terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Na verdade

 

Estranhei a inesperada frase seguinte do texto do Dr. Salles: «O Serviço Militar «Obrigatório é a maneira mais expedita para encher as fileiras das Forças Armadas ocidentais de elementos ideologicamente afectos ao inimigo.».

Jamais me passaria pela cabeça tal reflexão, pois sempre cuidei que o Serviço Militar Obrigatório apenas teria subjacente a ideia de defesa da Pátria a que pertencemos desde a sua formação de séculos, embora, eventualmente, pudessem existir impulsos de auxílio a quem foi cobardemente atacado, como no caso da Ucrânia pela Rússia nos tempos de hoje, impulsionador de meritória indignação forjadora de desejos de auxílio a um povo cobardemente maltratado. O certo ´é que gostaria que tal questão, que não entendi, no alheamento próprio talvez da ignorância de tais desastres educativos que tais actos pressupõem, fosse mais desenvolvida pelo Dr. Salles, como aspecto negativo de extraordinária dimensão, se for essa uma realidade conhecida, e sem retaliação pelos chefes do país.

ÀS ARMAS! ÀS ARMAS! – 4

HENRIQUE SALLES DA FONSECA

A BEM DA NAÇÃO, 03.02.25

Será noutro texto que voltarei a abordar o Serviço Obrigatório à Nação, mas agora refiro-me apenas à componente mais sensível, a militar.

E, mesmo assim, apenas às Forças Armadas ficando as Forças de Segurança para essa outra ocasião.

O Serviço Militar Obrigatório é a maneira mais expedita para encher as fileiras das Forças Armadas ocidentais de elementos ideologicamente afectos ao inimigo.

A porta de acesso às nossas Forças Armadas deve ser estreita e munida de crivo fino que garanta a pertença dos candidatos aos Valores ocidentais. Não está em causa o bem que faria à juventude portuguesa (disciplina, sentido do dever…) cumprir o Serviço Militar; o que importa aqui é a utilidade dessas pessoas às Forças Armadas. A missão essencial das Forças Armadas é o combate pelo que as suas Unidades Operacionais constituem o seu cerne; tudo o que não seja operacional é auxiliar. São operacionais os que calçam «botas no terreno», os que os abastecem (desde o pão à munição); são operacionais todos os que fazem mexer os hospitais de campanha (desde o maqueiro ao cirurgião); são operacionais todos os que estão ao serviço directo dos equipamentos de combate e são da maior relevância operacional as chamadas «tropas de elite» (os Comandos do Exército, os Fuzileiros da Marinha, os Paraquedistas da Força Aérea - e não esqueço os GOEs da PSP).

Estas, as Forças de 1ª Linha com que podemos contar na nossa defesa. E só!
(continua)
Fevereiro de 2025

COMENTÁRIO:

francisco amorim 03.02.2025 16:29: Há 72 anos estava eu cumprindo o meu dever em CV 7

Antonio Fonseca 04.02.2025  13:56: Doutor Henrique Salles da Fonseca, duas observações - 1. tem toda a razão para se preocupar com a lealdade de um sector (tamanho indeterminado) de cidadãos na sociedade actual da Europa, dada a diversidade da composição do tecido social, onde, infelizmente, constam indivíduos com antipatias atavistas pela sociedade que os acolheu . 2. Os conflitos do futuro serão decididos nas salas climatizadas de operações do alto comando militar e por isso é mister dar prioridade a este aspecto de intervenção, sem descuidar do outro. Obrigado.

Adriano Miranda Lima 05.02.2025 16:41

O meu comentário deve ter levado descaminho ou então cometi um erro qualquer ao clicar para o seu envio.

Resumindo agora o que escrevi, acho que o critério de selecção para o serviço militar obrigatório não poderá discriminar em função de eventual simpatia para com o inimigo, que neste caso é declaradamente russo. Haverá, claro, putinistas entre nós (pois se até temos 2 majores-generais tendenciosos nas suas análises...), assim como há sobreviventes, ou salvados, do comunismo, que ainda olham para a mãe
Rússia sob uns quaisquer enigmáticos auspícios, esquecendo que os lá exercem o poder mandaram às urtigas o comunismo e são todos cleptocratas, à custa do povo. Em todo o caso, uma vez nas fileiras, creio que a instrução militar terá o condão de anular comportamentos desalinhados. Salvo se for o caso de agentes reconhecidamente comprometidos com a espionagem. Para terminar, resta acrescentar que os pára-quedistas foram integrados no Exército há cerca de 30 anos. Um abraço amigo Adriano Lima

Henrique Salles da Fonseca

terça, 4/02, 14:30 (há 2 dias)

Para mim

Henrique Salles da Fonseca deixou um novo comentário na sua postagem:

"Na verdade": Durante décadas e décadas os inimigos da Europa infiltraram-se à custa da liberdade que por cá encontraram e são os seus herdeiros ideológicos que nos vão trair por dentro das nossas Forças Armadas. Desenvolverei o tema em textos posteriores. Henrique Salles da Fonseca


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