O texto de Henrique Neto e os de tantos seus comentadores. Safa
não teremos, o nosso jeito é mesmo borrar paredes de vermelho, que, se fossem
para pintar a sério, não haveria mãos capazes, exigentes, antes, essas, de um subsídio
para a inactividade, ou improdutividade, decididamente menos poluentes, na opinião da juvenilidade protestante, pobrezinha!
A Europa em perigo
Nenhum povo europeu tem o direito de
ficar de fora do esforço colectivo necessário para ganhar a guerra e, de alguma
forma, libertar da ditadura e da opressão o povo russo.
HENRIQUE NETO Empresário
OBSERVADOR, 27 set. 2023, 00:1731
Escrevi recentemente um texto sobre a
grave situação internacional, em que numa visão porventura um tanto optimista,
recordei que ao longo da história os
tempos das grandes tragédias é também o tempo em que surgem os grandes homens,
porventura agora as grandes mulheres, como aconteceu em 1939 com Winston
Churchill, Roosevelt e De Gaulle. Até agora, nesta crise, já temos a figura incontornável de Volodymyr
Zelensky, mas que no contexto
da grande tragédia que enfrentamos não chega e precisamos urgentemente que a
União Europeia compreenda que na guerra da Ucrânia poderemos ficar sem o apoio
de Joe Biden a partir das eleições do próximo ano, ou mesmo antes, e seremos
nós europeus que teremos a responsabilidade de liderar o mundo livre, com
sangue, suor e lágrimas.
Transportando
o axioma para Portugal, tenho de reconhecer que este não está a funcionar entre
nós e que nos trinta anos que já levamos de uma séria crise de desenvolvimento
político, económico e social e de atrasos relativamente aos outros povos
europeus, continuamos à espera de um ou de vários políticos providenciais. Nestes
trinta anos tivemos António Guterres,
Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Pedro Passos Coelho e agora
António Costa, que independentemente das diferentes circunstâncias, não deram a
Portugal a direcção certa de progresso e de desenvolvimento.
Veremos
durante o próximo ano qual a qualidade do governo português e dos restantes
governos da União Europeia, bem como a determinação dos povos europeus na
defesa da independência e da integridade territorial da Ucrânia. Sendo que a União Europeia Já deveria estar neste
momento a produzir aceleradamente o mais moderno e eficiente armamento militar
e a encomendar a outros países tudo o que for necessário, o que nos compromete
também a nós portugueses.
Não compreendo, por exemplo, que sabendo
já que os drones se revelaram
nesta guerra uma arma terrível, os diferentes países da União Europeia,
incluindo Portugal, não estejam a produzir este equipamento aos milhares,
usando para isso toda a capacidade, o engenho e a qualidade das empresas e dos
trabalhadores europeus. É ainda incompreensível a passividade da União
Europeia relativamente ao fornecimento à Rússia pelo Irão de milhares destas
armas, sem uma reacção determinada dos povos e dos governos da Europa, o que
inclui Portugal.
É ainda preocupante que existam nesta conjuntura governos europeus
que privilegiem a existência de quezílias com a Ucrânia e o seu Governo,
enquanto morrem milhares de ucranianos e o seu país é destruído pela besta
russa, na defesa da liberdade e da democracia europeias.
Tem sido e é um ideal da União Europeia
ser um bloco político liderante nos
planos político económico e social no contexto de um planeta dividido em
blocos, o que não passará de uma boa intenção sem o complemento de umas Forças
Armadas das mais modernas e mais poderosas. É assim tempo de
nesta conjuntura a União Europeia e os povos europeus compreenderem e actuarem
sem hesitações em conformidade.
Ao
longo de já muitos anos a União Europeia tem ajudado os países mais pobres e
menos desenvolvidos, como Portugal, a modernizarem as suas infraestruturas
produtivas no sentido de passarem a bastar-se na criação da riqueza necessária
que permita a todos os povos providenciar ao desenvolvimento da sua economia e
da sua própria criação de riqueza. Só que presentemente estamos em
guerra pela sobrevivência da democracia e da liberdade em solo europeu e, como
diz o povo, em tempo de guerra não se limpam armas. É assim de
esperar que nesta conjuntura nenhum governo europeu deixe de assumir as suas
próprias responsabilidades no seu próprio desenvolvimento, para que a União
Europeia possa assumir as suas responsabilidades nesta guerra.
Nesta
conjuntura nenhum povo europeu tem o direito de ficar de fora do esforço
colectivo necessário para ganhar a guerra e, de alguma forma, libertar da
ditadura e da opressão o povo russo. Devemos assim ser cristalinamente
claros de que esta guerra não é contra o grande povo russo, que é também parte
de uma Europa de paz e de progresso que, como europeus, queremos construir.
Em resumo, sejamos como europeus
dignos dos outros europeus que nos libertaram do nazismo e que deram à Europa
75 anos de paz e de progresso.
25-09-2023
GUERRA NA
UCRÂNIA…. UCRÂNIA EUROPA MUNDO
COMENTÁRIOS (de 31)
Rui Pedro Matos: Muito bem! S
Belo: Impressionante
pela clareza.
Joaquim Rodrigues: Obrigado, Henrique Neto. Vou transcrever o primeiro
comentário que fiz logo após a guerra ter começado: "..... Putin não é
só fascista. Putin não é só stalinista. Putin reúne na frieza de um ex –KGB o
que de pior tem o fascismo e o stalinismo. Neste momento é o povo ucraniano
que está a dar o peito às balas, na primeira linha da defesa da Europa, dos
direitos humanos, da liberdade e da democracia, naquela linha vermelha que nos
separa dos oligarcas russos do ex-KGB, com o Putin à cabeça. Senhores do PCP,
BE e derivados, escutem bem: quem vai tratar da saúde ao Sr. Putin vai ser,
mais tarde ou mais cedo, para vossa vergonha, o povo russo. O tempo de vida do
Sr. Putin vai ser o tempo necessário até que o “povo russo” tome consciência de
que o Sr. Putin não passa de um impostor, herdeiro do totalitarismo
comunista, do arsenal bélico comunista, o qual o Sr. Putin e o ex-KGB, pôs ao
seu serviço e ao serviço dos “oligarcas” russos. O Sr. Putin, nascido e criado
no KGB, está a servir-se dos “mitos de grandeza imperial” inculcados, durante
décadas, pelo regime totalitário soviético no povo russo, quando não tinham
outra forma de esconder o fracasso económico, social e a miséria moral a que o
dito “comunismo” tinha condenado a Rússia. São, por isso, muito
importantes, decisivas até, para a “Paz”, todas as manifestações civis que, por
todo o Mundo, se realizem, de solidariedade com o povo ucraniano e de repúdio à
acção terrorista da oligarquia russa e do Sr. Putin, contra o povo ucraniano. Cada
manifestação de solidariedade, qualquer que seja o local do mundo em que se
realize, é mais uma manifestação de repúdio à capitulação dos governantes
ocidentais, de condenação aos colaboracionistas com o Sr. Putin “tipo PCP e BE”
e de exigência a que mais medidas, contra o Sr. Putin e a
oligarquia russa, sejam tomadas. Mas é, acima de tudo, mais
um ponto de interrogação na mente de cada cidadão russo, acerca dos verdadeiros
propósitos do Sr. Putin. A resistência e sacrifício heróicos do povo ucraniano, com o apoio
solidário dos povos do mundo inteiro, são os factores decisivos que vão
“ajudar” o povo russo a “tomar consciência” da verdadeira natureza do Sr. Putin. O “povo”, de que vocês, os “iluminados” do PCP, BE e similares,
totalitariamente, se arrogam ter o direito exclusivo de representação, vai ser
“esse povo” que, para vossa vergonha, vai pôr a nu a vossa verdadeira natureza
e vai "tratar" da saúde ao Sr. Putin. Quanto mais depressa melhor.
............. Fernando
Cascais: Se aqui no nossa cantinho já nem conseguimos que a
malta vá trabalhar, quanto mais metermo-nos numa guerra que pode dar cabo do
subsídio e da nossa zona de conforto. A pressão russa é feita aos países do norte da
Europa, e, esses sim, se não levantarem o rabo das cadeiras são comidos pelos
russos. Por cá, em caso de conflito sério, com a nossa actual desorganização e
multiculturalismo seríamos derrotados no mesmo dia. No dia seguinte, os nossos políticos e comentadores elogiavam os vencedores
passando a mão pelo pêlo, na esperança de alguma recompensa administrativa. Enfim, por aqui não há nenhuma esperança
de fazer frente aos russos, a não ser nas redes sociais, mas, de boas intenções
está o mundo cheio. Se não forem os grandes da Europa a meterem mãos à obra nós
não mexeremos nem uma palha. Não acredito que os USA abandonem a Ucrânia mesmo
com o perigosíssimo Trump. O que poderia acontecer - quase de certeza - seria
ele chantagear os europeus com mais financiamento para o esforço da NATO e
desconstruindo alguns alicerces económicos da UE para tirar vantagem com as
exportações dos States. Com Trump tudo é dinheiro. Rui Lima:
Sempre muito
assertivo 👌🏻 Aero KBF > Fernando Cascais: Sim, temos cá uma bela 5ª
coluna pronta a dar a mão ao agressor. A malta queixa-se do desconforto de
apoiar a vítima mas quando os mísseis nos começarem a cair em cima o
desconforto vai ser maior e talvez nessa altura não haja tempo de antena às
imbecilidades dos activistas climáticos.
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