segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Investigação, saber, humor


Admirável conjunto de facetas que se apreciam nos textos de Helena Matos que alguns comentadores fortalecem ainda, com novas propostas - desta vez sobre as Lampedusas sobrelotadas, consequência dos saracoteios históricos das novas eras da generosa evolução humana.

E se fosse em Porto Santo?

Aconteceu o que nunca ia acontecer: em 48 horas um município europeu viu a sua população duplicar. Aos seis mil residentes juntaram-se sete mil imigrantes. Foi em Lampedusa. E se fosse em Porto Santo?

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 17 set. 2023, 00:2269

Lampedusa tem metade da área de Porto Santo e aproximadamente a mesma população. Ou, melhor dizendo, Lampedusa tinha a mesmo população que Porto Santo porque entre quinta e sexta feira da última semana a população de Lampedusa mais que duplicou. Para evitar a situação de ruptura na ilha, decorre agora uma operação de transbordo de imigrantes para o território continental italiano. Enquanto isso prosseguem novos desembarques de imigrantes, os habitantes da ilha manifestam-se contra o que dizem ser a intenção das autoridades de montar um campo de tendas (o centro de acolhimento com capacidade para 400 pessoas há muito que está sobrelotado) e Giorgia Meloni, a primeira-ministra italiana, convidou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a ir este Domingo a Lampedusa. Macron já terá telefonado. O que também prossegue é a língua de pau para tratar deste assunto. Uma sucessão de clichés. Aqui ficam alguns.

Dizer sempre refugiados. O termo imigrantes foi desaparecendo. Tem vindo a ser substituído por migrantes e refugiados. As palavras escolhidas não são neutras pois são muito diferentes as obrigações dos países de destino para com os refugiados: um refugiado não só não se pode mandar para trás tal como (e bem) tem direito a um conjunto significativo de apoios. Ora quando se banaliza o termo refugiado acaba a generalizar-se o que é excepcional. A maior parte da imigração que chega à Europa é económica e qualquer português sabe como a busca de uma vida melhor nos pode levar a procurar outros países mas isso não fez nem faz de nós refugiados.

A forma como outros países condicionam as vagas de imigração não é assunto. Quando, em Março de 2022, vagas de refugiados ucranianos, maioritariamente mulheres e crianças, como é próprio das vagas de refugiados, deixaram aquele país, alguns questionaram se Putin estaria a contar com o efeito desestabilizador que esses milhões de pessoas teriam nos países europeus para onde estavam a fugir. Na verdade não seria a primeira vez que tal táctica era usada por Moscovo. Em 2016, a Rússia e a Síria tinham manipulado as vagas de refugiados sírios como uma forma de pressão sobre a UE, uma pressão que visava criar divisões entre os diferentes países e entre estes e a NATO. Quanto à Turquia, de há muito que explora o seu papel de controlador dos fluxos de imigração nas fronteiras da UE. Desde 2015 que a UE paga milhares de milhões de euros à Turquia para que este país mantenha em campos no seu território os refugiados e imigrantes, maioritariamente sírios, que pretendem chegar à UE. Simultaneamente a Turquia impôs para os seus nacionais a simplificação do regime de vistos para a UE. A estes grandes protagonistas no condicionamento dos fluxos migratórios para a UE, como é a Turquia, juntam-se outros de menor dimensão mas capazes de criar incidentes de grande impacto humano e mediático, como acontece com Marrocos em relação a Espanha, sobretudo nas chamadas valas de Ceuta e Melilla. Obviamente a imigração para UE não acontece por causa de países como a Turquia ou Marrocos mas só por grande ingenuidade ou má fé se pode ignorar que este é um dos assuntos mais sensíveis dentro da UE – o Brexit aconteceu por causa de quê? – logo uma muito eficaz forma de pressão.

Os únicos responsáveis pelos imigrantes são os governantes europeus. Em Agosto deste ano o patrulheiro espanhol Tajo resgatou 170 homens, na sua maioria senegaleses, ao largo da Mauritânia. Em seguida o Tajo dirigiu-se para o porto mauritano de Nuadibú. Mas as autoridades da Mauritânia não aceitaram o desembarque dos homens. Terão exigido “muito”. O caso tornou-se conhecido porque os 170 homens acabaram a ameaçar revoltar-se. O patrulheiro era manifestamente exíguo e a comida pouca. Perante a ameaça de motim a tripulação disparou para o ar e fechou-se no interior da embarcação enquanto navegavam. Tudo acabou pacificamente mas se assim não tivesse sido além dos militares espanhóis ninguém mais teria sido chamado a responsabilidades. Quem governa os países donde esses imigrantes saíram jamais é acusado do que quer que seja. Cleptocratas, ditadores ou simplesmente incompetentes (as três categorias são frequentemente acumuladas), jamais esses dirigentes são confrontados com as suas responsabilidades. Um bebé morre numa traineira que tenta chegar a Lampedusa? A culpa é das autoridades italianas. Uma traineira sobrelotada que transportava imigrantes da Líbia para a Grécia naufragou. Terão morrido centenas de pessoas. Quem acaba por ser processado por uns sobreviventes devidamente arregimentados pelo movimento do senhor Varoufakis? Não os traficantes a quem cada um deles terá pago aproximadamente 1800 euros para ter um lugar naquele caixão em forma de barco mas sim as autoridades portuárias gregas. De igual estado de graça beneficiam os políticos dos países que estes imigrantes atravessam até chegar à UE, mesmo quando esses dirigentes contribuíram com as suas declarações para o incremento de actos de grande violência sobre os imigrantes: quantas notícias vimos sobre a violência sofrida na Tunísia pelos imigrantes negros? E o que sabemos sobre as declarações do presidente da Tunísia, Kaïs Saïed, sobre as pessoas provenientes da África subsariana? Pois é, sem homem branco proveniente da cultura judaico-cristã não há culpa nem culpados.

Não haveria problema algum com este afluxo de pessoas não fosse a extrema-direita. Este é o cliché mais cliché. É mesmo um item obrigatório. Está mais ou menos implícito que: a) Não haveria problema algum com este afluxo de pessoas não fosse a extrema-direita. b) Que havendo necessidade de controlar a imigração isso vai favorecer a extrema-direita. c) Na dúvida usam-se as duas explicações anteriores conforme der jeito. Entretanto, e com o assunto devidamente transformado num tabu, aconteceu o que garantidamente nunca ia acontecer: em 48 horas, um município europeu viu a sua população duplicar. Aos seis mil residentes juntaram-se sete mil imigrantes. Foi em Lampedusa. E se fosse em Porto Santo? A sério que querem deixar este assunto para a extrema-direita?

PS. Depois de ouvir as declarações de Mariana Mortágua sobre o lay off na Autoeuropa – a empresa “tem de assumir responsabilidades e tem uma responsabilidade social para com os trabalhadores, para com o país e para com o Estado, de quem já recebeu muitos apoios” – resta-me a seguinte dúvida: que responsabilidades assumiu o BE, a quem não faltam apoios do Estado, para com os trabalhadores que despediu?

IMIGRAÇÃO ILEGAL    MUNDO    BLOCO DE ESQUERDA    POLÍTICA    IMIGRANTES    TUNÍSIA    ÁFRICA   TURQUIA

COMENTÁRIOS (de 77):

Gonçalo Teixeira: NO Porto Santo.                        Américo Silva: Naquele tempo a Líbia era a nação mais rica da África, religiosamente homogénea, não tinha movimentos islâmicos, contudo, em 19 de março de 2011 forças aéreas e navais da OTAN, lideradas por França, Estados Unidos e Reino Unido, bombardearam toda a Líbia, focando especialmente as cidades de Trípoli e Bengazi.                   S BeloMaria > Paula Silva: Tem razão: se não for em Porto Santo, em outro local aprazível e acessível será. As autoridades até vão achar gracinha aos primeiros a desembarcarem como aconteceu com os marroquinos, há uns tempos, no sotavento algarvio.              S Belo > Maria Paula Silva: Sim, muita ganância.                      Alexandre Barreira: Pois. Cara Helena: Boa questão. E se fosse em Porto Santo? E eu respondo: Lisboa.....agradece.....!                 Carlos Quartel: Migrantes, imigrantes, emigrantes, refugiados, tudo atalhos gramaticais para fugir à designação adequada de invasores. A invasão começa no pós guerra, a pedido dos invadidos, na ganância da mão-de-obra barata e da exploração. Turcos na Alemanha, Magrebis na França, Indianos e Paquistaneses na Inglaterra. Em 80 anos, nunca mais parou, com sul-americanos nos USA e na Espanha, milhões na Turquia à espera de rebentar com a fronteira e mesmo nós com a chegada de brasileiros. Está a chegar agora a hora da África negra Em dois ou três séculos arrasarão com a nossa civilização , sem instrumentos que o evitem. São os novos "sea people" que estoiraram com a civilização da idade do bronze, são os novos bárbaros que destruíram a civilização romana. A história repete-se, mesmo .....                    Manuel Martins: A chegada de 100 embarcações repletas de imigrantes ilegais a essa ilha no período de 2 dias, deveria preocupar todos os países europeus, e sobretudo um como Portugal. A forma como são tratados esses imigrantes e o facto de terem sucesso na sua jornada, vai fomentar novos fluxos de imigrantes, alguns dos quais não irão ter sucesso e levarão à morte no mar. Portugal é neste momento o país mais permissivo com a imigração ilegal da Europa (mais fácil legalização, zero controlo), pelo que será certamente o destino de muitos desses 7000 imigrantes, e de muitos dos que seguem. A Europa, que necessita de imigrantes, mas cujos fluxos deve conhecer e controlar, de modo a ter uma imigração legal e correcta integração, não pode deixar que se mantenham os fluxos das redes criminosas da imigração ilegal. Depois admiram-se da razão porque a extrema direita cresce...                     António Lamas: Brilhante. É depois para agravar o imenso problema, temos um Guterres "apanhado do clima" a fazer discursos apatetados. Nunca o mundo inteiro teve na sua condução, tantos dirigentes imbecis.                    jorge espinha: Eu não os quero cá. Portugal tem a legitimidade de escolher quem quer que venha para cá e nunca em caso algum devem ser esses “boat people”. A dona Mortágua usa a mesma linguagem sobre a auto Europa, bancos e crise da habitação que os seus camaradas Bolcheviques usavam no início do século XX na Rússia. Não aprenderam nem mudaram.               Maria Augusta Martins: Eles não são emigrantes nem refugiados, são simplesmente invasores e como tal devem ser tratados!               Fernando Cascais: Dona Helena estou totalmente de acordo consigo, aliás já tinha feito um comentário nesse sentido aquando da visita do Papa. É verdade, o Papa é um dos que culpa a Europa na gestão dos refugiados e das fatalidades nas viagens. Nem uma palavrinha para os governantes das regiões de onde eles partem. Alguns países europeus já começaram a combater esta invasão, designadamente países com verdadeiros regimes sociais democratas, como são o caso da Suécia, Dinamarca ou Noruega. A Itália terá que fazer o mesmo que fez o RU, ou seja, pagar a um país, como o Ruanda ou o Sudão para os receber de volta. Os refugiados chegam e são reencaminhados para outro país a troco de dinheiro. Nós, enquanto regime socialista - seja lá o que isso for - estamos totalmente impedidos de pensar, quanto menos desenhar, qualquer estratégia para proteger o país de uma invasão de refugiados do norte África que se afigura a breve prazo. A explicação é simples; como andamos sempre atrasados em relação ao resto da Europa, as medidas que países como Itália e Grécia encontrem para impedir a invasão de refugiados, vão desviar as rotas para a península ibérica, e, Portugal passará a ser um entreposto importante para a entrada de refugiados. Obviamente, que as embarcações teriam que ser melhores e os locais de partida em Marrocos para os lados de Tânger. Como somos o alvo preferido da teoria de Murphy, em que tudo o que de pior nos pode acontecer, acontece, acredito muito sinceramente que também vamos ter problemas graves com a entrada de refugiados clandestinos em massa pela nossa costa. Nota: aquele senhor estrábico do PCP, de que nunca me lembra o nome, também acusou a Autoeuropa de má gestão por não integrar todos os trabalhadores dispensados. Ou seja, defende um modelo de gestão em que a facturação é o menor dos problemas e perfeitamente dispensada.                  Alberto Sousa: Excelente ponto! É muito fácil dizer que o fascismo isto e aquilo.... Mas a verdade é que a situação está descontrolada. E a piorar... Faz lembrar os USA quando os estados do sul começaram a despejar autocarros de imigrantes em Nova York e outros estados liberais e progressistas... era ver os habitantes e políticos de verbo fácil sem saberem como lidar com a situação... É pensar como estaria o Algarve com centenas a chegar todos os dias... até os apoiados pelo RSI viravam Chega!                    Zé das Esquinas o Lisboeta: Sem comentários, porque está tudo muito bem descrito e analisado. Agora que já entenderam a diferença entre um clandestino, um refugiado e um imigrante, pergunto: até quando se vai manter esta situação de receber clandestinos sem impor limites quantitativos? Todos os que têm uma casa sabem que esta tem uma capacidade de ocupação para poder receber familiares e amigos. Se a nossa casa tem essa limitação porque é que um país também não há de ter? E se tivermos de receber na nossa casa todos os familiares e amigos que resolvem aparecer e para ficar ao mesmo tempo como é? E se tivermos de os alimentar a todos? Teremos 'carteira' e cozinha para tal? E se quem entrar em nossa casa não for nem familiares nem amigos, mas desconhecidos trazidos em 'paletes' por 'negociantes' e despejados à nossa e vossa porta, como procederiam? De uma forma simplista respondam-me como é criada uma nação? E, como é a forma mais simples de a destruir? Pensem bem antes de responderem.              José Fernandes: Tenho confiança na von der Leyen de que o problema dos emigrantes vai continuar.                   Ana Cristina: Nos anos 60 e 70 a URSS fomentou a guerra em Africa. Só criou ditaduras e miséria! Agora, a ideologia de esquerda condiciona soluções para os problemas que originaram. Até quando vamos viver manipulados por esta hipocrisia ideológica? O único objectivo é destruir a civilização ocidental. A alternativa é melhor???              Rui Lima: Tudo isto é um drama e não tem boa solução, mas não deve ser o trabalhador europeu ou a nossa civilização a pagar a factura, hoje ninguém tem coragem de falar de controlo de natalidade em África. Porque deve ser invadida a Europa ? Sem fronteiras não há futuro, e em França os europeus estarão em minoria a partir de 2060 , todos os países com misturas têm violência, todos, o Jaime Gama ainda há dias procurava um que funcionasse em paz nas “ Conversas à quinta “ e parece que não há , mesmo nos USA é confusão todos os dias . As elites europeias discutem o sexo dos anjos (as jornadas do património para serem inclusivas Rennes, Montpellier, Bordeaux, Saumur… celebram as Jornadas do «matrimónio»), quando a casa está a arder o maior problema da Europa não é o clima é o seu futuro como civilização , os que vimos chegar é só uma parte , o agrupamento familiar multiplica . Somos enganados com a conversa de que precisamos, lembro Japão e Coreia do Sul têm taxas de natalidade menores e nunca abriram fronteiras e estão à nossa frente como potências económicas e mesmo indústrias para não falar na segurança, limpeza e civilidade, pelo contrário mão de obra barata e sem qualificação cria pobreza e atraso, não estamos no século XIX estamos em sociedades do saber. Estes refugiados não são trabalhadores acabam recrutados por mafias para o crime e prostituição e trabalho ao negro. Este verão encontrei um amigo de infância que tinha ido para França e vive numa vila perto de Paris, desde que chegou , disse-me: quando cheguei o meu filho era o único estrangeiro, hoje o meu neto é o único europeu . Depois outro mito sobre desenvolvimento dos países africanos há um trabalho onde dá para ver que vêm mais refugiados: onde há mais dinheiro são precisos muitos milhares de euros para os traficantes os mais pobres não têm, quanto mais dinheiro investido em África mais refugiados. Terrível são as dezenas de milhares de menores não acompanhados como nunca têm documentos mesmo com 25 anos dizem-me menores , têm direto a tudo automaticamente, custam mensalmente 5 000 euros mês, a volta de Paris a maioria do crime é feito por eles sabem que como são menores têm a lei do seu lado. A Austrália resolveu o problema com o “No Way “ mas na Europa é impossível porque há um cálculo político, são muitos votos toda esta gente depois vota a esquerda a mais de 90% até porque vivem de subsídios na sua maioria. Finalmente houve coragem para ver que o custo é astronómico, só assim se compreende que a França tenha a maior despesa pública do mundo -  57% do PIB e maus serviços e há custos não contabilizados como ter de haver polícia junto de cada sinagoga, polícia junto das escolas para não serem queimadas, como aconteceu esta semana na Bélgica. Ontem ouvi a um juiz reformado que eles sabem bem a que têm direito e sabem quem dá mais, 450 euros , mais habitação, assistência médica escola para filhos…     ver: https://dai.ly/x8o38ku                 João Ramos: Como é que ainda aturamos a esquerda que só nos arranja problemas e não resolve nada, só os aumenta!!!           José Rego: Muito bem. A demagogia da esquerda é tanta que impede qualquer discussão sobre um assunto que se vai agravar nos próximos anos. Segundo números da própria UE , até 2050 a população de África passará de 1,3 biliões para 2.5 biliões. Mais de 50% com menos de 20 anos. E, segundo as mesmas previsões, até 2100 a população de África subirá até aos 4.5 biliões (39% da população mundial). Vamos acolher esta gente toda? Temos de ter legislação e protecção para estes movimentos inevitáveis. Os governantes africanos têm de ser responsabilizados e esses países têm de se desenvolver e tornarem-se atractivos para as suas populações. Isto assim não é sustentável. Terá de haver investimento ocidental em África e responsabilização dos seus dirigentes. Sob pena de enormes problemas sociais, políticas, económicos , culturais etc.               João Floriano: Excelente crónica. e se fosse em Porto Santo? A esquerda em peso deslocar-se-ia para a ilha, com Marcelo à cabeça, Mariana Mortágua falaria em refugiados aos quais a Europa podre de rica tem a obrigação de dar o que pode e não pode. Diria igualmente que a culpa é da NATO. André Ventura seria considerado um dos culpados pela desgraça dos migrantes/refugiados. Mamadou Ba que foi como observador do SOS Racismo, teria sido aclamado ao dizer que é preciso matar o homem branco. Marcelo faria em directo o parto de uma migrante. Não seria muito diferente disto, infelizmente. Entretanto Helena Matos põe o dedo na ferida quando diz que as autoridades dos países de origem nunca são incomodadas, quando  relembra os pagamentos feitos à Turquia para reter os migrantes. É impossível não haver um plano por trás de tudo isto para arrasar a Europa e não haver forças traidoras que apoiam esse plano. Entretanto Mortágua e Raimundo botaram discurso sobre a AutoEuropa: absolutamente nada de novo. Ficaram à porta como sempre tem acontecido porque os trabalhadores já abriram os olhos e sabem que aquela gente não vem por bem.                   GateKeeper: Cara HM, estes "problemas" deveriam ter sido tratados definitivamente nas ORIGENS. Como não foram, este desastre já era esperado. E todos estes desastres civilizacionais da Europa (não toda mas grande parte) têm a ver com a new fashion da "inclusão" e da M.O. barata para substituir os e as "locais". E o desastre transformou-se num tsunami económico-social já esperado. As famigeradas quotas, tão estapafúrdias e geradoras de vícios e desigualdades [oooh ironia!!...] evidentes, neste caso particular até fariam todo o sentido, desde que bem implementadas a partir da década de 90 do século passado. Não o fizemos. E o estado calamitoso da França o comprova. Meloni deveria ser mais ouvida. No mínimo.                     klaus muller > Carlos Quartel: Quem me dera que os actuais imigrantes fossem como os "bárbaros germanos que destruíram a civilização romana". Podiam ser uns selvagens mas acabaram assimilados, enquanto que estes muçulmanos que hoje em dia nos invadem não só apresentam o mesmo grau de evolução desses bárbaros como fazem todos os possíveis para não se integrarem.                  S Belo > Carlos Quartel: A "chegada dos brasileiros" é subreptícia, mas massiva : imigrantes, turistas, refugiados ? Não há números? Os elos linguísticos e pretensa familiaridade podem favorecer efeitos não desejáveis e o lusotropicalismo foi uma balela.              Rui Pedro Matos: Muito bem!               Manuel Joao Borges: Muito bem       Fernando CE > João Floriano: O PCP e extrema-esquerda destruíram a Lisnave e Setenave, com as suas reivindicações absurdas e rebaldaria constante. Como destruíram o tecido industrial e financeiro português, com a sua política de terra queimada após o 25 de abril, com a perseguição de empresários e banqueiros. Já sem falar das ocupação de terras e de empresas.                     Tim do Á: Não são migrantes. São invasores e devem ser tratados como tal, como disse Maria Augusta Martins.                        S Belo > José Fernandes: Vai continuar, vai intensificar-se e os conflitos não tardam. Por cá ainda não afectou seriamente o nosso quotidiano, mas o eldorado do turismo e da "agricultura" começa a empalidecer. E depois?                          madalena colaço: É a primeira vez que uma jornalista em Portugal refere o que se passou em 2016 na Síria. Putin, quando foi ajudar Assad a libertar o país do estado islâmico, que tinha ocupado uma parte substancial do território, foi primeiro bombardear aldeias e vilas onde a população se opunha a Assad. Como diz a Helena foi uma verdadeira manipulação de imigrantes, para destabilizar a Europa, e Putin conseguiu. O que foi impressionante é que todos os jornalistas ignoraram isto. Não vejo nenhum organismo internacional que desmantele esta máfia que fica com 1800 euros destas pessoas, a ONU, o organismo que deveria estar a actuar prefere as alterações climáticas. Este problema complexo só se resolve a montante: porque deixam estes milhares de pessoas os seus países? Na África Subsariana, de onde vem a maioria dos imigrantes,  não vivem no luxo os seus governantes com contas chorudas na Suíça?.E acham que a Europa pode comportar estes milhares de milhões de emigrantes ao longo de anos?. A duplicação da população de Lampedusa é o sinal claro, que esta política não pode funcionar.            José Paulo C Castro > João A: Já há "Portos Santos" desses em certas aldeias do Alentejo e certas zonas urbanas de Portugal Continental.             Maria Paula Silva > José Fernandes: a von der Leyen é muito mais perigosa do que parece. Aquele ar angélico, loirinho e de olho azul, esconde muita ganância.                  Vitor Batista > Américo Silva: Mais ricas as suas elites, porque a população está como sempre esteve  pobre e miserável.                  Lily Lx: Nem percebo qual é a dúvida. São ilegais, são repatriados. Ponto.             José Paulo C Castro: Não é impressionante como a frase "A Rússia espalhará os seus erros pelo mundo" ganha uma total atualidade quando se analisa as causas próximas e mais distantes deste fenómeno ? Os movimentos de libertação pró-soviétivos criaram as elites africanas atuais. As atitudes de Putin na Síria criaram ondas de refugiados. A ascensão da extrema-direita e erosão do centro politico vem, em parte, daqui. A outra parte vem da infiltração da extrema-esquerda em quase toda a esquerda moderada, com o consequente método marxista (agora cultural) de manipulação. Vem tudo dos mesmos de sempre. E estão preocupados com os migrantes, uma ova.      Fernando Correia: Como diria Vasco Pulido Valente… “o mundo está perigoso”!… Só não vê quem não quer. Faltam líderes no Ocidente com visão de estadistas. Só vemos hipocrisia. Está à vista de toda a gente, com dois dedos de testa, que o objetivo desta “demanda” é a aniquilação do nosso modo de vida.                      Maria Paula Silva: Excelente, como sempre! A questão é saber se não é "E se fosse" e deveria ser "Quando for".

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