Estranhei a inesperada
frase seguinte do texto do Dr. Salles: «O
Serviço Militar «Obrigatório é a
maneira mais expedita para encher as fileiras das Forças Armadas ocidentais de
elementos ideologicamente afectos ao inimigo.».
Jamais me passaria pela cabeça tal
reflexão, pois sempre cuidei que o Serviço
Militar Obrigatório apenas teria subjacente a ideia de defesa da Pátria a
que pertencemos desde a sua formação de séculos, embora, eventualmente,
pudessem existir impulsos de auxílio a quem foi cobardemente atacado, como no
caso da Ucrânia pela Rússia nos tempos de hoje, impulsionador de meritória
indignação forjadora de desejos de auxílio a um povo cobardemente maltratado. O
certo ´é que gostaria que tal questão, que não entendi, no alheamento próprio
talvez da ignorância de tais desastres educativos que tais actos pressupõem,
fosse mais desenvolvida pelo Dr. Salles, como aspecto negativo de extraordinária dimensão,
se for essa uma realidade conhecida, e sem retaliação pelos chefes do país.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 03.02.25
Será noutro texto que voltarei a abordar
o Serviço Obrigatório à Nação, mas
agora refiro-me apenas à componente mais sensível, a
militar.
E, mesmo assim, apenas às Forças Armadas ficando as Forças de Segurança para essa outra ocasião.
O
Serviço Militar Obrigatório é a
maneira mais expedita para encher as fileiras das Forças Armadas ocidentais de
elementos ideologicamente afectos ao inimigo.
A
porta de acesso às nossas Forças Armadas deve ser estreita e munida de crivo
fino que garanta a pertença dos candidatos aos Valores ocidentais. Não está em
causa o bem que faria à juventude portuguesa (disciplina, sentido do dever…)
cumprir o Serviço Militar; o que importa aqui é a utilidade dessas pessoas às
Forças Armadas. A missão essencial
das Forças Armadas é o combate pelo que as suas Unidades Operacionais
constituem o seu cerne; tudo o que não seja operacional é auxiliar. São operacionais os que calçam «botas no terreno», os que os abastecem
(desde o pão à munição); são operacionais todos os que fazem mexer os hospitais de campanha
(desde o maqueiro ao cirurgião); são operacionais todos os que estão ao serviço directo dos
equipamentos de combate e são da maior relevância operacional as chamadas «tropas de elite» (os Comandos do Exército, os Fuzileiros da Marinha, os
Paraquedistas da Força Aérea - e não esqueço os GOEs da PSP).
Estas,
as Forças de 1ª Linha com que podemos contar na nossa defesa. E só!
(continua) Fevereiro de 2025
COMENTÁRIO:
francisco amorim 03.02.2025 16:29:
Há 72 anos estava eu
cumprindo o meu dever em CV 7
Antonio Fonseca 04.02.2025 13:56: Doutor Henrique Salles da Fonseca, duas
observações - 1. tem toda a razão para se preocupar com a lealdade de um sector
(tamanho indeterminado) de cidadãos na sociedade actual da Europa, dada a
diversidade da composição do tecido social, onde, infelizmente, constam
indivíduos com antipatias atavistas pela sociedade que os acolheu . 2. Os
conflitos do futuro serão decididos nas salas climatizadas de operações do alto
comando militar e por isso é mister dar prioridade a este aspecto de
intervenção, sem descuidar do outro. Obrigado.
Adriano Miranda Lima 05.02.2025 16:41
O meu comentário deve ter levado descaminho
ou então cometi um erro qualquer ao clicar para o seu envio.
Resumindo agora o que escrevi, acho que
o critério de selecção para o serviço militar obrigatório não poderá
discriminar em função de eventual simpatia para com o inimigo, que neste caso é
declaradamente russo. Haverá, claro, putinistas entre nós (pois se até temos 2
majores-generais tendenciosos nas suas análises...), assim como há
sobreviventes, ou salvados, do comunismo, que ainda olham para a mãe
Rússia sob uns quaisquer enigmáticos auspícios, esquecendo que os lá exercem o poder
mandaram às urtigas o comunismo e são todos cleptocratas, à custa do povo. Em
todo o caso, uma vez nas fileiras, creio que a instrução militar terá o condão
de anular comportamentos desalinhados. Salvo se for o caso de agentes reconhecidamente
comprometidos com a espionagem. Para terminar, resta acrescentar que os pára-quedistas
foram integrados no Exército há cerca de 30 anos. Um abraço amigo Adriano Lima
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terça, 4/02,
14:30 (há 2 dias) |
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Henrique Salles da Fonseca deixou um
novo comentário na sua postagem:
"Na verdade": Durante décadas e décadas os inimigos da Europa infiltraram-se à custa da liberdade que por cá encontraram e são os seus herdeiros ideológicos que nos vão trair por dentro das nossas Forças Armadas. Desenvolverei o tema em textos posteriores. Henrique Salles da Fonseca
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