”. Esta situação levanta questões sobre como a Rússia consegue exercer influência sobre a comunicação social europeia e americana, instigando medo e incerteza nas populações ocidentais. A estratégia russa de desinformação e operações psicológicas parece ter encontrado terreno fértil, aproveitando-se de vulnerabilidades na sociedade ocidental. Basta assistir a alguns canais de televisão para perceber o quão alarmante é ver generais portugueses na reserva elogiando quase ao nível da invencibilidade  e defendendo abertamente as acções russas. O nível de infiltração russa nas Forças Armadas portuguesas deveria motivar uma investigação aprofundada por parte do Serviço de Informações de Segurança (SIS), dado o risco significativo de espionagem e influência russa no país. Como a Rússia influencia a comunicação social ocidental para incutir medo e terror? A Rússia utiliza várias estratégias para influenciar a percepção pública e amplificar a sua narrativa: Desinformação coordenada: Através de campanhas de desinformação e da proliferação de notícias falsas, a Rússia consegue manipular as narrativas globais sobre o conflito. Exploração de divisões internas: A Rússia investe na identificação e exploração de divisões sociais, políticas e económicas dentro dos países ocidentais. Essas divisões criam um terreno propício para que as narrativas de medo e incerteza ganhem força, fomentando desconfiança e oposição interna em relação ao apoio à Ucrânia. Manipulação de perceções de ameaça nuclear: A retórica nuclear russa e a ameaça implícita de escalada continuam a ser usada para intimidar, explorar a sensibilidade do Ocidente a este tema e cria uma enorme pressão pública para evitar qualquer envolvimento directo. Essas tácticas reflectem um modelo sofisticado de guerra híbrida, onde o objectivo não é somente vencer no campo de batalha, mas também desgastar psicologicamente os adversários, influenciando a opinião pública ocidental a restringir o apoio à Ucrânia. Enfim o conflito não tem fim a vista enquanto o ocidente não se capacitar que tem mesmo que intervir sem reservas, na 2ª guerra mundial os americanos demoram quase 3 anos. Na altura com um aumento massivo em recursos materiais, tecnológicos e humanos para os Aliados, mudou o curso do conflito a partir de 1942. O que estão a espera agora?               unknown unknown: Finalmente um motivo legítimo para a NATO fazer um ultimato. Se os norte coreanos não saírem do teatro de operações as tropas da aliança lutarão ao lado dos ucranianos. Era dar 48 horas e depois entravam para restituir as fronteiras reconhecidas pela Rússia na Carta da Nações Unidas.              Jorge Pereira: QUE VEXAME QUE VERGONHA PARA PUTIN: ajoelhado perante a Coreia-do-Norte a implorar por ajuda para se salvar porque a Rússia não o consegue fazer sozinha.              A D: A primeira decisão do Ocidente deveria ser sair das Nações Unidas e determinar que quem quisesse ficar que as levasse para casa, pois já não faz sentido nenhum manter um sistema erigidos por americanos, ingleses e soviéticos que ninguém respeita.

               

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