sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Ingovernáveis

 

Está visto. Cada um puxando a brasa à sua sardinha, uma direita que parece não se preocupar tanto com o país, mas consigo apenas, em substituição dos anteriores, nos mesmos objectivos de engorda que promoveu esses. Será? Mas não esqueço que ouvi um dia André Ventura afirmar que seria “primeiro-ministro” - não sei se no mesmo objectivo ambicioso, afinal, de todos, direita, centro, esquerda e companhia. O próprio AHC, que sempre pareceu dotado de bom senso, em vez de promover uma “direita” de união que acolhesse também o “Chega”, em termos de luta sensata por um país que se opusesse a essa “esquerda” de decadência moral, económica e social em que estamos mergulhados, nesta sua crónica um tanto enviesada, favorece a antipatia pelo Chega, que Luís Montenegro caprichosamente também repele, talvez com receio de ser preterido na chefia, por um, nem sempre comedido, André Ventura. Ingovernáveis, é isso que somos, e continuaremos, com a vitória do PS e seus acólitos. Pobre nação portuguesa!

Os anti-democratas à espreita

Se o CH obtiver uma expressão eleitoral significativa nas próximas legislativas, é provável que se multipliquem os protestos intimidatórios nas ruas, sob o estandarte fascizante do "anti-fascismo".

ALEXANDRE HOMEM CRISTO Colunista do Observador

OBSERVADOR, 01 fev. 2024

Observa-se um número crescente de revelações de ódio e de intolerância no espaço públicoSó nos últimos dias, viram-se slogans anti-semitas numa grande manifestação no Porto, viu-se um outdoor político a ser queimado no centro de Lisboa e vê-se ainda o imbróglio institucional causado pela convocação de uma manifestação “anti-islâmica” no Martim Moniz, entretanto proibida pelas autoridades por motivos de segurança pública. O ambiente tóxico das redes sociais instalou-se nas ruas. Multiplicam-se expressões que exibem visões anti-democráticas e anti-sistémicas, alimentadas por xenofobia ou ressentimento social. E, pior ainda, com aparente adesão popular. Os radicalismos estão a sair das franjas da clandestinidade e a reclamar o seu espaço de intervenção no centro do debate público. Seria um erro subestimar os riscos que aqui se escondem.

O primeiro risco é o de contágioPor mais que a mensagem subjacente destes movimentos seja anti-democrática e anti-sistémica, os partidos democráticos e com representação parlamentar hesitam em distanciar-se de forma firme, possivelmente para não hostilizar eleitorado que pretendem cativar. Na manifestação pela Habitação, no Porto, isso foi evidente entre partidos da esquerda parlamentar que, tendo participado nas acções de rua, optaram por não repudiar as mensagens de ódio anti-semita que então foram exibidas — é mais confortável desvalorizar ou alegar desconhecimento. Independentemente de avaliações partidárias que se possam fazer, o silêncio parece-me sempre um erro, sobretudo da parte de quem integra órgãos de soberania democráticos. Afinal de contas, entre o silêncio e a cumplicidade vai uma distância curta. No mínimo, ajuda a que tais radicalismos se sintam legitimados. No máximo, pode ser uma mera questão de tempo até que tais radicalismos penetrem nas franjas dos próprios partidos.

O segundo risco é o da publicidadeDenunciar corresponde frequentemente a chamar a atenção para o conteúdo denunciado — e, consequentemente, a aumentar o seu alcance. Esta semana, quando um grupo extremista auto-denominado “anti-fascista” incendiou um outdoor do CH, glorificando a violência nas ruas e menorizando a democracia parlamentar, as imagens circularam amplamente, com dois efeitos perversos: o de maximizar o número de visualizações do comportamento intimidatório dos extremistas e o de justificar um discurso de vitimização por parte do CH que, como partido populista e alvo do ataque, se alimenta precisamente destes ambientes hostis e persecutórios. Pior era difícil: ganham ambos e, por isso, ambos têm todos os incentivos para elevar a crispação e gerar novos episódios de violência. Como travar isto? Deixar de o noticiar ou repudiar publicamente não pode ser opção. Falta encontrar um equilíbrio que não converta esse repúdio em combustível para mais radicalismo.

O terceiro risco é o da prova de conceitoO radicalismo anti-democrático germina sob o pressuposto de que as instituições democráticas estão corrompidas ou são demasiado fracas para resolverem os problemas sociais que inquietam a população. Cada falha do regime democrático é explorada como evidência desse pressuposto e legitima o argumento de quem pretender fazer das ruas o seu palco de combate político. Compete ao regime democrático corrigir as suas falhas e tentar enquadrar estas vozes críticas no debate institucional. Mas há situações que levam esse desafio ao limite. A manifestação “anti-islâmica” convocada para o próximo sábado e não-autorizada pelas autoridades públicas exemplifica-o. Os organizadores pretendem manifestar-se contra a imigração no coração de uma área residencial com acessos estreitos e milhares de imigrantes de origem asiática, forçando os limites da conflitualidade social e da segurança pública (factores que levaram à proibição). Mas, como argumentou António Barreto, a proibição tout court não pode ser o caminho num regime democrático, pois é contrária aos princípios de uma sociedade livre (por mais erradas que sejam as motivações dos organizadores) e, além disso, legitimaria a vitimização política dos organizadores. Uma nova localização seria o ideal, permitindo a realização da manifestação em condições de segurança — mas também diminuindo o impacto da iniciativa, pelo que os organizadores se opõem. São os alicerces da democracia a serem testados.

Nos últimos 30 anos, desde o desmantelamento das FP-25, a democracia portuguesa (através dos partidos) mostrou-se capaz de absorver movimentos anti-democráticos, pacificando-os e integrando-os nas regras democráticas. Receio que isso possa estar a acabar e que, nos próximos tempos, brotem novos radicalismos anti-democráticos e tendencialmente violentos. O ar do tempo — repleto de intolerância, de wokismo, de cancelamentos sociais — está propício. E o contexto político também: se o CH obtiver uma expressão eleitoral significativa nas próximas legislativas, como as sondagens apontam, é provável que se multipliquem os protestos intimidatórios nas ruas, sob o estandarte fascizante do “anti-fascismo”.

EXTREMISMO    SOCIEDADE    ELEIÇÕES LEGISLATIVAS    POLÍTICA

COMENTÁRIOS (de 72)

Ana Luís da Silva: Como já se reconheceu muitas vezes aqui no Observador, o CHEGA nasceu da incompetência, corrupção, arrogância, interesses globalistas, partidários, neomarxistas que se foram instalando nos órgãos do poder e por via das leis e decisões políticas também na sociedade Ora não há honestidade intelectual em considerar que o CHEGA  “ganha” juntamente com os doidos que incendeiam cartazes “e, por isso, ambos têm todos os incentivos para elevar a crispação e gerar novos episódios de violência.” What?!! Não me esqueço eu que Alexandre Homem de Cristo é candidato a deputado pela AD nestas eleições, por isso pode perfeitamente como representante deste partido condenar publicamente os agressores. Já agora sem envolver o CHEGA se faz favor. O CHEGA foi provocado e os seus deputados agredidos numa manifestação em Lisboa sobre a crise da habitação. Por acaso o CHEGA foi à manifestação no Porto onde podia capitalizar mais umas nódoas negras, uns arranhões, quem sabe, uma hospitalização? Não. O CHEGA anunciou uma investigação sem tréguas aos criminosos que lhe incendiaram o cartaz em Lisboa, dando gaz à  notícia do crime por mais tempo para se vitimizar  e não se cala com o assunto? Não. Solicitou a quem quisesse que o ajudasse economicamente para voltar a repor o cartaz. Que eu saiba o que o CHEGA está a fazer nestes dias é a apresentar pacificamente o seu programa eleitoral. Quer falar nesse programa e discuti-lo com seriedade o Alexandre  Homem de Cristo? Que os partidos como o Livre e o BE já têm as franjas embebidas no radicalismo há muito, têm. Mas também o PS. E o PSD, na adesão (mais comedida, mas real) à ideologia do género.  Basta ver as leis recentes de ataque à propriedade privada, ao direito à vida e à paternidade e maternidade, aos direitos das crianças. E já agora, o cronista pensa mesmo que o facto de o CHEGA ser o alvo de violência da extrema esquerda faz do CHEGA cúmplice dessas agressões, pois na sua opinião, beneficia das mesmas? Tenha lá tento, senhor-futuro-deputado, que isso de englobar os agredidos na razão dos agressores é a desculpa mais velha e esfarrapada do voyeurismo e de outros ismos bem piores. Tenha vergonha.             Tim do Á: Pois. Fascistas e anti democratas são os anti Chega! Esses é que são os verdadeiros fascistas.               F. Mendes: Este artigo é ridiculamente enviesado à esquerda. Todas as situações citadas pelo autor, representam atentados à democracia perpetrados pela esquerda e pela extrema-esquerda. O resto é teoria política de má qualidade. AHC não releva devidamente o caos institucional em que nos mergulharam: uma "presidência" ocupada por um populista rasca com pouco amor à verdade, e largamente desacreditada; todos os governos demissionários ao mesmo tempo, por escândalos e suspeitas de corrupção diversos; serviços públicos em cacos; polícias nas ruas; violência nas escolas e nas ruas, ambas silenciadas por uma CS abjecta. Nada se safa neste pobre país, sendo que a culpa tem um rosto: uma esquerda aguerrida e sem vergonha.                 Fernando Cascais: A AD não sai à rua. Durante este reinado de António Costa nunca saiu. Talvez uma das razões para o surgimento do actual movimento popular que é o Chega. A esquerda sai às ruas, a esquerda radical vive das ruas. A direita pouco sai às ruas. Porque é que uns partidos vivem das ruas e outros não? A resposta é clarinha como a luz do dia. Uns não têm nada a perder e outros têm. As ruas podem ser perigosas e para quem está a construir a vida ou a tem construída não se arrisca na luta das ruas devido aos riscos inerentes. Para quem não tem nada a perder, as ruas são o melhor espaço de luta. O Luís que acabou de abrir um restaurante quer paz, já o João que acabou de fumar umas ganzas quer confusão O Chega pode mudar o actual paradigma de deixar as ruas para as esquerdas. Porquê? Porque o Chega transformou-se num movimento popular e está a agregar nas suas fileiras muitos adeptos dos mais variados quadrantes políticos, e, muitos deles não têm nada a perder, e, esses gostam da confusão das ruas Tenho andado a tentar perceber qual é realmente a ideologia política que faz mover o Chega. Cheguei à conclusão que estamos perante socialismo-conservador-nacionalista. Um Estado-forte, condições iguais para todos (pensões com o valor do salário mínimo é um bom exemplo), defesa dos valores cristãos (congelamento do tempo) e a valorização obrigatória da cultura portuguesa. A mistura do socialismo com o conservadorismo e com o nacionalismo produz a capacidade de pescar eleitorado tanto à esquerda como à direita                 Tim do Á > JOHN MARTINS: AD corrupta, não obrigado. Chega de corrupção.                   João Floriano: Este artigo que não é de modo algum particularmente interessante, assemelha-se ao de G do passado fim-de-semana. AG denunciava aqueles que mais ou menos veladamente, com mais ou menos falta de vergonha diziam que  a corrupção é má porque dá combustível ao CHEGA. Se tal não fosse, estamos tão habituados  a ela que mais corrupto, menos corrupto tanto faz. Claro que posso ser acusado de estar a exagerar mas no fundo é isto que muitos comentadores têm insinuado. No presente artigo perpassa suavemente a mesma ideia: manifestações anti semitas mas pro terroristas, queimar cartazes, ódio de extrema-esquerda, cancelamentos wokes, são maus porque mais uma vez favorecem o CHEGA. Não é possível estabelecer paralelismos ou comparações entre o modo como grupelhos apoiados pela extrema-esquerda demonstram o seu ódio à democracia e o modo como o CHEGA denuncia o que está mal. Quem cala consente e atingimos um ponto de saturação em que não nos podemos calar mais. Não é o CHEGA que eleva o grau de crispação. Têm sido os partidos de esquerda com o PS à cabeça que têm traçado linhas vermelhas à direita ao mesmo tempo que se associam a partidos de extrema esquerda dividindo os portugueses entre os bons e os maus. Finalmente  agita-se o espantalho das FP25 de Abril, movimento terrorista que a esquerda amnistiou. Podemos estar certos de que se a direita perder estas eleições e não formar governo, não haverá qualquer movimento terrorista como aquela organização  sinistra. A direita que conta, neste caso o CHEGA, continuará o seu caminho e veremos como irá ser. Já  se for ao contrário, se a esquerda for afastada do poder, não tenho assim tanta certeza que não possam aparecer herdeiros das FP25 de Abril. Afinal de contas estão sentados no Parlamento usufruindo das benesses da democracia parlamentar que tanto odeiam.     Alexandre Barreira: Pois. Que não haja quaisquer dúvidas. O Chega está a "acagaçar". Muito boa gente. E dia 10 de Março vai ser lindo...até diria.....lindíssimo....!                     Ana Luís da Silva > Fernando Cascais: O CHEGA desce às ruas porque o seu líder André Ventura desde sempre afirma que a rua não é o território da esquerda. E embora a Comunicação Social não informe, todos os anos, a Marcha pela Vida sai às ruas em Lisboa e em outras capitais de distrito.  Caro Fernando Cascais, saia da sua bolha por favor. Areje os armários de um pensamento estritamente liberal e olhe a vida e as vidas à sua volta. Ficava-lhe grata.               Sérgio Rodrigues: Alexandre Homem Cristo está em 8º na lista da AD por Lisboa e não está preocupado com o PS? Estes socialistas do PSD apostam no Bloco Central, só pode ser, não há outra explicação.                  Rui Carvalho > JOHN MARTINS: AD não respeita quem vota. AD nunca irá para o poder sem o Chega, é lidar. De qq modo se não for nestas eleições nas próximas o Chega vai ter mais votos que o PSD e quem sabe que o PS. Votar nos partidos do sistema é querer que Portugal nunca saia desta mediocridade.                 Rui Carvalho: O Chega é um partido de direita democrático, não se pode dizer o mesmo de quem acha que quem vota no Chega não tem de ser respeitado, ou de quem acha que tem o direito de estar no governo mas o Chega não. Isto tudo só aumenta a votação no Chega, ninguém tem de me dizer onde eu posso votar ou não, Montenegro incluído, mas dos fracos não reza a historia.                  Maria Rita Menezes: O complexo anti-CHEGA no jornalismo do Observador é lamentável, direi mesmo muito preocupante!                  Ana Luís da Silva > Ana Maia: Excelente observação, Ana Maia. Na mouche! Em vez de se analisar e combater o adversário político pelas suas propostas, como fazem alguns críticos (no meu ponto de vista revelando espinha dorsal, pois é aí que se combate com lealdade), lança-se o fantasma do radicalismo sobre o CHEGA para assustar o eleitorado do centro-direita.  

Ana Maia: Ok, temos um novo mote, a substituir o "a culpa é do Passos", agora temos a culpa é do CH. Portanto os verdadeiros fascistas proíbem que os outros se manifestem mas a culpa não é dos fascistas de extrema-esquerda, esses apreciadores de ditaduras, é do bode expiatório eleito.               António Reis: Há de facto uma coisa que me perturba e me deixa a pensar que a vasta maioria dos comentadores políticos que pululam nas nossas televisões, de democráticos têm muito pouco. Porque é que quando se referem ao Chega é sistematicamente para o menorizar e na realidade, chamar de mentecaptos, imbecis e até pessoas de intelecto menor os seus apoiantes? Porque é que não aceitam simplesmente que passados 50 anos do 25 de Abril  o país está no estado em que está e que muito desta situação é do centrão que nos tem governado desde então? Será que não poderemos ter direito à indignação e manifestar a nossa frustração pelo que se passa sem sermos apelidados de atrasados mensais? "Detesto o que dizes mas defenderei até à morte o direito de o dizeres" Isto é o significado de democracia!!                   F. Mendes > Ana Luís da Silva: Muito bem. Apesar de eu não ser do CH, concordo com o que escreve. De resto, o meu comentário vai no mesmo sentido.                    Carlos Chaves: Está tudo nos livros, só nesta piolheira se pensa que se inventa alguma coisa! Os únicos antidemocratas com expressão que conheço em Portugal, são de esquerda são estes que temos que combater! Depois essa de absorvermos/integrarmos movimentos antidemocráticos, não nos esqueçamos do papel do PS (Mário Soares) na “ilibação” dos elementos das FP-25. Deixemo-nos de floreados e falinhas mansas, em Portugal é a esquerda fascista e comunista que é antidemocrática, não nos queiram vender outra história que não existe!

João Ramos: Tanta gente com medo do Chega, porque será???                  Joaquim Almeida: O direito de manifestação colectiva está assegurado pela garantia constitucional da livre expressão de opinião e  a autoridade não pode proibir manifestações, devendo apenas determinar o local de uma manifestação, a fim de proteger a ordem e a segurança pública. São conceitos tão, mas tão elementares...               José Paulo C Castro: O que fazer? Aplicar a lei. Os cartazes não são discurso de ódio explícito? Os autores não são identificáveis? Não os estavam a segurar? Incendiar coisas na via pública não é crime? Embora com cara tapada, os vídeos e outras câmaras de segurança não conseguem descobrir os criminosos? O direito de manifestação não tem de ser regulamentado? Se a Câmara não autoriza ali, teria de indicar por onde. O que, mesmo assim, não impede os manifestantes, isoladamente, no seu percurso individual,  de irem para a manifestação (ou virem dela) passando por aquelas ruas com cartazes com as suas propostas (sem discurso de ódio). São cidadãos, deslocam-se por onde querem. O problema surge precisamente de se tolerar os excessos de um lado, ignorando a lei, e tentar condicionar o outro lado, aplicando a lei para lá do limite. Ao não respeitar a lei, abre-se a porta a todo o tipo de desequilíbrios e extremismos.                  João Floriano > Carlos Quartel: Concordo com o seu comentário mas chamo a sua atenção para o que se passou em 74/75. A «direita» dessa altura foi impiedosamente perseguida pela esquerda que em 1975 tinha o PCP na linha da frente. Curioso notar o elevado número de presos políticos nesse período. A caça às bruxas é muito mais um processo querido da esquerda e não da direita. Na segunda linha «direita» apresenta-se entre  «....», porque tal como agora todo aquele que não fosse aos comícios do PCP ou não se manifestasse  a favor, era considerado fascista e reaccionário. Nesse aspecto a esquerda não avançou grande coisa.               Meio Vazio: Violência física (ensopado sobre obras de arte, jactos de tinta no sobrolho de ministros, destruição de propriedade, cancelamento e queima - na verdade, autos-de-fé - de opiniões), se vinda da esquerda, é "activismo"; sugestões de questionamento de mitos e dogmas neomarxistas, são "ódio". Já não há paciência!              António Soares > Lúcio Monteiro: Por falar em cavalos, o verdadeiro medo é que venha a faltar a farta ração, que o PS, à custa do esbulho fiscal, fornece á manada que tão fielmente o serve.                Mark Twain: Esta máxima , infelizmente, nem se aplica aos 3 ou 4 tr□lls da vara xuxú que circulam por aqui.                 GateKeeper: Este "artigo" do mais pobre e ignorante escárnio&maldizer, de um enlisted man" esquerdalho-woke, todo ele convencidito qu'até  vai ser "deputee" no circo de s. bento, soa a música  angelical, mesmo celestial para o AV, agora é já um "homenzinho político", até  mais cedo do que previsto. É  hilariante observar esta gentalha e o seu desespero tonitroante.  Cada '€scavad€l@' cada minhoc@ a saír  do buraco em que se meteram, meus senhores! Temos pena...Mas tempo de sobra. A AV bastam-lhe, por agora, 15%/17%.  E..., Quer queiram quer não queiram, há  que contar com ele. Sempre e em qualquer circunstância. E isso é  que vos dana, meus caros. Essa é  qu'Eça!!                João Floriano > Fernando Cascais: Bom dia Fernando. Defender a matriz judaico cristã da nossa sociedade ocidental não é de modo algum um congelamento no tempo. Tem sido essa matriz que fez da Europa um local onde ainda se respeitam os direitos humanos. Sou totalmente insuspeito ao escrever isto, pois como sabe não tenho fé, nem convicções religiosas. Mas gosto muito de História, de Filosofia, de Literatura, enfim essas coisas inúteis que grosso modo se denominam como Cultura e que agora parece que não têm qualquer utilidade. Em vez da cultura judaico-cristã, tentam impingir-nos os valores woke. A Igreja tem sido alvo de grandes ataques porque resiste a esta mudança radical. O Papa Francisco dá uma no cravo outra na ferradura procurando ficar de bem com os dois mundos. Aliás gente que não se define é o que mais abunda no mundo de hoje. Um lider indeciso que procura ficar de bem com todos , acaba por ser abandonado.   O CHEGA é contra a destruição e substituição das nossa tradições , que têm de evoluir o que é muito diferente. Não vejo inconveniente num Estado forte, mas isso não significa que o estado se intrometa em tudo e que marginalize e destrua até o sector privado. Para mim um estado forte é aquele onde a justiça é feita, onde a corrupção é vigiada e punida, onde os direitos de todos e não apenas de um elite são respeitados, que não esmague os contribuintes com impostos. Temos um estado omnipresente, sufocante, esmagador, mas que não é de modo algum um estado forte. Pescar eleitorado de todos os quadrantes significa por um lado que o CHEGA é uma força de agregação e isso nunca poderá ser mau. por outro lado que os portugueses estão cansados da divisão maniqueista  entre bons e maus. Mas é curioso que o Fernando por quem tenho verdadeira estima e admiração encontre no CHEGA uma característica que é correntemente apontada ao seu IL. um partido liberal na economia, de esquerda nos costumes de acordo com o que é dito. O CHEGA é um fenómeno novo na nossa política. Não faço ideia como vai evoluir. Olhamos para Itália, para França e penso que será pelo mesmo caminho. O que o eleitorado pouco atento tem de perceber é que tendo começado apenas com um deputado, passando depois para 12, em 2024 o crescimento vai ser notável e que o CHEGA ameaça a hegemonia do PS e da extrema esquerda que a ele se cola para influenciar o governo. É óbvio que a CS na mão, sabemos de quem, só pode dizer o pior possível.                Vitor Batista: Fale do psd e da salada de frutas na Madeira e deixe o Chega para os seus eleitores, você à semelhança dos xuxas  está com medo de não ganhar o tacho, (sei que concorre nas listas do psd) e outros com medo de o perder.  Não seja hipócrita  fale do psd e ps. 

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