quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Claro como água

 

O texto de Henrique Neto e os de tantos seus comentadores. Safa não teremos, o nosso jeito é mesmo borrar paredes de vermelho, que, se fossem para pintar a sério, não haveria mãos capazes, exigentes, antes, essas, de um subsídio para a inactividade, ou improdutividade, decididamente menos poluentes, na opinião da juvenilidade protestante, pobrezinha!

A Europa em perigo

Nenhum povo europeu tem o direito de ficar de fora do esforço colectivo necessário para ganhar a guerra e, de alguma forma, libertar da ditadura e da opressão o povo russo.

HENRIQUE NETO Empresário

OBSERVADOR, 27 set. 2023, 00:1731

Escrevi recentemente um texto sobre a grave situação internacional, em que numa visão porventura um tanto optimista, recordei que ao longo da história os tempos das grandes tragédias é também o tempo em que surgem os grandes homens, porventura agora as grandes mulheres, como aconteceu em 1939 com Winston Churchill, Roosevelt e De Gaulle. Até agora, nesta crise, já temos a figura incontornável de Volodymyr Zelensky, mas que no contexto da grande tragédia que enfrentamos não chega e precisamos urgentemente que a União Europeia compreenda que na guerra da Ucrânia poderemos ficar sem o apoio de Joe Biden a partir das eleições do próximo ano, ou mesmo antes, e seremos nós europeus que teremos a responsabilidade de liderar o mundo livre, com sangue, suor e lágrimas.

Transportando o axioma para Portugal, tenho de reconhecer que este não está a funcionar entre nós e que nos trinta anos que já levamos de uma séria crise de desenvolvimento político, económico e social e de atrasos relativamente aos outros povos europeus, continuamos à espera de um ou de vários políticos providenciais. Nestes trinta anos tivemos António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Pedro Passos Coelho e agora António Costa, que independentemente das diferentes circunstâncias, não deram a Portugal a direcção certa de progresso e de desenvolvimento.

Veremos durante o próximo ano qual a qualidade do governo português e dos restantes governos da União Europeia, bem como a determinação dos povos europeus na defesa da independência e da integridade territorial da Ucrânia. Sendo que a União Europeia Já deveria estar neste momento a produzir aceleradamente o mais moderno e eficiente armamento militar e a encomendar a outros países tudo o que for necessário, o que nos compromete também a nós portugueses.

Não compreendo, por exemplo, que sabendo já que os drones se revelaram nesta guerra uma arma terrível, os diferentes países da União Europeia, incluindo Portugal, não estejam a produzir este equipamento aos milhares, usando para isso toda a capacidade, o engenho e a qualidade das empresas e dos trabalhadores europeus. É ainda incompreensível a passividade da União Europeia relativamente ao fornecimento à Rússia pelo Irão de milhares destas armas, sem uma reacção determinada dos povos e dos governos da Europa, o que inclui Portugal.

É ainda preocupante que existam nesta conjuntura governos europeus que privilegiem a existência de quezílias com a Ucrânia e o seu Governo, enquanto morrem milhares de ucranianos e o seu país é destruído pela besta russa, na defesa da liberdade e da democracia europeias.

Tem sido e é um ideal da União Europeia ser um bloco político liderante nos planos político económico e social no contexto de um planeta dividido em blocos, o que não passará de uma boa intenção sem o complemento de umas Forças Armadas das mais modernas e mais poderosas. É assim tempo de nesta conjuntura a União Europeia e os povos europeus compreenderem e actuarem sem hesitações em conformidade.

Ao longo de já muitos anos a União Europeia tem ajudado os países mais pobres e menos desenvolvidos, como Portugal, a modernizarem as suas infraestruturas produtivas no sentido de passarem a bastar-se na criação da riqueza necessária que permita a todos os povos providenciar ao desenvolvimento da sua economia e da sua própria criação de riqueza. Só que presentemente estamos em guerra pela sobrevivência da democracia e da liberdade em solo europeu e, como diz o povo, em tempo de guerra não se limpam armas. É assim de esperar que nesta conjuntura nenhum governo europeu deixe de assumir as suas próprias responsabilidades no seu próprio desenvolvimento, para que a União Europeia possa assumir as suas responsabilidades nesta guerra.

Nesta conjuntura nenhum povo europeu tem o direito de ficar de fora do esforço colectivo necessário para ganhar a guerra e, de alguma forma, libertar da ditadura e da opressão o povo russo. Devemos assim ser cristalinamente claros de que esta guerra não é contra o grande povo russo, que é também parte de uma Europa de paz e de progresso que, como europeus, queremos construir.

Em resumo, sejamos como europeus dignos dos outros europeus que nos libertaram do nazismo e que deram à Europa 75 anos de paz e de progresso.

25-09-2023

GUERRA NA UCRÂNIA….   UCRÂNIA   EUROPA   MUNDO

COMENTÁRIOS (de 31)

Rui Pedro Matos: Muito bem!                S Belo: Impressionante pela clareza.                    Joaquim Rodrigues: Obrigado, Henrique Neto. Vou transcrever o primeiro comentário que fiz logo após a guerra ter começado: "..... Putin não é só fascista. Putin não é só stalinista. Putin reúne na frieza de um ex –KGB o que de pior tem o fascismo e o stalinismo. Neste momento é o povo ucraniano que está a dar o peito às balas, na primeira linha da defesa da Europa, dos direitos humanos, da liberdade e da democracia, naquela linha vermelha que nos separa dos oligarcas russos do ex-KGB, com o Putin à cabeça. Senhores do PCP, BE e derivados, escutem bem: quem vai tratar da saúde ao Sr. Putin vai ser, mais tarde ou mais cedo, para vossa vergonha, o povo russo. O tempo de vida do Sr. Putin vai ser o tempo necessário até que o “povo russo” tome consciência de que o Sr. Putin não passa de um impostor, herdeiro do totalitarismo comunista, do arsenal bélico comunista, o qual o Sr. Putin e o ex-KGB, pôs ao seu serviço e ao serviço dos “oligarcas” russos. O Sr. Putin, nascido e criado no KGB, está a servir-se dos “mitos de grandeza imperial” inculcados, durante décadas, pelo regime totalitário soviético no povo russo, quando não tinham outra forma de esconder o fracasso económico, social e a miséria moral a que o dito “comunismo” tinha condenado a Rússia. São, por isso, muito importantes, decisivas até, para a “Paz”, todas as manifestações civis que, por todo o Mundo, se realizem, de solidariedade com o povo ucraniano e de repúdio à acção terrorista da oligarquia russa e do Sr. Putin, contra o povo ucraniano. Cada manifestação de solidariedade, qualquer que seja o local do mundo em que se realize, é mais uma manifestação de repúdio à capitulação dos governantes ocidentais, de condenação aos colaboracionistas com o Sr. Putin “tipo PCP e BE” e de exigência   a que mais medidas, contra o Sr. Putin e a oligarquia russa, sejam tomadas. Mas é, acima de tudo, mais um ponto de interrogação na mente de cada cidadão russo, acerca dos verdadeiros propósitos do Sr. Putin. A resistência e sacrifício heróicos do povo ucraniano, com o apoio solidário dos povos do mundo inteiro, são os factores decisivos que vão “ajudar” o povo russo a “tomar consciência” da verdadeira natureza do Sr. Putin. O “povo”, de que vocês, os “iluminados” do PCP, BE e similares, totalitariamente, se arrogam ter o direito exclusivo de representação, vai ser “esse povo” que, para vossa vergonha, vai pôr a nu a vossa verdadeira natureza e vai "tratar" da saúde ao Sr. Putin. Quanto mais depressa melhor.                                                                                           .............                     Fernando Cascais: Se aqui no nossa cantinho já nem conseguimos que a malta vá trabalhar, quanto mais metermo-nos numa guerra que pode dar cabo do subsídio e da nossa zona de conforto. A pressão russa é feita aos países do norte da Europa, e, esses sim, se não levantarem o rabo das cadeiras são comidos pelos russos. Por cá, em caso de conflito sério, com a nossa actual desorganização e multiculturalismo seríamos derrotados no mesmo dia. No dia seguinte, os nossos políticos e comentadores elogiavam os vencedores passando a mão pelo pêlo, na esperança de alguma recompensa administrativa. Enfim, por aqui não há nenhuma esperança de fazer frente aos russos, a não ser nas redes sociais, mas, de boas intenções está o mundo cheio. Se não forem os grandes da Europa a meterem mãos à obra nós não mexeremos nem uma palha. Não acredito que os USA abandonem a Ucrânia mesmo com o perigosíssimo Trump. O que poderia acontecer - quase de certeza - seria ele chantagear os europeus com mais financiamento para o esforço da NATO e desconstruindo alguns alicerces económicos da UE para tirar vantagem com as exportações dos States. Com Trump tudo é dinheiro.                   Rui Lima: Sempre muito assertivo 👌🏻                  Aero KBF > Fernando Cascais: Sim, temos cá uma bela 5ª coluna pronta a dar a mão ao agressor. A malta queixa-se do desconforto de apoiar a vítima mas quando os mísseis nos começarem a cair em cima o desconforto vai ser maior e talvez nessa altura não haja tempo de antena às imbecilidades dos activistas climáticos.

Nenhum comentário: