A maldade humana
dos Putins e C.ia, se a própria Terra também revela o seu lado tortuoso. Mas contra
a maldade da Terra talvez os homens possam lutar. E convencer.
Crateras ameaçam centenas de casas em região amazónica
do Brasil. Moradores já começaram a ser retirados
Habitantes de Buriticupu enfrentam
força da natureza que ameaça centenas de casas junto a erosões do solo.
Autoridades já retiraram pessoas da zona, mas olham com impotência para o
fenómeno.
OBSERVADOR, 25
fev. 2025, 13:33
Solos arenosos da região são vulneráveis
à chuva e outros factores externos e por isso acabam corroídos lentamente
@chikistrakiz
As autoridades do estado do Maranhão,
na região amazónica do Brasil, declararam estado de emergência depois de enormes
crateras se formarem, ameaçando centenas de casas cujas construções estão em
risco devido à proximidade de buracos de grande profundidade que crescem de dia
para dia.
Estas erosões no solo, conhecidas no
Brasil como “voçorocas” — palavra de
origem indígena que significa “rasgar a
terra” — são o resultado de um problema que não é novo e que os 55 mil
habitantes da cidade de Buriticupu observam há várias décadas.
Os solos arenosos da região são vulneráveis à chuva e outros factores
externos que os corroem lentamente. Também a desflorestação,
que afecta a Amazónia em larga escala,
e as construções
com fundações mal planeadas,
fazem com que o terreno daquela zona seja altamente instável.
“Nos
dois últimos meses, as dimensões [das crateras] aumentaram exponencialmente,
aproximando-se substancialmente das residências”,
lê-se no decreto de emergência emitido pelo governo municipal no início deste
mês, citado pela Reuters, que esteve em
reportagem no local.
Em declarações àquela agência
de notícias, Marcelino Farias, geógrafo e professor da Universidade
Federal do Maranhão, justifica o aumento preocupante de
dimensão das crateras com o período de chuva intensa.
“Tem esse perigo bem na nossa frente,
e ninguém sabe onde esse buraco se está a abrir por baixo”,
afirmou ao mesmo órgão de comunicação social Antónia dos Anjos, que mora em
Buriticupu há 22 anos.
Neste momento, 1.200
pessoas correm o risco de perder a sua casa. Aquelas que vivem mais perto das formações de crateras ou já foram
entretanto retiradas das casas ou estão prestes a ser, já que correm risco de
vida se permanecerem no local.
Nas redes sociais, a
prefeitura de de Buriticupu apela à mobilização e
à “busca de medidas concretas para conter o avanço da degradação do solo,
garantindo protecção para as famílias afectadas e promovendo o desenvolvimento
sustentável da cidade”.
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