segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Tudo se comporá


Avança-se, recua-se, para o equilíbrio necessário. Não convém que as sociedades só progridam. A regressão faz parte desse equilíbrio. Deus me não castigue pelo optimismo…

A bruteza sob o manto diáfano da sociedade perfeita

Tudo voltou à normalidade. A PSP passa em carros que não interceptam. O Presidente já foi ao bairro do Zambujal. Os grupos vão deixando atrás de si um rasto de carros queimados e tiros. Tudo está bem.

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 03 nov. 2024, 07:55114

Cobertas de lama. Sentadas à porta dum estabelecimento comercial igualmente coberto por aquela pele ocre e espessa que cobre Valência e povoações limítrofes, duas mulheres fazem guarda. Esperam assim evitar que a seguir à maré de lama chegue a onda do saque ao seu negócio de bijuteria que obviamente está longe de corresponder ao conceito de artigo de primeira necessidade, mais a mais para quem está no meio duma catástrofe.

Quanto tempo é necessário para que uma sociedade deixe de funcionar? Para que se passe das regras da civilização para a lei do vale-tudo? Dir-me-ão: mas em Valência tem-se manifestado o melhor da solidariedade. Sim, é certo, mas, pergunto, quando? Há uma espécie de interstício temporal, ainda a água escorria por todo o lado e as autoridades não estavam no terreno, em que, parafraseando o título de um artigo do Observador, sem água, luz ou rede, se viveu “o apocalipse”  em localidades como Benetússer, Paiporta ou Aldaia.

Não se esperaria que escassas horas bastassem para que num país europeu se começassem a pilhar jóias, televisores ou telefones móveis. Na verdade é como se a barbárie — mexicanização chamou-lhe há dias o ministro francês do Interior, a propósito de confrontos em Poitiers envolvendo dezenas de pessoas disparando “todo o tipo de armas” — estivesse aqui sob o manto diáfano da crescente assepsia, da regulação, do discurso em que cada palavra é pesada e medida. Ou talvez o caldo de cultura da brutalização das nossas vidas seja precisamente a forma como nos agarramos a esse manto na esperança que ele nos proteja desse esboroar das regras da sociedade.

Afinal o que está a acontecer com a violência na periferia urbana de Lisboa senão o estender desse manto? Este sábado foi assim: Um homem foi baleado durante a madrugada deste sábado no bairro da Cova da Moura, Amadora, tendo dado entrada no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, com ferimentos na coxa, disse fonte policial. Segundo fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP), a vítima de 38 anos alega ter sido baleada por um homem que passou de carro e disparou contra ela, na rua principal do bairro da Cova da Moura. O homem dirigiu-se ao Hospital São Francisco Xavier pelos próprios meios, onde deu entrada pelas 06h24, com ferimentos de bala na coxa direita.  Antes que o dia acabasse outro tiroteio, desta vez no Cacém: “Uma desordem acabou, na tarde deste sábado, com um homem baleado, junto à estação da CP do Cacém, em Sintra. A vítima, de 36 anos, foi transportada ao hospital numa viatura particular e a PSP, que já identificou cinco suspeitos, reforçou o policiamento naquela área.” Na noite de quinta para sexta os incidentes tiveram lugar nos Moinhos da Funcheira, Amadora: 10 encapuzados  atiraram pedras e petardos contra carros e a porta dum prédio. Na quarta, um sem-abrigo foi esfaqueado junto ao ColomboMas já não há problema algum.  É lá um assunto entre eles e que só afecta as pessoas que vivem nesses sítios. Desde que não haja consequências políticas tudo está bem.

Por agora, e à semelhança do que já se viu noutras geografias, os grupos vão serpenteando e deixando atrás de si um rasto de carros queimados, petardos e tiros. Mesmo que morra algum dos envolvidos, a sua morte não passará das notícias sobre “rixas”. Os feridos esses agora nem incomodam o INEM: vão para o hospital pelos seus próprios meios.

Tudo voltou à normalidade. A PSP passa em carros que não interceptam ninguém. O Presidente já foi ao bairro do Zambujal. Os comentadores assanham-se com o ódio de estimação do momento — agora é o Ricardo Leãoque lhes permite dar mostras da sua superioridade retórica e intelectual. Durante algum tempo estará tudo bem, até que um facto inesperado ou uma intervenção da PSP (que é quem sobra nos periferias donde se retiram os terminais de multibanco, os CTT, as lojas e se desviam as carreiras de autocarro) gere uma nova onda de indignação e sobretudo de perplexidade perante o que sabemos que existe mas não queremos ver.

Quantos dos oito mil soldados que a Coreia do Norte enviou para combaterem na Ucrânia regressarão ao seu país? Não me refiro apenas aos muitos que provavelmente regressarão num caixão mas também àqueles que sobrevivendo se tornam testemunhas dum mundo absolutamente diverso daquele que a propaganda do regime lhes ensina. Como reagirão ao regressar à Coreia do Norte? Não sei, mas acho que não sou a única a estar na ignorância. E na expectativa.

Na Bolívia, Evo Morales está acusado de violação e abuso sexual de menores. Entre outros factos surge a acusação de Morales ter vivido com quatro menores aquando do seu exílio na Argentina, então governada por um presidente dito feminista que, depois se veio a saber, agredia sistematicamente a mulher. Para evitar que Morales compareça em tribunal, os seus apoiantes atacam agora quartéis e fazem militares como refénsNo Chile, presidente Boric é acusado de ter protegido o seu subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, envolvido num caso de abuso sexual e manipulação de provas para encobrir esse mesmo abuso. Nada disto surpreende muito e acontece em todos os quadrantes políticos. O que é diferente à esquerda é a forma como a denúncia se torna mais difícil e como os agressores, sob a capa do progressismo, contam com uma larga impunidade. Enfim, agressores podem ser todos, mas uns podem ser mais que os outros.

CRIME     SOCIEDADE     PROTESTOS     LISBOA     PAÍS

COMENTÁRIOS (DE 114)

klaus muller¨: Eu nem quero imaginar as críticas que a CS imputaria ao Governo espanhol se este fosse de direita sobre o que aconteceu e continua a acontecer em Valência. Nos saques, por exemplo, não se fala da nacionalidade dos saqueadores, argumentando que é por receio de generalizações e de ativar o ódio a determinadas etnias-coitadinhas. Dir-me-ão que há muitos espanhóis, com nomes como Abbas, Kamal, Omar, etc, que também participaram nos saques. Enfim, é o que temos ...              SDC Cruz: Mais uma excelente chamada de atenção para um mundo cada vez pior com a esquerdalha, esteja lá onde estiver, a tomar conta das ocorrências para as poder deturpar a seu belo prazer. Uma vergonha!                    Paulo Almeida: Grande trabalho da Helena, sempre a borrifar-se para o politicamente correcto. Se esta senhora fizesse comentário deste calibre, ao domingo à noite, ao invés daquele pateta do Marques Mendes, a sociedade iria acordar.             Fernando ce: Muito bem. Basta lembrar o que se passa lá pelas bandas de Coimbra. Se o personagem fosse de direita há muito estaria crucificado e, quem sabe, escorraçado do país em manifs. lideradas, por livres, manas blocos, e outros que tais.                 Tim do A: Sim, voltamos à violência diária normal. Os aldrabões dos políticos vão dizendo que Portugal, um país é um país seguro. Era-o no Estado Novo.            Nuno Silva: Pois é Helena Matos, empurra-se o lixo para debaixo do tapete para parecer tudo bem. Estamos a percorrer caminhos perigosos que nos levarão ao inferno da violência global. Quanto aos soldados norte-coreanos, mesmo que consigam sobreviver nas trincheiras, o acordo entre o fantoche norte coreano e o carniceiro do Kremlin já prevê que nenhum deva regressar à Coreia para não infectar os seus concidadãos com ideias               Alberico Lopes: Helena: que nunca lhe doam as mãos pela denúncia sistemática que consegue transmitir quanto à podridão em que vivemos! E vou ser muito assertivo: como é que a D. Helena quer que esta podridão não aumente, quando temos uma comunicação social endeusada aos extremismos esquerdistas, quando o próprio jornal Observador numa deriva de populismo mostra uma notícia em que chama   duma maneira descarada "antifascista" a um celerado terrorista/ladrão/assassino de seu nome Mortágua, quando temos uns partidos, designadamente o das filhas desse assassino que estão sempre ao lado dos "antifascistas" que vivem à custa de quem trabalha, quando temos um palhaço dum presidente que chama a c. social para mostrar que vai ao Bairro do Zambujal na  Amadora a dar abraços e beijinhos à família do tal indivíduo que até chegaram a dizer que seria um anjo, quando no fim de contas se tratava dum criminoso, mas teve vergonha de que se soubesse  que afinal também teria ido visitar (se é que foi...) ao pobre motorista da Carris que vai ficar aleijado para o resto da vida, ele que tem actualmente 39 anos? Pois é: eu se fosse da PSP ou da GNR, pode crer que também passaria sempre de carro e mesmo que visse esses criminosos a cometer os crimes, nem sequer pararia para que não viesse de seguida o Observador e o Público, já sem contar com a Lusa e o Expresso, a louvar os delinquentes "antifascistas" e a bater nas autoridades! É isto o país dos brandos costumes! Força PSP! Força GNR! Força, também, D. Helena Matos!              Rui Lima: Estou a ver  um Leão massacrado por tudo e todos e ninguém vai ver o que se faz nos outros países, não ser assim haveria um grande privilégio para os habitantes de casas sócias, vi proprietários ter de vender quando cometem crimes para pagar custos e indemnizações. Eu vou em socorro deste socialista. No país dos direitos humanos,  a França, é normal a expulsão mesmo incivilidade de trânsito basta ver e ler: “Por um comunicado de 30 de agosto, a prefeitura de Val-d'Oise anunciou a "[e] expulsão dos ocupantes da habitação social do autor" de um "rodeio" urbano, evocando uma "instrução do Ministro do Interior" e a "aplicação de uma sentença do tribunal de Pontoise". Fonte da notícia :  https://www.mercipourlinfo.fr/actualites/immobilier-logement/expulsion-des-logements-sociaux-pour-delinquance-que-prevoit-la-loi-945803                   Tim do A: É a tragédia do multiculturalismo na Europa que já chegou a Portugal. A substituição da população europeia nativa pela do ex-colonizado desejoso de vingança. Consequência da perda de orgulho dos brancos em si mesmos num estranho suicídio e desprezo por si próprios. É uma guerra não convencional que entrou na Europa pela mão das esquerdas, dos liberais globalistas e da igreja também ela em acentuada decadência. As consequências serão inimagináveis a longo prazo. Ao ponto de deixar de haver um sequer sítio bom para se viver no mundo. A Europa foi o último. É o legado que deixamos para os nossos filhos e netos. Fomos a pior geração europeia de todos os tempos.                   Américo Silva: Foi na Suécia que Assange cometeu uma violação, coisa que acontece sempre que a mulher disser que aconteceu, e é na Suécia que se contratam menores de 14 anos para abater quem se deseje, já que não podem ser julgados nem condenados, e têm mercado em toda a Escandinávia. Assim vai o mundo                       Carlos Quartel: Uma crónica para entendidos. Muito suavemente, ou talvez não, a autora caracteriza sociedades, latinos, africanos, ibéricos e não é nada meiga. O triste é que tem razão, os saques em Valência são uma vergonha, uma indicação de terceiro mundo, que nos tiram todas as ilusões. No rescaldo dum grande tsunami, no Japão, com milhares de mortos e milhões de coisas arrastadas pelas águas, as pessoas iam recolhendo coisas e iam entregá-las à polícia. Fossem ouro, diamantes ou telemóveis. Escandinavos talvez procedessem do mesmo modo. Nós ainda temos que pedalar muito, para chegar a esse nível civilizacional. Manuel Lisboa: O mundo está mal: do Cacém aos Andes. E é evidente que a maioria dos métodos de informação, dos jornais às redes electrónicas, passando por estações de rádio e canais de televisão não tratam todos da mesma forma, como a cronista, sensatamente, sublinha.              klaus muller: Uma coisa que me chocou sobremaneira nestes distúrbios em Lisboa por causa da morte do cadastrado cabo-verdiano, foi ver vídeos na Net de bandos de pretinhos que nem dez anos deviam ter numa excitação enorme a atirar pedras à polícia e a fugirem. Uma coisa é certa: com a formação de mentalidades deste tipo desde pequeninos, as consequências, principalmente para eles, não vão ser famosas.              M. Caldas: Muito obrigado, Helena! Passe um bom Domingo.             Tristão: A esquerda sempre beneficiou de um tratamento vip nos media, finalmente graças ao Observador esta tendência em Portugal ficou pelo menos amenizada, de outro modo não teríamos Helena Matos, Rui Ramos, Alberto Gonçalves, Jaime Nogueira Pinto, entre outros mais, concentrados num mesmo espaço a dar a sua visão, que goste-se ou não, não está enviesada à esquerda. Mais um motivo para regozijo de quem gosta de viver num país plural e tem à sua disposição visões diferentes do mundo e não sempre a mesma forma inclinada esquerdista.              F. Mendes: Sempre gostaria de saber uma coisa, embora me não atreva a fazer a pergunta à colunista: Quanto tempo se aguentaria a HM se na TVI, dissesse metade do que por aqui escreve? Desconfio que nem terminaria o programa em curso e seria rapidamente ejectada do painel de comentadores. No resto, excelente como quase sempre.              Antonio Sennfelt: S.Exa. o Sr. Presidente Marcelllo já foi ao bairro do Zambujal? Então estou descansado! PS: Sobretudo se lá foi dar muitos beijinhos!...              Ronin kaishakunin: Se não é banditismo sob forma de governo o que chamar ao Governo de Sanchez? Em Espanha, o governo socialista/comunista/independentista da Catalunha e País Vasco de Sanchez proibiu os militares de Cavalaria, (Brigadas motorizadas) de actuar em Valência e a zona parece estar novamente sob possíbilidade de mais chuvas torrenciais, conforme as previsões e a imagens de satélite. A Protecção Civil de Espanha no caso do desastre de Valência demorou cerca de 10 horas para avisar a população! Mostrando que por cá e por lá o socialismo apenas distribui lugares para parasitas incompetentes e criminosos, porque é de crime doloso que se trata, para justificar que afinal existem mudanças climáticas por forma a cumprir a agenda 20/30.              Pedro: A polémica é fácil de explicar. "Polícia branco mata bandido preto", é a melhor combinação possível para alimentar indignação numa sociedade conspurcada com moralismos de esquerda. E como é normal na esquerda, não resolve nada, no final fica tudo pior, mas estamos todos satisfeitos porque nos sentimos moralmente superiores e bondosos.              Miguel Ramos > Jorge Espinha: A PSP é Estado e o Estado Português é socialista e comunista, como não podia ser um problema? Mas não foi visitar o motorista da Carris - dizem que falou com a família, deve ter sido um telefonema), nem foi à Esquadra da PSP da zona mostrar solidariedade com os polícias. É um frouxo.               klaus muller > Pedra Nussapato: Vou-te ensinar uma coisa, Pedra: há três tipos de mentiras: a mentira normal, a grande mentira é a Estatística.              Coxinho: Está difícil, pois está, e compreende-se porquê. Mas é forçoso compreender que toda esta ebulição social, moral e política, que PARECE provocada pela esquerda totalitária, É MESMO provocada e estimulada pela esquerda totalitária. Porque é precisamente aí, nessa agitação toda que conduz ao caos, que a esquerda encontra os fundamentos e os recursos para se manter à tona. É óbvio: instalado o caos, a desordem, só a mão de ferro do Estado totalitário tem poder para restabelecer a ordem. É que a balela histórica dos amanhãs cantantes e outras balelas idênticas já não colam, já ninguém acredita nelas a não ser os idiotas úteis (que ainda são bastantes, concordo). Muito bom artigo, HM, e mais uma vez demonstrando a coragem que devia ser condição obrigatória para se conceder uma licenciatura em jornalismo.            Domingas Coutinho: Enquanto não houver consequências, tudo continuará na mesma. Só um aparte: não havia necessidade de o Sr. Presidente da República ir à Cova da Moura. Prestar solidariedade a quem? A quem queima autocarros, carros e espalha o terror? Além disso, isto é um caso que está na Justiça, em averiguação. E a ida lá é com que intenção? Não compreendi.     João Diogo: Mais uma crónica fabulosa, quando um comuna viola, é um carinho, se for de direita aí sim é uma violação.             Fernando Cascais > klaus muller: Bom dia Muller, atenção que podem existir diversos tipos de saque. O saque de um tipo que "rouba" dois quilos de carne maturada, um pacote de arroz integral, quatro brioches, três embalagens de queijo fatiado e uma de Roquefort, duas embalagens de presunto pata-preta  e uma ou duas garrafinhas de vinho tinto da região de Andaluzia, alentejanos reserva de preferência, um Vidigueira se houver, para almoçar porque não tem nada para comer já que as cheias lhe levaram tudo é uma coisa, outro que rouba televisões Samsung Crystal UHD de 57", IPhones 16, Samsungs Galaxy S24 Ultra e Pixels 9 Pro XL é uma coisa diferente.  Traduzindo, roubar qualquer coisita no supermercado para comer e alimentar a família que ficou sem nada para comer é uma coisa, andar a roubar telemóveis, relógios e trotinetes é outra. As pilhagens é uma coisa muito 3º mundista sempre que existem manifestações, se bem, que em Washington DC os comerciantes começaram a entaipar as montras.             Como Carlos Real: Muita coisa certa foi dita, mas o que ressalvo é o comportamento do ser humano, que rapidamente se torna um delinquente. Sobretudo nos momentos de crise, mistura-se a generosidade com a barbárie. Os roubos, as agressões e a solidariedade. Infelizmente temos a maioria dos políticos do faz de conta, como o Rangel, que não defende a expulsão dos arruaceiros das casas cedidas pela câmara. Enquanto tivermos a desgovernar, gente deste calibre, os desordeiros estão nas suas sete quintas. Fiquei  agradavelmente surpreendido que o chuchialista camarário tivesse tido a coragem de propor esta medida. Mesmo sabendo que para o ano temos eleições autárquicas. Parabéns pela iniciativa.          L Faria: Conseguem imaginar o mundo com a imbeciiiil da Kamala como presidente dos EUA? Mas é mulher, assim assim negra e principalmente de esquerda. Como tudo é maravilhoso e impune a esquerda.     klaus muller > Antonio Sennfelt: escrevi ali para baixo, as sociedades democratas-liberais mais desenvolvidas precisam do músculo da polícia e de um certo medo de cruzar linhas vermelhas. Não pode valer tudo como diz a cronista (escrevi bem, espero). Não tardará muito para eu tirar licença para uso e porte de arma. Por este andar qualquer dia temos que andar com uma e dois carregadores tipo Ruço, James Ruço. Andei a ver as Hellcat com mira infravermelhos já que sou um bocado nabo na pontaria. São porreiras para meter nos fundilhos das calças ou no cinto atrás. Têm um dispositivo qualquer que impede que um tipo, sem querer, dê um tiro nos ditos, enquanto está a conduzir. As últimas vêem com IA e fixam o alvo mesmo que este esteja em movimento. Além disso, já conseguem fazer disparos com trajectórias curvas para o caso de algum bandido se esconder atrás de uma árvore. Brincadeiras à parte, a falta de uma polícia musculada numa sociedade liberal obriga os cidadãos a armarem-se para se defenderem. Ando mesmo para tirar licença para uso de porte de arma, e gostaria muito de ter uma Helicat, mas, não se vendem nos armeiros, só indo mesmo aos Estados Unidos. Que se lixe, sempre tenho um facalhão de cozinha.        Fernando Cascais: Porra, não há por aí nenhuma viagem em saldos para o arquipélago de Bazaruto... espera, aquilo em Moçambique também anda uma grande confusão. Na minha opinião, pouco modesta, diga-se, o livre trânsito para a polícia operar nestes bairros sem medo das moralidades das esquerdas, direitas e governos fofos é o combate ao tráfico de droga.  Esta grande luta deveria estar entre as prioridades da União, com a atribuição de fundos para equipamentos e polícias. O tráfico de droga não escolhe a "Quinta da Marinha" (preciso de outras referências de bairros ricos) para traficar droga. Ah, diz o seu Zé, isso é o que tu pensas, na Quinta da Marinha também se trafica mas é da branquinha. Treta, e mesmo que fosse verdade iam buscá-la à Amadora, a não ser que entrasse pela Marina de Cascais. Bem, o combate ao tráfico de droga não é para ser seleccionado, é para operar onde for necessário. O combate ao tráfico de droga é como utilizar o aborto com os criminosos. Legalizam-se as ervas para eu poder dispensar o vinho e fumar umas ganzas legalmente e faz-se uma guerra singapurense ao tráfico de droga. Talvez se possa evitar a pena de morte. Conhecem o combate ao tráfego de droga em Singapura, certo?  Esse banana do fugitivo Costa à frente da Comissão Europeia podia anunciar como grande prioridade o combate ao tráfego de droga na União Europeia. É a única forma de evitarmos uma sociedade decadente e parca em valores morais. Seria uma forma de salvar a Europa dos seus novos cidadãos e moradores provenientes de outras paragens; na Europa existem regras e o negócio da droga é proibido. Não estou a ver o novo capeta do BE, Fabian, a pedir que se pare o combate ao tráfego de droga e que o tráfego de droga é a única subsistência para os jovens marginais, ou, delinquentes juvenis inocentes.  Digo-lhe cara Helena, combatam os traficantes do tráfico de droga que no final dessa batalha estes bairros sensíveis serão outros completamente diferentes e com a possibilidade de intervenções urbanas dos municípios e novos equipamentos urbanos, como por exemplo uma "dock station" para "bike sharing", algo completamente inimaginável aos dias de hoje, quer nestes bairros sensíveis em Portugal, quer num bairro em Maputo.              Zé das Esquinas o Lisboeta: São as fraquezas, medo e estupidez natural de quem manda, ou devia saber mandar, que potenciam a criminalidade e a desordem social. Porque ao contrário do que muitos pensam, os que são apelidados de marginais, não são obrigatoriamente pessoas com menos capacidade intelectual, às vezes é até o contrário. E lêem e sentem bem o 'medo' que a sociedade mandante tem quando respondem a uma situação adversa. E isso, estes aproveitam-se desse medo da errada interpretação dos direitos humanos, para esticar a corda e criar o caos. O pior que pode acontecer para a queda de um país dito de regime democrático que dirigentes fracos, sem pulso e medrosos. Mas sai caro a todos nós este tipo de classe política mandante. Se fosse só um problema português, ainda havia solução. O mal é que está generalizada esta mediocridade sobretudo nas chamadas democracias ocidentais.        helder carvalho: Helena Matos, uma palavra, excelente, e pouco mais. Continua a "inquietar-nos" ao fim de semana, mas continue. Se não fosse ao fim de semana seria noutro dia. Obrigado.          V M Batista:  Enigo Érrejon o famoso democrata de extrema esquerda também pode mais do que os outros.               João Alves: Sendo ele o mais alto magistrado do Estado, já foi visitar o agente da PSP que, no exercício das suas funções, disparou contra alguém, que fugiu ao avistar o veículo da PSP em que aquele seguia juntamente com um colega, só tendo parado depois de embater em viaturas estacionadas e que reagiu de forma ainda não apurada ao ser interpolado por aqueles agentes, provocando, lamentavelmente, a sua morte, e que tem sido destratado pessoal e profissionalmente nos órgãos da comunicação social e na opinião pública?               Maria Emília Santos Santos: A "esquerdalhada" está no auge do seu poder por todo o mundo! Amigaram-se com o demónio e pensam que ele tem poder para vencer, mas NÃO TEM! Legislam e tornam obrigatórias leis de destruição e morte, chamando-as de boas e bondosas! Chamam à moral, criminosa! Prendem os polícias e quem procura defender os seus bens! O objectivo é usar os terroristas para desconstruir a civilização e eles, coitados, pouco inteligentes, sem moral nem educação, caem facilmente na armadilha em troca de uns trocos que muito lhes agradam uma vez que não têm nada a perder e se sentem protegidos por esses guarda-costas escondidos e protegidos nos seus grandes e sumptuosos bunkers! Hitler mandou matar os judeus, mas os hitleres actuais, vão mais longe e querem que morram mais do que só os judeus!  Volta Jesus Cristo depressa e impõe ordem na Tua Criação! Sem Deus e sem moral, não pode haver Paz!      Eduardo Santos > Pedra Nussapato: Complementando o que o Klaus disse, lembro de um velho ditado....“Estatística é a arte de torturar os números até que eles digam o que você quer”, sendo assim, com a existente manipulação dos números, muitas vezes a Estatística pode simplesmente transformar-se em “uma maneira honesta de mentir”.               Eduardo Costa: Tudo está bem neste Reino do Portugal Falhado.....               Maria Paula Silva: Sua Exa., o PR, não só foi ao Bairro, como pediu desculpa publicamente por não comparecer no funeral de um.... criminoso!               F. Mendes > Paulo Almeida: Se ela dissesse na TV o que aqui escreve, seria imediatamente corrida!                Maria Alva > Joao Cadete: Com o enviesamento progressista da redacção do Observador, não sei não.          Maria Vilhena > Tim do A: Completamente de acordo! A Europa perdeu-se com  os políticos que apenas querem o poder e nada mais. Foram atrás de lobys ambientalistas e da multiculturalidade e o resultado está à vista. Venderam-se aos chineses, aos Russos e agora,  nem energia, poder económico, nem armas para se defenderem. Sempre tiveram as costas largas, contando com os EUA, por isso é que são contra Trump. Estão assustados! Resultado de andarem preocupados apenas com o seu poder.             josé cortes: Caríssima HM, nenhum norte-coreano regressará a casa, veja as notícias e o relato do único (de 40) militar que regressou de um raid em Kursk. Ele viu corpos de russos já com erva crescida por cima: são de antes da primavera.

 

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