Toda a análise do momento actual dos
países europeus, que se desleixaram pouco saudavelmente nas questões da
militarização. Infelizmente, por muito democráticos que queiram parecer - caso
dos países do ocidente europeu - as convulsões permanentes internas e
exteriores obrigam a que cada país se proteja contra eventuais “invasores”. Cá
por casa, já foi assim no passado, não sabemos hoje como será dentro em pouco.
Daí, as naturais advertências e apelo “ÀS ARMAS” deste trabalho necessário de
um honesto e precavido ex-batalhador, e, sobretudo, amante do seu país. Igualmente
impecável a síntese de ADRIANO MIRANDA LIMA. Ambos heróis da palavra hoje,
certamente que ontem o tendo sido da acção também.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 10.02.25
O Trabalho de casa que o Bloco
Democrático Europeu (BDE) tem agora de realizar é eminentemente político e
consiste na revisão desse procedimento a que se chama o «politicamente correcto» e que, afinal, é a tolerância para com os
intolerantes, sejam estes radicais de direita ou de esquerda. Não se
trata de limitar a liberdade mas apenas de opor resistência aos actos de quem
quer destruir essa mesma liberdade.
Pego em António Gramci que
abandonou a mobilização do proletariado inculto e se passou para a mobilização
dos jornalistas, ou seja, para quem tem o poder de manipulação da opinião
pública. O reino da manipulação da opinião pública assenta na
sacralização da liberdade de imprensa e na diabolização da censura interna nos
órgãos da comunicação. E o abuso dessa liberdade incontida levou-nos à actual
situação que é o reino das «fake news». E agora? Agora há que criminalizar a notícia comprovadamente falsa; há que
dar aos proprietários dos órgãos de comunicação a obrigação inalienável da
definição da respectiva linha editorial à qual os redactores se deverão cingir
sob pena de despedimento com justa causa. ***
A imigração é outro
tema que merece a nossa (os
do BDE) reflexão uma vez que o «politicamente correcto» se deixou embalar na
falácia(e não necessariamente um sofisma) de que a Europa devia ser a
casa-refúgio da Humanidade. Os caixotes do lixo em chamas desmentem essa fantasia. Mas se
isto se refere ao passado, é sabido que no presente a imigração é
negócio do tráfico humano constituindo,
pois, um «caso de Polícia». Quanto ao futuro, banido o
multiculturalismo do quadro institucional, a imigração deverá cingir-se às
necessidades europeias. ***
Finalmente – e porque estamos em
tempos de guerra – temos MESMO que nos rearmar. Parece
fundamental que, também neste particular, os países europeus se devem
coordenar. E aqui deixo a sugestão de Reactivação e militarização
dos estaleiros da Margueira em cujas docas secas cabe com folga o maior navio
da NATO.
Não fomos nós, europeus ocidentais, a
iniciar o conflito mas agora temos de ripostar para salvar nos a nossa própria
pele. ÀS ARMAS! ÀS ARMAS!
Fevereiro de 2025 Henrique Salles da
Fonseca
3 COMENTÁRIOS
Adriano
Miranda Lima 10.02.202516:40: Foram aqui
abordadas 3 questões fundamentais e de magna importância. Uma prende-se com a manipulação das opiniões públicas através das
redes sociais com recurso sistemático aos "fake news". Aqui
reside uma flagrante e perigosa vulnerabilidade para a democracia, cabendo, de
facto, ao jornalismo verdadeiro reafirmar o seu papel, pondo os pontos nos
"is" em ordem a pugnar pela verdade em defesa da democracia. A outra questão prende-se com uma
definição clara e sem ambiguidade de uma política de emigração a contento do
interesse do país, daí que ela tenha de ser convenientemente controlada, sob
pena de o próprio emigrante se tornar refém da exploração de redes
escravizantes. Por último, a
questão da Defesa nacional não pode continuar a ser postergada. Retomar,
por exemplo, as indústrias do sector, com investimentos adequados e
naturalmente em coordenação com o projecto global europeu, até pode significar
ganhos de retorno para a economia. Mas
continuo a afirmar que neste momento a maior dificuldade está no angariamento
de pessoal para as Forças Armadas, pelo que me parece inevitável a reactivação
do serviço militar obrigatório. E sem ambiguidades e subterfúgios.
Antonio
Fonseca 11.02.2025 13:54: Até que
enfim, folgo ver que a Europa está a acordar aos 3 riscos que o Doutor Henrique
Salles da Fonseca se refere neste artigo. São riscos existenciais em avançado
estado de minar as bases das sociedades do Continente. O que não é certo é 1. se as medidas necessárias serão adoptadas
com a necessária firmeza e diligência (ou ficarão à mercê dos Parlamentos
fracturados) e 2. virão a
tempo de tirar a iniciativa das mãos das organizações extremistas que estão a
brotar pela Europa. E espero que os dirigentes da Comunidade se apercebam a
sério do aviso do Papa João Paulo II - A EUROPA TEM DE RESPIRAR COM OS DOIS
PULMÕES. Disto dependerá se a Europa será uma sociedade do FUTURO ou
uma lembrança do PASSADO.
Anónimo, 14.02.2025 18:24: Mas alguém em
Portugal está interessado em cumprir o serviço militar obrigatório? Se não
estão inclinados para trabalhar no campo (isso é para os estrangeiros mal pagos
do Bangladesh) iriam agora pegar em armas? Já basta o trauma causado pela longa
guerra colonial que dizimou 10. 000 soldadinhos de chumbo no Matadouro
africano. Maria
Esteves Bragança
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