Veja Taiwan como mais um oásis
paradisíaco para o seu próprio espaço de promenades comme il faut, para
as suas ânsias de dominação terrena abrangentes, e sem se importar com a
questão chinesa em si, nem com as ânsias pátrias do Xi – conquanto seu amigalhaço, mesmo que não do
peito, inchado de racismos e outras razões específicas de trapalhice e presunção
- para recuperação desses espaços chineses passados. Dizia eu que, a menos que
fosse para a diversão trumpista – e lembro, em paralelo, o nosso próprio caso interno
da tartaruga dos passeios soaristas - nunca Trump iria colaborar com o Xi para a recuperação chinesa de
Taiwan – aliás, como fez o seu antecessor Biden, nem sei bem por que motivo,
que não sou mexeriqueira e me contento com o estatuto de ignorante, em
conformidade modesta com o socrático “só sei que nada sei”, mas de dimensão inexoravelmente
mais ampla, confesso isto com profunda mágoa.
Mundo / Estados
Unidos da América
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Trump não se compromete em impedir
hipotética invasão chinesa de Taiwan
China e Taiwan coexistem desde 1949 como governos separados, mas
Pequim reivindica a ilha. Os Estados Unidos são o principal fornecedor de apoio
militar e económico de Taiwan.
OBSERVADOR, 26 fev. 2025, 21:48 2
Pequim intensificou a sua pressão
militar e política sobre Taipé nos últimos anos, enviando regularmente navios
de guerra e aviões de combate para a zona em torno de Taiwan
AL DRAGO / POOL/EPA
O Presidente norte-americano, Donald Trump, evitou esta quarta-feira
comprometer-se em impedir uma eventual invasão chinesa de Taiwan, notando a “óptima
relação” com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, defensor da necessidade de
reintegrar o território com governo autónomo na China.
“Não me quero colocar nessa
posição”, respondeu o republicano quando
questionado pelos jornalistas na Casa Branca se assumiria o compromisso de que
Pequim não invadiria a ilha durante o seu mandato.
“E se o dissesse, certamente não o diria a si. Di-lo-ia a outras pessoas,
talvez a pessoas sentadas à volta desta mesa”,
acrescentou Trump, que afirmou a “óptima relação” com Xi Jinping e expressou
o desejo de uma visita do seu homólogo aos Estados Unidos.
Trump estimou ainda como “muito
boa” a relação entre os dois países. “A
relação que teremos com a China vai ser muito boa. Queremos uma boa relação com
a China”, insistiu.
Quanto à guerra comercial
com Pequim, o governante manifestou o desejo de ver empresas chinesas a
aumentar os seus investimentos nos Estados Unidos. “O que não queremos é que eles se
aproveitem de nós”, afirmou.
Os militares chineses realizaram esta quarta-feira manobras surpresa de
fogo real ao largo da costa sul de Taiwan, no mesmo dia em que altos
responsáveis do Partido Comunista apelaram a um redobrar de esforços para
conseguir a “reunificação” da ilha, que consideram uma província sua.
Os Estados Unidos são o principal fornecedor de apoio militar e
económico a Taiwan, embora não reconheçam oficialmente a
independência de Taiwan.
Recentemente, o Departamento de
Estado modificou o seu site e retirou uma frase sobre os Estados Unidos
não apoiarem a independência do território, um gesto que foi repudiado
por Pequim.
A 31 de dezembro de 2024, num discurso de Ano Novo, o Presidente
chinês afirmou que “ninguém pode impedir” a “reunificação” de Taiwan.
“Os chineses de ambos os lados do Estreito de Taiwan são uma só
família. Ninguém pode quebrar os nossos laços de sangue e ninguém pode parar a
tendência histórica da reunificação da pátria”, declarou no discurso transmitido
pela imprensa estatal.
China
e Taiwan coexistem desde 1949 com governos separados, mas Pequim reivindica a
ilha como parte integrante do seu território e não exclui a possibilidade de
recorrer à força para “reunificar” o território.
Pequim intensificou a sua
pressão militar e política sobre Taipé nos últimos anos, enviando regularmente
navios de guerra e aviões de combate para a zona em torno de Taiwan.
Historicamente, os
Estados Unidos têm mantido uma política de “ambiguidade estratégica” relativamente a uma possível intervenção
militar no caso de Taiwan ser atacada pela China.
ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA MUNDO CHINA XI JINPING DONALD TRUMP
COMENTÁRIOS:
Lily Lx: Espero que não! Taiwan tem direito à sua
independência, liberdade e segurança!
José B DiasLily Lx: A Catalunha também ... e o País Basco ... e a
Córsega ... e a Bretanha ... e a Escócia ...
José B Dias: “E se o dissesse, certamente não o diria a si.
Di-lo-ia a outras pessoas, talvez a pessoas sentadas à volta desta mesa” Parece-me um tudo diferente do que se pode ler
no título desta peça ... e o título nem sequer é da Lusa!
João Vaz: Ora aqui está uma boa notícia para nós. É desta
que recuperamos Olivença. Toca a avançar, e em força, porque está visto que os
espanhóis não poderão contar com o apoio norte-americano. Olivença vai ser
nossa outra vez!
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