De Luís Montenegro, em meio de um sorrisinho superior, de quem se revê apenas em si, e se está nas tintas para os mais – já o provou aquando do concurso para PM – e, pois, de uma auto-suficiência indiferente aos mais, inclusivamente a esse PR da sua escolha, visto que este lhe não fará jamais sombra, no ridículo de uma actuação meio aparolada, como comentador político, que de tudo opina, sorridentemente, numa aparência de saber decente, de moralista por vocação, de despejo convicto e sem desacato. Luís Montenegro insiste que Marques Mendes "preenche em absoluto os requisitos" para Presidente da República, porque terá nele um cordeirinho sorridente e educado, palrador por convicção, atento, venerador e obrigado, a quem tratará com cordialidade indiferente e tranquila, tal como lhe é indiferente a opinião do público, seu “governado”, a respeito dessa decisão irrevogável, em matreiro “sim é sim” caprichoso e fútil. Talvez condizente, afinal, com o nosso provincianismo a merecer desdém.
Primeiro-ministro realçou que a
"eleição está aberta" para Belém. No encontro informal de líderes da
UE, Montenegro deixou também críticas às tarifas dos EUA e defendeu maior
desregulação para a UE.
OBSERVADOR,
4/2/25
Em declarações à margem do retiro de líderes da União Europeia, em
Bruxelas, o primeiro-ministro vincou também a sua esperança nas capacidades de
Marques Mendes superar as previsões que têm sido traçadas pelas sondagens e que
apontam de forma unânime o almirante Gouveia e Melo como principal favorito.
“Se fôssemos fazer política
tomar decisões com base nas sondagens estaríamos ao sabor do vento. Há uma
coisa que podemos extrair como conclusão desses estudos: é que a eleição
está aberta. Não há nenhuma dessas candidaturas que se
perfila que esteja perto de obter metade dos votos mais um, ou seja, que haja
um desfecho à primeira volta”, explicou.
Na despedida do seu programa de
domingo à noite, o ex-líder do PSD
definiu um lema para a sua candidatura à Presidência, elogiou os que o apoiam e
deixou avisos ao almirante, que confia que pode vencer.
Tarifas
dos EUA? “Não é preciso ser um Prémio Nobel da Economia…”
Com alguma ironia à mistura,
Luís Montenegro não deixou de fazer um reparo à anunciada intenção de Donald
Trump aplicar tarifas comerciais aos produtos da União Europeia (UE). O
primeiro-ministro português notou que isso vai ter repercussões negativas para
os próprios Estados Unidos e que a UE precisa de assumir uma posição conjunta. “É minha convicção que o aumento das tarifas
que a administração americana vem anunciando não favorece a própria economia
dos EUA, mas isso é uma decisão que compete à administração e que temos de respeitar”, observou.
Sublinhando a importância de
EUA e Europa manterem a capacidade de diálogo comercial e político, Montenegro
garantiu que as ameaças de Trump nessa matéria “estão a ser levadas a sério”,
mas que a sua concretização “não será muito auspiciosa para a consolidação de
ciclos de crescimento económico que sejam duradouros”.
“A
administração tem toda a legitimidade, é preciso respeitar as suas posições,
mas isto é um diálogo evolutivo. Não é preciso ser um prémio Nobel da Economia
para perceber que o aumento das tarifas sobre produtos que colaboram para a
formação do preço do lado das indústrias americanas vai impactar um aumento de
preços. Já aconteceu isso quando a primeira administração Trump esteve em
funções”, lembrou.
No
entender de Luís Montenegro, a Europa deve avançar com “soluções de
concertação” com os EUA e
que isso é necessário para os dois lados do Atlântico se manterem fortes a
nível económico. Todavia, o líder do Governo destacou
também os “muitos desafios” que Bruxelas enfrenta, face aos motores económicos
“engripados” de França e Alemanha, e que a Europa precisa de desregular a
economia para se conseguir manter competitiva.
“É preciso olhar para as questões com realismo: a Europa, nos últimos
anos, teve excesso de regulamentação e objectivos talvez demasiado ambiciosos
naquilo que diz respeito a ter regras similares aos outros blocos comerciais. E
isso fez com que, por exemplo, em algumas tecnologias de ponta, a China e os
EUA estejam mais avançados do que nós, veja-se o caso da inteligência
artificial”, referiu.
Nesse sentido, apelou ao avanço
em duas reformas económicas comunitárias, perante o investimento privado
“altamente limitado” a nível europeu. “Por
isso é tão importante terminarmos de vez a união bancária e podermos
incrementar um mercado de capitais comum, porque grande parte do capital
europeu é investido na bolsa de Nova Iorque. A Europa tem de ter capacidade de
olhar para isto e de se entender”, concluiu.
ECONOMIA POLÍTICA LUÍS MONTENEGRO
COMENTÁRIOS (de 33)
João Floriano > Nuno
Borges: Deixa-os
andar. Vai ser um choque muito duro com a realidade. No caso do Montenegro pode
ser que lhe passe a cegueira do Não é Não. Para mim é incompreensível como é
que o PSD com um governo tão bom, tão competente, tão empreendedor, não descola
do PS. Mistério!!!!! Nuno
Borges: Mini Mendes
representa a política de imigração de porta aberta. A imigração representa o
fim de Portugal como país europeu. Gabriel
Madeira: Só se for
para ele. Eu, enquanto eleitor AD/PSD (até à data, mas nem sempre), já sei que
nele não voto. Luis Santos: Os requisitos são pequenos , por isso Marques Mendes
está dentro das expectativas.
João Floriano: Precisamente.
Preenche tanto os requisitos para ser PR como Montenegro preenche para ser PM.
É o mesmo caso. Guilherme Machado: Na
situação em que a instituição presidência da República se encontra nos dias que
correm acho que o único requisito para ser candidato é ter dois olhos e mesmo
assim eles funcionarem bem é opcional.
André Ondine: Eu
tenho gostado do Governo de Montenegro. Julgo que é um homem sério e
comprometido com a sua missão. Mas não tem razão. Marques Mendes não cumpre os
requisitos. Marques Mendes é um Marcelo versão recauchutada, talvez menos
histérico. Não é isso que Portugal precisa. Portugal precisa muito mais que
Montenegro consiga convencer Leonor Beleza, Manuela Ferreira Leite, Passos
Coelho, outras figuras tutelares do PSD que estejam acima da trica política,
que estejam acima da bolha política e mediática, que não sejam reféns da suas
necessidade de popularidade.
Portugal precisa de figuras que se estejam a tramar para aquilo que
pensa o Pacheco Pereira, o Marques Lopes e esses tontos todos. Precisa de gente acima disso,
capazes de ser moderados e de promover moderações, consensos, sensatez.
Portugal está a viver de extremos, de gente muito pouco sensata dada a opiniões
condicionadas pelas bolhas mediática e políticas. Precisamos de alguém imune a
isso. E Marques Mendes não o é. Pelo contrário. Aliás, um dos defeitos de Luis
Montenegro é a mania de se rodear de algumas pessoas de gosto duvidoso. Marques
Mendes não lembra ao diabo.
Antonio C.: Um presidente-comentador já foi o suficiente,
obrigado. Next!… Eduardo
Cunha: Montenegro com este apoio só
demonstra que o psd é, tal como o os, um ninho de ratos. Mendes tem um passado
politico que foi e é uma nódoa. Só admito o apoio de Montenegro a Mendes, se
for para queimar de vez a criatura. maria
santos: Montenegro é jurista e devia ter mais cuidado no modo como se expressa
politicamente. Claro que sim, Marques Mendes preenche os requisitos
gerais exigíveis para PR. Estão fixados no artº
122º da CRP - São elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem,
maiores de 35 anos. Todavia, não preenche os requisitos
específicos exigíveis neste momento por parte muito considerável de
portugueses, que anseiam na política por quem venha
pôr ordem na casa. Não são os portugueses que têm de se adequar ao
contexto do PSD de Montenegro/"não, não", é o Primeiro Ministro que
tem de entender que os portugueses estão saturados da avassaladora
incompetência da governação do PS e do impasse do PSD em funções. Temos pena
e temos tempo. Cisca
Impllit: Mas, não enche as medidas aos eleitores. Leva um arraso do Almirante que
anda de lado. João
Alves: preenche em absoluto os requisitos. De ser do PSD. De resto nada mais. Pedro Abreu: O problema é que não preenche
requisitos do que seja. É uma nulidade politicamente correta, sonsa sem
chama, sem rasgo, que mais não vai fazer que envergonhar o PSD. No fundo, é uma
meia dose de tudo. Maria
Paula Silva: Montenegro está lá tão em cima que não consegue ver que Marques
Mendes preenche apenas metade dos requisitos. graça
Dias: Luís Montenegro errou estrondosamente na escolha de MM. Carlos
Medeiros: Marques Mendes gostava era do Costa. Montenegro tem boa boca, ainda vai
morrer politicamente engasgado.
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