A sigla: UNRWA :“Agência das Nações Unidas para os
Refugiados Palestinianos” –
A infiltração: pelo HAMAS, nos representantes
dessa Agência das Nações Unidas.
E a forma capciosa – facciosa - da narrativa segundo a
Agência Lusa, que dá a
entender que os maus são mesmo os israelitas, as vítimas os palestinianos, com
o HAMAS à mistura.
A guerra CONFLITO
ISRAELO-PALESTINIANO
Netanyahu diz que UNRWA
está "totalmente infiltrada" pelo Hamas
Netanyahu disse aos embaixadores da
ONU a UNRWA foi "totalmente infiltrada" pelo Hamas, reconhecendo
serem necessárias "outras agências", e adiantou que plano para
recuperar reféns "está a ser feito".
OBSERVADOR, 31 jan. 2024, 23:15 3
O primeiro-ministro israelita,
Benjamin Netanyahu, disse esta quarta-feira aos embaixadores da ONU em
Jerusalém que a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos
(UNRWA) foi “totalmente infiltrada” pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
“A UNRWA está totalmente infiltrada pelo
Hamas, [e] precisamos de outras agências das Nações Unidas e de outras
organizações humanitárias” em seu lugar, afirmou Netanyahu, numa altura
em que a agência está a ser posta em
causa por Israel pelo alegado envolvimento de alguns
dos seus funcionários no atentado de 7 de outubro, o que desencadeou a
suspensão do seu financiamento por alguns dos principais países doadores.
O
chefe do executivo israelita assegurou esta quarta-feira aos familiares dos
mais de 100 reféns que continuam em poder do Hamas na Faixa de Gaza que está a
ser preparado um plano para resgatá-los, no meio de intensas negociações para
um novo cessar-fogo na guerra.
“Ainda
é demasiado cedo para dizer como será, o plano está a ser feito neste mesmo
momento”, disse Netanyahu a 26 representantes de 18 famílias,
numa reunião realizada em Jerusalém, segundo um comunicado do seu gabinete.
“Estamos
a fazer tudo o que é possível” para resgatar os reféns, garantiu o
primeiro-ministro, escusando-se a fornecer pormenores sobre um eventual acordo
com o Hamas.
“Quanto mais discreta for [a
negociação], maiores são as hipóteses de êxito”, argumentou, asseverando que a sua vontade de recuperar os reféns é
“genuína”.
Desesperados,
os familiares dos reféns têm realizado manifestações cada vez mais maciças em
Telavive, Jerusalém e outras cidades israelitas para pressionar Netanyahu a
ceder às exigências do Hamas, para conseguir a libertação dos seus entes
queridos.
Nas últimas semanas, o Hamas declarou-se
disposto a libertar os reféns em troca de um cessar-fogo definitivo, o que Netanyahu tem veementemente
rejeitado, por defender que a guerra deve continuar até que o grupo islamita seja
“eliminado”.
No
entanto, o Qatar, o Egito e os Estados Unidos, que estão a servir de mediadores
na guerra entre Israel e o Hamas, estão a negociar uma nova trégua semelhante à
realizada durante uma semana no final de novembro, que permitiu a libertação de
105 reféns em troca da libertação de 240 palestinianos (mulheres e menores)
detidos nas prisões israelitas.
O
Hamas — que exige a retirada total das tropas israelitas de Gaza — está actualmente
a analisar um projecto de acordo proposto pelo Qatar que inclui a libertação de
35 reféns civis em troca de um cessar-fogo total durante 45 dias, a libertação
de cerca de 100 prisioneiros palestinianos por cada refém libertado e um
aumento da ajuda humanitária para a devastada Faixa de Gaza.
Numa
segunda fase, seriam libertados os reféns militares e, numa terceira, seriam
recuperados os cadáveres dos reféns que morreram em cativeiro.
No entanto, o ministro da Segurança
israelita, o extremista
antiárabe Itamar Ben Gvir, avisou esta quarta-feira que não aceitará um acordo
que implique a libertação de milhares de prisioneiros palestinianos ou que
“ponha em perigo a segurança de Israel”.
Por seu lado, o ex-primeiro-ministro
e líder da oposição israelita, Yair Lapid, disse ao Canal 12 que o seu partido está disposto a juntar-se
ao governo de Netanyahu “para substituir” os partidos ultranacionalistas Poder
Judaico, de Ben Gvir, e Sionismo Religioso, do ministro das Finanças, Bezalel
Smotrich, para garantir a libertação dos reféns.
Tanto Ben Gvir como Smotrich
protagonizaram polémicas devido ao seu discurso de extrema-direita e contra a população palestiniana, que
querem fora da Faixa de Gaza.
O
Hamas fez também cerca de 250 reféns, 132 dos quais permanecem em cativeiro e
29 estão presumivelmente mortos, segundo o mais recente balanço das autoridades
israelitas.
Entretanto, centenas de israelitas
descontentes com o fornecimento de ajuda humanitária a Gaza protestam
diariamente no posto fronteiriço de Kerem Shalom, tentando impedir a passagem
dos camiões.
Várias dezenas destes manifestantes
foram esta quarta-feira detidos durante confrontos, segundo a imprensa local,
que indicou terem entrado por aquele posto 120 veículos com ajuda humanitária
ao longo do dia.
CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO MUNDO ISRAEL MÉDIO
ORIENTE PALESTINA NAÇÕES
UNIDAS BENJAMIN NETANYAHU
Fernando SILVA: Entretanto, centenas de israelitas descontentes com o
fornecimento de ajuda humanitária a Gaza protestam diariamente no posto
fronteiriço de Kerem Shalom, tentando impedir a passagem dos camiões. Várias
dezenas destes manifestantes foram esta quarta-feira detidos durante
confrontos, A Lusa
deveria informar que estes manifestantes, nos quais se incluem familiares dos
reféns detidos em Gaza, protestam pelo facto de estar a ser fornecida ajuda
humanitária, que inclui medicamentos, ao mesmo tempo que os reféns israelitas
continuam sem acesso a medicamentos e sem assistência médica adequada.
O facto de estes manifestantes serem confrontados pela polícia israelita e
de alguns deles acabarem por ser detidos, é mais uma demonstração da vontade
das autoridades israelitas não se oporem nem dificultarem a ajuda humanitária
para a população de Gaza. A lusa também poderia ter acrescentado que, do lado
palestiniano da fronteira, há também movimentações da população palestiniana no
sentido de procurar obter no local alguns dos bens transportados pelos camiões
por se saber que o Hamas controla o encaminhamento e a distribuição da ajuda,
ficando à partida com uma parte dela para as suas próprias necessidades e
privilegiando os seus apaniguados na restante. Há inclusivamente notícias e
imagens de protestos populares que foram seriamente reprimidos pelos homens do
Hamas. Não é por acaso que, como mostram as imagens captadas justo à
fronteira, os camiões sejam imediatamente escoltados por homens armados do
Hamas. É preciso explicar que a insuficiência da ajuda não resulta de
obstáculos criados por Israel. Antes pelo contrário, Israel tem sempre
garantido uma capacidade excedentária de fiscalização dos camiões que entram em
Gaza. O problema vem à partida das organizações internacionais de ajuda que não
conseguem encaminhar mais camiões. E vem adicionalmente do facto da ajuda que
entra em Gaza ser em grande parte controlada e captada pelo Hamas e pelas
organizações por ele controladas (incluindo a UNRWA, e não apenas). Mas claro,
a Lusa omite tudo isto ...
Fernando SILVA: É curioso
(ou talvez não ... ) que na parte final da peça da Lusa, na qual se pretendem
recordar resumidamente notícias anteriores importantes sobre o mesmo assunto, é omitido (gralha ?!....) o parágrafo que deveria indicar
que, para além dos 250 reféns, o Hamas massacrou barbaramente cerca de 1.200
israelitas, principalmente civis.
Fernando SILVA: A Lusa continua insidiosamente e sistematicamente a
desinformar e a fazer propaganda a favor da dita "causa palestiniana"
e contra Israel. Por
exemplo, diz que, na troca anterior de prisioneiros, Israel libertou 240
palestinianos e que estes eram "mulheres e crianças". Desde logo, não é sequer verdade porque foram também
libertados homens adultos. Mas,
sobretudo, faltou dizer algo de essencial sobre as "mulheres" e as
"crianças" libertadas : todas estas pessoas estavam presas por terem
tido uma participação directa na preparação e execução de atentados terroristas. Sim, é verdade, a "causa palestiniana"
utiliza mulheres, adolescentes e jovens ainda menores na realização de
atentados terroristas. Importa ainda precisar que as crianças com menos idade
que saíram em companhia de algumas das mulheres libertadas não eram
prisioneiros mas simplesmente filhos pequenos, alguns dos quais nascidos na
prisão, que as autoridades israelitas, por razões humanitárias, autorizam que
estejam com as mães. Como é evidente, estas crianças não entraram no cálculo do
total de prisioneiros libertados.
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