Dantes dizia-se: -“Deixem-se de peneiras”. Hoje o discurso é outro: “Deixem-se de medos”.
Será por falta da tropa que o medo impera?
O plebiscito
Nas próximas eleições Portugal não
vai escolher diferentes programas de governo. Vai sim participar num plebiscito
sobre o lugar do Chega no regime.
HELENA MATOS Colunista do Observador
OBSERVADOR, 04 fev. 2024, 08:2056
Todos os dias temos mais um facto
que, garantem-nos, só vai beneficiar o Chega.
O de hoje é o adiamento do Famalicão–Sporting. Dos 15 agentes destacados para fazerem gratificados neste jogo
apenas três compareceram ao serviço. Os restantes doze agentes estão de baixa
médica. O jogo foi cancelado. Do lado do Governo o caso está ser
lido como uma “insubordinação gravíssima” das forças de segurança e as forças
de segurança lembram que no próximo dia 10 de Março podem não conseguir
assegurar o dispositivo de segurança inerente às eleições…
Até
à hora a que escrevo este é o último facto que só vai beneficiar o Chega.
Amanhã ou quiçá ainda hoje outro surgirá. Os agricultores manifestam-se? Isso
vai beneficiar o Chega! Membros do Governo da Madeira estão a ser investigados
por corrupção? Isso vai beneficiar o Chega!… Não tarda que o simples acto de
respirar beneficie o Chega!
O que nunca se pergunta é porque vai
o benefício para o Chega? A resposta parece-me óbvia: porque a esquerda precisa
que seja assim e sobretudo porque a direita deixou que fosse assim. Mais, a
direita trabalhou activamente para que esteja a ser assim.
O falhanço dos regimes comunistas e de todas as experiências de
“democracias avançadas” levaram a esquerda a ressuscitar o imaginário do
antifascismo, do antinazismo, do anticolonialismo… que lhe permite criar
arrebatados frentismos sem ter de se alongar nos seus programas para lá das
promessas de saque fiscal.
O
que sim, é novidade, é a forma como o centro e a direita aceitaram e aceitam
restringir a sua intervenção política às áreas que a esquerda lhes reservou. Nos
anos 50 e 60 do século passado o centro e a direita não defendiam a luta de
classes mas não foi por isso que se abstiveram de pensar esses assuntos e
defender programas políticos sobre a melhoria de vida das classes trabalhadoras
(programas esses aliás muito melhor sucedidos que os dos defensores da
luta de classes). Ora hoje não acontece nada de semelhante: criou-se à direita um tabu sobre assuntos
como a segurança, os direitos das mulheres (sim, das mulheres que neste momento
estão a ser apagadas pelo activismo trans), a imigração…
Quando estes se tornaram as
preocupações significativas duma parte crescente da população, nem a direita
nem o centro estiveram lá para ouvir essa população falar daquilo que a
preocupa. O resultado
só podia ser o que estamos a viver: a
direita acabou sem discurso quando mais precisava dele. Receosa das
palavras e inibida de pensamento, a direita retirou-se desses temas e deixou o
campo livre à sua esquerda e, o que é mais relevante neste momento, também à
sua direita. Não apenas, nem tanto, para combater a esquerda mas também e
sobretudo para não se desagregar em partidos de protesto.
O centro e a direita só se podem
queixar de si mesmos. Porque
estiveram mais preocupados em responder ao eleitorado de esquerda do que ao seu
próprio eleitorado e porque subestimaram a inteligência táctica do PS e a
capacidade política de André Ventura.
Agora Inês é morta. Nas próximas
legislativas Portugal não vai escolher diferentes programas de governo. Nem sequer o que distingue um governo PS
de um governo PSD ou AD. Vai sim participar num plebiscito sobre o lugar do
Chega.
PS. O adiamento do jogo
Famalicão–Sporting veio chamar a atenção para o policiamento em
Portugal. É preciso ter em conta que a maior parte dos polícias que vemos
na rua não estão a fazer policiamento determinado pelas suas hierarquias mas
sim a serem pagos por privados para garantirem a segurança de lojas, edifícios
ou eventos. Ou seja, estão a fazer gratificados.
Não
defendendo eu que se acabe com os gratificados, parece-me que se está a abusar
largamente deste recurso. Porque ganham mal, os agentes da PSP e da GNR fazem
serviços gratificados. Porque os polícias acrescentam os ordenados fazendo
serviços gratificados, o governo não lhes tem valorizado as carreiras nem
investido em meios para que possam fazer policiamento. Porque há falta de
policiamento e insegurança crescente em algumas zonas, os privados recorrem aos
serviços gratificados (que nem são tão caros quanto se possa pensar) para locais tão
prosaicos quanto supermercados ou farmácias. Como vem aí uma campanha eleitoral
talvez fosse interessante saber o que pensam os diferentes partidos sobre o
peso dos gratificados na remuneração mensal dos agentes e na nossa falsa
sensação de segurança.
PARTIDO CHEGA POLÍTICA GOVERNO ELEIÇÕES
COMENTÁRIOS (de 69):
Paulo J Silva: A HM fala direita que tem vindo
a ser representada pelo PSD e pelo CDS. Mas a direita não se limita à
representação desses partidos. A direita (ou as direitas) é muito mais pois
abrange várias doutrinas ideológicas mas que têm um padrão comum num posicionamento
conservador por oposição aos progressistas.
Quando o PSD e CDS deixaram de dar voz à direita, que
ao contrário desses partidos evoluiu em Portugal e emancipou-se, ficou um vazio
por preencher. O Chega é a resposta a esse vazio. Não é origem mas consequência.
Era inevitável. Se não fosse o AV surgiria outro. O Chega vai continuar a
crescer na medida em que souber ser o agregador das direitas. Portanto
cara HM não confunda o PSD e o CDS com o espaço da direita. Os portugueses são,
na sua maioria, conservadores. O Chega tem dado voz à direita que se sente
representada. Se o Chega se mantiver fiel aos valores conservadores com os
quais, repito, a maioria dos portugueses se identifica, então a prazo vamos ter
uma maioria absoluta no parlamento deste partido. A 10 de março o que votamos é
se vamos permitir que o regime continue como está ou se damos o sinal de que é
tempo de mudar de rumo. Maria
Tubucci: Excelente HM. O
PS para evitar ser escrutinado, criou uma linguagem própria, tudo o que seja à
direita do PS é extrema-direita, tudo o que seja debater ideias é o discurso do
ódio. Assim, só o PS tem o discurso do bem, só PS decide o que se deve dizer,
escrever e pensar, ou seja, só o PS cuida dos portugueses. O PS está acima de
tudo e pode fazer tudo, não há consequências, pois considera-se o dono do
estado. Com isto condicionou um PSD que se deixou condicionar, não fazendo
oposição nem escrutinando o PS, enleando-se em linhas vermelhas, não defendendo
os seus para agradar à esquerda, ou seja, limitou a liberdade ao PSD, o CH é
uma consequência disso. A teoria do papão que o PS utilizou em 2022 só
funcionou à esquerda, à direita a votação aumentou, mas ficou mais dividida. Agora
o PS tenta tudo para que esta fique dividida, até criou o chavão de “Votar CH é
votar PS”, que alguns militantes do PSD, condicionados do PS, repetem.
Acéfalos. O PS cada vez que abre a boca para: ridicularizar, menorizar,
insultar e culpar os votantes no CH pelo mal que o PS vem fazendo aos
portugueses, são milhares de votos que o CH recebe. O PS faz campanha pelo CH!
Após 10 de Março, veremos se é o povo quem mais ordena ou se o PSD decide que é
o PS quem mais ordena...
João Floriano: Excelente reflexão. Esta campanha é muito diferente
das que tivemos anteriormente. Há um partido que é diabolizado, considerado a
origem de todos os males tanto pela esquerda como pela direita. O grande
problema é que uma parte muito significativa do eleitorado tem uma opinião
muito diferente e no meio de tantas divisões, de tantos afastamentos da classe
política e dos leitores, este parece ser o maior de todos e a subversão
da democracia. Os portugueses perderam a vergonha, a paciência e o medo.
Esquerda e Direita (a direita politicamente correcta, a que não serve
absolutamente para nada a não ser para ser humilhada pela esquerda e querer
agradar-lhe como se tal fosse possível), convergem e concordam no
repúdio, no ataque ao CHEGA. Tem-se tentado muitas vezes estabelecer comparações
entre o Partido Renovador Democrático fundado por Ramalho Eanes em 1985 e que
depois de algum sucesso inicial, desapareceu de cena. Esperançados os nossos
políticos esperam que aconteça o mesmo em 2024. O tempo na política portuguesa
não passa do mesmo modo que para todos nós. O baú das velharias guardado no sótão
da nossa História política, é revisitado e aberto na altura das eleições e
vê-se o que pode ser recuperado mesmo que cheire a mofo, roído pelas traças e
pelas baratas. Desta vez foi a AD e o PRD. As condições são muito diferentes.
Em 1985 o PSD entra no seu período mais produtivo com Cavaco Silva. Hoje o PSD
mete dó e em vez de um líder forte, convincente, bom estratega, tem na
liderança um homem simpático, bem educado, muito irregular nas suas intervenções,
mas que não entusiasma e continua a pensar que vai ganhar as eleições
contra Pedro Nuno Santos e que o PS lhe vai apoiar um governo minoritário e que
não vai precisar dos cerca de 20% do CHEGA. A AD não levanta voo nas intenções
de voto porque esta estratégia não é credível de modo algum. Do mesmo modo que
não faz qualquer sentido Montenegro pensar que vai continuar na liderança do
PSD se perder a parada. Entretanto o problema com a polícia e a GNR a está
assumir proporções assustadoras. Eis um exemplo de como os maiores furacões
começam com uma agradável brisa suave. O protesto foi iniciado por um solitário
e foi crescendo, crescendo até assumir as proporções que conhecemos. E não há
solução à vista porque se vai lançando gasolina na fogueira e os polícias estão
cada vez mais irritados, teimosos, convencidos da sua razão e o movimento já é
demasiado vasto para se deixarem convencer pelas falinhas mansas do MAI.
Durante todos estes anos a esquerda foi acumulando problemas sem resolução, sem
reformas, empurrando com a barriga, varrendo para debaixo do tapete.
Agora o tapete já é demasiado pequeno para tanta sujeira, já não consegue tapar
o lixo. E de quem é a culpa? Do CHEGA pois claro! A questão dos gratificados
deve ser discutida sem dúvida porque é uma tradição que vem de longe e que não
beneficia nem o policial que vê o seu rendimento dependente de gratificados ou
o contribuinte que já paga com os impostos obrados pelo estado. Espero
que durante o debates alguém pergunte a PNS o que se passa com o IMI da sua
casa de Montemor-o-Novo. Há ali um erro qualquer de avaliação que precisa
de ser corrigido. Estou farto de pagar IMI´s para que outros possam
beneficiar não pagando como é o caso do PCP ou então pagando quantias
irrisórias como PNS e Albuquerque na Madeira. Filipe Paes de
Vasconcellos: Tem toda a razão. Não me canso de dizer que
enquanto a direita estiver mais preocupada com o que a esquerda diz dela, do
que com o que ela tem a dizer ao país, a direita andará sempre de quatro
perante a esquerda. Rosa
Lourenço > Maria Tubucci: O PS quer impor um partido
único na Democracia nacional!?! Onde está o debate de ideias? Onde fica a tolerância?
Para onde foi a IGUALDADE? Todos são livres de defender as ideias do PS...
fácil de entender. Os outros? Quais outros? Alguém se atreve a ser diferente?
Não há esse direito...a CRP76 deve ter sido alterada por normas invisíveis,
talvez inspiradas pela IA para quem os eleitores não têm qualquer importância!
Só o PS é importante!!! unknown unknown > Paulo J Silva: Também concordo que paira no
ar a sensação de mudança de regime! Os partidos do sistema não conseguem propor
uma reforma do sistema partidário, os cidadãos sentem que não são representados
pelos deputados escolhidos pelo directório partidário, logo vão votar noutras
soluções enquanto não há melhor alternativa. Maria
Luthgarda > João Ramos: Esta gente é maluca. Andou a
diabolizar o Chega atribuindo-lhe todas as malfeitorias de que se lembrou, e a
direita embarcou alegremente com receio de perder eleitores. Resultado: o
feitiço virou-se contra o feiticeiro e agora estão cheios de medo porque,
segundo as sondagens - que valem o que valem, como sabemos - o partido que
queriam crucificar irá atrair faixas do eleitorado da direita à esquerda. Francisco
Ribeiro: A comemorar os 50 anos do 25 de Abril: Saúde em ruptura Educação em ruptura Forças de Segurança em ruptura Há meses que a escadaria da
Assembleia da República está cercada com baias de segurança … É o que temos para
apresentar Amigo do
Camolas: O melhor elogio que se pode fazer a Helena Matos, é que HM pode falar com
propriedade, porque nunca entrou na narrativa lunática do rebanho. Quando comentadores falam ou
colunistas escrevem sobre o perigo da extrema-direita, estão a falar ou a
escrever sobre si mesmos. Por isso é que existem poucos colunistas a escrever sobre o Chega, mas
muitos colunistas a escrever sobre aqueles que escrevem sobre o Chega. Mas
não é isso que importa.“A corrupção só alimenta a extrema-direita”, "O
jogo do Famalicão Sporting adiado por falta de efetivos só alimenta o
Chega", "O Porto empatar com o Rio Ave só beneficia o Chega". E
hoje o Benfica, de uma maneira ou outra também irá beneficiar o Chega.
Narrativas como essas não são incomuns. A corrupção denunciada todos os dias no
estado já foi uma forma de fazer justiça na praça pública. Também já foi
uma perseguição da justiça à classe política - e ao partido socialista em
particular. Como também já foi o alimento da extrema-esquerda e até da
comunicação social como o CM e do Observador. As histórias de corrupção no
estado centraram-se mais em quem a denuncia do que em quem se beneficia dela
materialmente. Escrever ou falar sobre o perigo da extrema-direita
é uma forma segura de manter o seu espaço na comunicação social sem precisar de
trabalhar. Uma dinâmica que muitos paneleiros, depois de uma vida inteira
a opinar em meios de comunicação social públicas, compreende muito bem. E
essa é outra maneira de dizer que os colunistas que escrevem ou os paneleiros
que falam sobre o perigo que é a extrema-direita para a nossa democracia estão,
na verdade, a escrever e a falar sobre si mesmos. José B
Dias > Pedra Nussapato: Como os factos se têm
encarregado de provar, o número de corruptos e ladrões entre a classe política
portuguesa é extremamente significativo. Não serão eventualmente todos, mas são
declaradamente imensos ... Portugal cresce acima da média europeia por ter
caído acima da média europeia e por partir de uma muito menor base. Se o meu
caro ganhar 100 e for aumentado 10 e eu ganhar 200 e for aumentado em 19, o caro
Pedra - aqui representando o Portugal financeiramente iletrado - teve o salário
a crescer mais que o meu - que aqui estou a representar a "média
europeia" - mas se for verificar, a diferença nos rendimentos até cresceu...
A dívida que ficou abaixo dos 100% - do PIB que abaixo e acima se referem
sempre a um referencial de comparação, e as percentagens nada representam, se não em relação a algo (mais um pouco de
iliteracia) - não foi a "externa" mas antes a Dívida Pública. Acresce
que a redução apenas ocorre na percentagem, ou seja na comparação com o PIB,
sendo que o valor da Dívida Pública nunca parou de crescer nos últimos anos.
Para melhor compreender, imagine que ganhava os tais 100 e devia 105 - a sua
dívida era pois de 105% do seu rendimento - entretanto com a inflação passou a
ganhar 110 e a sua dívida cresceu para 109 - imagino que irá convidar a família
para jantar comemorativo da descida da sua dívida para 99% do seu actual
rendimento inflaccionado... Quanto ao crescimento do PIB com base no consumo
privado, sugiro leia com atenção e reflicta sobre a resposta do Afonso Soares
... Pode citar os dados oficiais que quiser - é muito fácil e até comum estes
serem "massajados" mediante a reclassificação dos crimes ... - mas
não deveria esquecer que o sentimento é tal que muitos dos lesados nem se dão
já ao trabalho de apresentar queixa. E sem queixa não há registo nos
"dados oficiais! Sugiro que saia à rua, visite algumas zonas depois de o
Sol se pôr - noutras nem tal será necessário... - e depois compare a
experiência com a narrativa dos "dados e relatórios ou observatórios"
... Não sei se é ignorância, se imaturidade, se desconhecimento. Mas caso não
seja só propaganda da mais básica e vazia, o meu caro é alguém muito, mas mesmo
muito mal informado sobre o que o rodeia!!! João
Ramos: Certíssimo HM, até que enfim que alguém diz o óbvio, a direita em Portugal
tem sido tudo menos inteligente, deixou-se manietar pela esquerda de forma
ridícula e por um medo ainda mais ridículo, o centro direita está infectado por
complexados de esquerda que se julgam muito inteligentes e que pululam no PSD e
no CDS, já para não falar da IL que não se sabe bem o que é, penso que será
mais um partido falhado por parte dos liberais, o resultado tem sido um
desastre, o refúgio de toda essa gente desiludida tem sido o Chega!!! Joaquim
Almeida: Excelente HM. Esse é ponto - uma direita que não sustenta hoje a
batalha política porque não sustentou ontem a indispensável
batalha ideológico-cultural. Nem ontem nem hoje : galinhas hipnotizadas
por linhas vermelhas... Carlos Quartel > Pedra Nussapato: As coisas são consequências
umas das outras. A narrativa do Chega cresceu porque tem terreno fértil na
péssima governação PS, com serviços públicos de rastos, hospitais e escolas em
crise permanente, com o problema da habitação desprezado e deixado à especulação,
sem um projecto definido para o país, que não sejam cozinheiros e camas de
hotel, a barbaridade da TAP e o desperdício do TGV Lisboa/Porto, abandonando a
saída para a Europa, nomeadamente nas mercadorias servidas pelos portos. Não há
grandeza, não se vê futuro, terreno bom para demagogos. F. Mendes: Apesar de estar de acordo com
grande parte do artigo, discordo da redução das próximas eleições a um mero
plebiscito ao futuro lugar e papel do CH. Também é, mas é mais do que isso: é
um teste à clarividência e resposta do eleitorado quanto à punição da nocividade
do PS nas nossas vidas. Ou seja, teremos que ver se os socialistas levam, ou
não, uma tareia eleitoral; que seria inevitável num país civilizado e com gente
minimamente informada. Convém lembrar que, com os socialistas, passámos do
pântano (em 2002) à bancarrota (2011), chegando agora ao estado de um regime
que me parece em estado terminal. Esperemos que o PSD perca o medo de esfregar
estes factos nos focinhos dos socialistas. Se assim não for, o Ventura
agradecerá. E, a 10 de Março, haverá azia nas hostes laranja. Por8175: A "direita" que temos
padece de um enorme complexo de esquerda, e professa o chamado "socialismo
de rosto humano". Não se deixem enganar: o "socialismo de rosto
humano" não deixa de ser socialismo, o tal que não quer que deixem de
existir pobres e que só vai sobreviver enquanto durar o dinheiro dos outros. Eu
não quero este regime para os meus filhos nem para os meus netos - oxalá eles
também não queiram!
João Floriano > Paulo J Silva: Concordo totalmente com o seu
comentário. Não me lembro de umas eleições tão especiais como as que vão
ocorrer a 10 de março e qualquer que seja o resultado vai ocorrer uma
verdadeira convulsão tanto à esquerda como à direita. Se a votação no CHEGA for
impactante como esperado, é o fim da direita fofinha. A AD deve pensar muito
bem no que significa impedir um governo de direita por teimosia, cegueira, má
estratégia, preconceito, abrindo assim caminho para um governo de
extrema-esquerda. Por sua vez quer ganhe e sobretudo se perder, a esquerda
vai-se tornar muito mais dura nos seus ataques e perseguições. Mais um grande
legado de António Costa! Discordo apenas do termo «progressista» usado para
adjectivar as forças de esquerda. Mas não é de modo algum da sua
responsabilidade porque a divisão entre conservadores (maus, fascistas, retrógrados....)
e progressistas (superiores, bondosos, justos.......), divisão essa
profusamente disseminada pela CS, convém à propaganda da esquerda, faz parte do
mesmo discurso velho de décadas. Afonso Soares > Pedra Nussapato: As estatísticas cada um fá-las
como quer. Há muita maneira de as pintar. Consumo à custa de crédito? Não
obrigado. Consumo com mais rendimento disponível? Sim. O resto é tudo treta.
Então vivemos bem com salário mínimo de 820.00€? Certamente não será o
seu caso. Joao Macedo: Penso que nem Helena Matos quer
aceitar que o Chega faz parte da Direita, Extrema para alguns. A Comunicação
Social e os Partidos é que impingem a ideia de Esquerda, Direita e Chega.
Quando colocarem o Chega na Direita, acabou a conversa e esperemos pelo resultado
das eleições.
António Sennfelt: Pobre Centro/Direita! Tão
inocente e tão pouco perspicaz que engoliu até à última gota o embuste do
pensamento dito politicamente correcto - subtil veneno destilado pela Esquerda
neo-marxista - e agora, por sua exclusiva culpa, esperneia impotente nas vascas
da agonia. Haverá algum heróico iluminado que ainda a salve? Eduardo: Está a acontecer em todo o
lado. Os governantes tradicionais (PS, PSD) agem como se tivessem
responsabilidade sobre o mundo em vez de sobre as suas populações; o exemplo
mais concreto é a preocupação que têm com os imigrantes, em detrimento da
qualidade de vida dos seus concidadãos. Perdem-se em ser politicamente
correctos, para não se desviarem das narrativas oficiais que só eles acham
correctas - transgénero, aquecimento global, diferentes guerras, covid e
outras - e entregam-se ao controlo das grandes elites mundiais -
Rockfellers, Vanguards, Gates, WEF, OMS, etc. Andamos de patranha em patranha.
As pessoas começam a acordar e estão fartas disto. Como dito em baixo, partidos
como o Chega surgem quase naturalmente para dar corpo e voz a essa frustração
que se vai apoderando das populações. Mas os políticos tradicionais, como estão
completamente desligados da realidade, reagem chamando-os de 'extremistas'. O
exemplo actual alemão é o mais paradigmático. madalena colaço: Partilho a sua análise de como
a direita e o centro se deixaram condicionar pela esquerda. Como refere, há
assuntos tabu que a direita não ousa abordar, como a imigração. Quando a
Inglaterra deixou a Europa, semanas após o Brexit, as nossas televisões
revelavam os efeitos nefastos dessa decisão. Reportagens sobre centenas de camiões
parados, conduzidos na sua maioria por estrangeiros, estavam agora sem
condutores, que tinham regressado aos seus países. Em muitas cidades e vilas,
víamos as prateleiras vazias dos supermercados e a Europa tomava consciência de
uma mão de obra necessária para o país funcionar. Mas o que se passou a
seguir não interessou nenhum jornalista. As empresas de camionagem passaram a
pagar um bom salário e os ingleses voltaram a conduzir os camiões. Quando mais
oiço os empresários portugueses dizerem que precisam de mais imigrantes,
ninguém se indigna com os baixos salários que esta população está disposta a
receber.
Sérgio Cruz: Amanhã vai começar a ser negociado nos Açores um governo à direita,
naturalmente com o CHEGA. A 10 de Março,
com a presumível vitória do PS (como é possível...!!!), o PS2, o CHEGA e a IL,
vão formar um novo governo. Montenegro vai ter de sair (caiu na esparrela
da esquerda, não é não!) e, com outro líder (Passos ou Moedas), vamos
finalmente ter um governo que olhe para as pessoas sem se servir das
pessoas. ……………………………………………………
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